terça-feira, 28 de junho de 2011

Meia-noite em Paris

PRIMEIRA COISA: MEIA-NOITE TEM HÍFEN! [CARAJO!]
[sem hífen só se fosse "Half a night in Paris"]


Nome original: Midnight in Paris 
Duração: 1h34min -- Ano: 2011 -- Trailer (mas o trailer é muito fraquinho, melhor ver o filme sem vê-lo)
De: Woody Allen
Com: Owen Wilson (Marley e Eu) e outras pessoas.
Ok... Com Marion Cotillard e Rachel McAdams também. Tem mais um monte de gente famosa, mas o filme é do cara. Ah, e quem achou familiar mas não reconheceu (como eu), a Zelda é a baterista do Scott Pilgrim Contra o Mundo.

Eu gosto dos filmes do Woody Allen (Desconstruindo Harry e Zelig são os primeiros que me vêm a mente), mas não a ponto de ver cada um que lança. Vou vendo por acaso. Acho que se eu for checar, não vi nem 20%.  [Pausa de 5 minutos]  Claro, não podia escrever uma frase dessas e não ficar curioso. Quase acertei, vi *exatos* 20%.

A história: sujeito nostálgico, que sonha ser escritor mas que ganha a vida fazendo roteiros em Hollywood, vai com a noiva e futuros sogros para França. Chegando lá acha tudo lindo e maravilhoso, e imagina o quanto seria o máximo viver lá nos anos 20 - para espanto da noiva, do tipo sem-conteúdo, que só quer saber de compras e não vê nenhuma graça em coisas antigas (que dirá então o "velho" continente), paisagens ou andar na chuva. E para irritação dele (maneira de falar, já que ele o cara é tranquilaço tempo integral), ela ainda acha o máximo um conhecido babaca que eles deram o azar de encontrar por lá.

E aí, do nada... O cara é convidado, por uma galera num carro antigo que ia passando, a ir numa festa. A jogada é que a festa é justamente na Paris dos anos 20.
[Tenho uma certa birra nesta parte, porque o cara acredita muito rapidamente no que está acontecendo; mas ele havia bebido, então o cérebro alcolizado pode ter aceitado a brincadeira mais facilmente. E convenhamos, não dava mesmo para perder tempo da história fazendo-o questionar por mais que 30 segundos.]
Nos anos 20 ele acaba conhecendo vários nomes da literatura e outros artistas (como o casal Fitzgerald e Salvador Dalí), e ainda se envolve com uma moradora da época, peguete do Picasso, que circula no mesmo meio.
Daí em diante o filme reveza entre ele na Paris-presente, com a noiva que ele ama (mas não é algo arrebatador) e aturando os sogros idiotas; e na Paris-Anos-20, onde ele se sente muito mais em casa, discute seu livro (coisa que não faz no presente), e encontra algo mais próximo de uma alma-gêmea do que a mimada futura esposa.

Falando assim fica meio dramático, mas o filme, no final de tudo, é uma comédia romântica - então não se preocupem. Quem for do meio literário, ou pelo menos mais intelectual, talvez aproveite bem mais até, reconhecendo piadas envolvendo Hemigway ou Buñuel. Sobre este, por ex., há um momento no filme em que o protagonista dá a ele uma idéia para um filme. Sem esforço mental algum é óbvio que ele está dando ao Buñuel uma idéia de um filme do próprio futuro-Buñuel. Melhor ainda que o cineasta acha a idéia bizarra. Mas uma coisa é deduzir a piada na hora que o sujeito diz "Eu tenho uma idéia de um filme para você.", outra é rir quando ele a dá. [e o tal filme entrou na minha lista de pendências.]
Certamente muitas outras piadas e referências literárias/históricas eu nem notei por não terem sido tão óbvias.

O filme é bem legal de se ver. O que eu achei estranho é que, até o momento, conheço só 3 pessoas que também viram: uma amiga da minha idade, do tipo romântica; uma outra 10 anos mais nova, do tipo "prática"; e o seu namorado musculoso. Adivinha quem gostou do filme? Pois é... Essas meninas modernas são seres esquisitos - e os bombados ganharam alguns pontos comigo. Pô, o filme é legal. Pelo menos elas gostaram de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Senão eu teria que mandar eutanasiá-las.

