quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tai Chi 0 / Tai Chi Hero

Nomes originais: 太極之零開始 / 太極2 英雄崛起
Duração:
+/- 3h10min (somados)  --  Ano: 2012  --  Trailer
De: Stephen Fung (de Kung-Fu Hustle)
Com: Yuan Xiaochao (o mocinho), Angelababy (o interesse romântico), Tony Leung Ka Fai (o pai dela), Eddie Peng (o vilão), Mandy Lieu (a vilã), Feng Shaofeng (o irmão da mocinha) e Nikki Hsieh (sua esposa muda).

Antes de mais nada, o 1º trailer do filme que eu vi foi enganoso. Esperava algo mais tradicional para um filme de kung-fu, ainda que um tanto escrachado - afinal, tinha um cara queimando o cosmos dele com olhos acessos à lá avatar Aang e tudo. Mas não lembro mais qual foi o trailer que vi muito tempo atrás (há vários trailers, só perde para a quantidade de cartazes diferentes) [tenho 12 aqui na pasta de rascunho], mas foi essa a impressão que eu tive na época. Agora, isso posto, ainda que não tenha sido uma grande comédia, nem um grande romance, e nem um grande filme de kung-fu [não lembro se tinha romance, mas nos outros 2 pontos, os filmes do Jet Li foram melhores], ainda que não tenha sido grande coisa, foi bem divertido e uma agradável surpresa. Ah, e o filme tem um quê de steampunk também.

Achava que o trailer americano, que linkei outro dia, era meio que zuação, mas não, o filme é mesmo daquele jeito. Um dos trailers do filme, que vi depois do filme em si, o anuncia como uma cruza de Kung-Fu Hustle (bem legal) com Scott Pilgrim (muito bom). Acho que é foi uma comparação merecida.

Vejam, mas sem esperar muitas risadas nem lutas fantásticas. Apenas uma boa diversão para a hora do jantar. Ah, e saiba desde já, o filme não é exatamente parte de uma duologia (?), Tai Chi 0 e Tai Chi Hero são um filme só quebrado em dois. Porque eu digo isso? Porque uma coisa é o filme terminar em aberto... De Volta Para o Futuro 2 obviamente era parte de uma história maior. Não teria como terminar ali (como poderia ter sido feito com o 1º), porque significaria que o personagem principal morreria de velhice em outro tempo sem nunca voltar para casa. Mas a história daquele filme, aquela aventura em específico, fechou. Essa não fecha. Na verdade, extrapolando essa minha lógica, Senhor dos Anéis não é uma trilogia também, é apenas UM filme de 10 horas. [ok, então não sei bem o que estou querendo dizer...] Mas resumindo: você terá que ver o segundo filme e pronto! O primeiro terminou vago demais, praticamente no meio de uma cena, com uma luta prestes a começar e a mocinha com cara de triste. Aceite: é um único filme de 3 horas de duração.

SE o filme terminasse com a mocinha feliz, e aí as pessoas que iriam lutar apenas aparecessem se aproximando, e surgindo a cena do navio... Aí sim, daria a sensação de que aquela história fechou MAS... há uma segunda história que começará logo depois, caso você esteja interessado (novamente, vide De Volta Para o Futuro 2). Esse não, esse terminou com cara de filme quebrado em 2 para caber numa sessão de cinema. Eles foram até filmados simultaneamente.

Falemos algo mais... Os efeitos são bons e as lutas são bem coreogradas. Mas sim, o nem tão bom e nem tão velho Wire-Fu (não conheço uma tradução oficial... Cabo-Fu?) esta lá. Ou seja, as pessoas não caem, elas levitam até o chão. Se bem que isto numa comédia de luta a gente perdoa, nojo deu ver isso de forma muito mal feita em X-Men 3, que já era um filme ruim por si só...Mas não falemos dele. Mas já que o assunto surgiu, para quem gosta de filme de luta oriental e não gosta de gente pendurada em cabos, vejam Chocolate, filme de luta tailandês com um pouquinho de comédia, e tudo ali segue as leis da inércia e gravitação terrestre.

Já a trilha sonora... não se destaca, é boa, mas genérica de filme oriental. Chama só um pouco a atenção tocar tango em algumas cenas [ou é algo oriental que parece muito com tango] Ah, e destaque para o flashback da infância do herói, todo mudo.

A mocinha é bonitinha, mas também nada demais. Isso é legal, tiraria o clima bobinho se fosse algum mulherão (mas ela é modelo, e bem maquiada fica muito bem). Ela parece uma prima mais nova da Zhang Ziyi. A "vilã" é até bem mais bonita. Comentando logo até, ela (a vilã) é até responsável por uma cena que achei meio deslocada no climão comédia infantil quando estava vendo o filme, mas pelo menos deu uma boa motivação para o vilão. Bem, boa até certo ponto. O filme continua sendo só clichê e sem se incomodar com isso.

