domingo, 27 de fevereiro de 2011

Últimas Compras

Deu-me o estalo outro dia de como recomendar livros e CDs antes de lê-los e resenhá-los (coisa que pode levar alguns anos). Seguem abaixo as minhas ÚLTIMAS COMPRAS!

São todas relativas aos últimos 3 meses (o blog começou em janeiro, devia incluir só 2 meses, mas comprei tanta coisa em dezembro que seria uma pena deixar de fora).
Alguns eu já li antes de começar o site, logo não devo resenhá-los nunca, e outros não tenho idéia de quando o farei; então, para os livros nacionais, estou dando links de resenhas em outros sites (as vezes comentários detalhados, as vezes só a descrição); para os em inglês, vocês olhem na Amazon.

:: LIVROS

From These Ashes: The Complete Short SF of Fredric Brown
Martians and Madness: The Complete SF Novels of Fredric Brown
Fredric Brown é um dos grandes nomes da FC clássica e um dos mais famosos escritores de contos bem curtos. Li uns 3 assim que tirei da caixa e já conhecia alguns outros dele. Muito bom. O tipo de criatividade simples e eficiente que o pessoal parece ter perdido. Muitos devem conhecer pelo menos 1 história dele e não saber - a resposta do conto "Resposta" é extremamente famosa e citada.
Minha única reclamação dos livros é que as capas são aquelas papéis de enfeite por cima e não a capa em si; a capa mesmo, por baixo, é totalmente azul. Porque eles fazem isso ao invés de fazer a "capa visual" na "capa dura real" (como o Batalha do Apocalipse, por ex.) eu nunca vou entender.
A NESFA está lançando muita FC da Era Campbell. Eles acabaram de lançar mais 2 tijolos no mesmo estilo, mas agora do Lester Del Rey. Também em acabamento impecável e capas belíssimas (só é pena que seja neste esquema de papel-enfeite). 

Engineering Infinity, org. por Jonathan Strahan
Contos de FC hard. Não se julga um livro pela capa, mas que essa ficou maneira, ficou.
Diga-se de passagem, esse cara é bom para escolher capas, vejam as de The Starry Rift e Life on Mars (o primeiro eu já tenho, o segundo não - porque ainda não lançou).

Stealing Light
, de Gary Gibson
Space opera. Humanos tentam fugir do monopólio de viagens FTL por uma outra raça e fazem algumas descobertas chocantes. Tenho minhas dúvidas se este é mesmo recomendável.

White Flag of the Dead, de Joseph Talluto
Zumbis. Vamos ver no que dá, zumbis estão ficando populares demais agora, tem muita porcaria saindo.
[ATUALIZAÇÃO 24/ABRIL: Esse é um dos que nossos maravilhos Correios perderam. Nunca chegou. Vou ter que comprar de novo.]

I'm Tempted to Stop Acting Randomly, de Scott Adams
Tirinhas do Dilbert.

Meu pai fala cada m*rda, de Justin Halpern - Ed. Sextante
Humor. Já resenhado.

Outros Brasis, de Gerson Lodi-Ribeiro - Ed. Mercuryo
Contos de história-alternativa. Comprado após ler a resenha no Além das Estrelas.

Half Share, de Nathan Lowell
Continuação do Quarter Share.

A Guerra dos Tronos - As Crônicas de Gelo e Fogo - Vol. 1 (A Game of Thrones - A Song of Ice and Fire), de George R. R. Martin - Ed. LeYa
Já ouvira falar deste muito antes de lançarem aqui e nunca me interessou. Mas não resisti à tentação após ouvir o RapaduraCast 205: Séries da HBO e A Guerra dos Tronos. O problema é que não vou querer ver a série até ter lido o livro - que é um baita tijolo e não dá para carregar por aí para ler no ônibus ou fazendo hora antes do cinema.
Reclamação: o nome do escritor ser maior do que o nome do livro. Ok, o cara tá famoso, mas é por causa do livro, não o inverso. Que colocassem o nome dele gigante DEPOIS, numa nova série ou ao lançar os livros antigos, onde aí sim, o nome dele seria o chamariz, não o inverso.
E mania de brasileiro de querer ser pomposo ou ter medinho de "ah, as pessoas podem achar que é um livro invantil" ou sei lá o que passa nas cabeças dos marketeiros. Repitam comigo: Um JOGO de Tronos - Uma CANÇÃO de Gelo e Fogo. Jogo dá um sentido mais fdp-político à situação, o que até onde entendi da história, se encaixa melhor, e Crônicas não tem a poesia de Canção. Ok, usassem Guerra, é só o nome de um dos livros mesmo, mas achei infeliz não usarem Canção no título de toda a série.

Anjos Mutantes e Dragões, de Ivanir Calado - Devir
Contos de FC nacionais. Descrição aqui.

A Batalha do Apocalipse - Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo (Edição Especial), de Eduardo Spohr - Ed. Verus
Um anjo renegado e uma bruxa imortal contra uma casta de anjos corruptos que querem acabar com o mundo. Falando assim, nem eu leria, nunca gostei de anjos, mas depois de ouvir o Nerdcast sobre o assunto, resolvi comprar naquela de "vamos ver no que dá" e "vamos incentivar os escritores nacionais". No final, gostei bastante. Tem um quê de Highlander na forma como a história é contada. O livro tem uma história interessante por trás também. E quem quiser, o Spohr foi no Jô (Youtube: parte 1, parte 2).

Duna, de Frank Herbert - Ed. Aleph
Sou grande fã de Duna e do Frank, então não resisti, comprei a nova edição mesmo achando meio cara. Não gostei de alguns detalhes da tradução mas outros, a contra-gosto, tenho que admitir que estão mais corretos do que antes. Descrição grande aqui (Wikipedia) ou menor aqui (Aleph).

Schaum's Outline of Russian Grammar
Yeah! Vamos ler FC russa no original! (só daqui a alguns anos... mas eu chego lá!)
[Ok, isso não devia estar na relação, mas é divertido estar cursando russo. Tinha que comentar. rs!]

Imaginários 3, org. por Erick Santos - Ed. Draco.
Contos de fantasia, ficção científica e terror. Comentado aqui.

Extraneus Volume 1: Medieval Sci-Fi, org. por Estronho e Esquésito - Ed. Estronho
Volume 1 de 3, cada livro em volta de um mesmo tema. Apresentado aqui, comentado aqui. Detalhe divertido, é a primeira vez que ao comprar um livro... EU GANHO UM BOTOM! O site até fala isso, mas eu não vi, fui pego de surpresa. rs!

