domingo, 30 de dezembro de 2012

Astronauta: Magnetar

Autor: Danilo Beyruth  --  Editora: Panini
Com personagem de: Maurício de Sousa
Páginas: 80  --  Ano: 2012
ISBN: 978-85-65484-41-1  --  Tamanho: +/- uma folha A4.
Em versões capa dura e mole. Páginas coloridas.

Eu devo ter sido uma criança estranha. Ouço por aí toda a adoração que galera um pouco mais nova, da minha idade, ou um pouco acima tem pelos quadrinhos da Turma da Mônica... E eles, na verdade, nunca me disseram nada. Sei lá, Turma da Mônica, Luluzinha, Riquinho, Pateta ou Tom & Jerry eram quadrinhos que eu lia se caísse na minha frente, mas mera falta do que fazer... Ou lia nas tirinhas de jornal. Nesse caso, Horácio bem mais que os da turminha em si.

Astronauta
então... Sabia quem era, mas acho que nunca lera antes alguma história dele. [bem, e de certa forma continuei sem ler] [a propósito, só para comentar, o que eu mais lia eram Recruta Zero e Tio Patinhas]

De cara então... sobre o personagem original mesmo... um choque! Ele é adulto! Ou isso ou a distorção temporal dele viajando no espaço fez com que ele ficasse ainda criança enquanto seus conhecidos cresceram. Digo isso porque a Ritinha, que era namorada dele na Terra... Casou! Putz! Não sabia nada mesmo sobre o personagem. A Ritinha é essa aqui (tem bom gosto esse rapaz). É adulta a garota! Eu a estava confundindo com alguma outra personagem pelo jeito. Achei que só tinha adulto nas histórias do Rolo.

Tem algo mal contado nisso... Ou o cara então é bem baixinho.

Mas falemos sobre o quadrinho sendo resenhado e não de minhas burrices.

A história: o Astronauta, numa versão adulta [apesar de ter descoberto agora que ele sempre foi adulto], está sozinho em sua nave, como ele gosta, indo pesquisar um magnetar (resumindo absurdamente, é um tipo de estrela ferrada, bem complicada de conseguir estudar). No caminho ele fica pensando na vida, lembrando dos bons tempos. Aí sai para instalar uns equipamentos, não recebe a tempo o alerta da nave de que algo estava errado, tudo explode, estraga a nave, e aí o cara fica preso lá, sem poder sair e sem poder pedir socorro. E aí ele continua pensando na vida, agora de forma mais deprê.

Opinião: No final da revista é mostrado rapidamente um pouco do processo criativo, desenhos e idéias não aproveitadas, e então é mostrada a tirinha original. A 1ª aparição do personagem, que apresentou o Astronauta aos leitores. Uma única folha, com uma micro historinha em quadrinhos dizendo "Esse sujeito estudou e virou astronauta. E aí a namorada casou. E uns ETs deram uma roupa para ele. E agora vamos acompanhá-lo em incríveis aventuras". Bem, lá não está escrito assim, mas a idéia é essa.

E esse é o problema dessa revista. Ela é ótima. Mas muito curta. Terminei com aquela sensação de que faltou uma página anunciando "Você gostou desta edição nº 0? Então em março, nas bancas, não deixe de acompanhar a nova revista mensal de etc, etc, onde nosso personagen os levará à todos os cantos da galáxias, etc, etc." Essa revista ficou com muita cara de uma Edição 00. Aquela coisa de 8 páginas que geralmente sai em outra revista só para você ter aquele gostinho inicial e uma introdução ao herói.

Muitos dos clichês do gênero estão lá. Há o tédio do cara sozinho. A perda da sanidade. A recordação dos que ficaram (e achei bem legal nessa parte a Ritinha não ter rosto). A alucinação/fantasma dando lição de moral. Tudo muito bem amarrado em pouco páginas...

Mas deviam ter sido mais. Olhei agora a quantidade de páginas do último quadrinho parecido que eu li (o Independência ou Mortos) e do Lúcifer (na minha estante, no aguardo). E ambos têm 160 páginas.
Pronto. Definido então, o Astronauta: Magnetar tinha que ter tido do dobro de páginas.

O problema de dobrar a quantidade de páginas, é que teria que dobrar a quantidade de texto. Vejam bem, o problema mesmo nem é a quantidade de páginas, é que a história em si você lê muito rápido. Mesmo parando para apreciar as imagens (bonitas!), você atravessa a revista tão rápido que termina com a sensação de "Porra! Já acabou?" [melhor isto do que "Porra... isso não acaba nunca...", mas vocês entenderam!]

De tanto que ouvi falar, comparando a revista até ao filme Lunar, esperava reflexões bem mais profundas, sei lá, algo até meio depressivo, com bastante texto. Uma graphic novel ADULTA. E aí talvez seja a razão da revista não ser longa... O que temos não é uma revista adulta de fato, é uma "graphic novel para adolescentes". (ou pré-adolescentes... sei lá, uns 14 anos é o quê?) Avançaram a faixa etária do leitor do Astronauta, mas não tanto quanto imaginei. [ou me levaram a imaginar] Nada da complicação, política, ou implicações secundárias de antigas graphic novels do Batman ou X-Men, nada da depressão ou a arte de uma graphic novel do Demolidor ou Monstro do Pântano. É uma boa história, só não traz nada de novo para quem já passou dos 17.

Olhei algumas resenhas por aí, e essa aqui diz que Mônica é para as crianças, a Turma da Mônica Jovem para os adolescentes e a Graphic MSP para os adultos. Desculpe discordar... Mas a Mônica é para crianças, a Turma Jovem para débeis (ok, para PRÉ-adolescentes talvez), e a MSP é para adolescentes. Quando eu era era criança (ou pré-adolescente, ou tween, ou qualquer nome idiota da moda) eu via desenhos japoneses muito mais depressivos, com morte e drama. E lia tranquilamente graphic novels de primos mais velhos. E eu não era anormal [nerd? sim! ok] Pessoal agora tem a mania de tratar qualquer um abaixo de 15 como um idiota completo. A garotada de hoje até "amadurece" mais cedo para algumas coisas (como sexualidade ou tecnologia), mas de resto, os pais estão ficando tão assustados, que exageram na direção oposta, e acham que eles não podem ter contato com nada mais complicado antes dos 20. Porra, pais! Galera de 13 já pode ver desenho com morte e ler Batman com violência.

Mas voltando, eu falei antes que a revista não era assim tão artística. Aproveitem para dar um pulo nesse último link que lá tem algumas boas amostras das páginas. Elas são bonitas. Mas... Talvez por eu ter esperado algo mais adulto, esperava algo mais rabiscado e sujo. Uma pintura mais "fora das linhas". Não consigo pensar em nenhum exemplo explicativo. Não precisava parecer um Marvels, mas imaginara algo puxado para Hellboy ou mesmo Sandman (que é bem colorido). [se bem que eu gosto das histórias, mas nem tanto assim dos desenhos do Sandman]

Arrependo-me ou desrecomendo a compra? Claro que não. É uma excelente história. Uma boa iniciativa. Desenhos muito bem feitos. E foram só 20 ou 30 minutos lendo... Mas foram bons 20 ou 30 minutos. Só não valeu foi toda a preparação de "não vou ler agora não... vou deixar para ler com calma, com tempo, numa cadeira confortável, etc". E vou comprar as demais revistas da linha Graphic MSP. Mesmo nunca tendo grande afinidade com a Turma da Mônica (e Chico Bento menos ainda, e Piteco menos ainda que o Chico Bento), como eu disse, a iniciativa é bem interessante.
E são revistas isoladas (one-shots), então você lê e pronto. Não tem aquela coisa de ter que continuar lendo depois. Essa primeira edição teve mesmo a sensação de uma revista introdutória, mas pode ser só comigo. Sei lá. Uma outra forma de analisar é só entender como um final aberto otimista "Puxa, consegui escapar! Mas não vejo a hora de voltar ao batente outra vez."

Bem, já falei demais. Recomendação final: uma boa compra para uma criança de 13 ou 14 (esqueça esse papo de revista "adulta"), boa compra para os nostálgicos que gostavam do personagem quando criança (isso eu falo com base em tudo que li por aí, já que eu mesmo não lia) e bem legal para quem só quer ler algo nacional diferente do comum (agora sim, meu caso).

E se ainda estiverem na dúvida, tomem algumas resenhas de outros:
RPGista  --  Universo HQ  --  Melhores do Mundo  --  UOL Entretenimento

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Crepúsculo 5

Nome orig.: The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2
Nacional: Amanhecer - Parte 2, O Final
Duração: 1h55min  --  Ano: 2012  --  Trailer
De: Bill Condon (de Candyman 2 - A Vingança)
Com personagens de: Stephenie Meyer
Com: as mesmas pessoas que listei na postagem anterior.

Fim do martírio. Segunda e última postagem sobre a "saga" e nunca mais quero olhar para isso. Agora é esperar alguns anos e começar a me divertir com as pessoas dizendo "Putz... Eu revi aquele filme... Menina, eu amava aquilo! Onde é que eu estava com a cabeça?"

Deixem eu já reclamar da conclusão do filme. Qualquer pessoa que já jogou um jogo de tiro em 1ª pessoa (FPS) já passou pela seguinte situação: esta lá você caminhando, aí abre a porta, surge um monstro, tu leva um susto e antes de reagir ele te mata.
Aí a fase recomeça, tu já abre a porta já de bazuca na mão... E mata o monstro. E aí você entra e descobre que atrás do monstrão, tinham 5 monstrinhos. Você tenta correr, trocar de arma. Eles te matam.
Aí lá vai você de novo, entra de bazuca na mão, mata o monstro, e antes de aparecerem os monstrinhos, já tá soltando o dedo na metralhadora. E aí você passa.

Clássico.

Pois bem... Temos o filme. Temos um vilão que JÁ não queria mesmo fazer as coisas pelas regras, ele só queria matar todos ali [e alguém me explica como ele convenceria a vidente a ficar amiga dele depois que ele matasse toda a família dela], e mostram para ele a cara de cada membro do "exército" oponente, assim como cada golpe especial e arma secreta.

