quinta-feira, 31 de março de 2011

Últimas Compras - Março

:: CDs

ABBA Gold: Greatest Hits
Só repondo, eu tinha esse CD mas perdi. Não posso me considerar fã do Abba já que tenho só 2 discos (este e o More Abba Gold), mas considero estes dois uma obrigação que toda casa tenha, são clássicos.
Comprei num sebo de discos em SP (Augusta Discos, na rua de mesmo nome na Consolação). Muito bons (o disco e o sebo).

Songs from 'My Country' - Folk songs from Yugoslavia
Bom. Mas esperava mais. Você ouve o CD inteiro e tem a quase impressão de que foi uma única longa música. Menos mal que a música podia ser ruim, mas preferia 15 músicas ruins e 15 boas, diferentes entre si, do que "uma só" de 60 minutos.

The Definitive Collection: 50 Million Sellers
Pena, depois de ouvir tanta musica legal dos anos 30/40 nas trilhas de Fallout, Bioshock, e vasculhando a internet, comprei um disco dos grande sucessos de antanho... Frank Sinatra, Peggy Lee, Ella Fitzgerald, Ella Mae, Bing Crosby... 50 músicas em 2 CDs.... e nada realmente marcante.
Sorte que comprei no mesmo sebo do Abba, saiu por R$ 10.
Mas para não dizer que foi uma perda total (que exagero), a versão americana de McNamara's Band, por Bing Crosby foi um achado.

The Definitive Collection: Patsy Cline
Agora... Esse eu quase não comprei. Peguei, recoloquei, mas só para não perder a viagem, tava barato mesmo, levei. E para quem só conhecia Patsy Cline da trilha sonora de Space: Above & Beyond e Obrigado por Fumar... Esse disco compensou o fiasco do anterior. Gostei muito. Patsy Cline tem voz de cantora country que largou o estilo mas mantém ainda aquela sensualidade roceira, sei lá. [quando escrevi a frase não sabia que ela fora mesmo uma cantora country] Peguem uns MP3 por aí e vão ouvir. Estou com preguiça de escolher uma preferida e achar um link do Youtube.


:: LIVROS

The Rediscovery of Man
: The Complete Short Science Fiction of Cordwainer Smith
Eu sabia, não tinha jeito... Vou dar muito dinheiro ainda pra NESFA com eles publicando os grandes mestres dos contos de FC da Era de Ouro. Mifu.

The Savage Tales of Solomon Kane, de Robert E. Howard
Estava conversando no trabalho sobre a bosta que foi o Van Helsing e que o Solomon Kane era o que primeiro deveria ter sido... Aí lembrei que gostei muito dos contos do Conan do Howard, e que Solomon Kane não tinha tantos contos assim, e que talvez estivessem todos num mesmo livro... Rodei a cadeira, Firefox, Amazon, Search, Buy! Maldita tecnologia e isenção de impostos... rs!

Armas, Germes e Aço - Os Destinos das Sociedades Humanas (Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies), de Jared Diamond - Ed. Record
Comprado após ouvir o Nerdcast 249 – Evolução artificial da Seleção Natural.

O Horror Sobrenatural em Literatura, de H.P. Lovecraft - Ed. Iluminuras
Quando fiz a postagem sobre o Dark Corners of Earth eu fui na internet para ver ao certo em que livro estava o conto que queria mencionar... E dei de cara com o site de Iluminuras e este livro. Como assim?! Eu achei que tinha comprado tudo do Lovecraft deles! Bizarro. Anos sem perceber isso. O livro não tem contos, são ensaios do autor sobre a literatura de horror, origens e estilos. Longa resenha no Rascunho.

Hoshi no Koe - Vozes de uma estrela distante, de Makoto Shinkai - Panini
Reclamação: porque colocar o título em inglês na capa? É para ficar chique? Português é lingua de pobre? Quem é fã vai reconhecer pelo nome em JAPONÊS logo de cara. Quem não é e não sabe ingles, não vai ficar curioso com o titulo. Pior pra vocês. Bem, como esse eu quero ler logo não vou escrever nada meu sobre o assunto (resenha em breve), e para os preguiçosos que não lerão o link dado, vou roubar logo a frase. Saca a opinião do Mangás da Panini - Fansite: « (...) eu recomendo a qualquer um que compre esse mangá, é raro ver um one-shot que realmente valha a pena comprar, mas The Voices of a distant star é um mangá lindo, poético, profundo. »  Sentiram, né? Já vi o desenho, mas tenho que ler logo.

O Início e o Fim (The beginning and the end), de Isaac Asimov - Ed. Círculo do Livro
Ensaios do Asimov sobre vários assuntos. Comprei por acaso passeando no sebo. Asimov é sempre bem-vindo. Ok, tem coisa ruim, mas o dia que eu não tiver um Asimov pendente de leitura, será um dia triste. [mas fico tranqüilo porque o Asimov escreveu tanta coisa, que vou morrer sem ler tudo dele.]
Resenha do Enigma de Jade.

O Homem que Vendeu a Lua (The Man Who Sold the Moon), de Robert A. Heinlein - Francisco Alves
Vários contos. O principal é sobre um empresário que sonha ir à Lua e controlá-la. Falando assim parece algo bem tosco dos anos 50, mas putz... É um Heinlein. Não achei nenhuma resenha decente em português, vão na Amazon ou na Wikipedia.

Tono-Bungay, de H. G. Wells  - Francisco Alves
Crítica social com sarcasmo, típico do Wells. Rápido resumo aqui. Ou uma versão de outro site, traduzida pelo Google para ficar divertido:
" A história de um aprendiz de farmácia, cujo tio medicina inúteis se torna um sucesso de marketing espetacular, 'Tono-Bungay' ganhou aclamação HG Wells imediata quando apareceu em 1909. Resta uma crônica espumantes da chicana e da credulidade humana, e é hoje considerado por muitos como o maior romance de Wells.

["
crônicas espumantes!", muito bom! Fica a dica, isso daria um bom nome para um blog e a expressão dá zero resultados no Google. rs!]

Ficção Científica: Ficção, Ciência ou uma Épica da Época?, de Raul Fiker - L&PM
Um estudo sobre a ficção científica escrito por um brasileiro. Ou seja, achar uma resenha disto é impossível.
O mais próximo que consegui foi num site de Jornada nas Estrelas (Star Trek é o cacete!). Mas reparem só, procurando isso no Google o que mais aparece é este livro na bibliografia de estudos e outros textos sobre FC. Pode-se dizer então que seja leitura obrigatória para um fã.

Nós, Os Marcianos (The Martian Way), de Isaac Asimov - Hemus
Comprado no mesmo embalo do O Início e o Fim acima. São 4 contos. A capa da Hemus é meio assustadora mas depois de ler a resenha do Outro Universo, eu fiquei curioso. Deve subir alguns degraus na pilha de leitura.

Os Melhores Contos Fantásticos, org. por Flávio Moreira da Costa - Ed. Nova Fronteira
Olhei o índice apesar de não reconhecer quase nada (se reconhecesse, já tinha lido, se lido já tivera, não comprá-lo-ia [bizarro será se esta frase não contiver nenhum erro]) gostei a variedade apresentada. O ruim é que é tijolo, não dá pra carregar por aí. Mas são contos relativamente curtos, irão para a classificação mental de 'livros de cabeceira'. Gostei que antes dos contos há uma apresentação rápida dos autores. E gostei também (mais uma curiosidade divertida e que foi primeira coisa que me chamou a atenção), é que o livro, de CONTOS FANTÁSTICOS, começa com A BÍBLIA! [Toma essa, cristão xiita! Toma-te, to-to-ma!] Mas a introdução do conto é o autor jogando panos quentes, falando que "veja bem, ficção não quer dizer mentira, por favor, não queime meu livro". Ah... Covarde! Pense, irmão, WWJD? Ok, brincadeirinha. O cara parece ter feito um trabalho de primeira no livro. Precisamos de mais desses. Daqui a alguns anos, quando ler, digo o que achei.

Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades,
org. por Gerson Lodi-Ribeiro e Luis Filipe Silva - Ed. Draco
Longa resenha do livro aqui (explica também um pouco o que é steampunk) e (que legal!) achei até uma resenha em inglês no site da TOR. Agora, steampunk nunca foi meu forte... A estética da coisa é divertida, mas ficava por isso mesmo. Já lera sobre o livro até bem antes do lançamento e era só mais um livro que ia passar reto. Todavia... esbarrei com ele ao vivo. Não ia comprar. Mas bate aquela coisa de querer incentivar autores de FC nacionais... e vi o título de um dos contos: "Os primeiros astecas na Lua". Tava caro, pensei um pouco, fiz que não ia comprar... Mas a verdade é que a decisão já estava tomada.


E agora não tive escapatória... Escrever este post me fez relembrar (li num dos links acima) de um outro mais antigo sobre o tema. É.... Comprei. Vai aparecer na próxima lista de compras. rs!

As Crônicas de Gelo e Fogo - A Fúria dos Reis (A Song of Ice and Fire - A Clash of Kings), de George R.R. Martin - Ed. LeYa
Segundo livro na série (de sete) no universo fantástico-medieval do Martin. Uma coisa meio Senhor dos Anéis Reloaded (menos juvenil, já que quase todos os personagens são meio fdp em algum momento). Resenha do Cabaré das Ideias [ainda acho esquisito olhar "ideias" sem o acento]. E outra resenha do primeiro.
Agora, vou nem falar nada de que ao invés de Fúria eu teria usado Embate... Deixei este livro por último na postagem para poder soltar um palavrão. Porra! Como assim os livros têm tamanhos diferentes?!? Este livro é mais alto que o Livro Um. Virou bagunça? Se tu vai lançar uma série de livros... Eles têm que ter o mesmo tamanho, arte e impressão; eles precisam manter uma unidade. A LeYa feito um bom serviço em manter o mesmo tipo de papel na capa e folhas, seguir o mesmo estilo artístico, tanto nos desenhos de capa, grafismos e fonte, etc. Os livros podem ser mais gordos, claro, mas têm que ter a mesma altura. Ao completar a série e todos estiverem lado a lado na estante vai ficar estranho. Duna, por exemplo, dos 6 livros, 5 tem um estilo de capa e o outro tem uma fotografia. 5 tem lombadas brancas e 1 tem lombada preta. Mas você nem sente, a fonte das lombadas é a mesma e... todos tem a mesma altura. [e eu gosto do último ser preto, ficou legal]
Mas ok, não dá pra fazer nada. Só se eu serrar um pedaço do livro novo, o que não vai acontecer. Faltam 5 livros. Veremos o que acontece.
Como diria o Fantástico: "Estamos de olho."
[não poderemos fazer absolutamente nada se cada livro tiver um tamanho diferente, mas... pelo menos podemos reclamar.]

[ATUALIZAÇÃO SETEMBRO: o livro 3 tem *quase* o mesmo tamanho que o dois, mas ainda é maior que o 1. e detalhe, já vi a venda o 2 com a altura do 1... que zona!!!]

quarta-feira, 30 de março de 2011

Year's Best SF 11

ou... Eu Odeio Pós-Humanos.

Dados:
Organizadores: David G. Hartwell e Kathryn Cramer
Editora: EOS -- Páginas: 497 -- Ano: 2006

Eu só li 3 destes Year's Best SF até agora. Esse 11 (contos de 2005), o 9 (2003) e o 13 (2007). Se querem ler um, dentre os três, comecem pelo nº 9. Tem até uma capa mais bonita. (ou comecem por algum outro que eu não li ainda, mas não o 11... bem... isso se você tiver o mesmo gosto que eu, o que não sabemos).

Falando do livro, eu compro esses YBSF de vez em quando para variar um pouco de contos dos anos 50 e escritores das antigas. Prefiro FC da Era de Ouro, mas tem coisa nova muito boa também. E é legal ler coisas que envolvam os conhecimentos que temos (ou imaginamos ter) de hoje, e não só coisas da época que achavam que Vênus tinha pântanos.

O nº 9 e o 13 tiveram coisas bem interessantes. Lembro de duas marcantes. Um conto curto do Hadelman (de Guerra Eterna) sobre imortais que resolvem viver no corpo de bebês e outro que nem chegava muito a ser FC de tão próxima da nossa realidade que está, envolvendo um garoto em um navio de cruzeiro atacado por piratas na costa africana.

Já essa edição 11... 2005 foi um ano infeliz para FC pelo jeito.
A edição é permeada de contos curtíssimos (alguns com idéias que talvez dessem para alimentar séries longas, como os computadores que fugiram da Terra após uma tal 'Guerra dos 100 Minutos'), mas boa parte deles serve só para cumprir a cota de ler algo antes de dormir ou no ônibus. Quem quiser ler contos curtos de qualidade, procure por Fredric Brown.

Os contos: acho que a maioria envolveu pós-humanidade ou IA. E eu não consigo me identificar muito com personagens assim. Pessoal pelo jeito estava com isso demais na cabeça no ano. Ou quem fez a seleção é que cismou com o assunto e não foi bem criterioso.

Vou agora folhear o livro e comentar sobre o que é cada história dele. Decida se é interessante para comprar ou não. Cada frase, um conto. A maioria na ordem que eu li.

A consciência de mortos são carregadas para computadores para servir como IA de software. -- Crianças que nascem com poderes divinos. -- Há duas histórias do ponto de vista de ratos (numa são ratos inteligentes, legalzinha; em outra ratos comuns). -- Uma droga que destrói a noção de identidade da pessoa.-- Outra de mente carregada em computador, dessa vez para fins militares.-- A evangelização de um fungo (interessante, uma das melhores). -- Um programa espacial caribenho. -- Algo que parece a narração introdutória de um documentário no Discovery sobre um futuro onde a natureza foi domada (mas sem o tal "documentário" na sequência). -- Uma mulher que gosta de quadros de um pintor é ajudada por um ser de outra dimensão a viajar no tempo e dar em cima do cara. -- Uma legalzinha sobre clonagem. -- Um tipo de policial/mercenário espacial precisa resolver uma disputa entre duas colônias rivais em asteróides (ruinzinha, mas é uma das que mais parece FC "tradicional"). -- Geeks resolvem construir uma geeklândia. -- Basicamente a conversa entre duas IAs de ferramentas de busca on-line (essa é até legalzinha, mas que não leva nada a lugar nenhum). -- Um sujeito está apaixonado por um fígado artificial (sim! isso mesmo!). -- Uma artefato alienigena encontrado no fundo do oceano. -- Uma batalha entre duas naves, uma com fins cientificos que foi investigar o que os computadores fugidos da Terra estão aprontando e outra com religiosos fundamentalistas (OBS: essa é a história em que eu senti potencial para algo maior). -- Uma história sobre viagem no tempo e o livre arbítrio. -- Um crítica robótica sobre contos de um escritor robô. -- Uma história passada no que parece ser uma tipo de mundo virtual, envolvendo gente morta e cachorros falantes.

/parada brusca/

No meio dessa história eu já não aguentava mais tanta idéia maluca em contos ruins num mesmo bolo... E olha que eu já tinha começado a ler meses antes e parei porque estava cansando. Parei de novo e fui ler Uma Princesa de Marte. Nada como uma boa história antiga, simples e inocente, para limpar o cérebro de tanta "mudernidade".