Zomblog II, de T.W. Brown
Mais zumbis. Ainda nem li o primeiro, mas tenho confiança de que seja bom; então comprei logo o 2º. O estilo dele me lembra o do Day by Day Armageddon, que foi o livro que me fez gostar de livros de zumbi. Quem quiser conhecer este, há um capítulo de amostra grátis no site oficial. E 2º Zomblog nada, eu quero é ler o 3º Day by Day...
[ATUALIZAÇÃO 5/MAIO]: li os livros, resenha aqui.

Planet of the Apes, de Pierre Boulle
O livro que deu origem aos filmes e ao desenho. Detalhe: é tanto livro que eu esqueci que eu já tinha comprado e lido este (e em português!) faz alguns anos... bem, se algum dia eu fizer um sorteio aqui no site, já sei qual será o prêmio.

E fazendo hora para o cinema, no sebo ao lado do local... SURTO CONSUMISTA!
(ok, exagero, mesmo porque tudo abaixo junto custou R$ 27):

O Planeta Secreto (First Lensman, Argonauta 265),
Patrulha Galáctica (Galactic Patrol, Argonauta 270), e
Os Senhores do Vórtice (Masters of the Vortex, Arg. 313), todos de E.E. "Doc" Smith
Space Opera pulp clássica. Estes são 3 dos 7 livros da série Lensman ("Homens Lente" ou "Os Portadores da Lente"), escritos nos anos 30 e 40. Na verdade, apesar de sempre ter ouvido falar do "Doc." Smith, nunca pesquisara a respeito. Mas... fazendo hora no sebo, li a introdução de um dos livros, falava que era desta série, fiquei curioso e peguei tudo que eles tinha do escritor. Já estava mesmo na hora de comprar algo do "Doc". Só depois é que fui pesquisar melhor e descobri que essa série concorreu ao Prêmio Hugo de Melhor Série de Todos os Tempos em 1966 (e olhando a lista de concorrentes, era coisa de peso), virou um desenho animado japonês brega (detestado pelos herdeiros do escritor) e estava para virar filme na mão do J. Michael Straczynski (pai de Babylon 5 e de um dos melhores quadrinhos que eu já li, Midnight Nation). Não é bolinho não. Assim que achar os outros 4 livros, eu começo a ler.
Ah, já ia esquecer de comentar a parte divertida... A cara-de-pau da editora Livros do Brasil, responsável pelas Argonautas. Vejam a CAPA de um deles, foi ter achado graça na situação que me fez abrir e ler a introdução. E não satisfeitos, uma das continuações teve a mesma cara-de-pau.
Detalhe: não tenho idéia do que se tratam os livros.

Os Caçadores do Espaço (Spacehounds of IPC, Argonauta 337), de E.E. "Doc" Smith
Outra space opera pulp. Não sei nada da história também. As vezes é mais divertido ler livros assim. Como ver um filme de surpresa na TV, onde você nem viu trailer, nem comercial, nem nada, só tava de bobeira, achou a atriz bonitinha e foi ficando no sofá. (já vi 2 filmes da Heather Graham assim). Sei que o Doc escreveu este tentando ser cuidadoso com a parte científica, ao contrário dos seus livros anteriores em que haviam alguns absurdos. Mas foi escrito em 1930... Estamos quase 100 anos depois disto, provavelmente até eu vou encontrar alguns absurdos.

Para Além do Futuro (The Best Science Fiction of C.M. Kornbluth, Argonauta 250)
Esse eu já li, são vários contos dos anos 40 que me lembraram o estilo do Frank Herbert quando escreve algo mais bem humorado. Nunca ouvira falar do sujeito, mas não resisto a comprar um "the best of" de algum escritor de contos antigos de f.c.. Foi assim que conheci Stanley G. Weinbaum (e que é muito bom).

E os 4 livros seguintes eu sei menos ainda que os anteriores, darei só um comentário rápido baseado em alguma frase mal lida na internet:

Trombetas da Revolução (The Still, Small Voice of Trumpets, Argonauta 174),
de Lloyd Biggle Jr.
Alguma coisa sobre uma ONU espacial fazendo maquinações políticas em um planeta não membro [eles não tem a 1ª Diretriz] e algo sobre o povo local não ser artístico.

Depois da Derrocada
(These Savage Futurians, Argonauta 193), de Philip E. High
Alguma coisa envolvendo o fim da civilização, nanotecnologia (o livro é de 1967, nem existia isso ainda) e uma civilização de micróbios.

Batalha Amarga
(Drunkard's Walk, Argonauta 185), de Frederik Pohl
Crítica social com humor, envolvendo um professor no futuro que cisma em tentar o suicídio, mesmo sem querer se matar, e aí ele descobre algum tipo de conspiração global.

A Última Arma (The Falling Torch, Argonauta 199), de Algis Budrys
Um cara do governo em exílio vem à Terra para salvá-la dos "Invasores", mas o povão não está reclamando de terem sido invadidos, e o sujeito fica bolado. Aparentemente escrito como crítica social à antiga dominação soviética na Lituânia (terra natal do escritor).


:: CDs


The Golden Age of the Andrews Sisters
CD Quádruplo. A capa é feia, parece uma foto em P&B colorizada pelo estagiário, mas fora isso, muito bom. Os 3 primeiros discos são os maiores sucessos, o 4º é de gravações raras. Pena, porque dei pela falta de algumas músicas que deveriam ter feito parte deste The best of, mas tudo bem. E se você é nerd gamer deve ter imaginado e acertado a razão da compra: influência de Fallout 3 e Bioshock. rs! Eu sabia quem elas eram, mas nunca parara para ouvir algo delas. Após o jogo, fui atrás, reconheci algumas, gostei de outro tanto... E voilá, 4 CDs e mais uma pilha de MP3.
E para quem não as conhece, provavelmente vocês já viram algum tipo paródia ou homenagem ao trio de irmãs. Elas são um clássico. Mais recentemente, no clip da Christina Aguilera.

Edith Piaf - Hymne à l'amour
NÃO, não foi por causa do Inception ("A Origem"). Comecei a gostar de Edith Piaf no O Resgate do Soldado Ryan (é a música da vitrola, pouco antes da cena com tanques).
  [EDIÇÃO JULHO/2012: reparei que mais de uma vez apareceram aqui procurando o nome dessa música. Para saberem então, no filme tocam duas músicas dela: a que todo mundo quer saber é a "Tu es partout" - é a que toca na cena que falei. Mas no filme também toca "C'était une histoire d'amour" - mas sinceramente, não lembro onde... O Google que me disse.]