A história... Não falei da história. Molequinho nasce com o dom de aprender kung-fu só olhando os outros. E um chifre. Chifrinho. Mal aparece. Chamemos ele carinhosamente de... tumor. E quando batem nele, o cara luta muito melhor, mas o cara está gastando o dom dado pelo chifre (que no filme tem um nome pomposo, que já esqueci) [mas continue lendo, isso não faz sentido nenhum nem dentro do filme] e para não morrer, ele precisa aprender um Kung-Fu Interno [que de interno não tem nada, mas segue comigo] que só é ensinado no vilarejo de Chen. Ele vai para lá, e ninguém quer ensiná-lo. Nem é implicância, é que eles não ensinam para ninguém de fora e não se fala mais nisso. Mas o cara fica por lá, apanhando de todos de bom grado, esperando uma chance. Nisso ele acaba estando lá na hora certa, quando surge a chance de ajudar a cidade contra malignos ocidentais que querem passar um ferrovia pelo lugar. Comandados por ninguém menos... que o namorado da mocinha. É... Eu sei que você já sabe o que vai acontecer... [mas e quem disse que era um filme para termos surpresas?]

E aí tudo termina bem (na verdade, nem termina de fato, como disse) e eu só vou terminar essa resenha quando assistir o outro filme. E depois vou procurar o Detetive Dee, do mesmo pessoal, que acabei ficando curioso.

Uma resenha de outro site por enquanto, onde fiquei sabendo que o Shaolin Soccer, igualmente idiota porém legal, também é da mesma galera:
Tor.com: "popcorn fare without any pretentions - and that’s what makes it so much fun."


//*  Fade-in, fade-out. Som de galo fazendo cocoricó e legenda "5 dias depois..." *//


Issaí, pessoal! Urrú! Estamos de volta! Vamos continuar de onde paramos? A galera está animada!!! [meu deus... como eu odeio apresentadores de merda. não se preocupem, nunca repetirei isso. Foi só a 1ª coisa que me veio a mente para recomeçar o texto.]

Diga-se de passagem, talvez a melhor cena de O Cavaleiro Solitário seja o Tonto dizendo "Don't ever do that again!" (mas eu meio que gostei do filme, foi bem... beeeem... mediano, mas não me senti jogando fora 3 horas de vida).

Deixando o faroeste de lado, hora de falar da segunda parte do filme quebrado em dois. Mas temos um problema [bem, eu tenho, mas é você quem está lendo, então você se ferrou junto comigo]. Até a parte escrita "5 dias depois..." eu tinha escrito tudo ao final do 1º filme. Mas depois de começar a ver o 2º filme [que realmente foi 5 dias depois, eu sabia isto de antemão] eu tive que parar, depois fiquei enrolado no trabalho, aí saí de férias, voltei enrolado e, resumindo, hoje são na verdade 70 dias depois! [essa postagem iria entrar no ar em agosto...]

O que eu vi agora foi última hora do 2º filme, então não vou poder dizer muito e estou meio fora do clima. Essa segunda parte é um pouco mais focada na ação, porque a história precisa terminar e a vila onde a mocinha mora precisa ser salva pelo mocinho.

Dando uma olhada nas cenas iniciais agora consegui me localizar um pouco melhor. O sujeito que aparece no final do 1º filme acaba não sendo exatamente o que parecia ser na hora, mas fica sendo meio que um vilão intermediário nos primeiros 40 minutos até o vilão principal voltar para valer, com muito mais armas (e só não vemos uma carnificina em tela por causa do espírito de desenho animado do filme - mas não tem como muita gente não ter morrido ali); e enquanto isso o mocinho finalmente começa a aprender o estilo de luta que ninguém queria ensiná-lo (mas que ele estava aprendendo só de tanto apanhar); e somos apresentados à uma lenda envolvendo um sino que surge meio que do nada, só para dar assunto à primeira metade desta segunda metade da história.

Por falar nisso, acabei de descobrir que a idéia é (ou era) fazer uma trilogia [Ô, MANIA desgraçada!!!], o que pode explicar o final meio estranho que o vilão teve. Mas desta vez o filme termina, então se não tiver terceiro filme, fecha redondo. Tanto que eu vi o final do 2º sem saber disso e não senti falta de nada. Achei que o destino do vilão seria só uma forma mais escrachada de mostrar que ele não só se ferrou, mas se ferrou bonito! Já agora, acho que ele não se ferrou realmente, e está sendo preparado para voltar realmente à altura de encarar o mocinho no terceiro filme. [se houver]
O terceiro filme ainda não tem data mas, em tese, chamar-se-á Tai Chi Summit.
[depois de Tai Chi Zero e Hero, esperava mais um que rimasse]

Mas então, é isso. Temos menos humor e menos cenas com efeitos amalucados, mas temos mais romance e mais ação. E temos uma ótima luta dentro de uma cozinha. O final (?) é que pode soar meio abrupto, já que não teve nenhum sacrifício, nenhuma mega-luta entre o mocinho e seu antagonista, sem explosões à lá Michael Bay, nenhum giga-mecha-steampunk e nenhum beijo apaixonado... Na verdade, depois de tudo que aconteceu, o final foi bem rápido e "realista". Se você fizer muita questão de saber, foi isso: o príncipe é envolvido e acredita no mocinho após ter o caráter dele atestado por um homem de confiança, investiga o caso, liberta quem foi injustamente preso, a ferrovia passa por outro caminho e eles voltam para casa com a ficha limpa. Mas tudo acontece nos 3 minutos finais. Então você não se sentirá de repente assistindo a um episódio de Law & Order. [nunca vi essa joça, sou do tempo do Tiro Certo e Dama de Ouro]

E não lembro mais que fim levou a história do chifrinho mas, nesta 1 hora final que vi hoje, eu até tinha esquecido completamente que ele existia. Lembrei só quando revi os trailers e os cartazes para concluir a postagem.