Acho que de repente nenhuma gostaria de namorar um sujeito como o do filme, deve ser isso. Aí não se identificaram. [ou seja, queriam mais que ele se danasse] Torço para o Woody Allen se representar novamente no cinema com o Owen Wilson. Ficou bem legal. Ele tem uma cara de bobão perdido, e um nariz estranho, que me fizeram sentir como se fosse o Allen ali mesmo. E a semelhança física é nula, então pontos para o Wilson.

Por falar em pontos, pontos positivos do filme: comédia leve, romantismo idem, e tiradas para quem tem 2 ou 3 neurônios a mais. Pontos negativos... são 2:

A Carla Bruni. Linda, mas achei desnecessária a participação dela. Até achei que ela teria um papel realmente, mas ela só faz 2 pontas. Durante a sessão fiquei com a impressão de que estava ali porque seria a única francesa que os americanos reconheceriam (além da Deneuve, talvez) e para o filme ser promovido pelo fato. Agora bolei a teoria de que, como na cena dela ela contradiz o amigo babaca, a função seria dar credibilidade ao personagem (instantâneamente todos concordariam com ela); mas isso foi resolvido com a fala seguinte "Você está contradizendo a guia?!" e pelo fato pregresso do personagem ser babaca, então (instantâneamente) discordamos dele. Se o motivo foi este, foi em vão.

E as explicações. Explico... [Ha!] No momento de epifania do sujeito, quando ele descobre uma falha fundamental numa de suas principais crenças, ele praticamente olha para a câmera e expõe sua descoberta. Ele teria que falar algo, ok, mas não explicar cada tin-tin. Essa postagem está sendo feita com atraso então já nem lembro bem a fala e não estou lembrando de outros exemplos, mas estão lá; mais de uma vez eu tive aquele tique-mental de "eu não sou burro, pare de me explicar e siga com a história". E talvez qualifique como uma explicação, talvez para deixar claro à platéia de que ele não estava louco, a cena onde ele descobre numa banca de jornal um livro antigo onde ele é nominalmente citado (sem margem de dúvidas de que fosse um homônimo) como realmente participante das atividades de 90 anos antes. Na hora nem encarei isso como uma explicação, porque ele tenta se aproveitar do fato de forma humorada, mas achei a cena bem forçada. Mas é rápida, é só um problema menor.

Menos mal que em momento algum ele pára para conversar com algum amigo cientista sobre fendas temporais... Necas! Ele viajar no tempo é deixado completamente como um fato que você tem que aceitar e pronto. Não pergunte e divirta-se. É assim que se faz.

Leitura adicional: www.nytimes.com/.../midnight-in-paris-a-historical-view
(explica algumas referências, até o sebo que aparece numa cena, e tem fotos dos "personagens" reais)
De resto, é tanto site sobre o filme, que deixo vocês na mão do Google.

E concluindo a post... RINOCERONTES!

domingo, 26 de junho de 2011

Piadas

Continuando a série "Eu tenho um problema mental"... Quase tive uma crise de riso com a piada do terapeuta. E ela é muito ruim. (rs!) Ri também na das duas torres. De resto, algumas são péssimas outras não, mas tem nerd pra tudo. [se bem que a dos aniversários e da gravidez devem ser ruins para todos...]

Divirtam-se: Marcos Castro - Piadas Nerds  --  Dica do Nerdbox.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Kung Fu Panda 2

[atualização: para quem veio atrás do sentido ou origem da palavra "escaduxe", role até o final]  
Hein? Como assim? A tradução de skadoosh é... escaduxe? Não vi o filme dublado, essa "pérola" foi na legendagem. Alguém que tenha visto dublado, por favor, me digam que usaram a idéia original... Não lembro como foi no 1º filme, mas no trailer dele eu lembro claramente que a tradução foi ZIRIGUIDUM!

E para aqueles sem o dom de só lembrarem inutilidades:
Trailer americano x trailer nacional. A interjeição é a última coisa do trailer, na hora da barrigada.

Mas putz! É para isso que existem tradutores e dubladores profissionais: se não dá para traduzir, adapte. E "ziriguidum" tinha ficado muito bom. (detalhe, no filme, na cena da barrigada acho que ele nem fala nada. Fui atrás do script e a interjeição aparece no golpe final, da dedada. Preciso rever para ver como dublaram).

Pois bem, eu acho que para esses filmes megalançamentos eu não devia nem resenhar, todo mundo viu ou já leu sobre eles nos megaplexes ou mega-sites. Ia me poupar tempo. Mas caí na roubada de decidir resenhar cada filme visto no cinema... Só para garantir 3 ou 4 posts mensais. Há! Mifu. Então vamos lá.