Scott Pilgrim Contra o Mundo, trilha sonora
Metade da trilha não é grande coisa, mas a outra metade compensa.


:: DVDs


Jornada nas Estrelas (2010) ("Star Trek" é o cacete!), de J. J. Abrams
O reboot da franquia. Achei a nave branquinha, lisinha e brilhante demais, parecia projetada pelo Steve Jobs. Mas fora isso, que é irrelevante, gostei do filme.

Distrito 9, de Neill Blomkamp
Refugiados alienígenas vivendo em regime de apartheid após a nave estacionar sobre a África do Sul. Baseado no curta Alive in Joburg (Ao Vivo, de Johannesburgo), que pode ser visto no site oficial ou legendado. No site oficial há outros curtas e comerciais, deste e de outros diretores. Lembram daquele comercial do Citroën Transformer dançando? Pois é, é de lá.

Macross Frontier Galaxy Tour Final in Budokan
Show das músicas do Macross Frontier. Ok, esse eu não comprei... *ainda*, mas é que primeiro quero ver se o encontro mais barato em algum evento de anime ou parecido. Mas tive que mencioná-lo logo porque o show é bem legal. Putz, eu não tenho paciência de assistir show, menos ainda em DVD, mas neste eu vi amarradão 7 minutos de agradecimentos e "kira!" sem entender uma palavra. [bem legal o agradecimento deles à Yoko Kanno]. E onde mais veríamos um show lotado de adultos onde o refrão de uma das principais músicas é "A cenoura ama você"?  Japoneses são seres bizarros - e isso os tornam um povo foda. É como se eles tivessem decidido "Danem-se todos vocês, vou fazer o que eu quiser." Yatta!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O peixe errado

Sessão Falas Marcantes Que Não Marcaram Ninguém E Só Eu Lembro:  
(bem, só *eu* lembrar é exagero. e a internet e minhas velhas fitas também ajudam)


Permitam-me lhes mostrar o grave erro que cometeram.
Durante anos, a minha conduta tem sido totalmente benigna, 

e mesmo sem provocação, vocês acabaram com nosso acordo
e me obrigaram a lançar sobre vocês as chamas da ira de milhares de sóis!


Vocês odiarão suas mães pelo dia dos seus nascimentos!
Então vão agora, vão! E comecem suas vidas de medo,
sabendo que, quando vocês menos esperarem,

a ameaçadora espada de Dâmocles cairá sobre vocês
deixando-os em dor!


E quando vocês olharem as cinzas dos destroços
do que uma vez foram suas vidas, vocês lamentarão 

o dia em que mexeram com o PEIXE ERRADO!

Klaus.


(a original aqui, e a tradução acima eu mexi uns pedaços, mas não é minha e nem da dublagem original, que eu não achei)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Onslaught

Sei lá, mas deve fazer vários anos que eu não achava um joguinho em flash que me fizesse perder tanto tempo. E por mais horrível que pareça (e o desperdício de vida que isto implica), isso é bom. Joguinhos em flash divertidos são sempre bem-vindos. É o mais próximo que temos hoje dos velhos jogos de Atari - nem toda diversão sai de gráficos realistas que precisam de supermáquinas para rodar.


Onslaught é um Tower Defense: joguinhos que você vai colocando torres para matar coisas que vão passar por um caminho, para impedir que as tais coisas cheguem no final. Falando assim é bem bobo. É. Mas anos atrás, quando mandei o link do primeiro que eu joguei para o pessoal trabalho, o diabo se espalhou até com as garotas e os gerentes. Na verdade, a primeira vez que eu vi isso era uma fase do Warcraft 1, o que explica o visual do jogo.

O Onslaught (2.2 na versão atual) além de vários mapas e dificuldades, tem muitas outras manhas para complicar e divertir - coisas que como eu não apliquei o famoso RTFM tive que ir descobrindo na porrada ou por acaso. Leiam o manual neste link, principalmente a parte sobre as teclas e combos. Assim vocês não levarão um susto quando as torres cuspirem minas, saberão usar as combinações (e escolhê-las) ou até fazer as torres mudarem de alvo. Tantas e tantas eu morri e pensei "se pelo menos a torre tivesse atirado naquele bichinho ao invés do outro...". Nisso que dá.

Não quer dizer que ler o manual fará tudo uma moleza. E não ler tem a diversão de resolver as coisas na força bruta. Terminei a fase Fácil e a Média sem ler nada, e só na segunda é que comecei a entender algumas coisas. OBS: as fases são infinitas, mas o jogo considera que você completou sua missão, por assim dizer, ao atingir certas metas. A da fase média é matar 4.000 bichinhos, por ex.

Mas esse post está ficando longo só pra dizer que o jogo é muito legal. Vamos aos links:

Oslaught (site): http://onslaught.playr.co.uk
Link direto: http://games.mochiads.com/c/g/onslaught-2_1/Onslaught2.1_ma.swf
(você pode salvar e jogar off-line, apesar de site dar a entender que não. Caso você abra o flash no IE, por ex., basta clicar com o direito e escolher Play, isso força o swf a andar e você sai da tela de "vá jogar no site")
O original (?): Flash Element TD
(antigo, mas divertido. o macete neste é notar que o dinheiro não gasto na rodada rende juros. Então controle-se na construção, que você fará muito mais dinheiro.)

E mais um joguinho, para aproveitar o post: Monty Python's Camelot Smashalot
(mesmo estilo do Angry Birds, mas este não tem em flash)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Besouro Verde

Taí, fazia tempo que não saía do cinema tão feliz com o que eu vi. Filme despretensioso e extremamente divertido. Muitas forçações de barra, mas convenhamos... Não é filme para se levar a sério, graças a deus reviveram o personagem como comédia, não como ação. OBS: não entendam que não gostei tanto de outros filmes recentes... A escolha do termo "feliz" é proposital. Achei Cisne Negro maravilhoso, por exemplo, mas saí do cinema extremamente satisfeito, não *feliz*. Quem sair feliz daquilo, procure um psicólogo.

Voltando ao Besouro Verde (Green Hornet, no original), não era para eu ter gostado tando do filme. Já ri mais em outras comédias. Já vi mulheres mais bonitas. Já vi melhores vilões. Já vi melhores cenas de ação. Mas saí do filme pilhado. Já querendo a continuação. Ao voltar pro carro a primeira coisa que eu fiz foi achar o tema do seriado no pendrive e ouvir umas duas vezes. E depois disso, voltei para casa só ouvindo músicas no mesmo clima. Nada de música lenta... eu estava alegre.