O veredito final é que continuou sendo uma boa (mas não excelente) diversão descompromissada, que até pode não prender a atenção para quem estava atrás de só kung-fu, ou de um romance, ou comédia, ou steampunk, ou uma boa ambientação histórica... Falando assim, o filme não fez nada direito, mas é uma boa besteirinha (mesmo que tenha mais de 3 horas) para uma semana sem grandes planos cinematográficos.
E se você não entrar muito no clima mas não desistir de cara, assista como se fosse uma minissérie de repente. Uns 40 minutos por dia, antes de ir dormir, durante uma ou duas semanas. [só não faça como eu, que levei 2 meses e meio]

E agora, mais três resenhas para vocês.
Uma sobre o segundo filme, onde o sujeito elogia bastante o desenvolvimento dos personagens, as interpretações, e etc:

Twitch: "Fung has certainly scored as many hits as he has misses, if he can somehow filter those out for round three, the final instalment of Tai Chi could still prove to be something special."

E duas que achei bem legais, de um mesmo site, onde o sujeito esculacha tudo o que a acima elogia. Mas eu gostei delas, são bem escritas, embasadas, tudo faz sentido e, por mais que eu tenha gostado dos filmes, tive que concordar com quase tudo dito:

The Galactic Pillow:
"The Taichi series was certainly ambitious but the results are oh so dire that there really isn’t much to recommend in either film and I seriously doubt the planned third film will somehow redeem the entire trilogy."  --  Resenha do 1º filme  --  E do 2º.

Agora é com vocês. Decidam aí. ["Porque o final... VOCÊ DECIDE!"] [ô, citação ridícula e fora de hora... mas não teve como não lembrar dela agora]

Ah, esbarrei nisso. Um tipo de clipe musical / vide promocional / bastidores. Interessante:
《太極1從零開始》中文宣傳曲"太極不急" Lollipop F熱血獻唱!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Walrus Tales - Table of Contents

I have all my books catalogued. [and I'm nerdly proud of that!]
When the book is an anthology of short-stories, they also get catalogued. Nothing fancy... all data are just an Excel file with four spreadsheets: one for books, one for the fiction inside of them (when it's a collection), a very smaller one for magazines I won't throw away [mostly old magazines about japanese animation, from the time before the Internet killed all the reasons for theirs existence], and a ridiculously small (about 15 lines) for ebooks (I do have more ebooks than that, but this spreadsheet is for ebooks I don't have the actual paper book - generally something old I got curious about, or something that probably will never appear in book form, or because it's just some short story I decided to read without buying a whole book I didn't want).

So... Although it took a bit of initial effort (the spreadsheets are just about 2 years old, and I had a lot of books already then), I will not have the trouble other people already had for me. That means: I just copied and pasted a lot of things already in The Internet Speculative Fiction Database (it's a lot easier just to adjuste the columns than to retype everything for every SF book in english I have). When I don't find it there, Google is my friend. And then... In some extremely rare cases, when no one bothered, not even the publishers' sites... Those ones I type myself. You can't win everytime [and most of my books are in portuguese anyway].

I will not start my own ISFDB nor will I post the contents of every one of that cases I discover... I just was astonished to discover no one posted the contents of Walrus Tales ANYWHERE! (they almost got it here, but you have to click for every author, and most of the tales names are missing). [and I can't accept an world wide net without the word "Illuminiwalri" in it! that's just too good a word and concept not to appear anyplace]

Ok, it's not Dickens. It's not Asimov. Heck!, for most of the human race it's probably not even a good book! But the table of contents alone is enough fun to not let it pass un-interneted. [true, I could just fill the data on it's own ISFDB page, but that place is not Wikipedia, they're a lot more serious about its editing] [and it's more fun to post it here!]

So, that's enough talk. I will stop abusing english language now. [sorry, my fellow Brazilians, but I do think you guys will be less likely to rummage the net for this book's contents] [and it was fun to write in english, I didn't do that for a long time]

Walrus Tales - Table of Contents:
Edited by Kevin L. Donihe / Eraserhead Press

The Illuminiwalri [*] --  Greg Beatty
We Are All Together  --  Bentley Little
Night of the Long Tusk  --  Paul A. Toth
The Rhinoceros and the Walrus  --  Dave Fischer [2]
Meet the Tuskersons  --  James Chambers
Naming Day  --  John Sunseri
Walrus Skin  --  Ekaterina Sedia [3]
Tattoo Burning Over Your Wasted Heart  --  Andersen Prunty
Deadtime for Bonzo  --  Violet LeVoit
Scapegoat  --  Alan M. Clark
Coloring Book Exegesis  --  Nicole Cushing
13 Ways of Looking at a Walrus  --  Nick Mamatas
Medicine Song  --  Mitch Maraude
The Legend of the Silver Tusk  --  Jeffrey A. Stadt
Girl Gone Gray  --  Gina Ranalli
The Walrus Master  --  Carlton Mellick III [4]
The Walrus-Carpenter Murders  --  R. Allen Leider
First Natural Bank  --  John Skipp
Sirens of New Brunswick  --  Mykle Hansen
The Walri Republic of Sea World [*] --  Bradley Sands
Gus  --  A. D. Dawson
Lovespoons in Peril  --  Rhys Hughes
Something Fishy  --  Mo Ali