Nome original: Kung Fu Panda 2 [ou seja, o mesmo, mas eu tinha que escrevê-lo em algum lugar, todo post meu de filme tem o nome do filme em negrito branco - que eu acabei de me tocar, é uma insanidade lingüística]
Duração: 1h30min  --  Ano: 2011  -- Teaser e Trailer: dublado e legendado
Com vozes de: Jack Black (vocês sabiam que o Jack Black participou de um episódio do Arquivo-X?), Angelia Jolie, Dustin Hoffman, Michelle Yeoh (de O Tigre e o Dragão), Gary Oldman (o Comissário Gordon), Jackie Chan e Lucy Liu (sardas e olhos puxados... que combinação!).

Momento risada atrasada: uma das vozes no filme é do Jean-Claude Van Damme. Só fiquei sabendo disto nos créditos e só agora fui checar no IMDB de quem ele era a voz. Tinha que ser... É o personagem que faz espacate! :-)

O filme. Bem, o 1º, como quase sempre, é melhor. Mas esse também é muito bom. Eu achei que ele podia era ter sido um pouco mais longo. A história já parte para ação logo de cara, e você nem tem aquela coisa de, no final do filme, ter a surpresa "ei, veja... ele tá fazendo aquela coisa... ". Não. Como é tudo corrido, você sabe desde a primeira cena que "ok, ele vai fazer isso na luta final.". Tipo os filmes do Karate Kid, que você sempre sabe que o golpe final será o chute da garça [garças chutam?] ou o golpe do bonequinho de madeira (terceiro filme?).

Sobre a história. O panda ainda é preguiçoso, comilão e meio surtado, mas já tem uma noção bem melhor do que faz. Destaque para a primeira luta, em que apesar de ser "salvo" várias vezes pelos colegas, ele está disparando ordens que parecem nomes de filmes de kung-fu, todo mundo o segue, e as coisas funcionam sem esforço.
E logo de cara, nesta luta (que também é logo de cara no filme), o panda começa a ter lembranças da infância. Nenhum telespectador realmente achava que ele tinha nascido da mamãe-pata, né? Termina a luta e eles têm que correr para ajudar outra cidade que foi tomada pelo vilão principal. No caminho ele pára para saber um pouco mais sobre o passado dele com o papai-pato e tem um pouco mais de lembranças.

Momento gay: AAaaaaaaaahhhhhhhh, que fofo!
Chegam na cidade, correria, lutam, se dão bem no começo, se ferram, momento dramático/inspirador, volta triunfal, luta final. Droga, a gente vai ficando velho e sabe que todo enredo de filme nesse estilo é igual. Maldito monomito! Pelo menos eles se ferram duas vezes e o dramático/inspirador são cenas diferentes. rs!
Mas é bom, é bom... Podem ir ver. O 3D nem estraga o filme.

Aproveitando, achei que neste filme ia rolar um clima entre a tigresa e o panda. Fica a sugestão para o próximo filme. E o filho deles seria a origem dos pandas-vermelhos! [Isso! eu sou um gênio da biologia!]
Na verdade, como não rolou o clima, só teríamos bebêzinhos no quarto filme. Outra sugestão para o próximo então: o vilão é o pai, ou melhor, a mãe dela, já que já tivemos 2 vilões machos (assim de uma tacada só teríamos reunião familiar, saberíamos porque ela foi largada no orfanato, e o foco da história seria menos o Po).

A propósito... Em que século que se passa a história? Estou já pensando num crossover Tigresa / Gato de Botas! :-D

[ATUALIZAÇÃO: putz! O Mestre Shifu é um panda-vermelho!! Nunca tinha me tocado disso. Mas também, nunca parara para pensar no assunto... Um lêmur ou um esquilo é que ele não era... Que coisa! Pena, minha sugestão genética não vale mais.] [Atualização da atualização: há um gibi com os personagens onde o Po diz que achava que ele era um guaxinim! Boa! Devem ter colocado isso lá porque os americanos burros nunca devem ter ouvido falar em pandas-vermelhos - que nem são ursos na verdade! Mas guaxinim não é bicho chinês, não sei se eu teria pensado nisso.]