/continuando/

A redescoberta de uma antiga colônia humana sobre algo que lembra uma esfera Dyson (obs: este conto pertence ao universo Xelee, do Baxter, mas o conto em si não foi grande coisa) [mas a chamada Xelee Sequence é algo que está em meus planos; comprei o Vacuum Diagrams só de contos neste universo, se gostar, compro tudo do assunto depois. Eu gosto de histórias que atravessam séculos, milênios ou mesmo eras (Fundação, Duna, etc).] --  Soldados numa missão de busca à colonos que se recusaram a deixar um planeta no meio de uma guerra espacial. -- Uma missão de exploração e primeiro contato numa Terra desolada num universo paralelo. -- Um ser que parece humano precisa realizar tarefas para outros seres que parecem demônios (história sem pé nem cabeça que finge que é FC só por ter usado a expressão "universo paralelo" no meio; e claro, envolve pós-humanos, a pior de todas). -- Detetives pós-humanos (um deles pareceu ser um cachorro falante... de novo!) investigam a recriação física de deuses gregos. -- Uma divertida história (putz! a melhor do livro, finalmente algo bom, chama-se Oxygen Rising, podem ler) sobre um sujeito de uma espécia de Corpo de Paz que precisa ajudar a evacuação de humanos que perderam o combate ao tentar colonizar um planeta já colonizado, e acaba se envolvendo com uma das militares. Destaque especial para a Igreja de Elvis. -- Cientistas recriam grandes figuras mitológica do passado (outro tema que insistiram nesta coletânea, recriação de 'deuses' ou gente com poderem divinos). -- Um cargueiro pega o caminho errado através dos stargates que eles usam para viajar e vai parar numa estação bem mais longe do que gostaria (uma boa história, algumas coisas confusas, mas um final legal). -- Um crislâmico do futuro tenta vender uma antiga revista de ficção-científica numa feira. -- Uma mulher-sapo (pós-humana?) é babá de uma criança de passado misterioso num mundo onde os governantes têm poderes divinos (de novo... e de novo... pós-humanos e poderes divinos...). -- E terminando o livro, um policial precisa encontrar a filha fugida num mundo que parece um meio termo entre o universo limpo de Eu, Robô e o opressivo de 1984 (gostei, mas o final foi meio fraco).

Numa resenha futura destas antologias, talvez eu ordene os contos por ordem de tamanho. Assim vocês ficam sabendo se a frase que vocês gostaram é de um conto de 30 páginas ou menos de 3. E talvez dê os nomes (rs!), mas não valia o esforço. Há tantas coletâneas de BEST SF feitas por tanta gente, que a minha recomendação é: pule essa. Compre outro desta série. Compre uma das coletâneas do Dozois. Ou Fast Foward. Ou alguma antiga do Asimov. Ou dê incentivo aos escritores nacionais e comprem as Imaginários, algumas Scarium, ou outras coletâneas nacionais; os últimos anos têm sido ótimos para FC brazuca, as editoras Draco e a Devir estão com bastante coisa legal. Mas só compre a Year's Best SF 11 se você quiser a coleção completa, do 1 ao 16 (até o momento). Ou se vários dos microrresumos acima realmente te interessaram... Tem louco pra tudo.

Já eu, agora vou terminar de ler Conan (ficaram faltando 2 contos) antes que lancem o filme com o Ronon Dex. De repente machados, moçoilas semi-nuas e morcegos gigantes me façam esquecer desta porra.

Leituras adicionais:
Review do mesmo livro, em ingês: The Lensman's Children
(rápidos comentários conto por conto, mas com seus nomes e dos escritores)
Selo Pulsar da Devir: títulos e próximos lançamentos

sábado, 26 de março de 2011

Sucker Punch [desabafo ao post perdido]

Essa postagem está sendo feita em 15/jun.
E não fala do filme.
Pode parar aqui se veio ler sobre ele.

Eu sei que digitei um post sobre o filme... Ainda mais que na época o blog era novo e eu resenhava tudo que via no cinema, as vezes no mesmo dia e antes de jantar.... Mas fui ler o post hoje porque comentei sobre a Jamie Chung em outro... E CADÊ?!

Também não está em rascunhos do Blogger e nem está rascunhado no pendrive em algum .txt [velhos tempos em que eles era chamados de "arquivos ASCII" - e a gente olhava com desprezo para quem lia "ASC 2"...]
Foi-se! Não sei como. Mas foi-se. Pena. Não lembro o que eu escrevi, mas como adorei o filme devo ter escrito coisas legais. Lembro até que comparava o filme ao As Panteras Detonando (mas não que este tenha sido bom - mas a atriz principal até que lembra a Cameron Diaz). Se me der na telha depois assisto de novo, venho aqui, apago esse desabafo de quem, só de birra, passou a última hora e meia vasculhando os HDs [ou melhor, os winchesters!!!! hoje estou nostágico!] e pendrives - e ainda está na duvida do que aconteceu - e resenho de novo... (já não basta não ter tempo para as resenhas novas, agora tenho que re-resenhar)

Claro, eu agora não esqueço mais de a cada post salvar o html. Acabei e fazer isso com 50 postagens e mais 19 rascunhos. [e ainda acho esse txt maldito em algum lugar]

sexta-feira, 25 de março de 2011

É triste...

Por falar em frases...

1F j00 (_)|\|d3r574|\|D 7H15, 937 4 91RLFr13|\|d.
[teoricamente isso é de um anúncio da AXE, mas não consegui confirmar se é vero ou lenda urbana]

E tem essa camisa também: camisa
[via Fukung, e não sei quem é a garota, nem que venda a roupa, para dar os créditos]

Frases

Na falta do que postar...
Frases que todo nerd deveria reconhecer:
(a 1ª e a última são as menos famosas, mas igualmente marcantes)

"You crack me up, little buddy."
"What do you hear? Nothing but the rain."
"Burn the land and boil the sea..."
"The cake is a lie!"
"Hail to the king, baby!"
"We are going to have to act, if we want to live in a different world."

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mother's Day

"And THAT's how you kill your mother!" (V 2009, Final da 2ª temporada)

Uma das melhores alfinetadas que eu já vi e finalmente uma frase de efeito decente neste seriado vagabundo. Eu até queria continuar acompanhando, para ver onde essa desgraça ia dar, mas se não voltar mesmo mais... tchau!

Concordo com a opinião geral da net de que foi mais um caso de "o episódio foi legal, mas agora é tarde" e, fora isso, não há muito o que se comentar. Se fizerem questão, leiam a opinião do Screen Rant. Representa bem o que eu penso (até a parte sobre o Além da Imaginação - só que eu pensei em Invasores de Corpos). [alerta: o filme da Nicole Kidman não conta. são 4 versões, mas para mim só a 2ª existe. assistam à versão de 1978 suas crianças incultas! Aquilo sim é jeito de terminar um filme. E se vocês viram, então tudo bem, ficam minhas desculpas. rs!]

domingo, 20 de março de 2011

Uma Princesa de Marte

1911! Cacete, eu li o livro sabendo que era velho, mas achei que era algo lá dos anos 30... Algo ligeiramente pré-Campbell. Mais um pouco e era da época do H.G. Wells. [e na verdade, é. A Máquina do Tempo foi escrita em 1895, mas ele ainda escreveu muita coisa no séc. XX]. Mas vamos lá.

Título original: A Princess of Mars
Autor: Edgar Rice Burroughs
Editora: Aleph  --  Páginas: um pouco menos de 300
Ano livro / história: 2010 (1ª edição) / 1911
Acabamento: muito bom, páginas em tom meio amarelado e capa com alto relevo.

Resumo: após a guerra civil americana, soldado sulista é misteriosamente transportado para Marte, onde primeiro precisa ser aceito por uma tribo de violentes marcianos verdes, e depois lutar para proteger uma princesa feita prisioneira.

O enredo é basicamente a de um homem branco numa tribo indígena, e que depois encontra uma cidade de europeus. Ok, os índios são verdes, tem 3 metros de altura e 4 braços, mas tudo bem. Em Avatar os "índios" são altos e azuis. Os "europeus" são marcianos de qualquer jeito, mas são culturamente mais próximos de nós. Detalhe, eu não consegui imaginar a montaria dos ETs do livro, então aproveitei que eles tinham 6 membros e me lembrei dos "cavalos" do Avatar com 6 pernas. Não deu outra, usei os cavalos de Pandora no lugar dos corretos. Que no começo do livro eu fiquei com a sensação de terem uma aparência meio ave, mas imaginá-los montando "avestruzes" à lá Rango ficou pior.

De ficção-científica... Bem, há menções no livro à tecnologia mais avançada, principalmente as "pranchas" e barcos voadores, mas no geral, a única tecnologia são espingardas. [não disse? velho-oeste!]

