quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os Três Mosqueteiros (2011)

Nome original: The Three Musketeers
Duração: 1h40min  --  Trailer  --  Ano: 2011
De: Alexandre Dumas e Paul W.S. Anderson (de Resident Evil e Alien vs Predador)
Com: Logan Lerman (Percy Jackson!), Matthew Macfadyen, Milla Jovovich (a eterna Leeloo - e putz! ela fez uma ponta em Parker Lewis!), e Christoph Waltz (o nazista de Bastardos Inglórios). E também, só para citar logo todos: Ray Stevenson (o Justiceiro, na última tentiva), Luke Evans, Orlando Bloom (o Legolas), Mads Mikkelsen, Freddie Fox, Juno Temple e Gabriella Wilde.

Eu li o livro. [um dos poucos que li mais de uma vez. (não por falta de vontade de reler outros, fique claro, falta de tempo mesmo)], e das duas uma:
- ou Alexandre Dumas se debateu na tumba pela história ter sofrido um processo de "300-de-espartalização" com um toque de "matrix do reino" e uma pitadinha de "extraordinário" para dar liga [ahá! captaram? muito sutil!]
- ou, como ele mesmo adorava um exagero dramático e não se incomodava em mudar a História para fins de entretenimento, divertiu-se como nunca.

O filme é pipocão. É algo que de repente poderia ter sido escrito à duas mãos com Julio Verne. Este tinha a mente um pouco mais amalucada e há uns toques steampunks no filme. Mas ainda gostaria algum dia de ver algo bem fiel ao livro. Podia até ser uma série, porque ficaria longo. Mas não significa que este seja ruim. Só é um divertimento diferente. Feito para Geração Ben-10 (a Geração Pokemon já tá ficando velha).

Bem... Vou falar muito não. Putz, são os Três Mosqueteiros. A história: 3 espadachins precisam salvar o rei de um religioso maligno aprontando contra ele. E... tá bom. Tem muita luta de espada e cenas exageradas, explosões, e assim vai. Como eu disse: pipocão! E a Milla está lindíssima. Absurdo. Bonequinha como nunca. Podem ver. Só não esperem que os neurônios se exercitem.

Agora é esperar a próxima versão, que já lança em 2013 se tudo der certo (será uma préquência). E é esperar que algum dia façam uma nova versão daquela que sempre será a minha preferida. Pô, se fizeram um novo Thundercats... Porque não um novo:


Outros comentários: o final foi meio abrupto e SPOILER: como eles roubam planos do Da Vinci, e num dado momento aparece no tal plano algo que parecia uma asa delta, achei que seria esta a solução para não ter morrido um dado personagem numa queda. O personagem abriria asas ocultas à lá Batman. Ou de alguma forma bem forçada, abriria um paraquedas-pirâmide. A solução dada foi bem absurda.
Veja bem... Eu não ligo para absurdos necessários à trama, como o balão-navio (que eu sempre achei algo maneiro, uma pena nunca ter existido), ou zumbis, ou o Homem-Aranha ser capaz de soltar teias biológicas (de onde vem tanta matéria-prima?), mas alguém cair de 1km de altura no mar e depois só sair de lá com cara de susto de "opa! me molhei" não. Éééé... Não. Não, não e não. NÃO.
Até cheguei a achar que "ah, então morreu mesmo", e aí entraria outro problema: o D'Artagnan *tinha* que ter pelo menos tentado argumentar. O do livro o faz, e não teve motivo no filme para ele só ficar quieto olhando.

Ah, e vamos lá... legendadores... aprendam comigo. Já que parece que ninguém ensinou. Em inglês os gentílicos são capitalizados. Simplifico: aquela palavra que diz da onde tu é, começa com letra maiúscula. Morou?
Ou seja, em bom português eu escrevo "Eu sou brasileiro", já em inglês seria "Eu sou Brasileiro". Perceberam? Notaram a diferença "b" e "B"? Bons meninos. Isso é regra deles, em inglês é assim.
Não é a primeira vez que eu vejo isso acontecer em filme. O sujeito vê a letra maiúscula e vai no embalo: "É nome próprio. Fica assim mesmo." Não. Não fica.
Porque essa reclamação toda? Repitam 3 vezes de frente ao espelho:
"Quem nasce na Gasconha é gascão".
Legendaram o filme todo gascão como Gascon, como se isso fosse o sobrenome (?) do D'Artagnan. Horripilante. E não satisfeitos, deixaram Gasconha em inglês Gascony. Attention, people, please. Mas o Gascony passa, o Gascon em tela o tempo todo é que estava me deixando louco.

Link rápido para resenha alternativa (foi de onde roubei a jpeg do poster, antes de resolver trocar pelo poster de Portugal, mas já fui parar nesse blog outras vezes, é bem legal):
http://estou-sem.blogspot.com/2011/10/filme-os-tres-mosqueteiros-rapidinhas.html

domingo, 23 de outubro de 2011

Gigantes de Aço

Nome original: Real Steel
Duração: 2h07min  --  Ano: 2011
Trailers: curto, longo e musical.
De: Shawn Levy (dos Uma Noite No Museu) e Richard Matheson (conto original).
Com: Hugh Jackman (o Wolverine), Dakota Goyo (ele fez o Thor criança) [HA-HA, nome de garota] e Evangeline Lilly (a Kate de Lost).

Esse é um daqueles casos em que eu gostei do filme, mas não tinha nada para comentar. Abri o rascunho sem texto e ficou por isso mesmo vários meses [quase 1 ano na verdade]. Acabei de rever o filme no Telecine... e nada! Mas é uma tipo de conquista pessoal conseguir desrascunhar postagens abandonadas. Então voltei aqui.