Personagens de apoio: gostei do vilão. É o clichê do mau-feito-pica-pau, mas tem um quê de trauma infantil. Se bem que o vilão do primeiro também tinha. Humm. Pensando bem, teria sido melhor se ele fosse só um maníaco mesmo. Afinal... "Por que, no filme do Spielberg, o ET é marrom?" [ponto para quem reconhecer a citação.]
A cabra com voz da Yeoh também ficou legal. Já o lobo-chefe eu achei um pouco mais aparvalhado do que precisava, mas deve ter sido o jeito que tiveram para ele poder "sumir" da história depois sem os mocinhos terem 2 vilões para dar cabo (se ele fosse puro-mal, não teria como ter a cena final dele). E dar cabo de alguém é coisa que mocinho de filme infantil quase nunca faz. - O que me leva à uma grande dúvida: o que aconteceu com o vilão do primeiro filme?

Bem, é isso. Não tenho muito o que comentar mesmo. Queria uns 10 minutos a mais de filme no início, e uns 20 a mais no total. O filme é menos comédia que o primeiro, mas é divertido. Tem piadas bem bobas aqui e ali, mas diverte quem já tem cabelo branco também. De repente com minutos a mais caberiam mais piadas (ou qualquer outra coisa) sem perder as partes de drama e ação.
Mas consola-me que acabei de descobrir que nunca assisti o especial de natal deles. Então ainda tenho 20 minutos de coisas inéditas para ver. Eles tinham que passar essas coisas no cinema também. Eles poderiam colocar o ingresso sendo 30% do valor, sendo que a duração é 80% menor. 4 sessões na mesma duração de 1 filme = lucro! Só não poderiam ter os mesmos nojentos 10 minutos de comercial de refrigerante, isotônico e essas chatices todas. Podiam em cada uma das 4 sessões, colocar só UM comercial e UM trailer, cada vez diferente. Pronto. Fechou! Respeitam o contrato que devem ter com os patrocinadores. Ganham mais dinheiro. E quem prefere ver as coisas no telão, vê. Todo mundo sai feliz.

Outro comentário solto: fora o teaser, que só mostrava o panda olhando pra platéia do cinema, eu não tinha visto nenhum outro trailer do filme até fazer este post. AINDA BEM! Cacete! Os trailers de hoje em dia entregam muito. Querem impressionar com as cenas e você vai ver o filme sabendo "ih, é agora que vai acontecer aquilo!", "ih, esse lugar vai explodir", "ih, etc...". Coisa chata. Os trailers têm que ser meio termos. Nada de panda só olhando pra platéia, mas também não mostrem como os mocinhos fugirão!

Leitura adicional:
Cinema com Rapadura: Ação ininterrupta supera original
Adoro Cinema: Diversão faixa preta
Screen Rant: While not as epic (...) is still a pretty good sequel
Omelete: Redondinho

Comentário quase final: a cena do barco pedia a fala "O mastro não revida!". :-D


/* e algumas horas de internet lenta depois...  */

Não resisti... Baixei o 1º filme dublado SÓ para checar a cena no final. Foram momentos de tensão. E a dublagem de SKADOOSH foi.... trurururum... "escaduxe"!
Ah, que merda!


[ATUALIZAÇÃO 7/JUL]: Vi que vieram parar aqui perguntando ao Google "o que é escaduxe" e pedindo "skadoosh tradução". [Iú-rrú! Eu tenho leitores!] Bem, eles não devem voltar mais, mas fiz uma rápida pesquisa [Google, claro] e seguem links e conclusões.

1) a palavra foi inventada no filme, foi um improviso do Jack Black.
2) ela é baseado numa expressão mais antiga "(23) skidoo" (dos anos 20) baseada numa gíria mais antiga, "scadoodles" (final do séc. XIX) e o verbo "skedaddle".
3) O verbo significa meramente "sair/mover rapidamente", a gíria significava "um monte" (no sentido de qtd), já a expressão tinha novamente o sentido de "sair rapidamente" (a força ou não) ou ainda "sair no momento propício".
4) Ou seja, não tem tradução (desconheço uma gíria nossa adequada; "hora de picar a mula" perde por ser longo) nem é nada real. Foi só uma palavra legal, parecida com a gíria antiga e com +/- o mesmo sentido, criada pelo dublador do urso, que é comediante e deve conhecer gírias de todas as épocas.

Aí junta uma gíria antiga sobre "pular fora" com aquele som de "vuuuush" de coisa rápida, e pronto! Está criado o skadoosh.