A propósito, segue a lista do que eu ouvi. Foi uma boa seqüência.

Kill Bill - Al Hirt - Green Hornet
Kenny Loggins - Footloose

Kill Bill - Al Hirt - Green Hornet (de novo, claro!)
Kill Bill -
The 5.6.7.8's - Woo Hoo
Max Headroom - Merry Christmas Santa Claus
(ok, essa não é agitada, mas apareceu na ordem alfabética e eu não quis pular, adoro essa música)
Monkees - I'm a Believer
North Mississippi Allstars - Ba
ng Bang Lulu
Pat Benetar - Heartbreaker

Pete Yorn - Ever Fallen In Love
Pizzicato Five - Twiggy Twiggy
Plastic Bertrand - Ca Plane pour moi


Diga-se de passagem, essa é minha reclamação sobre o filme... O tema da série só tocou mui rapidamente num breve momento. Kill Bill tocou o tema inteiro, já o filme do dito cujo em si... Nos créditos era a hora perfeita para isso, e não meros 5 segundos perto do final. (diga de passagem, o início dos créditos é a única parte que eu fiquei curioso de ver em 3D).
Na verdade, eu achei que a última cena do filme seria uma reencenação da abertura do seriado. Aquela coisa de "Este é Bill, bom moço de dia, herói mascarado à noite; junto com seu fiel escudeiro e seu carango envenenado eles combatem o crime... ".

Aproveitando a deixa, eu não vi o seriado, então não sei o sentimento do pessoal das antigas. Achei diversão de primeira, mas quem já era fã pode ter alguma reclamação de que desrepeitou alguma coisa, ou isso ou aquilo. Como eu não vi a série, nem o seriado cinematográfico, nem o radiofônico, nem os quadrinhos, etc. Não tive do que reclamar. E a série (que eu conheci pelo saudoso Top TV, com Fabíola Villanova e PH) mesmo nunca tendo visto, tinha algo de tão... aquela coisa de nostalgia-por-tempos-não-vividos... tempos mais simples e etc...  que não teve como não ficar fã. De repente nem da série em si, mas do espírito da coisa. [comentário aleatório: quando eu comprei meu carro fiquei na dúvida entre grafite, azul e preto. Fiquei com grafite, que era mesmo minha primeira opção, mas achei que o único problema desta cor era que não teria como apelidar o carro de gozação. Nas outras cores ele seria respectivamente chamado de 'Trovão Azul' ou, mesmo que ninguém entendesse a referência, de 'Beleza Negra'. :-)  (carros verdes eu chamo de 'Tartaruga Ninja' e pratas de 'Águia de Aço')]

Possivelmente ajudou a gostar do filme esse... hummm... respeito?... que eu já tinha pela série. E claro, a abertura, com aquela vespa bizarra, que parecia mais algo digno de um vilão do que do herói, e O Vôo do Besouro tocando ao fundo... Muito bom. [a abetura do seriado é meu toque no despertador do celular] Certamente foi o tema até que levou à bizarra tradução do título. Só um doido confundiria um besouro com um marimbondo!

"Um" besouro verde e "O" Besouro Verde

Atores... Gostei de ser um oriental desconhecido (Jay Chou) ao invés de aproveitarem o John Cho novamente. Ele só podia sorrir um pouco mais. Gosto bastante do Seth Rogen e espero que se fizerem outro Flintstones, seja ele o Fred. E a Cameron Diaz continua bela, mas felizmente a personagem tem quase 40, não tentaram a cara-de-pau dela dizer que é recém-formada ou algo assim. Bom-senso e respeito pela nossa inteligência é sempre bem-vindo. Mesmo numa comédia. E as cenas de luta são muito boas. Um pouco frenéticas demais (principalmente a primeira), a ponto de eu me perder um pouco de "ei, o que aconteceu?"; mas possivelmente a graça delas foi justamente essa.

E é isso. Como sempre estou dando uma de Cabine Celular e opinando ainda na adrenalina. Mas não jantei e estou com fome. Ficam os meus parabéns para o Michel Gondry e fica a abertura original para vocês. Fui.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Netscape

A edição do blog fica de sacanagem com o Firefox (as vezes ficam rodando as bolinhas eternamente, as vezes a tela fica louca), e eu não uso o IE nesta máquina (trava muito).
Solução? Netscape Navigator!

 
Old School, bitches!


Diga-se de passagem, meu outro site até hoje é todo feito no Composer 4.8.
Isto, nova geração, é que é fidelidade à marca! (ou sou cabeça-dura... que se dane. rs!)

PS: 2 dias... mas descobri como tirar a borda da imagem! (já fui melhor nisso)
(e para não correr o risco de perder... style="border: 0pt none; padding: 0pt;" )

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Shit my dad says

Ok, quebra de contrato. Eu comecei esse blog pensando principalmente em resenhar livros que eu leio, que geralmente são sobre zumbis, um pouco de fantasia e, em sua maioria, ficção-científica (recentes, como o Quarter Share, único já comentado; ou "velharias" como E.E. Doc Smith).
Daí que resolvi escrever algo sempre que terminasse um livro... E olha só, o último agora foi um tipo de comédia familiar levemente inspiradora. Com menos comédia e seria... deus me perdoe... auto-ajuda. (AAAAHHHH!!!!)

Tô zuando, não chega a tanto. Vou roubar a idéia do Pai Nerd e colocar um resuminho técnico antes de mais nada.

Autor: Justin Halpern -- No original: Shit My Dad Says
Editora: Sextante -- Páginas: 142

O livro, vocês já viram na capinha, é o Meu pai fala cada m*rda. Comprei na fila da livraria. Mero acaso, nem foi daqueles que eles colocam ali para tentar as pessoas durante a espera... Estava jogado sobre uns fichários, alguém que desistiu da compra. Peguei, folheei, fino, letras grandes, "ótimo para ler 1 capítulo por dia na hora de dormir" pensei. Então... Por que não comprá-lo? Por que não comprá-lo? Comprei-lo-lo. (sic).

E valeu os R$ 18,99 do preço. Ok, podia ter sido menos. Mas R$ 20 num livro não é mal. Mais R$ 5 e eu poderia importar o capa-dura da Amazon (que tem 30 páginas a mais... estraaaanho...) Mas não pensemos nisso.