Mas continuo sem ter o que falar. Não dá para ficar reclamando de falhas de roteiro nem nada muito complicado. Cacete... É um filme sobre robôs lutando boxe. O filme é igual ao Falcão - O Campeão dos Campeões, só ligeiramente invertido: lá o cara estava amarradão em ser pai, e o filho desdenhava da relação. Aqui é o contrário. Ambos os pais envolvidos num tipo de competição e dirigindo caminhões. Filme legal lá, filme legal cá. Futura boa sessão da tarde para a garotada da geração seguinte. Também já ouvi comparação com Rocky, mas aí é só na luta final na verdade.

Bem, algo pode ser dito, mas é puramente pessoal. Algo que me ocorreu na época do trailer. Pô... perderam a chance do filme se chamar One Must Fall, que era um jogo muito divertido (o 2º na verdade, o One Must Fall 2097, nunca joguei o 1º ou o 3º). Ele tinha algo que não sei se mais tarde algum outro jogo incorporou, mas você podia melhorar seu "lutador" de acordo com seu estilo de luta ou deficiências. Ao invés de apenas ficar cada vez mais difícil, sem evolução ou melhoria alguma do personagem. Era um bom jogo.

A propósito, a história do filme: no futuro, o boxe e outros tipo de luta perderam a graça, e a platéia toda migrou para assistir boxe com robôs. Nesse futuro, um ex-lutador de boxe de verdade, meio babaca e derrotista, ganha a vida participando de lutas vagabundas com seus robôs lutadores vagabundos, devendo dinheiro para um monte de gente e enrolando a garota que gosta dele. Para piorar, uma antiga namorada morre e deixa para ele o filho de 11 anos, com quem ele terá que passar alguns meses.

E aí ele passa a amar a criança, se entender com a namorada, vira um bom moço e etc. E tudo isso com robôs nem tão gigantes se batendo no meio.

A história é manjada e clichê, mas é tudo feito de forma bem redonda. Filme bem legal. Eu só teria diminuído um pouco a quantidade de zooms na cara do robô. Também a cena dele se olhando no espelho. E até o pseudo-nariz e boca que ele tinha (2 baita arranhões na grade da cabeça). Originalmente vi o filme assustado, achando que a qualquer momento iriam estragar tudo fazendo o robô ter consciência e demonstrar carinho, ou se esforçar mais na luta porque ouviu a criança gritar... Graças a São Asimov não teve nada disso. O bicho era só um pouco mais esperto que um liqüidificador. E só.

Última coisa, eu não tenha nada contra a Kate de Lost, mas não consigo acreditar muito em filme quando tem alguma personagem que morou na lama, viveu num ambiente ferrado, mecânica de tanques desde criança, ou qualquer coisa assim, e a mulher é uma magrelinha gata. Ok, eu gosto de ver mulheres bonitas. E as cenas românticas não teriam apelo se a atriz fosse a Helena Bonham Carter (e o sujeito o John Goodman), mas algum dia eles precisam passar a colocar mulheres mais normais, com um nariz torto, ou musculosas de forma não-sexy, ou sem peito, etc. No caso do filme, a Kate passou a vida envolvida nos assuntos - e nos lutadores - da academia de box do pai. Não precisam exagerar, mas normalizar um pouco, tipo cinema europeu. A Lois Lane do filme do Super-Homem, por exemplo [estou falando do filme de 1978], não era grande coisa, mas não era feia. Acredito num relacionamento entre ela e um repórter emocionalmente passivo com problemas de fala, visão e vestuário. Já não acreditaria se, ao invés da Margot Kidder, tivessem colocando a Demi Moore ou a Rebecca De Mornay.

Mas é isso, falei que não ia falar muito, e fiquei divagando.

Ah, comentário final e uma dúvida:
- comentário: na luta final, quando o robô-vilão (por assim dizer) pula por cima das cordas do ringue, gostei do fato do personagem do Jackman ter achado legal e digo algo no estilo "Muito maneiro!". Finalmente! Uma reação que eu considero mais realista nesse tipo cena. Geralmente eu esperaria os personagens fazendo cara de nervosismo ou reprovação. Mas eu, pelo menos, já usei muitas vezes a frase "Eu não gosto dele, mas isso foi f*da!" ou "Aha! Boa!" (quando ouço um bom argumento, mesmo que a pessoa esteja completamente errada).
- Na luta final, a mulher que segurava a plaquinha indicando os rounds, a roupa dela não pareceu ser aleatória. Acho que já vi aquela "mulher-robô" em algum lugar... Alguém lembra onde? Depois de escrever essa frase, fui pesquisar sobre "garotas robô cromadas" e cheguei nesse nome: Hajime Sorayama. É. Talvez seja isso. Vejam vocês as imagens.

Menti. Terminei ainda não. Estava esquecendo de comentar... Para quem interessar, o filme é baseado em um conto de Richard Matheson, o mesmo que escreveu "Eu Sou a Lenda" [esqueçam o filme cretino, o livro é muito bom - e no livro o título faz sentido] e o conto que deu origem ao filme A Caixa [outro filme cretino]. O conto é o "Steel", de 1956. Envolve robôs lutando boxe e o personagem principal é ex-boxeador. Acabam aí as semelhanças. No conto, os robôs têm aparência humana até. Nada muito notável, mas não é ruim não. Não sei se já foi publicado em português, mas acha-se fácil em várias coletâneas de contos de FC. Também virou um episódio de Além da Imaginação (mas não sei se o episódio seguiu a história do conto ou se é só vagamente baseado também).