Convenhamos... 30 segundos depois daquele cena o cara deveria virar para o seu vice-vampirão e dizer "Agora que sabemos quem são e o poder de cada um dali, quero o nome e endereço de todos, e quero-os mortos em 1 semana. Leve tantos quantos necessários. No 8º dia estamos aqui de volta."

Ok, a bonitinha poderia ter uma visão disso tudo. Mas cacete! Se ele resolvesse reunir 500 ao invés de 30, ela só ia poder sentar e chorar. Qual a base do poder (governamental, quero dizer) dele? A Dakota Faning, alguns membros da Família Hanson, o figurante do Harry Potter e um cara que parecia o vampirão-chefe do Anjos da Noite? Só porque eles matam de forma diferente? Nada que munição explosiva na cabeça não resolvesse. Para o cara ficar no poder ele deve ter muito mais vassalos do que aquilo. Mal explicado, muito mal explicado.

Por falar nisso, qual a utilidade do vampiro-loiro-anti-social? Ficou lá na casa dos mocinhos, dando uma de "sou o fodão eremita", ficou olhando do alto da árvore, depois saiu do filme sem nenhuma utilidade.

Dica para quem fizer a refilmagem no futuro: esse tipo de coisa você pode cortar! Tem gente que vai ver o filme sem ter lido o livro, essas pessoas não fazem questão de que apareça na tela cada personagem, só para constar que apareceu.

Estava passando Homem-de-Ferro na TV agora... Começo do filme. Deixei ligado por alguns instantes só para rever a explosão da montanha. Aí o Stark entra no carro... Tem uma explosão... E ele está na caverna! Notaram a falta de algo? Cortaram toda a conversa dentro do carro com o figurante batendo foto e depois da explosão cortaram toda a parte dos figurantes morrendo em batalha.
É isso que se faz quando você tem algo para contar e não tem tempo. Você corta os figurantes! [ok, nesse caso foi só porque a Globo queria acabar o filme logo. Mas a idéia é a mesma]

Imagina se cada filme adaptado fosse colocar cada pessoinha do livro em tela... Watchmen, por exemplo,  MUDOU O FINAL da história, e fez isso tão bem feito, que fico na dúvida se não foi uma solução melhor que a do quadrinho até. Humm... Melhor não. Não sei. Mas certamente mais redonda.

Mas divago...

Pensando bem, voltemos a divagação, porque acabei de lembrar das duas....eeerr... digamos... como direi?.... BRASILEIRAS do filme! Que porra era aquela?
Pareciam figurantes de algum filme pornô asteca! Podia ser pior, mas nem indígena elas pareciam. A do final, que foi levar o filho mestiço até podia enganar muito vagamente, mas as duas principais não. Vejam o filme (ou rapidamente a foto aqui), voltem e cliquem neste link, neste, neste ou neste vídeo. Essas são mulheres ticunas.
Ok, a Zafrina [deu um baita trabalho agora descobrir o nome da personagem] era gata [ela na verdade é inglesa com sangue africano e espanhol], mas CACETE!, de indígena brasileiro não tinha nada ali! Só faltou o poder dela ser a lambada ["A Dança Proibida"]. A outra você nem percebe que existe, mas de índia também não tinha nada.

Mas a propósito, gente de Hollywood, quando resolverem rebootar os filmes do X-Men, a Judith Shekoni daria uma excelente Ororo. Teria que checar como ela fica de cabelo branco... Mas sabe de uma coisa? Mutante ou não, num eventual futuro filme, tinham que sumir com isso. A Lola/Yuki/Nova do Patrulha Estelar não era loira na versão com humanos e foi uma decisão correta. Ficaria bizarro uma japonesa loira no meio da história e ainda tentar levar o filme a sério.

Ah, outra coisa... Baita batalha... E aí no meio dela... O Grito Wilhelm!!
Putz! Foi pedir para sair do clima. Mesmo que isso não seja conhecido pelas garotas que leem Crepúsculo, ficou um gritinho... me perdoem a incorreção política... mas ficou um gritinho "afeminado" no meio da ação! Não combinou.

Mas é isso! Notaram que vocês leram até aqui e ainda mal falei do filme? Pois é... Filmaço, hein! Supimpa! Ô! Eu não tenho palavras... é Oscar na certa!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Argo

Resenha rápida, para tirar o blog do marasmo.

Nome original: Argo
Duração: 2hs  --  Ano: 2012  -- Trailer (OBS: não veja! droga de trailers atuais, que entregam cenas chaves ao invés de só te deixaram no suspense)
De: Ben Affleck (de Atração Perigosa)
Com: Ben Affleck (de Barrados no Shopping e Demolidor), Bryan Cranston (o pai da família em Malcolm in the Middle), Alan Arkin (de Pequena Miss Sunshine), John Goodman (de A Vingança dos Nerds e o Fred Flintstone do 1º filme), Victor Garber (de Legalmente Loira e Titanic, um daqueles caras que você sempre vê por aí, mas parece que nunca é o principal), os 6 reféns (Tate Donovan, Clea DuVall, Scoot McNairy, Rory Cochrane, Christopher Denham e Kerry Bishé) e Sheila Vand (papel pequeno mas importante, e eu sempre gosto de citar as mulheres bonitas).

Resumindo: ótimo filme. Queria poder fazer elogios à direção, fotografia, e todas essas coisas mais técnicas. Mas não entendo nada do babado. E também não sou tão velho a ponto de ter lembranças "ao vivo" da crise dos reféns, então não há do que reclamar de "Isso não foi assim!!!". Não sei. Até onde sei, foi tudo igual. [mas não foi, hein! no mínimo do mínimo, leiam o artigo da Wikipedia] Boa parte do que lembro devem ter sido de retrospectivas televisivas de alguns (ou mais) anos depois, e só lembrava dos que ficaram presos na embaixada americana, não dos que "escaparam". Mas eu lembro do Aiatolá Khomeini! Isso é da minha geração ainda. Tínhamos ditadores bem mais interessantes na minha época. O Ahmadinejad e o Assad até que tentam, mas nunca terão o "charme vilanesco" do Kadafi nos seus bons tempos, por ex..

Ok, mas vamos ao filme. Para quem é muito novo para lembrar, existiu uma Crise dos Reféns no Irã, em que empregados da embaixada norte-americana ficaram na mão de militantes por quase 2 anos. Mas meia dúzia conseguiu escapar a tempo e ficaram escondidos na embaixada canadense. O filme é sobre o que foi feito para tentar tirar esses 6 de lá em segurança. O trailer e todo o marketing do filme já diz o que foi feito. Mas se puder, veja sem saber, só pela surpresa [e na hora lembre: fatos reais!]

E é isso. Belas cenas [por falar nisso, a Torre Azadi é muito maneira. No filme ela pareceu ser maior do que realmente é, e ela seria extramente foda se tivesse o dobro ou triplo da altura, mas ainda assim, muito bonita], tensão sem parar, e nenhuma cena é desperdiçada. Nada ali pareceu estar em cena só para dramatizar, dar um charme ou encher película. E eu não lembrava que na crise tinham esses 6 em paralelo (se bem que por mais que eles temessem por suas vidas, o "cativeiro" deles foi bem mais aprazível que dos demais) e, para assistir ao filme, não lembrar de nada do que aconteceu é bom. Como é baseado em fatos reais, eu vi o filme esperando qualquer tipo de final. Até onde eu sabia, tanto podia metade deles ter morrido, como ter dado tudo certo, ou terem sido todos fuzilados.

Filme altamente recomendável para galera jovem que quer ver um bom trhiller de tensão ou que seja fã do Ben Affleck (sim, existe!); para os medianos como eu, que sabem quem eram os ditadores da época e tem boas noções do contexto; e até para quem lembra de tudo aquilo. Depois de ver o filme eu liguei para os meus pais e o recomendei para a minha mãe, falei até que ela podia falar para o meu pai que ele também gostará [ele sofre quando minha mãe o leva para ver filmes como "O Gato do Rabino" ou "Babel"]

Tudo bem que já "enganei" minha mãe [não foi de propósito] e a fiz ver Distrito 9, falando que era um filme sobre racismo e segregação. :-D [pô, mas é!]

Como já disse numa das primeiras postagens do blog (e acima), não sei comentar muito quando é para elogiar. Mas para não terminar outra postagem dizendo que alguma das atrizes do filme é uma graça (Kerry Bishé [olhei o imdb e não concluí de onde a conheço. Acho que de Scrubs mesmo]), e eu tenho tão pouco para ranzinzar em cima do filme [vide nome do blog], que vou comentar a cena mais inútil de ser comentada. Aquela que fará você terminar essa postagem pensando "ah, peraí... filmaço sobre política, CIA e crise no oriente... e o cara vem me falar DISSO?!". Pois... Vide novamente o nome do blog, a parte antes do Ranzinza.

Não sei se foi um "erro proposital", para dar realismo cenográfico (afinal, era um quarto de criança - se bem que até por isso mesmo, talvez fosse menos provável de estar errado), mas mais alguém teve a cretinice de reparar que erraram a posição dos bonequinhos? Colocaram o jawa no lugar de um dos sujeitos do povo da areia e vice-versa. [não falei? pior fim de postagem sobre o filme Argo possível!]

Ah, pensei em algo útil: para quem quiser se aprofundar, foi lançado no Brasil o livro Argo, escrito pelo agente que é o Ben Affleck no filme. Detestável a capa ser o cartaz do filme, mas editora brasileira tem essa mania ofensiva... Obrigado, editoras. Muito gentil da parte de vocês. A capa americana nem é tão melhor assim, e ainda parece o cartaz de 11 Homens e Um Segredo, mas passa.