Não é humor para gargalhar. Pelo menos não comigo. Ri em algumas partes, claro, mas a idéia não era essa, então cumpriu seu papel. E não comprei o livro no susto. Já sabia que tinha uma série de TV (com o mesmo comercial repetindo o tempo todo de forma irritante), e sabia que era baseado no twitter que o cara criou para divulgar as pérolas do pai. Por este motivo, achei que seria só uma pilha de frases. Uma espécie de Anti-Minutos de Sabedoria. Mas como diria o Tony Stark dublado: Errr... Dão.
No final, até queria que tivessem colocado mais mais frases. São capítulos curtos, sobre passagens específicas da vida do cara que envolvam o pai e, ao final de cada seção, cerca de uma dúzia de frases aleatórias dele (com uma frasesinha antes, contextualizando). Talvez as poucas frases sejam para te forçar a ir no site. Por falar nisso, no site da Sextante tem o PDF do primeiro capítulo, acabei de descobrir.

Dá para ler numa única sentada não muito longa. Mas recomendo que façam como eu fiz.

Só não gostei muito da tradução do título. "As merdas que meu pai fala" (tradução mais literal, apesar de eu ter colocado um artigo para soar um tiquito melhor) faz pleno sentido em português; e, pelo menos na minha cabeça, tem o sentido de 'ouçam-só o que ele disse'. Já o título como é, meu cérebro interpreta primeiro (não unicamente) como 'ele é um idiota'. Uma versão soa como um anúncio, a outra como uma reclamação. Claro, isso é totalmente pessoal. Inexistentes leitores neurolingüístas ou professores de português, opinem.

[COMENTÁRIO DO FUTURO: Estou agora na longínqua data de 18/dez/2012... Quase 2 anos depois desta postagem. Acabei de dar uma passada numa livraria... [época de Natal, fui comprar presente] E não é que descubro que o nome do livro mudou?! Agora é "Meu pai fala cada uma". Cada "UMA"!?! Ah, vão se catar! Quem é o idiota que decide uma coisas dessas?]

Algo de bom: a capa do livro, ainda que bobinha, é bem melhor do que seria se fosse a chamada da série de TV. Livros sofrem desse mal... Ele pode ter a mesma capa a anos, ou mudar em cada relançamento, mas basta virar filme, que a capa da próxima edição é a porra do poster (ou p*rra no idioma da editora). Ou pior, a cara do ator principal. Isso é escroto, muito irritante.

E terminando, não teve como... Eu vi várias fotos do pai do cara... Não assisti ao seriado... Mas eu li o livro inteiro pensando no William Shatner. :-)

Página do twitter: http://twitter.com/shitmydadsays
Editora Sextante: http://www.esextante.com.br/

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Arthur e remakes

Acabei de ver o trailer do novo Arthur. Tenho 6 palavras sobre o que eu vi:

não... Não!  NÃO! (hummm... Jennifer Garner...)

Ok, vou gastar mais palavras agoras. Cacete! Há filmes antigos que são legais serem refeitos. Taí o post anterior que não me deixa mentir. Mas há coisas que não precisam. E Arthur, o Milionário Sedutor é uma delas.

Querem fazer outro filme com uma história parecida, ótimo, novas piadas são sempre bem-vindas, mas que chamem de Arthur 3 e inventem uma ligação, ou chamem de William, ou Loucademia de Milionários, ou o que for. Mas não batizem com o mesmo nome dando a entender que é a "nova e melhorada versão".

Para filmes mais antigos onde isso fará a diferença, ok. King Kong foi uma boa, porque eu nunca teria saco de assistir o original. O Bravura idem. Até Fúria de Titãs teria sido uma boa escolha, se tivessem feito direito. Estou aguardando o novo Duna. Torço por refilmagens de Mercenários das Galáxias ou Krull. E um novo Robocop eu não preciso, mas entendo e topo.
Mas uma comédia!? Farão o quê? Atualizar os efeitos especiais?? Serão mais fiéis ao livro?? Vão adaptá-lo para as novas gerações??
Pelo que vi no trailer, apenas roubarão o nome e o mote. E assim eu não concordo. Se é só para trocar o Dudley por um genérico do Banderas e colocar uma boazuda atual... Volto a dizer que tinha que ter outro nome.

Momento roteirista:
Pena o Dudley Moore ter morrido, sempre quis ver uma comédia dele com Emilio Estevez. Sei lá porque, mas semprei achei que os dois combinariam bem.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Bravura Indômita

De cara já aviso logo, não vi o original. E se o tivesse feito, provavelmente não teria gostado. Já sou da geração Western Spaghetti, e não da dos cowboys-limpinhos, e menos ainda a dos cowboys-cantantes.
Na verdade, nem sou velho o suficiente para ter visto Sergio Leone na época que eram novidade. Nem lembro qual foi o primeiro velho-oeste que eu vi (na Sessão da Tarde, provavelmente - com Terence Hill, talvez?). Minha ignorância faroesteira exposta, vamos ao filme.

Eu gostei, há várias cenas bonitas, humor na medida, algum rápido drama, e de resto, a história segue muito bem. O Jeff Bridges encaixa perfeitamente com um velho agente da lei, o John Wayne tinha uma cara muito bonachona. O Matt Damon como o policial "almofadinha" também ficou bem legal. De cara eu pensei "putz... ELE!? num filme assim?" mas com os minutos passando, vi que para o personagem foi uma boa escolha. E claro, a garotinha, que rouba a cena! Fiquei curioso de pesquisar depois como ela era no filme original... Se era mesmo uma criança ou uma "mocinha mais tradicional". [Mas vi o filme ontem a noite, dormi cedo, e estou resenhando agora porque acordei antes do que devia, deu tempo de pesquisar nada.]

Quanto à garotinha, algo que me incomodou depois do filme acabado foi aquilo de "pô, peraí! menininhas super-inteligentes é algo que eu espero de uma novela da Globo, não de um filme de brucutus"! MAS... Logo em seguida me deu o segundo estalo de que em momento algum ela demonstrou conhecimento de História, ciências, ou etc. Ela sabe ler, escrever, e tratar de negócios como o pai faria. E só. (mostrado em cena pelo menos, é só isso) Filha mais velha, deve ter passado muito tempo com ele e sendo preparada para tal. Pensando nesse aspecto, fica mais crível toda a forma de agir e falar dela, mesmo tendo 14 anos. Que parece pouco, mas é praticamente 15, e meros 3 anos a mais e as pessoas já são adultas.