[*] = I do think it sounds better, but... I have to say it: technically, walrus is not from latin, so the walri plural does not exist. Octopi also do not. [note: I just saw that in the book's introduction the author makes a similar statement]
[2] = Couldn't find anything about this guy.
[3] = I think she is the only one here that got published in Brazil.
[4] = Easily the most famous of the bunch, so I decide not to link him. I linked his favorite cover artist. If I were crazy enough, I'd buy all the books this guy covers. [and I will buy whatever book uses the picture Nerd Rage]

Now, go buy the book. And then return and tell me if you liked. I didn't read it yet. [and I have mixed feelings about bizarro fiction. Sometimes I love it, sometimes... I really don't.] [you can find both situations in Die You Doughnut Bastards]

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Riddick 3 / É o Fim

Nome original: Riddick
Duração:
2hs  --  Ano: 2013  --  Trailer
De: David Twohy (de Warlock - O Demônio e Waterworld)
Com: Vin Diesel (de O Resgate do Soldado Ryan, Triplo X e Velozes e Furiosos), Jordi Mollà (de Elizabeth: A Era de Ouro e Bad Boys II), Matt Nable (de Os Especialistas), Katee Sackhoff (de Battlestar Galactica e Plantão Médico) e Dave Bautista (de Guardiões da Galáxia e O Escorpião Rei 3), uma ponta de Karl Urban (de Dredd, RED e Doom) e um tipo de hiena-lince-cão digital.

Iu-rrú! HIENAS! Eu gosto de hienas!

Isto posto, vamos lá!
Descrição: Riddick está num planeta desértico, a escuridão se aproxima e, com ela, animais assassinos virão. Ele precisa conhecer melhor seu inimigo, escapar do caçador de recompensas que tem um distintivo de xerife no peito, e depois correr contra o tempo para conseguir dar energia para a nave que pode tirá-lo do planeta. Ah, e tem uma cena com uma mulher correndo e aí ela morre no meio da corrida.

Acabei de descrever o 3º filme? Não. Esse foi o primeiro. Pensando bem, menti, foi o terceiro. Façamos o seguinte, a gente fecha que foram os dois e não se fala mais nisso!

Eu sacaneio, mas a pura verdade é que isto é justamente o ponto positivo do filme: Riddick 3 é Riddick old school!
E nada daquele mundo repentinamente super-tecnológico que foi o 2º filme, que parecia algo saído de George Lucas, esse está de volta ao esquema "parece o mesmo universo de Alien". O filme tem bem mais similaridades com o 1º ainda, dava até vontade de fazer uma tabela completa, mas não vou ficar me esticando [porque é 1:20 da madrugada]. E apesar de ser um filme sem surpresas, não darei spoiler assim de bobeira sempre. É um bom filme para você fingir que o As Crônicas de Riddick não existiu [outra coisa que me irrita no 2º filme é o uso da palavra Crônicas descrevendo uma história que dura alguns dias...]. Basicamente, Riddick 3 é o Highlander 3 do Eclipse Mortal.

O que temos é uma aventura isolada do sujeito, nada de proporções grandiosas, muitos cenários, o destino de muitos planetas, raças e, quiçá!, do universo na balança... Nada disso. Há uma rápida introdução de como ele foi parar ali, temos 2 cenários o filme inteiro ("deserto" e "dentro da casinha no deserto") e no final o sujeito está de volta à estaca zero: livre pela galáxia, ainda com vontade de matar o novo Dr. McCoy e ainda sem encontrar o seu planeta natal Furya. Uma boa comparação para esse filme seria o Dredd [que nunca resenhei, mas achei o filme excelente]: não é um filme de origem, não tem nenhuma reviravolta para a vida do personagem, ele não salva o mundo nem rompe paradigmas... Foi apenas: mais um dia de trabalho - e amanhã tem mais.

Por falar nisso, Riddick 4 e 5 já estão na mira.

Ah, e não é só o Riddick de Eclipse que está de volta. A boa e velha Starbuck também! Nada daquela dramática Starbuck mística e musical ['Kara Remembers' é muito boa] do final da série, é a durona e sacana das primeiras temporadas, que todos nós amamos.

Se você gostou de Eclipse Mortal é grande a chance de você se divertir com Riddick 3, ainda que este seja um pouco mais voltado para ação e menos para o suspense. E não precisa ter gostado nem ter assistido ao segundo [é até um favor que você se faz]. Se muito, você não saberá quem são os emos de armadura que aparecem nos primeiros 3 minutos. Mas isso não importará do 4º minuto em diante. [talvez importe no 4º filme?]

Li várias boas resenhas sobre o filme, são tantas que resolvi nem ficar escolhendo. Seguem só duas: o Screenrant gostou com pequenas ressalvas: Despite (...) Riddick offers a solid action-horror experience. Já a moça da Tor.com detestou de coração: Riddick came back wrong.


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E novamente aproveitando uma resenha sobre um bom filme para desovar outra sobre um nem tanto... É o Fim! (This Is The End)
De: Evan Goldberg e Seth Rogen  --  1h47min  -- Trailer
Com: Seth Rogen (de Besouro Verde), James Franco (Tristão & Isolda), Jay Baruchel (Aprendiz de Feiticeiro), Jonah Hill (Superbad), Craig Robinson (Hot Tub Time Machine), Danny McBride (Sua Alteza?) e, dentre as muitas participações especiais, Emma Watson (a Hermione) [e que está gatíssima no filme] é a que mais tem alguma pequena relevância na trama.