Ah, e resenhas dos meus 2 sites preferidos para linkar resenhas:
Cinema com Rapadura: consagração como cineasta / poderoso thriller político
Screen Rant: a tense and captivating ride
E alguns comentários mais longos sobre fatos x ficção no filme, também do Screen Rant.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Assistindo Crepúsculo

Resolvi ver o último dos filmes do Vampiro Perolado no cinema. É, vai ser uma merda, mas no cinema tudo fica melhor. O problema é que eu nunca tive coragem de ver o resto... Decidi então fazer uma semi-maratona Crepúsculo ("semi" porque o meu limite é 1 filme por semana, macacos me matem se eu ver mais que isso).
Pois bem, o primeiro não vou rever. Li o resumo no Wikipédia e vi cenas soltas para relembrar as partes finais e a cara deles. E a resenha do último fica para daqui 1 mês.
Então cá estamos... Meus comentários sobre o trilogia do meio!


■ LUA NOVA ■  (15/nov)

Meu deus, não... não... é muito ruim! E estou escrevendo essa postagem ainda no meio do filme. Na verdade antes do meio. Já estava desesperado e resolvi ver se faltava muito... "AAAHH!!! Nem deu metade ainda!" Tive que descansar um pouco da joça. Pelo menos o Vampiro Purpurina praticamente não aparece o filme inteiro! [ah, não! lembrei que ele fica dando uma de Gasparzinho... já tinha esquecido!]
E, qualé! Tom Cruise, Banderas, Brad Pitt, todos os personagens de Forever Knight, a versão jovem do Drácula no filme do Coppola, todos os Garotos Perdidos e o Blade!! Todos eles foram vampiros decentes [ou quase, admito que Forever Knight era meio "kitsch"] e nenhum fica andando por aí com aquela cara de pó-de-arroz!
Gnomos me protejam! O "pai" dele é até meio esquisito também, mas todo o resto da família é normal [a irmã vidente é gatíssima], e o cara fica com aquela cara de maquiagem de palhaço, de batom, fazendo biquinho, e aquele olhar avermelhado de quem chorou mordendo a fronha a noite toda... E ele é o gato-sexy-de-ar-misterioso da região? Pô, vou eu pra tal cidade de Forks. Vão achar que minha barriguinha sedentária é músculo! Não vai ter lobisomem sarado que me segure!
E as falas... não... as falas! Não me façam lembrar das falas!
Bem... parei com o Bicudo tendo um Pon Farr Lupino [é... tá virando hominho-lobinho!], hora de voltar e terminar. Que ainda faltam 2 filmes e meio até terminar essa postagem!

/* sei lá quanto tempo e 2 fatias de pizza depois... */

Pronto. Terminei esse filme. Um ponto a favor: a transformação dos lobisomens é tão rápida, que não dá para ficar ridícula, com você vendo nariz se esticando e esse tipo de coisa. Gostei. Até os lobos gigantes digitais ficaram bem feitos. Diga-se de passagem, quando eu leio os livros das Canções de Gelo e Fogo, e alguém fala de lobo gigante, eles são muito parecidos com esses do filme [só um pouco menores]. Por mais que "lobo gigante" tenha sido uma adaptação de "direwolf", não quero saber, se é para impressionar pelo tamanho... o tamanho tem que ser impressionante!

Agora, aproveitando o papo de lobo... Ô trilha sonora ruim! A cena da floresta, envolvendo uma perseguição, uma ruiva, e lobos gigantes... 3 coisas que juntas não podiam dar errado! Mas colocaram uma musiquinha de cena romântica de novela ruim, que carácoles! Não!

E comentário final, antes de eu assistir Robot Chicken ou Phineas & Ferb como antídoto! Pior... adaptação... de Romeu & Julieta... da História! Não há interjeições de espanto e asco bem-humorado suficientes para esta frase, então vou para a moral da história logo: na época de Romeu & Julieta, não existiam celulares!! Pronto! Ele resolve se matar porque, até onde ele sabe, o pai de garota pode ter ido no enterro do padeiro!?!

Comentário pós-final: sim, se você leu o livro e está pensando que eu sou um babaca, que não entendi nada, que no livro explica melhor ou qualquer coisa assim... Que bom. Fico feliz. Mas eu sou espectador do filme, não leitor do livro. E se isso aconteceu, apenas torna o filme pior ainda, que além de todos os defeitos, ainda foi uma péssima adaptação!


■ ECLIPSE ■  (28/nov)

Foi complicado... Achei que não teria coragem de continuar. Enrolei bastante. Mas comecei a ficar curioso com o filme que está no cinema, e quero tentar vê-lo antes de O Hobbit estrear.
Foi hora de ver o 3º filme.

Ao contrário do anterior, resolvi ir escrevendo durante o filme (ao invés de uma parada forçada no meio e ao final), então o texto deve estar menos linear. Problema seu. Você assistiu ou está pensando em assistir A Saga Crepúsculo, certo? Então exigir qualidade não é seu forte. [desculpe! você é meu leitor, então gosto de você. rs!] Mas obviamente ajustarei o texto um pouco depois.

E não sei se foi trauma da ruindade do filme anterior... Mas até que não achei esse detestável não. O melhor dos 3 até o momento. Bem divertido em algumas partes. Mas vamos aos comentário soltos.

A maquiagem de palhaço ainda está foda, mas menos horrível. A do mocinho pelo menos, o pai ainda parece um manequim de plástico.

Do que a Bella estava reclamando quando sacaneou a festa anterior da Vidente? A reunião familiar do 2º filme? (ou teve alguma festa no 1º? esqueci esse filme inteiro já). Sei lá, na hora pareceu algo do livro que quem não os leu não entenderia. Tiveram outras conversas no filme que eu não consegui acompanhar direito também, e nem foi má vontade. Para compensar o filme, estava comendo gordices saborosas, então estava de bom humor.

Por falar em humor, o filme está bem mais engraçado. E nem foi acidental. As implicâncias entre o Lobo e o Vampiro eram bem divertidas. Até a conversa sobre camisinha ficou engraçada.
Outra coisa que deixou o filme um pouco melhor (ou pensando agora de outra forma: fez o filme ficar mais curto, enchendo lingüiça com outros assuntos) foram os vários flashbacks mostrando as vidas anteriores da galera. Não que fossem realmente interessantes (e muito menos úteis para o enredo), mas deu um ar de Highlander ao filme. Não ficou de todo o mal.

E depois algum fã me tira uma dúvida: porque porras os vilões implicam pela mocinha ter parido uma vampirinha, se a Dakota Fanning existe no filme? Ok, não é mais bebê, mas não parece ter mais de 15. Por falar nisso, cacete! Pessoal não tem criatividade! Na verdade, o problema nem é criatividade, é ofender a inteligência do leitor/platéia. Notei no filme anterior mas esqueci de comentar... Sério que os vilões se chamam Volturi? Que nada mais é que uma pronúncia muito próxima de vulture? (vulture=abutre). Detesto essas ofensas indiretas. Sim, eu sei que eles são os vilões. Não precisa que o nome do personagem seja Eusoumal Léfico. Pelo menos no Os Mercenários 2 o vilão se chamar Vilain tem lá sua graça, pois o filme é zuação.

Ah, na cena da Vampirolescente Dolorosa em Seattle, um dos vampiros coadjuvantes é a cara do Justin Bieber!! [tão parecido, que fui checar se não era mesmo uma ponta dele]

Ok... o Lobo quer o que é melhor para a garota. E ela corria o risco de sofrer amputação dos membros por congelamento... Aí ele, imbuído do seu melhor espírito altruísta resolve... TIRAR UMA CASQUINHA! Virar um casaco de pele gigante, muito mais aquecido, nem pensar, né? Para que parecer um cachorro enroscado no dono, se ele podia ficar vagamente encostado na garota quase moribunda, só para irritar o Morcego. [tã-nãnã-nãnã-nãnã... Batman!!]

Trilha sonora: ainda cheio de músicas de novela, mas melhorou consideravelmente. Acho que foi na cena da montanha que até tocou uma legal, orquestrada com cornetas (ou qualquer outra coisa que assopre, sei lá... podem ser oboés até onde eu sei). Gosto de temas com esse instrumento (seja lá qual for).

E porque diabos vampiro morre virando "gesso"? Foi só para o filme ter censura infantil? (igual ao sangue rosa dos klingons?) Ou essa coisa besta está nos livros?

E aí... perto do final. O filme volta ao seu padrão de falas horríveis. Não que antes tenham sido boas, mas piora. O discurso da garota explicando porque quer ser vampira pode até ter soado bem no livro, mas a mocinha não ganhará o Oscar tão cedo. A conversa com o Lobo antes também. O mérito pro final do filme é que parece que esqueceram o pó-de-arroz, o vampiro parecia quase normal.

Por falar nisso... Todo o trauma da garota de "quando virar vampiro, nunca mais vou ver minha família..." Porque? Ela tem uns 17. Ela conseguiria muito bem viver mais uns 10 anos lá na cidade, e, se muito, pessoal ia dizer "Poxa Bella! Conta aí o segredo! Tá inteirona ainda, hein!" Na verdade, aos 27 ninguém perguntaria uma coisas dessas. Ou seja, ninguém nem suspeitaria de nada. E aquela galera é rica, vive a gerações enganando o governo, são safos para cacete... Eles não sabem fazer uma maquiagenzinha envelhecedora não? Eles não têm nenhum amigo vampiro em Hollywood que pudesse ensinar para eles?

E também, né... Muito simples: conta pra droga dos pais! Ela descobriu que o sobrancelhão era vampiro em alguns minutos numa cidade nova. Nesse rítmo, no planeta Terra dentro do filme, devem ter algumas centenas de milhares de humanos que sabem que vampiros existem. Só mais 2 agora. Resolvido!
Todo o drama da garota, que já era mal interpretado, vira lixo com isso.

Mas vá lá... No geral, foi um passatempo quase agradável. Não foi bom, mas também não me senti forçado a assistir. É um filme ruim, claro! Mas ser ruim não quer dizer que não se veja. Indo nesse embalo, é até capaz de achar o próximo decente e dizer que o último é bonzinho!

Ah, outra coisa boa do filme. Trocaram a atriz da ruiva pela Gwen Stacy! (não que a anterior fosse ruim, mas essa é mais bonita).