Bem... Agora, por alto, fora elogiar os atores e a história. E comentar que eu achei que o vilão era a Pierce Brosnan, não penso em muito mais o que falar. Estou descobrindo que não sei opinar sobre bons filmes - sem nada para 'ranzinzar' em cima, fico sem assunto. (rs!). Por falar nisso, não entendo porque o nome desse cara (um tal de Brolin) sempre aparece na frente dela nas chamadas e posters. Até o 'Sortudo Ned Pimenta' participa mais do filme que ele. Carácoles, acabei de reparar num poster que nem aparece o nome dela. Vão se catar! Tinha que ser como antigamente:

* JEFF BRIDGES * 
* MATT DAMON *
and introducing
* HAILEE STEINFELD *
as Mattie Ross

Isso seria mais justo.

/corte abrupto/
Escrevi o post acima às 8:30 da manhã, mas tive que sair e não publiquei. Voltando agora, com tempo de olhar, vi como era a mocinha original. Achei até que o primeiro filme fosse mais antigo, mas é de 1969. Bem... Entre a Mattie de trancinhas (cuja atriz também tem 14 anos) e a outra que tinha 22 na época do papel, com penteado de Justin Bieber... Não tenho dúvidas de qual minha preferida.
Curiosidade: o filme original teve uma continuação! Graças a deus o final deste elimina a possibilidade. O original também teve um final bem mais fofinho. E eu achando que o final meio abrupto deste fosse repetindo o original... Mas nada contra o final deste novo, que fique claro.

Ah, comentário sobre a sessão de cinema. Tinham umas 35 pessoas na sala apenas: eu, 2 casais da minha idade, um garoto de uns 13 (aparentemente levado pelo avô) e, todo o resto, gente acima dos 50 ou bem mais. O senhor ao meu lado foi quem me chamou a atenção ao fato; conversamos um pouco antes da sessão e ele se divertia por só estar entrando "gente da minha época, heheheh". E no final da projeção ainda vaticinou: "Vem Oscar aí.". Vamos ver. Não assisti todos os concorrentes (e adoraria ver Toy Story ganhar), mas não me espantaria.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nerd também bebe...

... mas volta cedo porque não sabe quem foi o jerico que inventou que dia de beber é quinta-feira! Não obstante, aproveitando o embalo... Dica musical! Minha canção de bêbado preferida para vocês:

Here's a health to the King and a lasting peace
To faction an end, to wealth increase;
Come let's drink it while we have breath,
For there's no drinking after death,

And he that will this health deny, 

Down among the dead men, down among the dead men, 
Down, down, down, down,
Down among the dead men let him him lie.


Resto da letra e MP3 desta e outras em: Top Hits of 1776.
(OBS: "dead men" era uma gíria para garrafas vazias - não é gente morta)
Visitem, bem interessante, achei faz tempo pesquisando sobre a To Anacreon In Heaven, canção que deu origem ao hino americano (basicamente... outra canção de bar).

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quarter Share

Super-resumo: o dia a dia de um aprendiz de cozinheiro num cargueiro espacial.

Falemos um pouco mais: Quarter Share, de Nathan Lowell, lançado em abril de 2010. A história: um cara de uns 18 anos, chamado Ishmael Horatio Wang (o que já me fez gostar do livro de imediato, pois começa com "Chamai-me Ismael" - seguido pelo sujeito reclamando do senso de humor dos pais no batismo dele) precisa deixar o planeta em que mora pois a mãe morreu e ele não tem como ficar; mas ele também não tem dinheiro para passagem, nenhum lugar para ir e nenhuma profissão... Solução: arranjar emprego na primeira nave para fora do planeta, fazendo o que quer que esteja disponível. No final (maneira de dizer, tudo isso acontece em umas 5 páginas), acaba virando ajudante de cozinha num cargueiro, uma das profissões no nível mais baixo na hierarquia das naves - justamente a galera que além do salário, ganha apenas a divisão da 'quarta parte' do butim, daí o título. [na verdade, não é bem 1/4 do lucro a parcela deles, mas agora a matemática me foge... no livro há uma rápida conversa onde a divisão é explicada e tudo faz sentido]

Daí em diante o livro acompanha o dia a dia na viagem entre os portos, enquanto ele vai conhecendo a galera da nave, aprendendo o serviço e a gostar da vida no espaço, fazendo planos para mantê-la ao máximo (pois  não dá para garantir emprego eterno sendo ajudante de cozinha) e, nas paradas, tentando fazer mais alguns trocados.

A história é bem estilo da Era de Ouro, acreditaria facilmente estar lendo um Heinlein dos anos 50 e não algo de poucos meses atrás. Não há ETs e a tecnologia é crível, ainda que o próprio autor peça para não prestar muita atenção, a preocupação dele não foi ser cientificamente preciso, e sim apenas a de contar uma boa história. Tanto que se tirar as menções à sauna, trocar "espaço" por "mar", e mexer algumas coisinhas, daria para o livro ser facilmente reescrito passando-se por um galeão no séc.18. A história se passa apenas uns 200 anos no futuro, o nível tecnológico é equivalente ao de Firefly, por ex.
No site oficial há uma página interessante, contando um pouco da cronologia dos fatos entre o mundo de agora e a época do livro. Mas só vi isso depois de ter lido o livro, não é essencial. [há mais detalhes no site também, mas beiram o exagero, como dar o nome de cada tripulante ou mapa das nebulosas... acho que o Lowell foi mestre de D&D quando jovem.]

Os personagens são em boa quantidade e interessantes, não chegam a ser profundos mas tampouco são estereótipos. A história é bem-humorada e leve. Em capítulos curtos, sem flashbacks ou mudanças de perspectiva. São umas 230 páginas que lêem-se sem perceber e sem vontade de parar.

O final é ligeiramente em aberto, porque na verdade este é o primeiro livro de uma série de 6 (The Golden Age of the Solar Clipper). Mas daria para ler tranquilamente como se fosse apenas um. O livro surgiu via podcast, então quem tiver pressa ou preferir pode baixar gratuitamente todos eles. Eu prefiro esperar, não conseguiria ficar parado em casa olhando para parede ouvindo o livro (ou dirigir prestando a atenção devida no trânsito) e todo em 1ª pessoa (no papel o livro foi convertido para "conversas normais").

O segundo livro acabou de sair e já está a venda. Ambos têm versão Kindle. Os demais serão lançados aos poucos, até meio de 2012. Infelizmente apenas em inglês. Mas para quem é fã de uma FC mais clássica e não tem problema com o idioma, o livro é nota 10, compra obrigatória.