E a história vai seguindo, um enredo sem complicação, quase simplório, mas extremamente agradável. Começa mostrando a conquista de confiança e entendimentos dos costumes, e depois o complicado romance do John Carter com a Princesa do título. O planeta em si me lembrou bastante a Marte do Stanley G. Weinbaum, ou mesmo Crônicas Marcianas do Bradbury. Mas principalmente o primeiro, pelas ruínas encontradas várias vezes ao longo do livro.

Podia falar mais dos acontecimentos, mas é legal ler sem ficar esperando "quando vai acontecer aquilo que eu sei que vai acontecer?", então paro por aqui de comentar a história. Eu mesmo, fora saber da existência e que um amigo odiou o filme barato feito sobre ele e sempre me mandou manter distância [não o filme ridículo de 2009, e sim um dos anos 80, que como não consegui agora descobrir qual era estou com a impressão de que o filme na verdade não tinha relação alguma com o livro, fora ser em Marte e ter uma princesa], nada mais sabia. Até esquecera que era o mesmo autor de Tarzan.

A história começa devagar e depois dá uma acelerada. Eu comecei a ler este livro fugindo de outro e no começo achei que a história estava enrolando. Mas quem começar e achar o mesmo, continue, toda a ambientação anterior serve para depois, no meio de história você já se sentir em casa. Foi a primeira coisa que li do Burroughs, não sei se esse é o estilo dele. Ou simplesmente estava tão a fim de ler algo bom (ao contrário do que eu estava lendo, resenha em breve) que talvez estivesse impaciente. É bem provável.
[atualização, terminei de ler o tal livro ruim que estava lendo, quem tiver curiosidade, resenha aqui]

John Carter é aquele herói de histórias antigas. Cavalheiro e mais forte e esperto que todo mundo. É uma espécie de Fantasma ou Flash Gordon. Mas os personagens secundários (uns 4) não chegam a ser sem profundidade alguma. Dá para gostar ou 'acreditar' em todos eles. E a Princesa foi surpreendentemente bem caracterizada; é uma dama da corte, mas geniosa e de opinião própria, não uma acéfala que fica dizendo "Ooohhh... meu herói!" que era meu medo pela época do livro.

Acho que não há planos da editora lançar todos os 11 livros do universo marciano do Burroughs ("Barsoom series", se alguém for atrás no Google). Creio que este livro só foi lançada porque na época do Avatar (mesma época do lançamento do livro), circulou que o livro fora a inspiração do James Cameron.
E as histórias se parecem um pouco mesmo. Se alguém se interessar mas quiser poupar, tanto este como algumas das continuações já estão em domínio público (em inglês, aqui), vocês podem baixar e ler gratuitamente que não será pirataria (lembrando que isso vale para o texto ORIGINAL, novas traduções não são o texto original, então piratear o livro da Aleph não está valendo, seu safado!).

Falei dos cavalos lá em cima, então falemos um pouco mais das aparências.
Uma coisa que eu nunca sou bom é com descrições. Quando eu li O Hobbit, o Tolkien começou o livro sem dar uma boa imagem e, com base no desenho desfocado da capa (da primeira edição da Martins Fontes), eu passei o livro inteiro os imaginando com uma aparência beirando os Muppets. Isso aconteceu com os ETs verdes do Princesa... Depois de alguns detalhes aqui e ali, que *não* me permitiram montar uma boa figura, desisti. Os marcianos na minha cabeça viraram J'onn J'onzz's de 4 braços. (para quem não liga o nome à pessoa, esse é o Ajax, da Liga da Justiça). Mas não usei a versão careca e musculosa, e sim a forma marciana original, mais magra e de cabeça bem pontuda. Só troquei os olhos também, da configuração humana para algo meio saltado e negro (tipo os ETs-cinzas-cabeçudos). E no meio do livro incluí 2 dentões, como de um tigre-de-dentes de sabre, mas apontando para cima.
E claro, coloquei tangas tipo Conan/He-Man em todos eles. Pela descrição do livro ficam todos peladões, mas bilaus de marcianos de 3 metros balançando para lá e pra cá não me interessavam nem um pouco.
Depois que eu terminei o livro, fui checar como eles se pareciam na Liga Extraordinária vol. 2, e até que a minha versão daria para enganar também.
A raça da princesa foi mais fácil, foi só pegar humanos e mudar a cor. Se bem que se você joga Dejah Thoris no Google, quase ninguém a fez na cor correta.

O Woola foi mais divertido. O meu ficou muito parecido com a versão que o Jon Favreau pretendia, mas com o desenho, e não a versão "final" de aparência pré-histórica. E o meu era peludo, como diz o livro. Mas a mesma cara meio engraçada e os olhos redondos no alto (tipo 'Caco, o Sapo' como o livro diz também).

Humm... Bem, é isso, eu fico querendo falar mais, fazer comentários inteligentes e perspicazes sobre a história, o escritor e contexto, mas uma hora acabam as idéias. Nem todo mundo nasceu para ganhar o Pulitzer como crítico literário. E o blog também não se chama "Resenhas literárias de um nerd sabido"... então tenho desculpa para ficar divagando sem rumo. E minha idéia também é só fazer recomendações falando um pouco do que eu achei e não resumir a história pela milésima vez como já reclamei em outro post. Quero que alguém na dúvida venha aqui e eu o ajude a decidir se lerá ou não, ou apenas esbarre no post e fique curioso. E claro, dar um pouco das minhas impressões (ao invés de apenas escrever "Nota X. Recomendo."), que é divertido e nem sempre existe a chance de ficar falando de cachorro-sapos peludos de 6 pernas. :-D

Eu recomendo e depois vou comprar as continuações. Mas vou esperar lançaram o filme de 2012 (John Carter of Mars), na esperança da editora se animar e lançar as continuações em português.


[ATUALIZAÇÃO 17/JULHO]: Já saiu o trailer do filme: Omelete / John Carter of Mars trailer 1. E sinceramente, achei uma bela m*. Vou ver o filme, claro, e provavelmente irei gostar, mas a roupitcha He-Man e a
Dejah Thoris parecer mais a De-Pé-Com-Punhos levemente bronzeada, incomodaram o suficiente. É provável que esteja de acordo com o pessoal tinha em mente na época que o livro saiu, como eu disse, o livro é basicamente um faroeste. Mas mesmo assim, não gostei muito. E na minha cabeça a sociedade marciana estava bem mais decadente do que as maravilhas tecnológicas que aparecem em cena. Mas é esperar para ver...

[ATUALIZAÇÕES 2012]:
1) O filme ficou bem legal.
2) Clique no marcador John Carter abaixo para resenhas dos demais livros da série.

sábado, 19 de março de 2011

A Humanidade

Aproveitando a insensibilidade do post anterior... Segue outra. :-D

(se você não entendeu, veja isso. ok, mentira minha, não ajuda em nada. mas é engraçado também. eu não devia ajudar, seu inculto, mas veja isso. Claro, que qualquer chance de que você talvez achasse graça já acabou faz muito tempo, mas com sorte você agora aprendeu algo novo)

Miss Átomo 2010

Eu devo ser uma pessoa horrível... Porque essa desgraça de Fukushima com terremoto, tsunami e energia atômica sempre me lembra de 2 coisas: Godzilla e Miss Átomo.

Fui agora ver quem ganhou o concurso de 2010. Como sempre, eu não concordo com o resultado. Qualé!? A 2ª colocada é muito mais bonita! [E ainda joga sinuca, um dos únicos 3 esportes que eu pratico. Xadrez e Boliche os outros dois.]

Vencedoras: http://miss2010.nuclear.ru/en/contesttotals/
Concorrentes: http://miss2010.nuclear.ru/en/contestants/

Há mulher feia, claro, mas as bonitas compensam a passeada entre as fotos. O legal é que não são modelos-e-manequim, são pessoas normais. São todas empregadas de usinas russas. Uma vez por ano eu prefiro visitar esse site do que saber quem é a Miss Brasil ou Universo. Têm tudo a mesma cara.