■ AMANHECER, Parte 1 ■  (6/dez)

Desta vez não parei o filme no meio para escrever, nem fui escrevendo enquanto via...
O filme deu tão pouco trabalho pensar no que digitar (e não falo isso em nenhum bom sentido) que fui meramente rabiscando alguns comentários para fazer, tão poucos que os fiz na traseira de uma nota fiscal. É sério. [era de um dos livros da Haruhi até]

Passemos a limpo os garranchos.

O filme não tem história. Pois é. Achei que seriam 2 filmes para fechar porque era muita história para ser contada. Pois então... Não é. Não que fosse ficar melhor fazer corrido. Eu ainda acho que ter transformado O Senhor dos Anéis numa trilogia foi pouco. Seis filmes estariam legais. Talvez até desse para encaixar o Tom Bombadil! ["DJ Bombadil, o nº 2 do Brasil!"] De repente com mais filmes até daria para as histórias dos filmes ficarem quase +/-. Claro... teria que tirar a maquiagem ridícula dos vampiros.

A propósito, nesse filme o Ed [depois de tantos filmes, já posso chamá-lo assim!], mas então... Edinho... até parecia um ser-humano! Quase sem a maquiagem ridícula do 2º filme [não lembro da cara dele no 1º]. Mas o pai... putz, tá cada vez pior. E já que estamos falando de estética e moda, achei que Irmã Vidente no começo meio estranha, mas depois ficou melhor com cabelo mais comprido (relativamente falando). Até uma curiosidade técnica minha... As cenas do início foram gravadas depois de todo o resto? Os atores pareciam bem mais velhos e magros no começo do filme do que no resto dele.

Voltemos aos garranchos.
Ah, sim! Eles não têm química. Tem muito casal por aí, famosos, ou amigos, ou parentes, que tu olha e, se fosse um filme, você não teria escalado os 2 ao mesmo tempo. Mas o namoro ou casamento deles vai firme e forte. Então isso nem me incomoda tanto. Dá até um certo realismo. Nem todo casal tem cara de eles-foram-feitos-um-para-o-outro. Mas é um filme de vampiros, então dane-se isso. Podiam ter escalado 2 atores melhorzinhos. Quando eles estão rindo, implicando um com outro, ou coisas assim, eles convencem bem como casal. Mas quando começa a troca de olhares ou momentos mais picantes... Falta muita faísca ali!

Por falar em momentos mais picantes... Pô, ela veio pro Brasil, podia ter comprado um biquíni decente.

Ah, outra cena legal na floresta. Gostei da parte da reunião dos lobos. Não quando eles começam a "falar". Se bem que isso me incomodou muito menos do que eu esperava. Ouvira falar muito mal dessa cena (acho que foi num dos episódios do Rapadura Cast). Mas então, antes de começar a conversa, a cena deles uivando, correndo, aí mostra outro lobo, e sai correndo... Lembrou-me, por um bem breve instante, a cena dos faróis de fogo d' O Senhor dos Anéis, talvez a melhor cena dos 3 filmes. [se bem que revendo-a agora... a grandiosidade da cena faz parecer que são muitos mais faróis, para uma distância muito maior! e assim, nunca que a ajuda chegaria a tempo. Não importa e nem vem ao caso.]

O filme tem tão pouca história correndo, que anotei no papel uma segunda vez "Nada acontece!". O filme quase tem um enredo depois que acaba a lua-de-mel, mas até isso acontecer, foi quase 1/3 do filme. Muito, muito lento.

E última anotação no papel: a melhor cena do filme foi ela contando os nomes de bebê que ela estava querendo.

E que coincidência cretina... O médico da família ficou fora o tempo suficiente para os mocinhos terem que fazer o parto sozinhos. 1) porque eles não criam bezerros? 2) só tem caça na reserva indígena? e 3), ok, eu não entendo nada de biologia de vampiros, não conheço as necessidades alimentícias e de vitaminas deles, mas cacete! Estômago tem limite de espaço. Então 1 ou 2 porcos deveriam resolver. Talvez um urso para 2, ou uma dúzia de pombos para cada um. Em suma, que trabalho dá arranjar o que comer??

Outra coisa, muito mal explicada a raivinha dos lobos pelo bebê. Ok, mais 1 vampiro no mundo. Grandes merda. Mas de repente, do nada, era algo gravíssimo, só para fingir alguma tensão e o filme não terminar sem nenhum conflito. Fraco, fraco.


Bem, é isso...Se você queria saber a opinião de um não fã e ter uma noção do que esperar... Imagino que não, mas espero ter ajudado. Agora é ver o último dos filmes semana que vem e descobrir quem é que morre.

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E já faz um bom tempo, que sempre que eu vejo um filme, eu ponho os dados técnicos no começo. Bem, esses vão aqui no final. Só para não ficar sem:

Nomes originais: New Moon, Eclipse e Breaking Dawn - Part 1
Duração total: 6h10min  --  Anos: 2009, 2010 e 2011
De: Chris Weitz (A Bússola Dourada [gostei dos livros, mas o filme falhou um pouco mesmo]), David Slade (30 Dias de Noite) e Bill Condon (Candyman 2).
Com: Kristen Stewart (Quarto do Pânico e Flintstones 2), Robert Pattinson (Harry Potter e o Cálice de Fogo), Taylor Lautner (As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl [ele é o Garoto Tubarão]), Ashley Greene (Radio Free Albemuth e do seriado Pan Am), Billy Burke (Fúria Sobre Rodas), Peter Facinelli (O Escorpião Rei), Michael Sheen (Anjos da Noite), Anna Kendrick (Scott Pilgrim Contra O Mundo) e Dakota Fanning (A Menina e o Porquinho, Guerra dos Mundos, Garotas do Rock e do seriado Taken).


E para também não ficar sem, e a postagem ser completa, recapitulemos o 1º filme:

■ CREPÚSCULO ■

sábado, 13 de outubro de 2012

Três Dedos: Um Escândalo Animado

Nome original: Three Fingers
Autor: Rich Koslowski
Editora: Gal Editora  --  Trailer
Ano original / no Brasil: 2002 / 2009
Páginas: 140  --  ISBN: 978-85-61780-02-9
Cores: P&B  --  Tamanho: A4 (1 cm a menos)

A história, bem, o trailer acima já (não) explica. Basicamente, é um mundo meio Uma Cilada Para Roger Rabbit (ou Quem Censurou Roger Rabbit?, se você for mais literário), onde desenhos animados vivem e interagem normalmente com as pessoas de carne e osso.
A revista conta o surgimento da amizade e das grandes produções animadas com Rickey Rat e seu amigo humano Dizzy Walters (paródias de Mickey Mouse e Walt Disney) e segue analisando o motivo por trás de outros personagens não terem feito o mesmo sucesso, e os sacrifícios que eles tiveram que fazer para conseguir um lugar ao sol.

A história é toda contada em formato de documentário, com entrevistas intercaladas, fotos e narrações. Tudo num estilo meio noir, já que estamos falando de coisas dos anos 30 aos 50 e a revista é toda em preto-e-branco. Mas já vi gente resumindo como só "é a história do porquê os personagens animados têm só 3 dedos", bem... dá para resumir assim mesmo. Mas soa um pouco de maldade, a história não é muito profunda nem nada, havia margem pouco aproveitada para englobarem muitos mais assuntos, mas dizer só isso parece pouco.

/* A propósito, Momento Biologia: sempre traduzimos fingers para dedos, e isso não está errado, mas há uma pegadinha... Em inglês não é errada a interpretação de que você tem "4 dedos e o polegar" (está assim no dicionário também, não é só opinião de um ou outro, sei lá, deve ser alguma forma mais antiga de falar) e se você quiser dizer que tem 5 'coisas' na mão, aí você diria "5 digits" [origem do verbo digitar?]. Não temos isso em português [que eu saiba]. É tudo dedo.

Lá também não é errado dizer que você tem 5 dedos/fingers. Se alguém te disser isso em inglês e você corrigir, provavelmente receberá o mesmo olhar de desdem que eu dava quando alguém me dizia que dedo do pé não era dedo, e sim artelho... ["Não, meu caro idiota pedante equivocado... É dedo também!", mas eu não podia dizer isso na cara, porque eu era criança e também não conhecia a palavra pedante]

Mas resumindo, isso é só para explicar porque a história toda fala sobre 3 dedos quando na verdade eles têm 4! É que o polegar não está contando. Na própria revista a editora fala que preferiu manter o nome americano, caso contrário teria que mexer muito no texto do autor, para adaptar.

Bem, esse comentário rápido se esticou em 3 parágrafos... voltemos! */

Não li o quadrinho de surpresa, eu já tinha alguma noção da história e o trailer acima já te coloca num pouco de suspense, mas como eu disse, eu esperava um pouco mais de profundidade. Não teria como fugir muito do humor negro, claro, são personagens de Disney e da Warner dando entrevistas!! Mas eles poderiam ter dado um tom mais sério ou se esticado em mais alguns assuntos. Ou simplesmente, se esticado.

O que me leva aos problemas: a revista teve só 2 na minha opinião, que não são grandes, mas poderiam ter transformando uma rápida e boa diversão em algo épico. [sim, eu exagero mesmo as coisas] Um dos problemas é que ela é curta. São 140 páginas, mas o desenho é muito espaçado. Quando eu comecei a ler achei que ia terminar a revista em 15 minutos, de tão pouco texto e figuras grandes em cada folha. Foi só um susto inicial, mas ainda assim, está longe de ser algo denso, literalmente. O texto não é compacto, há espaço de sobra nas páginas. Com mais texto (ou páginas), a história poderia ser esticada, detalhada, seguir outros caminhos ou focar em mais personagens. Da forma como ficou não está ruim, repito, mas queria mais. Terminei com a sensação de ter assistidos um daqueles mini-documentários de 30min do canal E!.