Site oficial: Solarclipper.com
Em MP3: Podiobooks.com (clique sobre o livro e role na tela seguinte)
Em papel ou digital (via Amazon): livro 1, livro 2

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cisne Negro

Outro comentário de filme, quase que direto da sala de cinema. Black Swan do Aronofsky dessa vez.
Bom filme. Gostei. Fazia tempo que não ia ao cinema ver um drama ou algo mais "cabeça" (sempre que eu penso em filme assim, me lembro de Ghost Dog... bom filme também, vejam). Mas a minha lembrança do trailer me fez esperar algo diferente. Ok, eu sabia que era um drama e não um filme de terror sobrenatural; terror psicológico?, talvez. Mas ficara a impressão de que no final, não saberíamos o que era alucinação, ou se estava acontecendo, ou se aconteceu mesmo.

O filme é bom, repito, mas é basicamente uma bailarina com esquizofrenia, ou algum outro tipo de transtorno mental, que a mãe também deve ter, então se bobear é genético.

Pessoal têm falado que dessa vez a Natalie Portman leva o Oscar. Sei lá, não vi os concorrentes, mas fora uns momentos aqui e ali, ela tem a mesma cara de coitada todo o filme. Bem, a personagem era mesmo para ter aquela cara de coitada-nervosa-reprimida... Ok, me convenceu, Oscar para Princesa Amídala! Ela merecia um pela Mathilda e não ganhou. Cachorros.

E pipocas me mordam! Winona Ryder! Sempre que aparecia a tal Beth eu tinha a sensação de "eu conheço essa mina". Até achei que fosse a Juliette Lewis num momento... Mas parecia ser atriz mais nova... Só consultando agora no IMDb eu descobri quem era. [e descobri que a Winona é a mais velha... oops!]

Estou viajando, do filme mesmo não falei mais nada. Mas é isso, drama de dançarina, com muitos momentos de suspense, alucinações, reviravoltas e um pouco de humor involuntário... Sei lá, não sei comentar filme assim [ha! como se soubesse comentar de qualquer outro]. Crítica fala que o filme mostra as agruras do mundo do balé, etc... Mostra nada. Mostra gente estressada com trabalho, com meta a cumprir, colegas escrotos, e chefe mala. Nem acontece em qualquer lugar.

O que não acontece sempre são as pessoas terem alucinações. Mas repito, o filme é excelente. Podem ver.

PS:  [edição 1] Pessoal viaja... Já li hoje resenha com gente sugerindo que até a Kunis era imaginação da Portman. Menos gente... Menos.

[ATUALIZAÇÃO 18/FEV]: acabei de ouvir o Rapaduracast sobre o Aronofsky, vale a pena. Pior que eu vi os outros filmes dele mas nunca associara o nome à nenhum antes, desta vez é que o nome foi repetido pra tudo que é canto ad nauseam e fixou. PS do PS: no Rapadura tem outra teoria que se for vero (o que nunca saberemos), torna a Natalie muito mais doida... Mas não vou contar. Ouçam.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

The only limit is yourself

Putz! Eu lembro disso!
Bons tempos da internet pré-histórica.

A tirinha nem foi das melhores (xkcd), mas valeu pela lembrança.


Welcome to Zombocom!  ( link alternativo )

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Bioshock 2

Antes de mais nada, uma boa introdução para esse post pode ser a resenha no Jovem Nerd. Ou até uma substuição, porque meu post inteiro se resume à "Gostei, mas achei fácil." Todo o resto são... comentários aleatórios! (aha! estou me sentindo o Cochrane no 8º Jornada, rs!)

Estou muito atrasado, já que o jogo foi lançado à quase 1 ano, mas tudo bem. Vamos lá.
Ainda acho estranho (mas gostei de não terem mudado) que todo o sangue do jogo pareça mais gelatina do que um líqüido. E achei meio curto - terminei o jogo em 3 finais de semana (e nem fiquei jogando o tempo todo e nem corri pra terminar, gosto de explorar cada cômodo de jogos assim).

Como eu joguei o primeiro, não há mais aquele clima de novidade, mas, como isso faz tempo, também não ficou aquela sensação de mais-do-mesmo. O que na verdade foi, mas deu tempo suficiente entre os dois para não parecer só repetição, foi mais uma 'matação de saudade' sem precisar jogar o mesmo jogo. Algo como Fallout 3 e o New Vegas, ou o Stalker e o Call of Pripyat).

O jogo é excelente, mas minha principal reclamação dele é que achei fácil. (joguei no DIFÍCIL). Tinham horas que eu morria mesmo... Outras horas eu morria direto! Mas as câmaras de ressureição do jogo, por mais que sejam interessantes, acabam entrando na tática. Aconteceu mais de uma vez de eu preferir morrer do que gastar 'kit médico'... Deviam ter penalizado de alguma forma essa idéia. Não lembro se eu tinha esse macete no Bioshock 1, mas minha sensação de dificuldade na época foi bem maior.
De qualquer jeito, nem fiz isso tanto, geralmente eu preferia me virar do que ficar nesse vai-e-vem.

Mas terminei o jogo hoje, e vocês já leram a outra resenha, então quero falar do final. Não da cutscene ou da história, mas do pega-pra-capar.


(POSSÍVEIS SPOILERS)

Eu esperava alguma coisa mais clichê, como a Lamb (a mãe vilã) dando uma de "Ah, não vai sair nem que a vaca tussa!" e aí resolvesse tussir, se entupindo de trequinhos genéticos, virando algum bicho monstruoso e poderoso...que eu tivesse que dar cabo para seguir.
Ou... Que pelo menos fossem tantas levas de personagens pra matar que eu esgotasse a munição (que nem é tanta, mesmo estando lotado, o que não é dificil no jogo) e eu tivesse que ficar correndo entre eles, evitando levar na cara e vasculhando corpos mortos atrás de mais munição.

O que acabou acontecendo foi que, quando ficou claro que era hora do jogo acabar, minha filhinha chamando "vem, papai, você resolveu tudo" eu gastei toda a minha munição-armadilha (pregos com laser, minas de aproximação e arpões elétricos) e mais alguns mini-furacões no chão (nível 1 mesmo, comprado na hora, na máquina cor-de-rosa). E pior: eu não tinha mais mini-torres e esqueci dos robôzinhos voadores, com isso teria sido mais fácil ainda.
Pois bem... depois dessa rápida preparação (levei nem 2 minutos espalhando tudo isso em volta de onde eu estava), foi só ficar invisivel, soltar 2 levas de abelhas assassinas... e assistir o massacre (?).