Eu vi, me diverti, até gostei, mas... isso era para ter sido um filme direto para DVD, não de cinema. Não sei se sou muito chato ou só se a média da população que está muito idiota, mas eu NÃO me acabava de rir só porque alguém fez um comentário jocoso envolvendo esperma ou apareceu o pênis de um demônio em cena - que era a situação padrão para o restante da sala. [com exceção de duas velhinhas que assim que eu entrei na sala me controlei para não perguntar o que diabos elas estavam fazendo ali!! Na cena em que jogam futebol com uma cabeça humana ainda sangrando - meia hora de filme apenas talvez - uma delas tirou os óculos e desistiu de acompanhar. Só ficava olhando para os lados, horrorizada com as pessoas rindo e tentando imaginar se seria possível sair dali sem quebrar a bacia no escuro, e as vezes reclamando algo com a outra velhinha... Na hora isso estava me irritando profundamente - já que eu estava na cadeira ao lado - mas agora até que estou achando bastante graça. O pior é que as duas ficaram até o final mas saíram antes das luzes acenderem... Porra!, podiam ter saído antes então! E claro, saíram reclamando horrores do pior filme da vida delas.]

Voltando ao filme, o que temos de história é: são vários atores, interpretando eles mesmos, mas sem medo de se sacanearem das piores formas possíveis, presos em uma casa e tentando sobrevivar ao apocalipse católico, após o arrebatamento ter acontecido. Então eles sabem que estão ferrados.

O problema é que o filme perde muito tempo com piadas internas ou fazendo referências à filmes pouco conhecidos por aqui. É um filme de nicho. Deve ter sido absurdamente engraçado para quem acompanha a carreira destes caras e conhece um pouco de suas biografias [ou das fofocas sobre eles]. Imaginaria fácil o filme enchendo salas numa Mostra Rio. Também é um filme para quem acha que humor de banheiro, um pênis em tela e algumas piadas chulas já valeu o ingresso.
Eu rio de vulgaridades também, claro [praticamente o único tipo de piada na minha família], mas eu sempre espero um pouco mais que isso; e o filme teve pouco deste 'pouco mais'.

Para contrabalançar, uma resenha do Cinema com Rapadura. Eles gostaram mais:
Seth Rogen realiza um dos trabalhos mais hilários do ano.

domingo, 13 de outubro de 2013

Gravidade

Nome original: Gravity
Duração:
1h31min  --  Ano: 2013  --  Trailer
De: Alfonso Cuarón (de Filhos da Esperança e Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban)
Com: Sandra Bullock (de Poção do Amor Nº 9, O Demolidor e Velocidade Máxima) e George Clooney (de Plantão Médico, E Aí, Meu Irmão, Cadê Você, e Os Homens que Encaravam Cabras).
Curiosidade: escapamos de ter a dupla sendo Angelina Jolie e Robert Downey Jr. Vi a lista de atrizes que quase foram escolhidas e, sinceramente, acho que ficamos com a melhor das opções. Eu gosto da maioria delas, mas quase todas seriam fofinhas ou mesmo nova demais. No máximo, talvez deixasse passar a Rachel Weisz, mas talvez ainda a achasse muito fofa para o papel.

A história: alguns astronautas estão no espaço, uma cientista consertando alguma coisa no Hubble, um testando uma daquelas mochilas propulsoras, um está dançando a macarena (ou algo assim) e outros dois nem aparecem (estão dentro do ônibus espacial).

Aí os russos resolvem explodir um satélite deles por algum motivo qualquer que não importa. O que importa para a história é que isso causa uma pilha de destroços, que bate em outros satélites, que também se destroçam, e assim vai indo, criando uma onda de destruição que dá a volta ao planeta a cada 90 minutos.

E voltamos a nossos heróis. Que são avisados muito em cima da hora e não conseguem escapar da onda assassina a tempo. Só dois deles sobrevivem e ônibus espacial também não sai bonito do processo. E eles agora estão sozinhos, no espaço, sem comunicação fora um com o outro, e precisam pensar numa solução. Se possível, antes dos destroços voltarem.

Convenientemente, a Estação Espacial Internacional não estava longe dali. Conseguirão nossos heróis alcançá-la e, chegando lá, fará diferença? Não perca a emocionante conclusão desta história, AGORA, num cinema perto de você! [eu preciso melhorar minhas capacidades redatórias... meus resumos soam como trailers dos anos 50]

Opinião curta, porque não dá muito para falar além do resumo: de cara, eles perderam a chance de fazer as cenas no espaço bem melhores, se fossem sem trilha sonora! Ok, a trilha no geral nem é ruim e o tema principal do filme achei até bem bom, mas naquelas horas de tensão, em que algum dos astronautas está sozinho, se ferrando, e aí quase se ferra mais, a tensão acumulando, você achando que "É agora! Na verdade ninguém vai escapar vivo deste filme!" e acompanhando tudo isso...  uma musiquinha de tensão genérica? Sei lá, me senti como ouvindo a claque em um programa de comédia. Não precisava.

Mas *apesar* disso, o filme realmente consegue prender a atenção mantendo a tensão quase o tempo todo. Sim, é um fiapo de história e toda hora uma nova desculpa para causar um pouco mais de tensão, seguida de uma nova conveniência para os personagens não perderem a esperança e a história seguir rolando, mas ficou bom. Não estou reclamando, só comentando.

SPOILERS, pule o bloco a seguir se você ainda não viu o filme.