Ok, o problema acima é algo mais pessoal, quando eu gosto da história, quero que ela dure. O outro talvez possa dizer que é mais técnico. O texto todo, desde o começo, com o rato Rickey dizendo "Eu não sabia de nada... não tive culpa..." vai abrindo um certo suspense sobre porque alguns personagens conseguem sucesso e outros não, teorias de conspiração, menções à um certo ritual... (OBS: no link da editora, lá no alto, há essas primeiras páginas para leitura, e mais umas 2 ou 3 soltas do meio. Basta clicar na capa da revista. Não se preocupem, escolheram bem as páginas, você não ficará sabendo de nada de antemão). Mas aí quando finalmente é revelado para o leitor o que é que acontecia por trás dos panos... Ok, legal, mas pelo suspense que foi feito, eu esperava algo um pouco mais realista ou assustador.

Minha teoria inicial, antes de ler a revista, envolvia a Máfia. Achei que, para conseguir bons papéis no cinema, só através da benção dos chefões; e os personagens teriam que mostrar seu comprometimento dando um dedo. Após começar a ler, e a situação toda parecer mais terrível do que só algo meio yakuza de ser, e ainda usavam a palavra "ritual", comecei a achar que a reviravolta seria mais para o lado sobrenatural...
Não. Isso é tudo que entregarei da história, que já falo bem pouco: não envolve a Máfia nem Satã. [que pena, para ambos os casos!]

Mas ok, ficamos sabendo o que acontecia e vamos em frente. A história não fica ruim, mas perdeu toda aquela pegada inicial de você ficar doido querendo saber o que é que estava acontecendo. "Pronto, agora sabe, e vejamos mais entrevistas."

A revista não chega a ser fina mas, como eu disse, lê-se rápido, então não vou desrecomendá-la para ninguém. Não será cansativa nem exige muita atenção ou conhecimentos. Tendo a chance, podem pegar e ler. Dá para qualquer um se entreter e partir para a próxima. Não recomendo para criancinhas, mas a capa, com o "Mickey" fumando e bebendo tequila, já sugere isso.

Isso posto... Ao mesmo tempo, para curtir plenamente a revista, você precisa ter, sei lá, algo entre 25 e 35 anos. Pode ter mais, desde que você ainda assistisse desenhos animados até uns 10 anos atrás. Já sendo mais novo começa a perigar você não pegar as referências mais antigas. Com tanto Pokémon, Naruto e etc hoje em dia, se você tem 18 talvez não saiba quem foi 'Fritz, o Gato', Ligeirinho ou Frangolino. Eu mesmo, por ex., fiquei na dúvida se o macaco que aparece era paródia de algum personagem ou só um macaco qualquer. [nota: ao que parece, era paródia de um tal de Bosko, encontrei cada possível referência nesta página: Grand Comics Database - Three Fingers]

Já entre 25 e 35 de idade, fica mais fácil supor que você tenha assistido à todos aqueles desenhos antigos ainda, reprisados ad infinitum pela Globo e SBT [ou TVS! ha! seu velho!] ou até pela Cartoon Network, então deve ter crescido vendo Popeye, Pernalonga e Patolino, e até os menos pop, como os citados Frangolino ou Ligeirinho, ou ainda Droopy, Tartaruga Touché ou todos aqueles do Tex Avery; e, ao mesmo tempo, ainda ser novo o suficiente para ser da geração Animaniacs. E claro, sendo mais velho aumenta a chance de você reconhecer as várias paródias de fotos clássicas e saber quem foi Kennedy, Luther King ou até a Marylin Monroe [será um dia triste quando as pessoas perguntarem "Quem?", mas depois que vi gente confundir Lênin com Lenon, tudo é possível].

Na dúvida, para aproveitar bem a revista, é melhor ser mais velho do que mais novo.

Ah propósito, a César o que é de César. Como não dá para acompanhar tudo, quadrinhos nunca receberam muito minha atenção. Lia algo da DC, algum X-Men [xismêin!], Tio Patinhas e Recruta Zero, e depois de velho one-shots aqui e ali, ou séries como Planetary [ô, agonia entre as edições, 2 anos entre algumas] e Astro City [se não sabem o que é, descubram!, Planetary também.].
Três Dedos... nunca ouvira falar até 2 meses atrás. Conheci através do link abaixo:
matando-robos-gigantes/mrg-163-quadrinhos-virando-a-pagina-com-tres-dedos
Pela escolha do tema, ficam meus agradecimentos aos podcasteiros do MRG.
(quem for impaciente, sobre a revista é só dos 5 aos 22 min)

OBS: depois de terminar a postagem resolvi reouvir o programa. Só para vocês terem uma segunda opinião, não concordo com a parte de que a história tem que ser lida em partes ou cansa lendo de uma vez só. Você até pode ler em partes, se tiver autocontrole, mas só para fazê-la durar mais. Até mesmo por ter todo aquele jeitão de documentário televisivo, foi como assistir um Globo Repórter. Não li de uma vez só, mas só porque resolvi ler na hora de ir dormir e no meio bateu sono [mas não foi culpa da história, foi culpa de ser 2 da manhã], e no dia seguinte li o restante.

E para quem teve preguiça de clicar no trailer e ia acabar não assistindo, segue abaixo:

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Independência ou Mortos

Autores: Abu Fobiya (Fábio Yabu) e Harald Stricker
Editora: NerdBooks (o braço literário do Jovem Nerd)
Páginas: 160  --  Ano: 2012  --  Cores: P&B
Site oficial: link (imagens e primeiras páginas para leitura)
Acabamento: excelente. Capa dura e papel couché. Ainda vieram umas folhas plásticas por dentro que eu não entendi bem o que eram... [Proteção anti-traça, talvez? Ela começa a comer a capa, aí bate no plástico e volta, sem atravessar o livro? Não sei, foi pro lixo.]  --  ISBN: 978-85-913277-2-0
Tamanho: um pouco menor que uma folha A4.

◄ Clique na capa para ampliar e expandir.

Ok, eu queria mais zumbis! [KZMB, a rádio zumbi! Miôôôlos!]. Mas, isso de lado, gostei bastante da história. Achei pena alguns personagens morrerem quando já nem tinha mais muita página para a morte ter algum uso [até teve, mas um final feliz também era bem-vindo] ainda mais que a história é principalmente de humor, mas está tudo bem. Mas que seja mencionado, nem todas as mortes foram em vão. Uma delas levou à uma excelente cena de desmiolação que eu tiro meu chapéu.

Ouvira o podcast-jabá do JN sobre o tema (Nerdcast 327: Making of Independência ou Mortos, início em 18min,50seg) e esta cena foi alardeada como "A" cena. Ok, Senhor da Oceania [no meu tempo eu usava mais Oceânia - mas as duas formas estão certas], a expectativa não foi em vão. Ficou muito bom!
[eu só não teria escrito "por ora" naquela parte. "Por ora" significa que pode voltar a ser como era ou mudar, o que na situação é uma baita dupla maldade. Não posso explicar sem dar spoilers... fica a sugestão, para a 2ª edição, de trocarem por "doravante"] [hei!, não reclama de eu ser chato não, você viu o nome do blog quando entrou aqui. rs!]

A propósito, ouvir o podcast não é obrigatório, mas é interessante mesmo assim. Independentemente dos autores serem amigos dos donos do site e ser um baita papo de bar, é uma entrevista cheia de curiosidades sobre como foi o processo de criação e desenho. Vale a pena mesmo para quem não já é fã do site.

Se bem que sem ouvir o podcast acima eu talvez não tivesse entendido a cena do bigode logo de cara. Na hora pareceu que ele estava só retesando o maxilar (!?). Fica a dica para prestarem atenção quem for ler depois de passar por aqui [HA! Ninguém! rs! façamos o seguinte, na impossível situação de você ficar conhecendo o quadrinho por ESTE blog... deixe um comentário. Eu não vou dar prêmio algum, mas faz o seguinte, escolha um tema qualquer que farei uma postagem sobre ele. De repente só dizendo que não tenho nada para falar sobre o assunto, caso realmente não tenha, mas prometo que o pesquisarei por uns 15 minutos. Ou, nunca se sabe, talvez o tema me interesse...]

Voltemos ao quadrinho, que é o que importa. Ah, antes disso, para quem for ouvir o podcast indicado acima, de repente é legal também ouvir antes o Nerdcast 172: Histórias do Brasil Império. Onde vários personagens são criados, por assim dizer.

Voltemos novamente ao quadrinho, e acabei de notar que estou com o péssimo hábito de sair falando o que achei antes mesmo de dizer qual a história.

A história: Dom João VI, fugindo de Portugal durante a era Napoleão, vem para o Brasil. Até aí, igual à História com H. O detalhe é que sua mãe, Dona Maria, a Louca, ao invés de doente mental, era na verdade um zumbi. E daí em diante a história oficial sofre um processo de quentintarantinização e despiroca tudo.

Aproveitando, o Wolverine-jovem aparece na história? Vi um cara com o que pareciam 3 garras e aquele penteado meio esquisito. [eu podia dizer a página, mas não vou não]

Como eu disse, queria zumbis mais presentes, mas a história é muito bem desenhada e o enredo é interessante e fácil de acompanhar. Bem, interessante 90% do tempo. Algumas coisas foram mais infantis do que eu gostaria, mas, convenhamos, você pode chamar de Graphic Novel se quiser, mas é um gibi sobre Dom Pedro I matando mortos-vivos. Então vale. Mas só comentando, as partes que menos gostei foram as envolvendo a Carlota Joaquina e o médico. E por falar em infantil, há algumas cenas de sexo, então talvez não seja a revista mais indicada para vocês comprarem para os miúdos no Dia das Crianças. [em que mundo vivemos... eu falo que a revista não é para crianças por causa de peitos e insinuações... não por causa da violência e carnificina].

E novamente voltando, é tudo divertido e levado com muito humor, na cara de pau. Há uma cena rápida onde aparecem catapultas na história, por ex., eu tive que rir ao ver que o som delas era "TOIM!". [ok, pode ser um exemplo cretino, mas meu senso de humor é cretino. tem muito mais piadas do que essa, não se preocupem] Destaque também para referências históricas, ainda que bem embaralhadas, e o discurso inspirador final, com partes de vários hinos, que ficou muito legal.