Ainda não vi as de 2010, mas seguem algumas das mais bonitas de 2009.
Minhas preferidas, em ordem: Ksenia - Natalia A. - Natalia M.* - Alena (3ª colocada)
Outras bonitas : Aigul - Olga (2ª colocada) - Katerina (1ª colocada) ** - Oksana

(*) meio vulgar maquiada, mas nas fotos 'campestres', um espetáculo.
(**) não que eu não ache a 1ª colocada bonita, mas ela passaria quase despercebida em Copacabana. É a que tem mais cara de brasileira nos links acima. De repente ganhou porque essa é que devia ser a exótica para eles. Já para mim, era a mais normal.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles

Título original: World Invasion: Battle Los Angeles
De: Jonathan Liebesman e Christopher Bertolini
Duração: 1h46min
Com: Aaron Eckhart, genéricos e Michelle Rodriguez.

Sinopse: Alienígenas começam a invadir o mundo. O filme foca num pelotão tentando resgatar civis, escapar com vida, e dar o troco aos ETs que invadiram a cidade. [será que é assim tão difícil os ETs pesquisarem um pouco e, ao invés de cairem matando, espalharem vírus Ebola por toda a atmosfera? Ou gás sarin?]

Saí do cinema ouvindo "Que lixo" ou gente perguntando "Você gostou?". Eu que pergunto "O que essa gente tem na cabeça??". O filme se chama A INVASÃO DO MUNDO. E não satisfeito, completa A BATALHA DE LOS ANGELES. Mesmo que o ser não leia nenhuma sinopse, são dois títulos que dão uma certa bandeira. São nomes bem trash.

Tudo tem sua hora. No momento certo, um bom filme iraniano com criança faminta querendo arranjar um calçado para a irmã é uma ótima coisa (e este é mesmo um ótimo filme). Mas há aquelas horas em que um Independece Day é tudo o que meu cérebro almeja. E não o critico por isso. Meu cérebro merece um descanso as vezes.

Eu fui ver o filme esperando tiro, explosões, gente gritando "UH-HA!" e alguma gosma. Estava preocupado que ele tivesse um alto nível de patriotada (aquela coisa de alguém morrer sacundindo uma bandeira americana), muito nhé-nhé-nhé (mostrar a familia inteira do soldado, ele brincando com o filhinho...) ou ainda alguma enrolação com NPCs sem saber o que está acontecendo ("Papai... será que esses asteróides são perigosos?"), como se o cinema inteiro ja não soubesse pelo trailer que são ETs... Nada disso.

O filme já começa mostrando que a jurupoca piou. E ela veio armada!

Aí a cena volta alguns dias. mostra um pouco das cenas desnecessárias que comentei acima e daí em diante... segue o roteiro completo do filme:  Milico reclama: "Porque nós faremos evacuação de queda de asteróide?". Milico explica: "Asteróide porra nenhuma. É ET. Vocês vão para lá se der merda". Passam em frente à uma TV mostrando as notícias... "Deu merda! Vocês. Agora. Pro meio da cagada". E seguem-se 2 horas de "Fudeu! (ra-tá-tá-tá-tá) Caralho! (Cabum!)"

Sinfonia para meus neurônios numa sexta a noite.

Claro, há (sempre há), a paradinha para o discurso inspirador. Ainda mais que o mocinho é o clichê do "em desgraça entre os seus". Mas é rápido. De resto, é como se fossem as cenas de batalha de O Resgate do Soldado Ryan e Independence Day em loop.
Taí, o filme é: o Harvey Dent com um quê de Mel Gibson do Máquina Mortífera 1, liderando a tropa do Soldado Ryan, contra os ETs do Dia de Independência. E a Michelle Rodriguez repetindo o seu papel em Avatar.

Sobre o filme, só uma coisa me irritou. Bem, duas, mas a incrível burrice dos ETs eu já não levo em conta, tem que ser sempre assim, senão os filmes sempre terminariam com a raça humana extinta. Mas a irritação que eu me referia é que num breve momento aparece um cientista numa TV dizendo (ATENÇÃO, é mínimo, mas a frase seguinte é um spoiler, pule para o parágrafo seguinte se não quiser ler). "Eles vieram pela nossa água. Já que a Terra é o único lugar no universo com H2O no estado líquido. O nível dos oceanos até já está baixando."
PQP! Único lugar. E do UNIVERSO?! Isso é o tipo de abobrinha que eu esperaria numa revista do Aquaman dos anos 60! [tipo a vez que ele fez uma ponte de água entre a Terra e a Lua, e foi até lá nadando]. Há um conto antigo do Asimov, que já cometeu erros mas sempre foi cuidadoso, em que colonos de Marte querem água, e pedem para pegar um pouco do mar da Terra, que se recusa, temendo que faltasse aqui. E os colonos explicam, em longos detalhes matemáticos (o Asimov era bem explicadinho) que para abastecer *todos* eles, a quantidade seria absurdamente mínima. Vocês sabem quanto precisariam tirar de água do mar para os níveis baixarem? VOCÊS SABEM?! Bem, eu não sei, mas teria que ser MUITA COISA. E etzinhos como aqueles não iam fazer isso em 24 horas. Porra, teriam que encher a Rama várias vezes e voltar para mais. Se isso foi uma tentativa de dar um cunho ecológico ao filme... Não deu certo.
[e já que eles queriam isso, não bastava pegar no meio do oceano, longe de todo mundo?]

Cortassem essa cena, ou mostrasse o cientista dizendo "Não temos idéia do que eles querem", e o filme permaneceria igual, sem perda alguma.

Por falar nos ETs, eles e a as naves estavam muito bem feitos. O visual meio sujo e mecânico me lembraram muito o Distrito 9. Fiquei com a impressão de ter sido feito pela mesma galera, mas não pesquisei para confirmar.

Falando do filme mas não do filme em si... A projeção.
Fui na tal projeção especial em alta qualidade (Sony Cinema Digital 4K, no UCI, Barra da Tijuca, RJ), e gostei do que vi. Olhando a imagem, a gente pode até nem sentir de imediato a melhora. Mas aí você pára, e te dá o estalo que está vendo mais detalhes do que o normal, numa imagem clara e brilhante. E a legenda não era como sempre, como é na TV, enevoada nas bordas, era legenda igual de monitor, com cantos pontudos. Muito melhor do que a tentativa que foi a exibição digital (?) do Guerra nas Estrelas (Star Wars é o cacete!) Episódio 2, em que eu via o serrilhado da imagem (como um jogo sem anti-alias).

Ah, falando de legenda. Outra reclamação. Se você, no meio do combate, ouve valentes soldados gritando várias vezes "Recuar nunca!" você pergunta para alguém no canto "Ei, o quê isso significa?"?. Como assim??? Dá nem para explicar o quanto a pergunta não faz sentido. O que há para se entender?! A pessoa que traduziu "Retreat, hell!" como "Recuar nunca" tinha que receber uma chamada do chefe. Pelo grande fato de ter tornado uma sequência inteira do filme numa conversa desprovida de sentido. Teria encaixado perfeitamente se fizessem a tradução como "Recuar inferno!" ou "Recuar o diabo!" (gosto mais desta segunda). E aí seria algo que se eu ouvisse teria a impressão de que é algum tipo de lema ou sei lá, e eu mesmo perguntaria para alguém porque eles gritam isso. Nunca perguntaria isso para uma frase em perfeito português formal de sentido óbvio numa situação correta.

A propósito, a explicação foi: eles gritam isso porque um antigo soldado do pelotão, ao chegar no combate certa vez, recebeu ordem de recuar, e ele reclamou "Recuar? Inferno, eu acabei de chegar!" (ou "Recuar o diabo! Eu acabei de chegar!". teria que ver o script original para ver a pontuação e ver qual tom se encaixaria melhor). Mas veja, era algo perfeitamente traduzível e adaptável (com várias opções) até por quem não é pago para saber fazer isso. Será que o tradutor era religioso?

Mas é isso. Diversão acéfala sem compromisso.
E mal tem sangue e nem palavrão (acho que tem mais palavrão nesta postagem que em todo o filme), as crianças podem ver.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Esposa de Mentirinha

Post curto. Para manter a promessa de comentar cada ida ao cinema. Just Go with It, no original, é bem legal.
Resumeco: 117 minutos. E, eeerrr... vou digitar nada. Vejam o trailer (aqui por ex.). E se pelo trailer você ainda tiver alguma dúvida quanto a história ou já não souber como o filme acaba... Se bobear, dá pra deduzir toda a história pelo título nacional.