Em paralelo a Sandra Bullock também tem alguns problemas pessoais na caixola e toda a cena final tem um quê de 'agora estou em paz' e renascimento nem um pouco sutil. Mas novamente, ficou bom. Pior seria se a cena final fossem helicópteros, ambulâncias e jornalistas chegando.

Ela sozinha, no meio do nada, descalça e molhada, com a câmera olhando por baixo, e ela andando na lama, numa direção qualquer com pernas vascilantes mas firmes, fechou de forma manjada mas poeticamente correta para o filme.

FIM dos spoilers.


Mas é isso. Sendo ranzinza, é um filme bem safado, com uma história rala e cheio de erros de física e astronáutica. Mas é tão bem feito, bonito (e não estou falando só da imagem) [e eu nem vi em 3D] e redondo, que não tenho nada para reclamar de verdade dele. E assim como em A Proposta, a Sandra Bullock ainda bate um bolão. [bem, desde que o filme não tenha sido todo "photoshopado", não sei e nem quero pesquisar. Prefiro manter a ilusão.]

Ah, trilha sonora para ouvir após o filme: Benson Arizona. [kudos se você pegar a referência antes de clicar, parabéns duplos se entender a piada]

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Aproveitando o tema espaço, estava vendo TV hoje pela tarde e estava passando um tal de "Um E.T. em apuros" (Earthbound, 2012, com Rafe Spall e Jenn Murray). O filme já tinha começado faz uns 5 ou 10 minutos, mas coloquei lá, achando que era o filme do Paul, que eu já vi mas podia ver uns 10 minutos dele novamente enquanto tomava um café sem problema. Acabou que era um filme irlandês! Não vou me alongar sobre ele, mas só recomendar que não percam seu tempo. Spoilers a seguir:
Vi inteiro e o filme estava indo bem. Era um romance bobo com um pouco de comédia, sobre um alienígena desajustado, em segredo na Terra, arranjando uma namorada, que caminhava cada vez mais para um drama sobre ele encarando o mundo e talvez um toque de esquizofrenia, quando de repente... era tudo verdade. E o filme se estraga completamente nos últimos 15 minutos.
E aí temos perseguições, alienígenas e uma rápida citação ao O Vingador do Futuro. Ok, não foram os piores 80 minutos da minha vida, valeu para uma tarde sonolenta e agora ainda vou poder me gabar de ter assistido FC irlandesa. Mas o que poderia ter sido um bom draminha-comédia-romance sem consequências, virou uma ficção científica ridícula. Então, novamente, não percam seu tempo.
Só fiz questão de puxar o assunto porque o final do filme realmente o estragou. Duvido que alguém pare aqui pesquisando este filme, mas queria registrar o descontentamento.

domingo, 6 de outubro de 2013

Monstros

Bem, como muitos na semana passada, eu também "parei tudo e vi agora o trailer de Godzilla" (via JovemNerd). Trailer muito bom. Depois resolvi ver de novo... mas tinha saído do ar. Fui no Google e 15 segundos depois eu o revia. Nessa, acabei abrindo alguns sites para ler sobre o filme... Se eu nem sabia que o trailer tinha "vazado" (claro, claro... "vazamentos" e "correria" para tirar do ar.. a gente finge que acredita se vocês continuarem "vazando") é porque eu não estava prestando atenção e estava na hora de saber o que andava rolando. Aí... num dos sites, vejo alguém falar "Fiquei otimista ao saber que o filme estaria na mão do diretor tal depois do que ele fez com Monstros". Nessa hora dei aquela congelada no lugar... "Mas hein? Cuma?" Quem é esse cara e, mais importante: O QUE ERA "MONSTROS"? (obviamente não eram os da sociedade anônima nem os que lutam contra alienígenas).

Pesquisei e... Caraca! Tenho ficado ocupado demais para continuar me considerando um nerd de respeito... Eu lembrava daquele trailer. Eu lembrava de ter lido sobre o filme antes de ver o trailer. Eu lembrei que estava doido para ver o filme quando saísse... E aí eu esqueci dele. Só agora, três anos depois, é que vi o sujeito. Lamentável.

Mas agora é minha fez de falar: estou otimista ao saber que Godzilla está nas mãos do Gareth Edwards depois do que ele fez com Monstros.

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Nome original: 
Monsters
Duração: 1h34min  --  Ano: 2010  --  País: Inglaterra
Não vejam, entregam muitas cenas: trailer legendadooutro em inglês / e em espanhol
De: Gareth Edwards (do novo Godzilla)
Com: Scoot McNairy (de My Name Is Earl e O Homem da Máfia) e Whitney Able (de nada interessante) [putz, ela tem até filme com Kevin Sorbo no currículo] Mas até onde vai minha falta de critério, os dois fizeram um bom serviço. Ele conseguiu me convencer como um sujeito ferrado forçado a ser legal e ela como uma menina rica bem intencionada e sem frescura, com leves dramas não tão dramáticos assim na vida.

Resumo povão: uma sonda é enviada ao espaço para pesquisar vida alienígena e cai na Terra na volta. Na região onde ela caiu novos bichos começam a surgir. A área é interditada e 6 anos depois metade do México já faz parte desta zona. Isso tudo você fica sabendo nos primeiros 30 segundos. E aí começa o filme. Há um ataque de monstro numa cidade e um ricaço americano pede para um empregado dele na região verificar se a filha, que estava lá também, está legal. E depois pede para que ele a coloque no caminho de casa de volta. De má vontade, ele topa. Só que para ferrar, quando finalmente eles chegam no barco para os EUA, dá rolo, e eles precisam fazer outro caminho, atravessando.... a ZONA PROIBIDA! [tchã-tchã-TCHAMMMM]

Avisos importantes: esse NÃO é um filme de terror e não é no esquema "gravação encontrada" (aquela coisa Bruxa de Blair).