O nosso "ziriguidum" no trailer pode não ter o mesmo uso, mas ainda acho que teria sido uma dublagem/legendagem melhor.
Ou ainda, que criassem uma gíria aqui... Sei lá, até "escafedido" poderia ter sido usado. Além de ser o particípio do verba escafeder, com sentido e som parecido, poderia ser engraçado para crianças menores devido ao "fedido" no termo. (outra boa alternativa seria o "escafudeu", mas aí o trocadilho seria impróprio)

A matéria do Boston Globe relembra o fato de que no trailer a palavra estava numa cena e no filme propositalmente a trocaram de lugar. No trailer o vilão realmente "saía rapidamente no momento propício" (ele era arremessado longe com a barrigada) bem mais do que na sua morte (?) na dedada, mas o sentido ainda é válido mesmo então.

fontes:
http://www.boston.com/bostonglobe/ideas/articles/2008/06/29/skadoosh/ 
Que resume tudo isso.
E estes abaixo são outro links que eu li a toa, antes de chegar na matéria do Boston...
http://languagelog.ldc.upenn.edu/nll/?p=288
http://www.word-detective.com/2008/07/14/oodles/
http://www.visualthesaurus.com/cm/wordroutes/1444/
http://www.barrypopik.com/index.php/new_york_city/entry/twenty_three_skidoo_myth/

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Metro 2033 (o jogo)

Bojiei materi! Mãe do céu... é bug atrás de bug!
Lembro que o S.T.A.L.K.E.R. teve essa fama de bugado, mas comigo nunca deu problema. E um ou outro jogo, ter um pedaço mais ferrado aqui ou ali, que você tem que baixar a resolução, ou andar olhando pro chão, ou fazer algo... Isso acontece. Mas acabei de passar 1 hora no Metro 2033 para fazer um percurso de 5 minutos. Quando desisti e resolvi voltar, mais uns 15 reinícios só para passar por cima de uma poça d'água. E nem dá para pular os logotipos, que sou obrigado a ver todas as vezes. Para piorar, ao rejogar toda a fase, descobri que o caminho a fazer é o que eu estava mesmo fazendo quando desisti de ir por ali.
A única coisa que o jogo pode reclamar é do meu Windows (XP 64 bits), de resto... Permitam-me disparar siglas e numerozinhos: 890FX Deluxe 4 + MSI N460GTX 1GB + 8GB Kingston HyperX + AMD Phenom II X6 1090T BE. Em suma, um bom brinquedo.
E... o... jogo... maldito... só... dá... pane! Instalei o patch e nada. Baixei até o pirata, porque já vi jogo crackeado ser mais estável. Necas! No feriadão da semana que vem vou reinstalar tudo e tentar achar mais dicas de como resolver (não sou o único pelo menos. tem gente com erro que eu nem vi ainda). Mas acho que não faltou testar nada... O jogo parece ser realmente injogável! O jeito é esperar um Patch 2 e torcer pelo melhor.
Mas tinha que reclamar logo.

Mas para não ficar só na reclamação, esse monte de bug me fez lembrar de uma musiquinha dos tempos da computação lascada. Divirtam-se! [e vejam se já estão velhos, reconhecendo todas as referências da letra]

É pau, é bug
É o fim do programa
É erro fatal
O começo do drama

É turbo Pascal

Diz que falta um begin
Não me mostra onde é
É capota no fim

É dois, é três

É quatro oito meia
Instrução ilegal
QEMM bloqueia

É erro no boot

É um disco mordido
Hard disk estragado
Aí meu Deus tô fudido

São as barras de espaço

Exibindo um borrão
É a promessa de video
Se espalhando no chão
É o computador
Me fazendo de otário
Não compila o programa
Salva só o comentário

É ping, é pong

O meu micro reboota
O scan não remove
Vírus filho da puta

O Windows não entra

E nem volta pro DOS
Não funciona o reset
Me detona o CMOS

É abort, é retry

Disco mal formatado
PCTools não resolve
Norton trava o teclado

É impressora sem fita

Engolindo o papel
Meu trabalho de dias
Foi cuspido pro céu....


[e eu também queria ver como esse editorzinho do Blogger se entenderia com HTML de tabela... digamos que foi uma experiência que nunca se repetirá.]

PS: acabei de ter uma idéia, instalar o Vista (o horror!) numa máquina virtual e ver se nele funciona. Semana que vem eu volto aqui e digo o que aconteceu.