A Jennifer Aniston já está dando sinais da idade, mas continua uma graça. Não acho o Adlam Sandler tão engraçado assim, mas eu gosto dele. Gosto de quase todos os filmes dele também. Ele é como aquele tio bobão que toda família tem quando tem tios o suficiente. E a Brooklyn Decker, o objeto de conquista dele, que faz a boazuda-bobinha -mas-ótima-pessoa, é meio apagada, está ali pra servir de escada, mas não destoa nem nada. E faz muito bem a vista. Não é isso TUDO, americano se encanta à toa, mas também não faz feio. Longe disso. Comentário solto interessante: ela será a mocinha num filme de FC com Liam Neeson. Detalhe bizarro: o filme ("Battleship") é baseado no jogo Batalha Naval. Sim, aquele do "B7... ÁGUA!" igual Bozo.

Voltando ao Esposa, as piadas são boas, o filme é cheio de ótimas tiradas. Mas não espere piadas sutis, referencias ou o que seja... Lembrem: Adlam Sandler! Há piadas sem graça, a maioria envolvendo o personagem secundário do irmão, mas não todas. No geral, é uma grande diversão. E fofo o suficiente para ir com a namorada. Vão ver.

domingo, 13 de março de 2011

Angry Birds

Comentei outro dia ao passar um link para um joguinho do Monty Python que ele era estilo o Angry Birds. Na verdade, o Angry Birds é que é estilo muitos outros mais antigos, mas o usei de exemplo por ser o mais famoso e atual. Ainda que eu mesmo nunca tivesse jogado (não tenho iPhone e nenhuma intenção de ter um).

Resolvi jogar. E só tenho algo a perguntar agora: onde foi que meus pais erraram?

O que leva um ser-humano a perder tanto tempo atirando passarinhos em porquinhos?

Novamente, outra prova que para se divertir em computadores não sao necessários gráficos 3D, super-micros, ou video-games importados. Perdi mais tempo absorto em fases do Angry Birds do que no FEAR 2. Mais tempo jogando direto o primeiro do que os 15 minutos por vez para fazer hora do segundo.

E depois ainda quero ir na internet para entender porque eu não achei todos os ovos dourados (rs!). Já FEAR 2 foi desinstalado assim que terminei. [estou pegando no pé do FEAR só porque foi o jogo anterior que eu terminei, e não foi grande coisa].

Não sei como é jogar isso numa telinha de celular, mas para quem prefere no computador mesmo, fica a recomendação.

E para quem não tem idéia do que seja, visite o site oficial e veja os vídeos. O primeiro é uma introdução à história (porcos roubaram os ovos, aves querem vingança) e o vídeo seguinte mostra rapidamente como é o jogo em si. É algo bem bobinho mesmo, mas bem viciante. Se não fosse, não teria feito o sucesso que fez, não mudaria de plataforma, não venderia camisas, bonequinhos e assim vai.

Site oficial: http://www.rovio.com/index.php?page=angry-birds
Matéria interessante sobre o desenvolvimento do jogo: The Telegraph
E não deixem de checar o cretiníssimo falso trailer: Angry Birds: The Movie

terça-feira, 8 de março de 2011

Dark Corners of the Earth

Por falar em clima assustador, algo que acho que não fez sucesso, mas achei muito bom foi o Call of Cthulhu: Dark Corners of the Earth. Ele é todo baseado em contos do Lovecraft, mas o invés de ser o tradicional aponte-e-clique em jogos assim, ele é em primeira pessoa. Só que não chega a ser um jogo de tiro também - na primeira hora de jogo você nem tem uma arma. Você até conversa um pouco com alguns personagens, mas nada de importante, então dá para ser jogado até por quem não quer ficar de papo com os bonequinhos.

A graça desse jogo é o clima, a tensão, só lembro de 2 jogos em que tinha horas em que eu abaixava o personagem num canto, encolhido, e preocupado de levantar dali, porque ali estava seguro. rs! Esse foi um deles. Quem é fã do escritor e jogos em 1ª pessoa, e adora um climão assustador, recomendo muito mais que o FEAR. Os gráficos já estão um pouco datados, mas nada comprometedor (o jogo é de 2006), dá para jogar sem incômodo. De preferência com as luzes apagadas. :-D

Falemos um pouco: bem, faz tanto tempo que tentar falar do jogo não ia dar muito certo, eu teria que agora ler o resumo em uns 2 ou 3 sites e digitar algo misturando os 3 fingindo que minha memória é boa. (rs!) Então... links: Wikipedia ; IGN e GameSpot. Mas basicamente, um detetive particular precisa desvendar um crime e vai parar numa cidadezinha bizarra, começa a ser perseguido, e a trama vai correndo envolvendo seres monstruosos, aliens do passado, e coisas bizarras, tudo num clima de terror sobrenatural e psicológico.

O jogo é principalmente baseado no conto "A sombra sobre Innsmouth", que pode ser lido em português no livro Dagon, de contos do H.P. Lovecraft, da editora Iluminuras. Há outros também, estão meio caros, mas nesta coleção a Iluminuras publicou quase tudo que o Lovecraft escreveu, então eles têm meu agradecimento. Links: editora e a relação de contos.
Mas atenção: NÃO é necessário ter lido o conto ou nada do escrito para jogar.

O jogo recebeu ótima críticas e saiu para XBox também, para aqueles que preferem.

Ah, pesquisando o jogo agora, vi que fizeram um add-in para ele (versão PC) para traduzir para o português, caso inglês seja um problema: Gamevicio (o link ainda funciona, é preciso se cadastrar, mas o cadastro é inofensivo).

Outra coisa interessante do jogo, é que não há nada em tela (o famoso "HUD"). Nenhum indicador de saúde, munição, mapa, nem coisa alguma. Você sabe que a munição acabou quando tenta atirar e não sai bala. Você sabe que está ferido quando começa a mancar, arfar e ver sangue, e tu sabe que está ficando louco se começa a tremer, alucinar e pensar em suicídio.

Haviam duas continuações previstas, mas apesar da Bethesda estar aí até hoje, firme e forte, a Headfirst Productions, desenvolvedora do jogo, foi a falência pouco depois do lançamento. Então, nada feito. Mas tá tranquilo; o jogo fecha legal. [não é como o Beyond Good & Evil outro excelente jogo que até teve um fim, mas com uma reviravolta que nunca deu em nada, porque as continuações também não saíram.]
Fãs de jogos em primeira pessoa que não fazem questão de sair metralhando ou fãs do Lovecraft precisam conhecer esse jogo. Muito bom mesmo.

Site oficial: http://www.callofcthulhu.com/home.html
E achei agora uma outra opinião em português: Superando o Superlativo
(se eu não te convenci a experimentar o jogo, favor ler o link acima antes de desistir, está mais bem escrito e num tom bem mais passional).
Texto completo e gratuito do conto (em inglês): The Shadow Over Innsmouth

Atualização: outras opiniões em português: Gizmodo - in4tek- Clube do Hardware

F.E.A.R. 2

Depois de terminar o Bioshock 2, F.E.A.R. 2: Project Origin foi a bola da vez. Eeee.... não achei grande coisa.

Diverte e serve de passatempo, mas é só isso. Eu jovaga meia horinha quando estava com sono, pra dar aquela acordada, e depois ia fazer algo mais interessante. Sei lá, eu gosto da história da Alma, é praticamente uma Akira ocidental, mas há algo de assustador em garotinhas de cabelo liso, longo e desgranhado que olham para cima com o rosto inclinado para baixo que simplesmente não existe em adolescentes nuas desgrenhadas. Sempre que a Alma aparecia eu pensava numa jovem cocainômana (e que acabou de vender o corpo por mais uma dose, para estar andando por aí nua) e não num ser maléfico.