E tem zumbis! É mais uma chance de, nas palavras dos autores, "... saborear o doce gosto que só a matança amoral de zumbis proporciona."

E é isso. Esse é um daqueles casos com tanto site falando, que posso parar por aqui. Fica a recomendação. E não sou daqueles que recomendam e compram tudo que Jovem Nerd anuncia. Realmente ficou bom. MUITO bom!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ted

Nome original: Ted
Duração: 1h46min  --  Ano: 2012  -- Trailer 1 e Trailer 2
De: Seth MacFarlane (dentre outras coisas, criador do Frango Robô) [Burro pra cacete! Esse é o Seth Green! E para piorar, estava confundindo o Green com o Seth Rogen! Ok, agora vai certo:] (criador de Uma Família da Pesada) [obs: mas o link que coloquei no Frango ainda vale a visita]
Com: Mark Wahlberg (o ex-rapper Marky Mark do Marky Mark And The Funky Bunch) [se você é novinho e não sabia, isso é real], Mila Kunis (para quem viu o filme e ficou curioso, a ascendência dela é ucraniana - Мілена Куніс, Mila é apelido de Milena) [achava ela muito esquisita no That 70's Show, mas ficou muito gata depois de velha], Seth MacFarlane (além de diretor, ele é a voz do urso), Joel McHale (o cara de Community, que acabei de descobrir que NÃO ERA o Titus) [putz, são muito iguais], Giovanni Ribisi (de muitos seriados e filmes; ele fez o irmão da Phoebe em Friends, por exemplo), Jessica Barth (a namorada do urso, não conheço de nenhum lugar), Laura Vandervoort (a alien, filha da Morena Baccarin em V, que faz uma ponta mínima, mas ela é muito bonitinha, merecia ser citada) e mais alguns famosos em rápidas aparições (e a narração) que não vou entregar para não tirar as surpresas.

Vamos lá, primeiro o óbvio: quem gosta da Uma Família da Pesada (Family Guy) gostará do filme. Talvez não, nunca se sabe, mas a chance é muito grande. O senso de humor idiota e surreal está lá. O Ted é um misto do Stewie Griffin, do Brian e até do Roger (American Dad!, do mesmo criador). O que convenhamos, é uma comparação muito fácil de fazer. Mas está lá. Algo que eu não lembrei na hora, ainda bem, é que a Mila Kunis é a dubladora da Meg. Mas ela fala tão pouco nos episódios, que a voz não ficou na cabeça. Teria sido estranho imaginar a Meg ali.

A história: um garotinho sem amigos pede, para uma estrela cadente no Natal, um amigo para sempre. Na verdade, acho que ele pede especificamente para o ursinho de pelúcia que ele ganhou (e que só fala algumas frases gravadas) ser de verdade [não lembro bem, esse é o mal de escrever isso 2 semanas depois de ter visto o filme...]. A estrela (ou Deus, ou Gnomos do Além, não importa) atende o pedido. E o ursinho ganha vida. Depois disso o filme pula 20 anos e acompanhamos o sujeito tentando se acertar com a namorada e ainda vivendo com o ursinho como colega de quarto.

Comentário solto, se esse filme tivesse sido feito nos anos 80, imaginaria fácil o urso sendo substituído pelo Danny DeVito (só espero que não vestido de urso...). O urso me lembrou muito o tipo de papel que o DeVito costumava fazer.

Algo que eu achei legal é que, quando ele surge, quando o Ted ganha vida, as pessoas NÃO levam numa boa um urso de brinquedo falante, como se fosse corriqueiro e como ocorre nos desenhos (com animais). Os primeiros minutos do filme mostram justamente o espanto que ele causa no mundo; mas aí o tempo passa, a novidade passa, e ele leva uma vida normal na medida do possível.

Outra coisa interessante do filme é que ele realmente tem uma história. Surtada e cheia de piadas vulgares e drogas, mas tem. Não é só uma seqüência de piadas mal costuradas como eu imaginei. Tem momentos tristes até.
Já as piadas, atentem que a grande maioria são referenciais, só terão graça se você souber do que eles estão falando ou, quando não são, um senso de humor ruim da idéia é bem-vindo. É um filme adulto, e mesmo assim não é para todos. Mas como eu disse... agradará aos fãs de Uma Família da Pesada. [claro, há piadas ruins, eu, por exemplo, nunca ri de uma piada de gases ... não é nenhum trauma nem nada, mas flatulência é o tipo de humor que eu considero "coisa de americano" e espero a piada seguinte]

Há referências que só um americano para entender melhor, mas dá para se divertir bastante. Mas não sei qual seria o nível de divertimento de uma pessoa "comum", que não reconhecesse Flash Gordon logo de cara, por exemplo.

Bem, qualquer coisa deve ser melhor que o deputado [termo auto-censurado para eu não ser processado] que, depois de levar o filho de 11 anos para ver um filme com censura 16, resolveu que a opinião [censurado] dele é a única que importa e quis proibir o filme. [Censurado]! O mundo está cheio deles. Ele desistiu de tentar proibir o filme (adoraria tê-lo visto tentar, e ser avacalhado nacional e mundialmente), mas esse tipo de [censurado] não some só porque o cara viu que não conseguiria nada. A [censurado] dele está lá ainda, só esperando a chance. Guardem o nome (outro link), para nunca votar num sujeito com esse tipo de mentalidade.

Sim, é um filme agressivo... Mas também o são todas as piadas de humor negro do planeta. Seria meio difícil censurar todas elas.

Bem, não consigo imaginar muito o que escrever, e como estamos falando de um urso de pelúcia falante e desbocado, não dá para ficar filosofando ou buscando buracos no roteiro... Bem, uma falha do roteiro, sendo chato, é que no final, o cara deveria ser preso sim. Passaram-se 20 anos e o urso nunca exigiu reconhecimento de sua sapiência/senciência? Ok, ele não tem impressões digitais... Mas deveria ter sua cidadania já reconhecida. Mas esse tipo de coisa é complicar demais a lógica do filme, que é só uma excelente comédia cretina. Pode ver, mas não levem seus filhos pequenos.

E agora, como quase sempre, resenha dos outros: [sim, só boas. deu algum trabalho achar críticas ruins e, as que vi, não achei interessantes]
ScoreTrackNews: "(...) uma das mais agradáveis e inventivas comédias do ano."
Omelete: "Ted consegue arrancar do público boas gargalhadas."
CBS News: não é uma resenha, são várias rápidas críticas.
Daily Mail UK: "one-joke movie, but the joke is funny (...)"
Estação Geek: "(...) a melhor comédia do ano até o momento."

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Guerra nas Estrelas - A Ordem Machete

Momento mega-nerd... Mas esbarrei nisso agora (indiretamente, via xkcd) e tenho que admitir, o cara é um gênio (e um grande desocupado).

É um dilema nerd responder: Em que ordem eu devo ver Guerra nas Estrelas?
A tentação de dizer "Veja os 3 originais e pare" é grande. Há muitos artigos sobre o tema (exemplo). Mas acabarão vendo os novos também e a última lembrança deles serão 3 filmes merdas. E ver os 3 novos antes estraga muita coisa dos clássicos (e não falo só da surpresa no final do O Império Contra-Ataca, falo de todos os personagens mesmo. Que merda seria saber que dentro da armadura do Darth Vader estava um sujeito emo de 40 anos, e não um guerreiro corrompido de bem mais idade, por exemplo)

Pois bem, um sujeito bolou uma alternativa - e a explica tim-tim por tim-tim.
A ordem é: IV - V - II - III - VI
Sim, sem o I, e FEZ um sentido absurdo.
O filme não está sendo cortado só de birra. Vejam a postagem original:
www.nomachetejuggling.com/2011/11/11/the-star-wars-saga-suggested-viewing-order

O único problema de ver nessa ordem é que, qualquer pessoa interessada em ver os 5 filmes, saberá que existe mais um. E aí a última lembrança da série para ela não será só um filme ruim, será o pior de todos.

Mas pensei na solução, você explica que existe também uma versão mais infantil de Guerra nas Estrelas e a coloca para ver o 1º filme, os desenhos, Caravana da Coragem (mas só o 1º, não conte que existe o 2º, que a sensação de avacalhação volta) e até o malfadado Especial de Natal. Ah, e o especial dos Muppets também.

PS: Muito maneiro... Cérebros nerds funcionam parecido. Estava no meio do texto original quando vim  fazer a postagem, aí voltei lá e terminei de ler. O que eu acabei de escrever acima em "Mas pensei na solução... ", o cara fala no final do texto dele também.

OBS: não se assustem com o tamanho da barra de rolagem. Metade da altura da página é devido aos longuíssimos comentários. [SW tem fãs muito passionais...]

E se ainda estiverem no clima, dois artigos (aqui e aqui) comentando e defendendo a nova ordem sugerida. E achei um em português, no site da Superinteressante.

E finalmente, para termos os 2 maiores clãs nerd numa mesma postagem, achei outro artigo interessante no site do cara (que é sobre programação!): ele, que nunca se interessou por Jornada nas Estrelas, assiste e dá a sua opinião sobre os 10 primeiros filmes, um por um. (texto curto, não se preocupem).
www.nomachetejuggling.com/2009/07/22/star-trek-1-10-an-outsiders-perspective

Tenho que admitir, ele tem bons pontos. Não tenho como ter essa visão porque vi tudo na ordem, e vi os filmes já sabendo muito mais do que gostaria sobre cada personagem e o universo deles. Ele, um "de fora", teve que se arranjar só com o que foi mostrado nos filmes [mas pô, não gostar do Jornada 4 é sacanagem... tão legal].

domingo, 16 de setembro de 2012

Danger 5

Eu fui no XKCD ler tirinhas, uma linkava um vídeo sobre uma ave de rapina, passei para um vídeo de um gato encarando uma coruja, depois de um gato encarando uma águia, e... graças à magia das recomendações loucas do Youtube... DANGER 5!



O bizarro é que não é um trailer de zoação. Isso existe! (Wikipedia). É uma minissérie australiana, que passou de novembro de 2011 até abril de 2012. Os primeiros episódios podem ser vistos no próprio site oficial, os demais estão dando erro, mas podem ser todos achados no Youtube (por enquanto pelo menos).