[ATUALIZAÇÃO 2/JULHO]

Terminei o jogo. [E nem precisei instalar o Vista!] Depois de um certo ponto, parece que ele dá menos problema. A desgraça foi mesmo a parte acima. Para saber, caso mais alguém tenha problema na mesma parte: eu estava na primeira missão com o Bourbon na superfície, ele pede para eu segui-lo passando por cima de uns carros abandonados, mas um dos carros cai no esgoto radioativo (?) e ele manda eu achar outro caminho. O outro caminho é passando por cima de uma porta caída que serve de ponte sobre o esgoto. Quase sempre que eu tentava passar por ali, dava pane. E quando eu vi que o caminho era mesmo ali e tentava voltar... o "quase" virou "sempre". Solução: há um poste caído dentro do esgoto... jogue-se lá e suba por ele. Depois de muito penar foi o que consegui fazer. Se não fosse este poste, talvez ainda estivesse travado no mesmo local.

E na mesma fase, ao sair do prédio pelo buracão no corredor, eu só consegui passar sem dar pane ladeando a parede. Ir para direita ou descer em linha reta era volta imediata ao Windows. Virei a esquerda e fui andando junto ao muro e à parede sem pressa. Desenhei o contorno do lugar com a minha bunda (estava de costas, pro caso de aparecer algum bicho). Deu certo.

Sobre o jogo, achei bem legal, mas queria ter mais liberdade de movimento. Joguei no modo mais difícil, então não dava para abusar, já que a munição acabava fácil e os monstros não eram bolinhos, mas mesmo assim, eu não teria muita opção de para onde passear. Ou, para compensar a falta de liberdade, achei que ele podia ser mais longo. O mapa do metrô é imenso... E mal passamos por 1/4 das estações. Ok, talvez seja assim no livro. E ok, talvez as outras estações sejam usadas em futuras continuações. Mas ainda assim... Mais uns 2 ou 3 finais de semana jogando seriam bem vindos. O jogo estava legal. Ah, e quem jogar no modo mais difícil, saiba que antes de você conseguir juntar "dinheiro" (munição boa) suficiente, o jogo terminará, então não precisa ser econômico nos disparos. Nas últimas fases eu estava tentando até matar monstro a facada, para poder juntar grana, mas nem voltei mais à nenhuma estação de metrô antes do fim. Consegui no meio do jogo comprar um revólver com silenciador. Foi uma boa aquisição. Fora isso, não usei as lojinhas para nada. Só para munição e kit médico.

Ah, e o jogo tem 2 finais, mas achei que seria mais complicado vê-los. Parece que se você for maligno durante o jogo você nem tem como ver o "final bonzinho". Então lembrem de, lá no meio da história, quando uma moradora vier te dar munição de presente, diga "Não, minha senhora. Eu agradeço, mas você precisa mais do que eu.". Verdade seja dita, eu só não aceitei porque era tão pouca munição que não faria diferença. E já estava acostumado com Fallout, onde ser bonzinho dava ponto.

domingo, 19 de junho de 2011

Garotas Escravas do Além-Infinito

Terminei agora de rever Predadores (Predators) na TV. Pior que eu já vira no cinema. Há coisas que só o tédio faz por você... Muito ruinzinho. Mas lembrou-me de algo e pelo menos o filme serviu para alguma coisa.

Convenhamos, Predadores é ou não é uma versão moderna e sem biquíni de...


Ok, eu sei, eu sei, é tudo porcamente baseado no conto do Richard Connell (The Most Dangerous Game); ou até na frase Hemingway que o Pianista cita no filme dos predadores [se você veio aqui para isso, pode rolar até o final*], mas foi divertido associar um filme ao outro. :-)

Nem sei quando assisti esta pérola (Rebelião das Galáxias, em português), mas deve ter sido na época em que só tinhámos 7 canais de televisão, não existia internet, e eu já lera tudo de interessante que tinha para ler em casa... Ou seja, época em que não havia NADA a se fazer numa noite sem sono a não ser assistir qualquer coisa que passasse. Mas mesmo naquela época, eu já tinha noção que estava assistindo uma porcaria sem tamanho, que não prestava nem como ficção-científica nem para ver eventuais seios de fora. Mas.... falta de opção era falta de opção.

A história: fugitivas de biquíni roubam uma nave e são forçadas a pousar num planeta inóspito, onde, ainda de biquíni, são bem recebidas pelo dono do castelo local e pela Brinke Stevens, para em seguida serem caçadas pela floresta pelo mesmo sujeito. De biquíni. (elas, não o sujeito)

Bem, não vou me alongar resenhando uma coisa escrota dessas. Era só para constar que alguém viu e ainda se lembra. [você não está só, caso seja outro pobre desgraçado de memória não-seletiva!]