Claro, uns sustinhos aqui e ali, mas bem menos do que eu gostaria. E ficar atirando em gente em corredor de um prédio já foi a graça do primeiro, que eu gostei porque na época achei a IA do jogo melhor que a média de então (ou seja, os bonequinhos eram mais espertos), mas agora... nem tanto. A IA talvez seja melhor do que a média ainda, mas não a ponto de chamar a atenção. E matar gente nos corredores de novo, é só mais do mesmo. Eu posso até ter querido jogar mais do mesmo nas continuações do Bioshock, Fallout 3, Stalker, Far Cry, mas é que eles foram bem diferentes do normal, jogar o "mesmo" jogo seria bem vindo. Matar gente em corredores é algo que estamos fazendo desde o Wolfenstein 3D.

E nem adianta falar que tiveram partes a céu aberto ou momentos MechaWarrior... 90% foi matar gente em corredor. E depois que eu lembrei que existia o recurso de câmera lenta e matar o pessoal antes deles reagirem a contento, facilitou bastante a vida (já passei da época de jogar no Médio, tem que ser Difícil, senão não tem graça).

Foi um jogo legal para jogar como eu fiz, meia-horinha aqui ou ali quando queria matar tempo, mas não prende a atenção querendo continuar a história, como foi o caso do Fallout 3, novamente por exemplo, que foi praticamente um livro jogável. Abria cada gaveta ou cada micro de cada casa em ruína para saber um pouco mais da História naquele universo ou dos que morreram ali. Já no FEAR 2... os tais relatórios de inteligência jogados aqui e ali não tinham nada de interessante.

Fazendo com cuidado, F.E.A.R. talvez desse um bom filme (ou minissérie), mas teriam que partir mais pro lado do Silent Hill e não pro lado militar-machão-atirando-em-clones, se não correria o risco de parecer um filme do Sy-Fy (ô nominho ridículo).

As armas: são poucas mas o limite de munição força um pouco a variar aqui e ali - mas nem tanto, já que a arma mais eficaz é a que se pega munição mais facilmente dos corpos.
Decepção: num dado momento um persogem vira para mim e diz "Saca só essa arma, guardei pra você" é me dá algo super-poderoso que lembra a BFG do Doom. Míseros 5 tiros de munição... Achei que serviria para algum momento chave e crucial. Mas serviu só para usar na 'cena' seguinte (por diversão, não necessidade), e pronto... Usei mais 4 vezes em situações que até uma pistola serviria, só para ver o efeito especial da caveirinha descarnada... e joguei fora. Com o limite de só poder carregar 4 armas, aquela era um desperdício de carga. Claro, até jogar fora eu carreguei aquilo um tempão, achando que seria útil.

A arma de pregos também... Pô, eu pregava a cabeça das pessoas, e eles continuavam vivos, com o prego no meio da testa. Até matar alguém com aquilo era tanto trabalho, que foi outra arma interessante desperdiçada. Desisti de usar logo em seguida.

Armas boas foram as duas basiconas: metralhadora e escopeta. A laser, que acaba rápido mas diverte. E a Sniper, sempre bem vinda e sempre a mais poderosa. E acabando a munição da laser, uma boa para carregar é o lança misseis - tem pouca munição, mas é ótima para evitar muito papo.

Problema do jogo: Salvar e Carregar. Ele salva automaticamente, até aí tudo bem, isso é bom para evitar que o jogador que dando Quick Save antes de abrir cada porta, mas ele não permite você carregar alguma salvada anterior. Ou você recomeça a fase inteira, ou continua do mesmo jeito. Teve uma hora que eu me enganei e troquei o Sniper... Estava disposto a rejogar os últimos 5 minutos, carregando uma das salvadas anteriores, mas não os últimos 40. Ou de repente você só quer jogar uma parte de novo por ter achado divertida... Não tem como.

E algo que depois que descobri no Fallout 3, eu sinto falta em todos os jogos: uma tecla para 'continuar andando'. Tudo bem, Fallout era algo em que você podia resolver seguir uma linha reta e andar por vários minutos só apreciando a paisagem, o que não dá para fazer muito num edifício de escritórios. Mas ficar segurando W no teclado o tempo todo, direto, non stop, irrita. Mesmo no Fear, há varios momentos em que você só precisa andar de um lugar ao outro (ou porque não tem ninguém pra matar no caminho, ou porque vc guardou a sniper e matou todos a distância).

Concluindo, quem não joga tantos jogos de tiro-em-primeira-pessoa pode se divertir bem mais.Um jogo linear é legal, nem sempre tenho saco para ficar lendo papéis e conversando, tem hora que eu só quero mesmo matar tudo que se mexer (Doom 4 e Duke Nukem Forever serão bem-vindos!), mas quem joga isso desde que inventaram e começou a se acostumar mal com jogos sandbox, ou com enredos ricos, ou armas malucas, ou universos doidos, ou monstros grandes e babentos, ou correria desenfreada, ou grande realismo, ou clima assustador. Aí FEAR 2 não empolga.

sábado, 5 de março de 2011

Rango

Resuminho técnico:
Título original: (o mesmo)
De: Gore Verbinski / John Logan / James Byrkit
Duração: 1h47min -- Com: Johnny Depp (e o resto ou é gente desconhecida ou gente conhecida em papéis bem pequenos).

Uma coisa que eu reparei é que tenho dando minhas opiniões sobre os filmes sem falar sobre o que eles se tratam.
Mas convenhamos, se você está no meu blog, ou veio parar por acaso e já conhece os filmes, ou foi para a internet querendo saber se o filme é bom ou não, e não ler pela milésima vez a sinopse (problema que eu enfrento ao pesquisar sobre filmes as vezes, acho milhões de sinopses em sites de "reviews" e nunca sei se o filme é bom ou não. Aí acabo indo olhar a nota do IMDB, que não é exatamente a mais confiável das referências).

Vou tentar fazer um resumo de 2 linhas a partir de agora. Mas tomem cuidado, eu resumiria Cisne Negro como "Uma bailarina emocionalmente instável finalmente surta alguns dias antes de uma grande estréia".

Vamos lá.

Sinopse: por obra do destino um camaleão com tendências hollywoodianas vai parar numa cidadezinha do meio do deserto habitada por outros bichos, chegando lá, achando que inocentemente tiraria onda, manda várias lorotas para impressionar os locais; que por sua vez acreditam e acabam <Sessão da Tarde ON> colocando o camaleão e sua turminha em incríveis confusões <Sessão da Tarde OFF>.

Pronto, isso é o mais "Rio Show" que eu consigo chegar numa descrição, sem me esticar mais ainda e sem entregar nada do filme. Porra, para mim, qualquer coisa que aconteça depois de 5 minutos de filme não pode fazer parte de uma sinopse. Se muito, a descrição só pode mencionar coisas que fiquem ÓBVIAS no trailer e no cartaz (e mesmo trailers, estou quase começando a evitar); ou que sejam essenciais para o marketing da coisa. Não daria para resumir Guerra nas Estrelas (Star Wars é o cacete!) como "Uma princesa rouba segredos de estado e os esconde, enquanto isso um jovem fazendeiro reclama da vida, sem saber que tais segredos acabariam por fazê-lo se envolver com criminosos procurados e arrastá-lo para os horrores da guerra". Preciso. Mas ineficaz. [Tenho medo de ler resenhas na Veja por isso até, além de quase nunca concordar, a Isabela Boscov já me estragou muito filme entregando as surpresas. Hoje em dia eu só leio a opinião dela depois do filme, ou se eu não tiver planos de vê-lo.]

Voltemos.

É bom ver que nem só de Pixar vive o 3D. E vão se catar todos vocês, sou da época que "3D=CGI (em 3D)", e não "3D=filmes que precisam de óculos". Mas vamos fazer o seguinte, para chegarmos num acordo meio-termo: Filme 3D é um filme que precisa de óculos. Animação 3D é animação feita em... dã... 3 dimensões, ainda que seja apresentada num filme-sem-óculos. Brasil Animado, por ex., não é animação 3D, nunca foi e nunca será. Mas o filme utiliza do recurso-provocador-de-pseudo-profunidade... Então é uma animação 2D em um filme 3D. Já Rango é 3D num filme 2D. Que tal?

Mas vamos lá de novo, que de 5 parágrafos, só falei do filme em 1.