Uma hora eu precisei deixar a maciota e dar alguns tirinhos... Mas foram mais de misericórdia do que uma luta pela vida. Nem pedi ajuda à Big-Filha nessa hora.

As colheitas de Adam e as Big Sisters em cada fase deram bem mais trabalho. (se bem que em nenhuma eu resolvi gastar *todas* as minhas armadilhas de uma só vez.... mas no fim do jogo, eu já sabia que não precisaria mais delas. rs!) Anyway... Senti falta de um boss final.

 (FIM DOS POSSÍVEIS SPOILERS)

Ah, e terminando, uma coisa que eu dei pela falta foram os, digamos assim, momentos cinematográficos.
No primeiro, teve uma cena que ficou na memória: eu entrei numa sala (um tipo de parque, com laguinho) e depois de checar tudo, me arrumando pra sair, eu vi uma sombra na parede que não estava lá antes (mas veja bem, ela não surgiu *enquanto* eu olhava, ela não estava lá, olhei outra coisa, e quando olhei novamente, a sombra já estava lá, esperando), levei um susto e me virei rapidamente e só deu tempo de ver que algo tinha acabado de fazer "puf!" (virado fumacinha tipo o Noturno).

Ficou tão com cara de cena de filme, que não pode ter sido coincidência. Poderiam ter feito o "puf" no momento que eu olhasse na direção da saída, sem o cuidado e colocar "fisicamente" o boneco lá, parado e à toa, só para fazer sombra (com a luz perfeitamente posicionada para esse fim) e apenas após eu já ter olhado a parede uma primeira vez. Eu não considero isso o mesmo tipo de trigger que entrar num lugar e só ter tempo de ver o vilão correndo e fechando a porta. Isso não estava lá pelo enredo, estava só pra ficar bacana. Mais artístico do que útil. De repente estavam lá nesse eu eu não vi, mas senti falta. (e no primeiro, esse cara da fumacinha deu trabalho de matar, agora eu os matava feito baratas).

Resumindo: recomendo. Mas se você é um viciado em jogo de tiro pela parte bélica, fique longe. Se você gosta de entrar no clima, ou não liga se for mais fácil que o normal, ou quer armas diferentes, ou se simplesmente quer saber o que aconteceu depois do primeiro jogo... Manda ver.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Intra canim nimis illuminus legere est

http://www.rmmeluch.com/
[ATUALIZAÇÃO 18/ABRIL]
The answer is back there. Look further.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Splice, Skyline e Sunshine

Mal comecei o blog, já comecei a ficar sem tempo e com a consciência pesada de não atualizá-lo. Pois bem... A partir de hoje vou começar a tradição de comentar cada filme que eu veja no cinema. Isso deve garantir pelo menos 48 posts anuais.
E se tiver spoiler eu aviso.

Pois bem... Acabei de chegar de Splice - A Nova Espécie.

O filme é melhor do que eu esperava. Mas isso não é grande coisa; esperava uma bomba de proporções fenomenais. Digamos que o filme sofra do que batizarei de Complexo Sunshine (não a pequena Miss, e sim o outro). Alerta Solar começou muito bem, calmo e interessante (ignoremos a premissa absurda). A cena onde as tripulação parou para ver Mercúrio eu achei espetacular. Linda. Era uma bolinha preta passando em frente a um fundo amarelo, e foi maestral. E o que acontece pouco depois, no meio do filme? Zumbi espacial.
Ok, não era um zumbi... Mas teria sido melhor que fosse! Tem uma frase que não é minha, li em algum canto na época, mas não esqueci mais (se você for o autor, manifeste-se), que resume perfeitamente: "O filme começa como uma ode à 2001, e termina como uma homaneagem à Jason X."

Estou falando sem parar de um filme para comentar outro porque a sensação foi a mesma. Só demorou mais.

O filme começa direito... Sem enrolação... E assim que começaram a mexer com a nova espécie eu tinha sempre aquela sensação de "Isso vai dar m*"... Mas não uma mera m*dinha (alguém morrrer ou um susto), era aquela sensação Além da Imaginação de que, no último instante, teríamos uma surpresa. Não consigo imaginar o quê, mas o filme foi me guiando assim. E foi, e foi... Estava tão naquela de não perder nada, que nem saí da sala pra chamar o segurança para expulsar uns idiotas fazendo algazarra (pena... devia ter feito, teria dado mais satisfação aos R$ 9 gastos do que o filme. rs!), e aí, no final do filme... monstro, umas correrias, alguém morre (alguém sempre morre!), e... nada. Um finalzinho meia boca que ficara óbvio várias cenas antes.

De repente eu aturei mais o filme porque eu gosto do Adrien Brody, se fosse o Chris Pine ou James Franco provavelmente evitaria a sessão. E a loirinha do Madrugada dos Mortos me deu o passatempo de tentar lembrar de onde a conhecia. Mas nada contra ela também. Ela tem cara de gente estrassada, então convence no papel. (e não sei porque, talvez a pouca maquiagem, mas me lembrou da Beatrix Kiddo). E a carequinha convenceu também. O cara do Stargate achei meio deslocado ali, e a empresa se chamar N.E.R.D. foi interessante, mas fora do tom.

Não vou ficar dando nota, senão cada vez que revisar um filme vou querer checar as que eu dei nos anteriores. Quem chegou até aqui já percebeu que não achei grande coisa. O filme não foi bom, mas não chegou a ser tempo perdido. Foi um passatempo não-desagradável. Fiquemos com isso.

Momento review-relâmpago:
Diga-se de passagem, é assim que classifico Skyline também. Se bem que o final deste foi melhor, mas você precisa ter um senso de humor bem cretino para apreciar.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Rose Tyler

Mais uma postagem para cumprir cota!
Porque todo blog de fã de Doctor Who... precisa de um post sobre a Rose Tyler! [mas não necessariamente sobre a Billie Piper, veja só!]

A atriz nem é tão bonita (comercialmente falando) se você tirar toda a maquiagem pesada - e eu até acho que a Donna foi uma melhor companheira; mas putz, algo na Rose nos fazia acreditar nela. Não sei explicar. Não sei se era só porque ela era bonitinha, engraçadinha e com um ar meio perdido, ou se a atriz que é boa mesmo (não assisti ainda o outro seriado que ela fez).

Mas uma coisa é certa, todo fã de Doctor Who desta nova geração (que começou a assistir apenas em 2005, com o nono doutor) tem um carinho especial pela Rose.