Para quem se interessou, leitura adicional:
Wikipedia: Slave Girls from Beyond Infinity
House of bad cinema and wafflles: resumo e imagens de todo o filme
Badmovies.org: lições, cenas a observar e, nos comentários, um pouco do making-of.
Poster: JPEG gigante

                     Momento 'Charlie's Angels!'                                       Now bring in some fucking predators!



[ATUALIZAÇÃO SET/2011]:
De tempos em tempos eu recebo visita aqui no site de gente procurando a frase do Hemingway... Poxa, ninguém veio aqui procurando fugitivas espaciais de biquíni? Mas ok, eu sou um cara legal, coloco a frase para vocês.

Um pouco de História: a frase
surgiu e abre o texto em um artigo escrito em 1936, para revista Esquire, chamado "On The Blue Water: A Gulf Stream Letter". [Fiquei curioso em saber o contexto que a fez ser colocada em um texto sobre pescaria...] Este artigo é considerado um primeiro vislumbre do que viria a ser o "O Velho e O Mar".
Segue a frase no orignal:

« Certainly there is no hunting like the hunting of man and those who have hunted armed men long enough and liked it, never really care for anything else thereafter. »
Não achei nehuma a tradução nacional oficial, achei duas por aí (link1/link2) e mexi nelas da forma que achei melhor:
« Certamente nenhuma caçada se compara à caça ao homem e aqueles que caçaram homens armados por tempo suficiente e gostaram, nunca mais se interessam por qualquer outra coisa. »
E segue também a versão legenda-pirata-do-filme: (fonte: FCL)
« Não há nenhuma caça como a caça ao homem. E quem já caçou homens armados por muito tempo e gostou... nunca mais se interessou por outra coisa depois disso. »
Pronto. Satisfeitos?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Retrofuturismo

Dark Roasted Blend: Futurism

Tem algumas coisas modernas também, mas perdi um bom tempo indo em cada link. E em alguns deles, seguindo as sugestões. E não só para ver fotinha, há textos legais também.
Li a Enciclopédia Disney quando novo, então ainda peguei um pouco destes designs malucos para o "distante ano de 1995". Muito bom. Viveríamos num mundo bem mais interessante. Talvez seja por isso que as pessoas gostam tando dos prédios malucos no oriente médio - é o mais perto que chegamos.
 
Peguei a dica no Gravidade Variável, um blog de Portugal sobre FC. (acho que é de lá pelo menos, acho que vi um "ecrã" escrito em algum lugar)

Ia colocar mais links de imagens retrofuturísitcas, mas não achei um site muito bom que visitava antigamente, e é tanto site sobre o assunto hoje em dia, com galerias, textos e o cacete, que vocês podem se virar sem mim. Mr. Google ajuda se precisarem.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

It's Jesus, LOL.

Eu caí de cabeça do berço. Só pode.
Eu sempre acho graça quando esbarro com essa GIF.



via: Fukung

terça-feira, 14 de junho de 2011

Se Beber Não Case II

Já vou começar linkando os outros: screenrant.com/hangover-2-reviews-vic-117373
Quando eu não gosto de algo já pesquiso por review com "screenrant" na barra porque sei que vou encontrar um camarada reclamante. Ou as vezes não, mas vindo do ScreenRant eu posso até reavaliar algumas opiniões.
Outra coisa que eu gosto de olhar é a estatística do Rotten Tomatoes. Também checo sempre a do IMDb. [mas lá, sem motivo algum, eu considero a opinião meio parcial, como se só americano votasse. Sei lá. De repente alguma vez detestei algo com nota boa lá e desdenhei pensando "ah... só podia ser americano". Deve ser trauma.]

Pois bem, pelo menos posso dormir tranquilo. Não estou sozinho. Galera não tem gostado do filme!
Tem galera que tem adorado, claro. Mas o que importa é que não estou sozinho, e não somos poucos.

Sei lá. O primeiro foi engraçado, mas não consegui achar como as pessoas que saíam do cinema espalhando que foi a coisa mais engraçada da vida delas. Legal. Gostei. Ri. Mas eu também fiz tudo isso com filmes que vão desde Jerry Lewis até Adam Sandler. Esse 2º filme (The Hangover Part II, no original) é uma boa Sessão da Tarde (ou Cinema em Casa se você prefere o SBT) e olhe lá. Não vou me alongar. Concordo com a crítica no 1º link lá no alto e pronto.