Rango foi uma ótima surpresa não-Pixar, assim como o Meu Malvado Favorito. O filme tem um enredo bem construido, ótimos personagens (ainda que a maioria não tenha muita profundidade - destaque para pequena musaranha camundonga-de-cacto e o lagarto-chifrudo). A animação é muito bem feita, gostei da montagem e a trilha está excelente. Carambolas, como eu não tenho idade para ter visto Apocalypse Now no cinema, acho que foi a primeira vez que estive num filme com A Cavalgada das Valquírias. Há vários outros momentos em que você jura que vai começar a tocar algo do Morricone ou Ghost Riders in the Sky.

As cenas são bonitas, com muitas homenagens ao filmes do gênero. O humor também me agradou. Deu para rir bastante, e não apenas sorrir. (se bem que não necessariamente eu ria nas mesmas horas que o resto do cinema. galera a minha volta ria de qualquer besteira - e não lembro mais o que foi, mas teve uma hora que eu tive a impressão que só eu entendi uma das tiradas... mas também não fiquei olhando para os lados pra confirmar - se bem que nem seria difícil confirmar, vi na pré-estréia e tinham só uns 20 mulambos na sala).

Claro, como todo filme 'heróico', há aquela parada. O momento da Jornada que o sujeito desiste antes de aceitar o chamado (sei lá se os termos são esses, estudem aqui ou aqui). Mas não incomoda. E se fosse uma comédia de humor ininterrupto talvez não ficasse uma história tão boa.

Minha única reclamação acho que fica para a cena final. Quando as corujas semi-narradoras aparecem uma derradeira vez (falar que há corujas narradoras não é spoiler, elas são a primeira coisa que aparecem no filme também) a fala delas não é tão divertida quanto foram as demais. É como se na última piada de uma comédia... a piada não fosse boa. Bem... Não é "é como se"... foi mais ou menos isso mesmo. Mas isto não desmerece 106 dos 107 minutos de filme.

Interpretação... Bem, não há o que reclamar, é uma animação. Mas há o que elogiar, os personagens são bem expressivos e alguns nem são tão maniqueístas. Mas também não esperem grandes reviravoltas, não esqueçamos que é uma animação de seres antropoformizados (ou seja, desenho de bichinhos falando), então sabemos que será visto principalmente por crianças. Mas o pouco não-maniqueísmo é reponsável por uma das melhores cenas perto do final. Muito bom.

As vozes estão boas também, só que ao descobrir que a voz do Rango é de um ator famoso (só fui descobrir nos créditos), achei que as demais também seriam. Mas não reconheci os nomes. Vi depois que até a Claudia Black estava lá, mas numa pontinha mínima (ela é a raposa).

Isso é bom, prova que eles não tem a mania brasileira de botar voz de gente famosa pra atrair ninguém... Voz de dublagem tem que ser de dublador! Exceção devem ser feitas, claro, Shrek=Bussunda e ponto final. Mas colocar uma Fiuc, por ex., para aproveitar a fama dele em Malhação (ou seja lá como essa coisa ganhou seus 15 minutos de fama) no lugar de um Briggs, só pra atrair meninas acéfalas e excitadas... Eerrr.... Não!

Por falar nisso, felizmente eu pude ver legendado. É cada vez mais raro conseguir ver uma animação que não seja dublada. Distribuidoras, por favor... Pessoas acima de 13 que conseguem ler não-lentamente ou pessoas que sabem inglês bem o suficiente e preferem ouvir as piadas no original TAMBÉM vão ao cinema ver desenhos.

Já vi dublagens com ótimas piadas que não estavam lá no original, claro... Mas ja vi muita coisa se perder, ou cenas que transformaram uma piada numa mera conversa, porque dependia de trocadilhos ou expressões que fora do inglês, não fazem sentido ou não existem.

Ex. que está na minha cabeça porque vi hoje na TV: Victor Von Doom perguntando pro Sr. Fantástico "Why the long face?" é uma piada inexistente em "Porque a cara triste?" (por acaso, nesta cena, a dublagem conseguiu encaixar um "vamos dar uma esticada no meu escritório" e salvou o espírito da coisa - mas geralmente isto não acontece).

Bem, terminando, já comentei de animação, da trilha, das vozes, e do quê as vozes falam. Não há mais o que se dizer. Gostei tanto que é o primeiro filme que eu coloco o cartaz. Antes só livros tinham essa moral. [e dá preguiça colocar imagens.]

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Discurso do Rei

Que criativo, uma postagem sobre o ganhador do Oscar... Mas é sério, eu ia ver o filme, fiquei sem tempo e só consegui ver agora. Foi até ruim ter ganhado a estatueta, que as sessões voltaram a encher. Bem, vi atrasado mas eu vi.
Rapido resuminho técnico:
Título original: The King's Speech  --  Diretor: Tom Hooper
Duração: 118 minutos  --  Com: Colin Firth, Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter.
E pronto, mais detalhes do que isso é exagero.

Outro ótimo filme. Então não terei muito o que falar.
Duas ótimas surpresas: é um filme de humor e é um filme sobre a II Guerra. Ok, sobre o segundo, qualquer filme passado naquela época acaba fazendo menção à guerra e não torna isso um 'filme de guerra'; esse também não é, mas História sempre foi minha matéria favorita, e a primeira metade do séc. XX europeu talvez meu período favorito. [ou seja, basicamente saber como o circo pegou foto, para que lado a chama lambeu e quem comprou os fósforos para começo de conversa, além de várias histórias curiosas e pessoais, coisas que são infinitas sobre a 2ªGM.]

O ator principal convenceu muito bem, mereceu o Oscar. Se bem que fora o Bridges (que só ficava resmungando com sotaque de cowboy bebum), o resto era moleque. Agora que vi o filme, posso dizer, não foi uma disputa, foi um massacre. Apesar de ter visto esse cara em vários outros filmes, finalmente agora o nome dele fixa.

A Boham Carter era alguém que eu não ia com a cara. Literalmente. Ela é estranha. Mas em todos os filmes dela que eu vi, ela nunca decepcionou. Nesse filme ela estava até bonitinha. E para quem só pensa nela como a mágica má do Harry Potter, lembrem que ela também era a chimpanzé mocinha no último Planeta dos Macacos. Só não vou opinar sobre não ter levado o Oscar porque fora a menina do Bravura, não assisti as demais. E o Rush é sempre uma figuraça. É a graça do filme. E o que fez o filme ser também de humor. E rápidos mini kudos para as duas filhas do George, não fazem nada e mal aparecem, mas super fofas.

Bem, o filme quem não conhece, não vai conhecer por aqui; quem conhece, já sabe muito mais do que eu teria paciência de digitar. Paremos na recomendação final de "Podem ver, que eu garanto!", mas só se você gosta de dramas com um toque de comédia e de História. Já se você faz mais o estilo Jogos Mortais... Bem... não vou ofender nenhum de meus poucos leitores e paro por aqui.

Quem tiver a mesma curiosidade minha de ouvir o discurso original, tem aqui ou aqui ou vão no Google que isso é bem fácil de achar. Detalhe, se eu tivesse ouvido antes de ver o filme, simplesmente ia achar que o rei já estava bem velho, beirando o estágio limaduarteano de eu-quero-melão. Nunca ia pensar num jovem gago.

E fui atrás de fotos de George VI, acho que pela primeira vez vejo alguém que na vida real era mais pintoso que o ator o representando. O cara parece uma cruza entre o Príncipe Charles e o Christopher "Superman" Reeve (foto que me fez achar isso: link). Puxando mais para o Kal-El, claro, porque o Charles é bizarro... Só a mãe deve achar bonito. Na foto abaixo não parece, mas gostei porque ela é uma das últimas cenas do filme. (e vejam, agora sabemos de quem Charles puxou as orelhas!)



E só terminando, quando procurei pela foto, bati nesta postagem que nem tem nada demais, mas achei divertida por que parece algo que eu escreveria: começa a falar, viaja um pouco sobre gostos pessoais, e continua após um "voltemos ao assunto". rs! O blog se chama simplesmente Legal, e numa passada rápida esbarrei com piadas de informática e Garfield. Merecerá uma análise melhor depois.