Resumo nerd: achei o filme uma versão latina do Piquenique a Beira da Estrada (do livro ou do filme, não do jogo). Há muitas diferenças, a comparação é meio exagerada, mas me lembrou. Temos uma região interditada e ETs que não são bem invasores, eles apenas estão aqui e pronto. [no caso do Stalker, eles nem estão mais, mas o lugar também ficou 'estranho' depois da passagem deles] e temos pessoas já acostumadas com a situação, vivendo ali, na fronteira da merda, e ganhando a vida assim. E temos personagens atravessando o lugar. E aí você coloca um pouquinho bem poquito de Cloverfield e temos um filme. [numa das matérias que li comparavam com Distrito 9... aí não... não vi semelhança alguma, só um pouco do visual sujo e olhe lá]

Opinião: é um dos melhores filmes de monstros que já vi [e já vi muita coisa] e tudo que aparece em tela são alguns tentáculos e cogumelos. Ok, no final você tem uma boa visão de dois monstros - que são basicamente lulas. E aí elas se abraçam. Mas sinceramente, nem foi o ápice do filme nem nada. Acho que foi só para não terminar o filme de forma ainda mais abrupta. Se quiser, você até pode ter o pensamento piegas nessa de hora de "Afinal, quem são os monstros?" [são eles!]

O filme é bem devagar, mas tem um bom andamento e mantém o interesse. Lá no alto, por exemplo, quando dei uma introduzida e disse que aquela minha primeira frase era explicado no filme em 30 segundos... O que eu não disse é que a minha segunda parte do resumo leva 40 minutos! Quase metade do filme antes de qualquer personagem correr qualquer tipo de perigo. No máximo, o cara pode ter pegado uma doença venérea. Mas mesmo assim, comecei a ver o filme as 00:15 por falta de sono, apaguei a luz, assisti na cama, e estava quase que contando que o filme não conseguiria me manter acordado, e cá estou, as 3:10 da madrugada blogando sobre ele.

Não é um filme para quem quer ver sangue ou ação - para isso vejam Cloverfiled, Curtindo Godzilla Adoidado ou Círculo de Fogo (todos bons a seu modo). Monstros é quase uma aventura romântica. Diria até que é um bom filme de monstro para você ver com a namorada - serve até para apresentar o estilo.

Ou pode ver mesmo se você só ficou curioso em saber qualé a desse diretor e como é que ele gosta dos seus bichos gigantes. Na pior hipótese, você pode colocar o monóculo [ouvintes do Rapadura entenderão a referência] e tirar onda de "Porque eu já vi o filme de monstros anterior deste diretor menino, e tenho boas expectativas para a nova película do rapaz." [ele é novo mesmo, tem nem 40]

Outras resenhas para vocês:
Omelete, que achou mediano:
Filme de amor pode enganar quem espera um Cloverfield ou um Distrito 9
O ScreenRant gostou:
... this is one of those cinematic experiences that I feel is well worth the time invested.
E uma rápida resenha em espanhol, de um cara que detestou profundamente o filme:
Como en boticaNo sirve ni para dormir. Es un truñazo. Los actores ni fu ni fa.

Ele diz algo certo (que o Omelete também cita) alguns diálogos são uma droga. O exemplo do sujeito é excelente: quando o cara vê que sua escolta está armada, escolta essa que o levará por uma zona de quarentena infectada com alienígenas assassinos, ele pergunta "Para quê as armas?" É sério, meu filho? Sério mesmo?

E já que estamos sacaneando, pergunta do milhão: porque a pressa?
Os personagens perderam o barco que seria o ideal... ok, mas se eles tinham dinheiro no bolso para subornar o sujeito, eles tinham dinheiro para ir na direção CONTRÁRIA. Ir até o Panamá, por exemplo, ligar pro papai milionário e pedir para ele mandar o jatinho. Ou qualquer coisa... Mas não atravessar uma zona de guerra infestada de monstros do espaço. Claro, sem isso não haveria filme... Mas faltou criarem uma *boa* desculpa para eles resolverem correr esse risco.

Mas agora, algo legal do filme, uma sacada interessante que eu não notei na hora. Só agora, no dia seguinte, revisando o texto, me deu o estalo. Esconderei o bloco porque é um BAITA spoiler, mas eu tinha que comentar. Só leia depois de ver o filme (marcando o texto), porque você pode ter uma baita surpresa. [ou não, se você não for lento como eu] Se por acaso a marcação não estiver funcionando, e você está conseguindo ler o texto, pule todo esse bloco até o seguinte, que começa com "Outra coisa".
No final, quando chega o soldado cantarolando Wagner, eu notei que era o mesmo sujeito do início do filme e pensei "legal, ele sobreviveu àquela cena" e me deu o estalo de que aquela cena no começo não era relativa ao prédio caído na cena seguinte do filme, e sim na recente invasão à fronteira, coisa que ficamos sabendo no final do filme. Isso por si seria legal: a surpresa no final na verdade tinha sido entregue no começo.
Daí
que agora, quase 24 horas depois, a jurupoca mental piou: E SE aquilo não era a cena *anterior* e sim o que aconteceu depois e o filme era ele inteiro um flashback?
Revi
a cena. PORRA! É isso mesmo. Estavam lá, quase descaradamente, os 2 personagens principais. E revi a cena mais uma vez, e os notei de novo, antes e ainda mais descaradamente. Você fica tão preocupado procurando o monstro (porque é o tipo de cena que você *sabe* que vai aparecer um), que você nem presta atenção nos coadjuvantes. Que triste... o filme então NÃO teve um final feliz. Ok, pode ter tido, não se sabe se eles escaparam ou não... mas... sejamos sinceros, diretores alternativos são bem mais propensos a criar finais infelizes e esse é um filme indie... 2+2...