Ah, e uma curiosidade que eu sempre tenho em filmes passados em outros países, é saber o que a galera de lá achou. Porque se brasileiro fica revoltado com filmes como Os Turistas, ou Fast Five, ou até Os Simpsons, fico imaginando a reação da galera nos outros países também. Nós aqui nos divertindo as custas deles, e eles querendo chamar o embaixador de volta...

Bem, não achei, como sempre; mas achei um link bem legal de uma opinião num site de notícias tailandesas. O cara é ocidental mas mora lá... E não gostou nem um pouco: Bangkok Post.

Mas para não dizer que o filme é todo ruim (e não chega a tanto mesmo, só não achei essa maravilha toda)... O primeiro trouxe a Heather Graham, que seu sempre fui fã da beleza (desde Twin Peaks e um filme maluco em que ela namorava um cara conversando pelo vento). Sei lá, ela parece meio magra, mas adoro aqueles olhões. Dentro do universo do filme achei sem sentido não usarem a personagem novamente, mas ok. O fato é que trouxeram a japinha do Command & Conquer: Red Alert 3. Talvez mais conhecida agora como a oriental do Sucker Punch. Está uma graça ainda.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Atrasos, procrastinações e tempo

Ainda bem que não tenho leitores... Estava vendo agora que das 66 postagens do blog, 17 ainda são Rascunhos. E como eu gosto de colocar as coisas nas devidas datas, um visitante habitual ficaria endoidecido... Tenho livros e filmes que ainda não resenhei e, quando o fizer, a postagem será na data em que terminei de ler o livro ou ver o filme.

Comecei o blog em Janeiro com a idéia [dane-se o corretor do Firefox e a reforma, minhas idéias têm acento agudo!]... [voltando]... com a idéia inicial de resenhar 2 livros que acabara de ler. Só resenhei um até agora. Mas quero nem saber, quando resenhar o segundo postarei em fevereiro! [é que além de servir de blog, eu também o uso aqui para lembrar quando eu li ou assisti cada coisa...]

Mas tá ficando feia a coisa. Outro dia resolvi começar a ler um livro grosso só para demorar até terminar e usar o tempo para pôr em dia os posts atrasados. Não deu certo porque o livro era chato e comecei a ler outro bem legal. Que devo terminar rápido. [droga!]

A falta de tempo é um problema... Agora com o novo reboot (uma nova Crise?) na DC, fiz as contas por alto e acho que não leio nada deles faz uns 3 anos. E olha que foi só uma paradinha, pra deixar acumular. Parei de ler DC por volta da história de origem do Anel Vermelho. Quero nem pesquisar quando foi isso exatamente, que corre o risco de eu descobrir que faz mais tempo ainda do que imagino.

Já tô vendo... Nas férias vou ter que fazer igual fiz na última crise (última naquela época - era a Crise Infinita): montar uma planilha de Excel e anotar tudo que estava lendo, na ordem, e me atualizar (ou baixando o quadrinho antigo ou lendo no Wikipedia) tudo que acontecera de marcante nos últimas 15 anos.
É que só li a Crise nas Infinitas Terras depois de velho. Quando soube que ia acontecer outra, resolvi que essa eu ia acompanhar. Quando parei de ler já estava em processo de desintoxicação e parando de acompanhar vários personagens. A idéia nunca foi ler tudo mensalmente. Só acompanhar a crise. E depois ficar só nos fatos marcantes. Mas putz... Parei antes de da ressureição do Ajax e a volta decente (e não o Beato Salu dos Mares) do Aquaman! Se é que voltou. Não tenho certeza. Já todo o rolo da "morte" do Batman, isso provavelmente eu teria deixado passar direto de qualquer jeito...

Ok, esse post tá ficando longo e não fala nada de útil. E se eu tivesse tempo para post longo, era pra finalmente terminar um dos incompletos. Hora de publicar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Borracha

Sim, é um filme de verdade. Não é um trailer zuação. Passou na última Mostra Rio e foi o que eu mais tive curiosidade de ir ver. Não consegui e só fui lembrar dele semana na passada. [e assim que colocar as postagens em dia, providenciarei uma sessão]



Título original: Rubber (e não tem título nacional)
De: Quentin Dupieux -- Ano: 2010 -- Duração: 1h24min

[ATUALIZAÇÃO: trailer legendado pelo site GETRO - que eu não conhecia mas até que parece ser bem legal]