Não assisti ainda, não sei se presta ou se é uma bomba (como parece ser o Italian Spiderman, outra minissérie da mesma equipe). Se alguém aí assistir antes de mim, comente. Mas eu *tinha* que difundir essa coisa.

PS: testei agora e joguei "Danger 5" Brasil no Google [e não, eu não estava procurando para baixar com legenda] [mesmo porque, eu sei onde achar quando preciso], e não é que achei a série sendo comentada em um site do Terra (#Pipoca Moderna) e num da Veja (Nova Temporada)! Aha! Não estou sozinho em minhas recomendações estranhas.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Enquanto Houver Natal...

Nome completo: Enquanto Houver Natal... (oito estórias de ficção científica)  --  Editora: GRD
Organização: Gumercindo Rocha Dorea
Contos de: Álvaro Malheiros, Dinah Silveira de Queiroz, Frederico Branco, Henrique Flory, Ivan Carlos Regina, Jorge Luiz Calife, José dos Santos Fernandes e Marien Calixte.
Ano: 1989  --  Páginas: 88

Livro fino, resenha rápida. Contos nacionais de FC envolvendo o Natal de alguma forma. Alguns interessantes, alguns só passáveis; mas não lembro de nenhum que tivesse achado particularmente ruim. Não achei resenhas em outros blogs (uma bem rápida, do Braulio Tavares, aqui) e como o livro não foi marcante, não serei o primeiro. Fiquei sabendo que ele existia lendo aquela típica lista de "já publicados pela gente", comum em vários livros, do "Só a Terra Permanece", edição da GRD. Aí vi na lista o "Só Sei Que Não Vou por Aí!", que eu já ouvira falar. E já que entrei na mesma hora no Estante Virtual para comprar... E esse do Natal também estava na lista... E a GRD é uma lenda entre os fãs nacionais de FC... Porque não comprá-lo? Comprei-o.
Fica a dica se verem em algum sebo por aí por um bom preço. Mas não é nada que vocês tenham que ter. E só interessante.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Rage

Site oficial: RAGE (mas achei ele fraquinho, o RAGE Wiki é mais interessante), mas no oficial recomendo irem em VIDEOS e assistirem "The Sound and Art". E no Youtube acham-se outros sobre a produção também.
Duração: aprox. 20 horas  --  Ano: 2011
Trailers: Mamãe eu sou Fallout (o jogo foi distribuído pela Bethesda, isso deve explicar) --  Comercial de TV (ficou bom, mas esse trecho de música conseguiu deixar legal até o teaser original do Quarteto Fantástico)  --  Gameplay / Resenha (da IGN)  --  E trailer final (parece pelo menos; tem a data real de lançamento, e não as datas otimistas).
Produtora: id Software (que nos trouxe Wolfenstein 3D e Doom!) (e Quake também, mas Quake não importa)
Plataformas: Windows [roda no XP!!], Mac, PS 3 e XBox 360.
Multiplayer: sim, mas nem toquei nessa parte, não falarei nada sobre ela.

Vamos lá, fazia tempo que não falava de jogo. Este me deu a curiosidade muito tempo atrás, quando saiu o chamariz conceitual [aha! inventei uma tradução para Teaser], mas esqueci dele. Outro dia vi algo sobre o jogo em algum lugar, e fui atrás.

O preço podia ter sido um pouco menor, não que a qualidade do jogo deixe a desejar, achei-a bem boa (apesar de não conseguir ligar o anti-alias sem o jogo travar), o problema é que achei o jogo curto. Terminei em 3 ou 4 finais de semana [de segunda a sexta só tenho tempo para joguinhos rápidos tipo o Limbo ou Luxor]. O jogo marca o tempo que você ficou nele e eu o completei em 22 horas nem um pouco corridas, passeando* pelo lugar. [*mais sobre isso daqui a pouco]

Voltando ao trailer, o legal é que fui procurar o tal original que eu vi... E acho que nem era desse jogo, não encontrei nada parecido. Achei um que deve ter sido o que eu vi (lá no alto, o "trailer Fallout"), pois eu lembrava claramente do "A" tomando uma porrada. (e devo ter visto este aqui também, pois lembrava de uma presença forte da cor amarela).

Mas voltemos ao jogo. Antes de mais nada, o jogo tem vários easter eggs (aparições e homenagens rápidas) de outros jogos da Id (e também de Fallout e até do último Duke Nukem), até aí tudo bem, mas estou avisando logo porque a sala secreta do Wolfenstein é logo no começo do jogo e se você a não a achar na sua primeira missão, não terá mais a chance. Achar as salas por si só é praticamente impossível, o ideal é procurar na internet como achar as salas só em texto, e se virar procurando você mesmo tendo as dicas (assim você não se sente um safado que leu o walktrough). Mas quem já perdeu essa sala, como eu, tá aqui o vídeo.

A história: um cometão se chocará contra a Terra e congelam e enterram um monte de gente, para que suas Arcas (o nome que dão para cada um desses recipientes com gente congelada) ergam-se do chão depois que a desgraça passar, e possam repovoar/dar jeito no mundo que sobrou. Mas... Nem todo mundo morreu com o impacto, e um general maligno arranjou que a arca dele, e de seus simpatizantes, saísse do chão antes, para dominar o mundo e governá-lo a seu jeito - e impedindo também que outras arcas saíssem do chão, com gente que poderia se opôr. Daí que você, o protagonista, saí do chão numa delas, encontra um mundo meio Mad Max, é salvo por um cara, e todo mundo começa a pedir sua ajuda porque você é "O" cara. [e porque tem um corpo cheio de nano-robôs, que é a explicação do jogo para você ficar tomando tiro e não morrer - ah, e você ainda carrega um desfibrilador interno, que serviu várias vezes como arma em situações desesperadas, eu ia correndo para o meio da bagunça e deixava me matarem, só para eletrocutar todos eles com a minha ressurreição.]

Bem, toda a parte do General e etc é inútil para o desenrolar do jogo. As críticas que dizem que a história é fraca e os personagens rasos... São todas verdades. Mas se a idéia foi só fazer um jogo divertido para você não ter que pensar muito, e só um fiapo de história para você não ficar matando gente aleatoriamente... Conseguiram.
E se esse fiapo de história te interessou, saiba que existe um livro baseado no jogo.

O jogo é principalmente um FPS (um jogo de tiro em primeira pessoa) mas tem seus momentos de jogo de corrida, em que você pode ficar em pistas disputando pontos, tempo, ou a colocação (tanto em corridas puras, como com armas para explodir os oponentes). Durante o jogo eu achei que as corridas seriam mais importantes para o desenrolar da aventura, mas no final, são só um divertimento à parte. Há uma pesquisa no RAGE Wiki (link lá no alto) sobre o tempo que o pessoal levou, e tem gente que terminou o jogo em menos de 4 horas. Essas, com certeza, ficaram só na parte de tiro, e só na da história principal.

Falando nisso, o jogo segue um esquema meio Fallout neste aspecto. Existem as missões principais, que te levam para lutar na resistência (novamente, detalhe só para dar um charme, as história do jogo é, sim, muito rasa) e vencer o cara mau, e existem missões que o pessoal te pede por aí, e você pode fazer ou não.
Fazê-las serve para ganhar dinheiro que serve para comprar munição, mas não para ganhar pontos de experiência ou subir de nível.
Mas você pode também construir coisas, então fica a teu critério decidir fazer os aumentadores de dano, por exemplo (tipo as bolas vermelhas do Doom), ou construir robôzinhos ou torres de tiro para te ajudar (eu gostava delas, ajudavam bastante nas piores partes, já que joguei no nível mais difícil).
De resto, o jogo é bem simples, sem ter que ficar abrindo gavetas (Fallout), lendo livros (Oblivion) ou tomar cuidado com o que você fala, para não chatear facções (New Vegas). É só atirar, manusear alguma alavanca ou botão, e roubar coisas úteis dos corpos (Bioshock).

Sobre as corridas de carro, eu achei que em algum momento eu precisaria dos carros mais completos e resistentes, para alguma fase específica, mas não... Então se vocês não gostam de corrida, podem até ignorar completamente isso. Numa parte do jogo você tem que vencer algumas, porque o Xerife te "força" a isso, mas de resto, você pode ignorá-las e, quando for atacado na estrada, só fugir.

Quanto aos demais joguinhos internos, o de carta é bem interessante, jogava de vez em quando mesmo sem precisar fazer dinheiro. E é um passatempo interno do jogo também achar as 54 cartas espalhadas por todo o cenário. O esquema é tipo Trunfo ou aquelas coisas do The Big Bang Theory; mas muito mais simplificado. É divertido. Outro joguinho interno legal é arrebentar os "semáforos" jogando o carro sobre eles. E lembro de pelo menos outros 3, mas não tão interessantes (o holográfico, o da faca, e o das notas).


Uma figura no meio, só para quebrar o texto gigante.

Armas: a variedade é divertida, sem armas malucas nem nada, mas consegui arranjar momentos para me divertir com cada uma e suas munições alternativas. E sem aquela chateação de só poder carregar duas. Não, você tem todas o tempo todo. Deviam ser 300 quilos de armamento e munição enfiados no rabo, mas estavam sempre lá a disposição, como era no Doom. Ótimo. Deixem a preocupação com peso de munição e do salame para o S.T.A.L.K.E.R. [sim, neste tinham horas que eu tinha que comer o salame só para esvaziar a mochila] Mas, no final, acabava no clássico: escopeta para lugares fechados, sniper para os abertos. E o revolvinho que você começa o jogo, que vem junto com uma luneta, é uma boa arma. Fiquei matando gente com ela até bem no final do jogo. Pensando agora, acho que faltou um lança chamas... E além das armas, tem as tradicionais granadas, os mini-robôs e torres, e bumeranguinhos afiados.