Outra coisa que só descobri agora lendo o Wikipedia: já começaram a filmar a continuação [precisava mesmo?] que, pelo teaser (aqueles trailers de muito antes do filme lançar, que mostram muito pouco ou nada) pode parecer que envolverá muito mais ação militar do que este mas, felizmente, pelo enredo liberado, parece que não. Mas o diretor deste Monsters: Dark Continent já não será o mesmo cara, por exemplo. É esperar para ver.

E esperar o novo Godzilla também. O trailer ficou muito bom mesmo, e o que eu tinha lido já faz tempo - de que o filme terá aquele jeitão japonês de que o monstro é secundário - agora ficou com mais crédito na minha mente. Sete meses e contando....

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Cacete!

MAS HEIN!? As que eu conhecia eram VERSÕES!? Putzgrila!! Chocante!

Bette Davis Eyes de... Jackie DeShannon (!?!):


A que eu conhecia era essa, da Kim Carnes.

"I Love Rock N Roll" dos... Arrows (!?!):


E neste caso, a que eu conhecia era essa, da Joan Jett.

Agradecimentos (?) ao Listverse pelas postagens abaixo:
Top 10 Famous Songs With Unknown Originals
10 More Famous Songs With Unknown Originals
E as duas acima talvez nem sejam as mais chocantes - mas foram para mim pelo menos. [e 3 das 20 listadas eu já sabia, então o trauma foi um pouco menor]

R.I.P.D. - Agentes do Além

Nome original: R.I.P.D.
Duração: 1h36min  --  Ano: 2013  --  Trailer
De: Robert Schwentke (de RED)
Com: Ryan Reynolds (de Arquivo-X) [é sério! que bizarro!], Jeff Bridges (de TronBravura Indômita), Kevin Bacon ("Please, Louise, pull me offa my knees..."), Mary-Louise Parker (de REDTomates Verdes Fritos), Stephanie Szostak (de Homem-de-Ferro 3), James Hong (de Os Aventureiros do Bairro Proibido) e Marisa Miller.

Já aviso logo, o filme é quase uma droga, eu esperava algo um pouco menos pastelão, mas... sabe aquela merda que você fica com a consciência pesada, mas gosta? Pois então... Mais uma.
O filme não te acrescenta nada aos neurônios. Quiçá, você perde alguns. Ainda assim, não consegui não gostar da porcaria. [deve ser magia de camponês] Colocaria lado a lado com Besouro Verde.

A Mary-Louise está fofa como sempre. O Reynolds interpreta o mesmo papel de sempre. O Bridges está ali só por diversão. O Kevin Bacon precisa pagar as contas e interpreta um vilão genérico de Sessão da Tarde. O chinês você pode até não associar o nome, mas você o reconhecerá. E a francesinha é a minha nova mulher mais bonita do mundo; até eu esquecer que dela em 2 dias - contando com hoje. [e são 23:18] Ninguém ganhará o Urso do Ouro mas tampouco comprometem. Tudo certo então.

Não vou dizer que o filme é um pipocão, mas... pipoquinha talvez? Vale se você pagar meia entrada ou se o cinema for barato na sua cidade. No Rio o cinema é caro para cacete, ainda mais que o filme é - desnecessariamente - em 3D.

A história. Manterei a postagem curta e vou só falar "tudo" que eu sabia antes de ver o filme: um policial morre e vira policial no além. E isso é baseado num quadrinho. [que nunca li, mas conhecia de nome] E pronto.
Ou seja, fora a parte do quadrinho, eu só sabia o que estava no trailer. [por falar nisso, a DC e a Marvel colocam os logotipos delas em tudo. Porque a Dark Horse não?]

[ATUALIZAÇÃO: resolvi checar a cara do quadrinho e achei que o Reynolds até que ficou parecido com o sujeito de lá. E sobre o pastelão... Saibam que cliquei numa página aleatória e o que vi foi um gremlin vestido de carteiro trucidando um cara ao ritmo de Farmyard Hokey. Ok então...]

E é só. Saibam que o filme é bem bobo e sejam felizes. E por falar em Besouro Verde, que eu lembro que recomendei as músicas que ouvi no carro depois e que mantiveram o clima alegre, vou recomendar uma também de novo. Mas só uma, que foi a que tocou assim que entrei nele - era a pasta de músicas russas e logo depois o clima já estava dramático [ô, povo dramático!]: Краски - Раз-два-три-четыре (Kraski - 1-2-3-4). Bem legal. Podem ouvir. Só é pena que não tenha um clipe oficial.

A música tema do Bridges no filme também é muito legal. Só que levei um susto ao ver o clipe. Com tanto duplo sentido na letra, esperava algo bem mais... ousado! Assustem-se vocês também: Robyn - Konichiwa Bitches (Trentemøller Remix).