Algo importante: salve sempre. Não porque você pode morrer, mas porque trava muito. O quicksave é bem rápido (3 segundos), então use-o sem parcimônia. Em todas as fases, em algum momento a máquina congelava. E mais para o final, na segunda leva de corridas, uma delas devia exigir tanto da placa de vídeo, que não só travava, mas desligava o computador. Isso é outro detalhe, li muito rapidamente por aí que o jogo é problemático com NVidias. A minha é uma, talvez seja a razão dos meus problemas.
Sobre o vídeo, algo que não atrapalhava, mas irritava de leve, era o carregamento das texturas. Elas estavam sempre perfeitas olhando em linha reta, mas era só virar a cabeça pro lado, que eu via o mundo rapidamente ganhando cores e formas, e aí eu olhava de volta para o mesmo lugar de antes, e ele era novamente retexturizado. Não acredito que seja por falta de memória da minha máquina [já me gabei dela em alguma postagem anterior], então a culpa é do jogo. Mas esse carregamento era até rápido, só te incomodará se você for chato, mas já fiquem sabendo.

Falando nos gráficos e o visual, é unânime que ele parece uma cruza de Fallout e Boderlands. Eu nunca joguei o segundo, mas já vi que ele tem um estilo mais 'desenhado'. Não sei se concordo muito, mas ele me pareceu foi um Fallout feito pela equipe gráfica do Bioshock. Aquele visual de mundo acabado do primeiro, mas tudo bem colorido, suave e arredondado tipo o segundo (mesmo o anti-alias ficando desligado), até o sangue do jogo tinha aquele jeitão gelatinoso.

Algo legal, geralmente ignorado nos jogos, foi o efeito do local do tiro. Em jogos antigos, se um inimigo perdesse 10% da "energia vital" por tiro, você precisaria de 10 tiros para matá-lo e ponto final. Podiam ser tiros a queima roupa na testa!! Mas teriam que ser 10. Depois o local passou a fazer diferença (na cabeça perdia mais energia do que no dedo mindinho). E neste (não lembro se foi o primeiro assim que joguei, mas não deixa de ser digno de nota), se o tiro era na perna, o mutante vinha capengando na sua direção.

Ah, e só terminando, que isso está ficando longo, lá no alto eu falei sobre ficar passeando no lugar. Sinto muito, galera, mas o jogo é bem linear. Explico: você pode ir e vir a vontade, pode não fazer algumas coisas antes de outras (as tais missões paralelas), mas quando você começa a fazer, não existe muito para onde ir. Você entra num prédio para fazer o caminho X, e fará aquele caminho. Chega àquelas situações ridículas de ter uma cadeira em frente a uma passagem, e você não poder seguir por ali. Putz... Colocassem alguma coisa decente impedindo a passagem, mas a famosa "parede invisível" é ridícula. No mundo real eu consigo passar por cima de um banquinho.
E mesmo a parte do "ir e vir a vontade", quando você pega o carro e sai passeando, não tem nada para visitar nem cidades mortas para explorar. E fora um eventual esgoto (que você entra para matar mutantes a esmo), nada interessante para encontrar. Uma das coisas que me fez achar que o jogo seria mais longo é que, no mapa, são indicadas várias áreas azuis, ou seja, amigáveis (?) e habitadas (?); e achei que cedo ou tarde eu iria em todas. Não aconteceu. Ou é preparação para DLCs (fases e missões adicionais) futuras, ou foi só para dar um colorido no mapa, mostrando que existem mais pessoas por aí do que só as que você conheceu.

Na verdade, acho que foi uma jogada muito boa deles. Não do ponto de vista do usuário, mas de marketing mesmo. Vejam bem... Eu terminei o jogo achando que estava no meio dele, então parei com aquela sensação de que faltava mais... doido para continuar. Eu achei que em algum momento eu iria parar de ganhar armas novas, ou não teria mais como incrementar o carango, e teria aquele momento do "agora se vira", em que eu já teria todos os tipos de armamento e munição (que foram surgindo novos até bem pro final do jogo) e eu faria do meu jeito, sem o jogo dar as dicas (quando você ganha uma arma nova antes de entrar num lugar, obviamente ela será importante ali). Até algo que eu li por aí, de que uma das vendedoras do jogo era "a única vendedora mulher no jogo inteiro". Lendo isso achei que encontraria ainda muitos vendedores, todos homens, em muitas cidades... Ha! Foram TRÊS vendedores no jogo inteiro. Um na casa do cara que te salva e um em cada cidade. Ora! Mutantes me mordam! Assim é mole ela ter destaque sendo a única mulher. Se tivessem duas, o destaque seria o cara ser o único vendedor homem!

E falando de mulher, e já que a última postagem terminei falando de mulher também... mantenhamos a tradição (ainda que estas sejam virtuais). Qualé gente desocupada na internet? « Despite her small role in the game, Loosum, much like Ginny and Jani, is considered one of the RAGE sexiest women. »  Comparar a Loosum (espetacular) com a Ginny (ok, gracinha) e a Jani (sai capeta!) é sacanagem. Até a Olive/Destinee (que são a mesma "pessoa" e parecem ter algum distúrbio alimentar) é melhor que a Jani. E a do boné parece ter uns 13. Até a médica da Resistência barra as duas. Ouçam a voz da razão, as babes do jogo são a Loosum (que parece brasileira) e a Mel (dublada pela Claudia Black, de Farscape e Stargate e gata no mundo real).

PS: mas galera, controlem-se... Acabei de esbarrar num Flickr da Loosum com a única aparição dela praticamente quadro a quadro. Vão arranjar uma namorada... Ou paguem alguém... Ou vão ler um livro no tempo livre caso ainda sejam muito jovens para pensar nessas coisas. Mas fazer um Flickr foi flórida...

PS 2: o RAGE tem uma quantidade imensa de resenhas por aí, vale nem a pena eu procurar as melhores para linkar, mas esbarrei um duas que, se você ainda está aguentando ler, podem valer a pena. Uma bem mais otimista sobre o jogo (mas admito, não li toda, são 7 postagens de tamanho mediano em seqüência) e uma outra que praticamente o esculhamba. Assim vocês ficam com opiniões de todos os lados.

JoeGameSaga: (...) give this a miss and replay Borderlands.
Espaço Games: Rage tem tudo para agradar quem curte um bom FPS.

PS 3: música dos créditos: Burning Jacob's Ladder, de Mark Lanegan.


[ATUALIZAÇÃO 11/SET]: Li o quadrinho. O livro eu vou passar, parece ser basicamente uma descrição de uma partida do início ao fim, com algumas falas a mais. Mas o gibi é tão curto (3 edições, da Dark Horse), que resolvi conferir. Mas... não é bom. Pena, eu até coloquei ao lado a melhor das capas, para dar uma impressionada, mas a história deixou a desejar.

A trama gira em torno da médica da resistência; indo desde sua saída da arca em que estava, a rápida época em que ela trabalhou para A Autoridade (a organização vilã do jogo), e sua fuga, juntando-se a resistência. Sem surpresa alguma para quem jogou: ela comenta isso tudo em 2 frases numa conversa qualquer. Também ficamos sabendo um pouco (bem pouco) mais sobre o velhote cientista, que você encontra no jogo, e sobre seu 'bichinho' de estimação, que você mata no jogo.

Perderam uma chance excelente de ambientar algo novo no mesmo universo; que não foi muito explorado. Ou então se arriscar e fazer uma história mais longa, realmente desenvolvendo algum personagem. Acabei de ter uma idéia até... Teve um personagem, importante no começo do jogo, que depois simplesmente some! Algum NPC falou algo sobre ele ter ido fazer alguma coisa e o cara não volta mais. Fizessem a história com ele, mostrando o que ele estava fazendo em paralelo ao seu andar pela história. De repente, sem você saber, ações dele te ajudaram... Manjado? Sim. Mas e daí? Vão fazer uma trilogia inteira agora sobre O Hobbit e um dos filme será mostrando o que o Gandalf estava fazendo quando sumiu da história principal. Longe de mim comparar O Senhor dos Anéis com Rage. Mas o princípio da coisa é o mesmo.

Mas não, foi uma historinha meio sem graça com um gancho final bem fraco: a última cena do gibi tem aquela coisa de "veja, aquilo que você encontrou naquela parte do jogo... estava lá por causa disso!!!! UAU!". Mas sem UAU algum... É uma coisa sem graça de uma das missões menos interessantes. Mas é isso, valeu a tentativa, mas não deu certo. Fica para o próximo jogo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Ditador

Nome original: The Dictator
Duração: 1h23min  --  Ano: 2012  --  Trailer 1 e Trailer 2
De: Larry Charles e Sacha Baron Cohen  --  Site oficial
Com: Sacha Baron Cohen (o/de Borat), Anna Faris (de Perguntas Frequentes Sobre Viagens no Tempo e Minha Super Ex-Namorada), Ben Kingsley (de Gandhi, a Lista de Schindler e Hugo) e Jason Mantzoukas (de nada que eu conheça).

Resumo relâmpago da história: veja o trailer 2 acima.
Resenha à jato: as tentativas do filme de fazer críticas a sociedade... não sei se funcionaram, mas não foram tantas. O discurso final foi legal, mas pareceu até meio forçado. Mas fora isso, no final das contas o filme foi uma comédia romântica divertida. Imprópria para menores (ainda mais que novamente o cara resolve mostrar o pênis em tela), mas apesar de algumas piadas ruins (ou explicadas demais, odeio quando "explicam" a piada) um passatempo bem aceitável. Eu cortaria algumas cenas, e focaria em algumas partes ao invés de outras, mas o filme é plenamente recomendável, bem longe do estilo de filme do Borat (mas ainda com o mesmo tipo de humor negro do estrangeiro racista e machista que faz tudo diferente) e, aparentemente (não vi), bem distante do Brüno.

E como sempre, para não privá-los de boas resenhas, links de outros sites:
Cinema com Rapadura  --  G1 Cinema (não é bem uma resenha)  --  E Pipoca Gigante, que eu não conhecia, mas foi de onde roubei o arquivo do cartaz. E concordo com eles, a Anna Faris é sempre uma graça. (mesmo estando meio irritante neste filme)