terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O Destino de Júpiter

Título original: Jupiter Ascending
Duração: 2h07min  --  Ano: 2014  --   Trailer / outro trailer
De: Andy & Lana Wachowski (de MatrixV de Vingança e A Viagem [cuja resenha acabei de descobrir que está em rascunho desde 2013! aqui no site! putz!]) [supermini resenha de A Viagem: mesmo não sendo kardecista, gostei muito]
Com: Mila Kunis (de That 70's Show, O Livro de Eli, Ted e Oz), Channing Tatum (do novo Anjos da Lei, A Legião Perdida, Magic Mike [ele é o Mike] e A Toda Prova), Sean Bean (o Boromir e o Ned Stark) [e aí? será que dessa vez ele morre de novo?], Eddie Redmayne (o Stephen Hawking no A Teoria de Tudo) [sorte dos filmes terem sido lançados quase ao mesmo tempo, que assim ninguém vai lembrar dele nesse aqui], Douglas Booth (um dos filhos do Noé), Tuppence Middleton (de várias séries de TV desconhecidas e pontas em filmes que não vi), Doona Bae (de A Viagem) e Charlotte Beaumont. [ok, essas duas últimas aparecem bem menos que outras pessoas no filme, mas eu tenho uma queda por olhos puxados e a filha do Sean Bean no filme é muito bonitinha.]

Taí! Fui esperando ver um filme bem space opera, com um quê kitsch [brega!] à lá Flash Gordon e... foi o que recebi!

Ainda não li resenhas do filme por aí, então essa não está contaminada... E depois de ter visto o filme não imagino qual seja a birra que se armou contra ele. Ou porque o filme foi atrasado e tudo. Eu gostei muito. Ok... Mila Kunis + Naves Espaciais... Eu não precisava de mais nada!

Voltando ao assunto, eu gostei do filme. Belíssimas naves, que me fizeram pensar muito no filme de Duna (e um pouco nos do Ridick). Um universo de "FC feudal" (novamente, estilo Duna) [eu também pensei na Casta dos Metabarões, mas a verdade é que não sei como o universo deles funciona. Nunca li nada a respeito, mas tinha vontade. De qualquer jeito, pensei neles.] [Indevidamente, provavelmente]. Talvez até um quê de Barbarella [assumo, pensei nisso só por causa das asas]. Não sei. Também pensei no Cidade das Sombras quando a cidade foi reformada.

Isso significa que o filme tem tanto clichê que você pode encontrar referências para qualquer coisa? Provavelmente!! E MUITO! Mas não necessariamente é uma coisa ruim. Desde que as referências tragam bos ou divertidas lembranças, tá valendo!

O filme criou um universo [ou fingiu criar, soltando palavras soltas e sem história por trás... mas, isso não importa de verdade - "assim é, se lhe parece"] que ao mesmo tempo que me deu uma vontade doida de saber muito mais sobre aqueles mundos, ler livros no mesmo universo ou mais filmes... a história é redonda e terminou muito bem ali.

Bem, muito bem não, eu podia ter ficado sem a última cena. Aqueles 2 segundinhos finais da mulher patinando na direção da tela. Que tivesse parado um instante antes, com ela patinando "pro pôr do sol". Melhor. Mas sim, isso sou eu fazendo picuinha com um detalhe ridículo de, realmente, 2 segundos num filme de 2 horas. Ok. Próximo assunto.

Continuação? Não pesquisei ainda se vai ter ou não [estou digitando isso no Bloco de Notas, porque se eu abrir o navegador, vou começar a querer pesquisar antes de terminar de digitar, e estou aproveitando que não fazia nada no site faz muito tempo, e digitando rápido, para não perder o embalo]. Mas então... Ganchos para isso, ficaram. Dois [e eles são parentes] Mas pela birra que tenho ouvido do filme [de repente foi mal nas exibições de teste, depois eu descubro] ele provavelmente foi um fracasso de renda. Mas, de novo, ao mesmo tempo que eu acharia divertido, não precisa. Foi um romancesinho espacial redondo. Tem lá seus buraquinhos de roteiro, e personagens que aparecem e somem à toa [a irmã e o trio de mercenários, senti falta deles novamente no filme], mas satisfez. Fico esperando pela versão do diretor, porque esse filme parece ter sido bem picotado na edição. [comentário solto: o planeta da irmã parece Naboo]

Dúvida solta: como diabos, num universo de humanos espalhados pela galáxia inteira, o cara (o Tatum) rastreou a mulher? Veja bem, se alguém tivesse dito "Vai na Terra, que com certeza está lá", eu até poderia entender. Mas, baseado no que vimos em tela, o cara precisou identificá-la entre todos os planetas DA GALÁXIA! (talvez várias, nem sei).

Ah, Robotech! Voltando a falar de possíveis referências e das naves, eu sempre imaginei como seria se fizessem um filme de Macross em respeito às naves pessoais. [tá, o link anterior foi zuação, esses dois são decentes: Macross original e Macross Frontier] Eu acho que filme resolveu isso muito bem, os "batalhóides" deles deram uma boa solução para algo que voa como caça e tem forma de robô com asas depois. Não fica num formato de F-15 [Strike Eagle II! joguinho divertido dos velhos tempos], mas ok, não se pode ter tudo. Gostei da solução do filme das coisas ficarem flutuando em volta ao invés de tudo ter dobradiça.

A arte do filme está muito boa. Novamente, o visual feudal no espaço de que tanto gosto. Lembrei agora da nave de vidro daquele filme da Disney. [Buraco Negro] O filme foi só passável para a época, mas a nave do vilão, voando no espaço como uma catedral.. era muito bonita. Quem fez a direção de arte desse filme... Quero num futuro filme de Duna! [sim, eu gosto muito de Duna] Só evitem fazer um novo "Planeta Museu de Bilbao". [era o que parecia o primeiro planeta que aparece no Júpiter]

E quer dizer que os dinossauros evoluíram para gárgulas? Então...

Próximo assunto.

A propósito, a história, né? Sempre bom, para quem não viu:

Rainha do espaço "reencarna"(*) numa terráquea e os filhos dela não querem que ela seja reconhecida como tal - para não perderem suas fatias da herança ou, o inverso, pegar eles a fatia que seria dela de volta - que é o nosso bom e velho planeta Terra. E aí temos mercenários espaciais tentando sequestrá-la ou matá-la. Um pouquinho de complexo de Estocolmo [na verdade não, isso eu achei divertido, dela ter partida pra cima. pô, mulherada também pode dar o primeiro passo].

(*) Como? Mas como diabos uma sociedade evoluída aceitaria coincidência genética como base legal para devolução de posses e títulos?!? Sim, porque se ainda fosse uma sociedade religiosa e a "reencarnada" tivesse direito à seus antigos bens porque "O Deus-do-Espaço falou assim!". Ok. Cada um segue a igreja alienígena que preferir. Mas... Não era o caso, era puramente genética mesmo no filme!

E claro, ela é reseqüestrada, temos batalha, depois outra. Muita ação sem câmera lenta [tem um pouco, mas na maioria tu fica meio atordoado mesmo, o que é bem legal] E aí beijinho e todo mundo feliz.

Sim, não é um filme com dramas e sacrifícios finais. Todo mundo termina bem. [quer dizer, menos o vilão] Sessão da Tarde! Romance, "ciência" sem sentido, visuais coloridos e malucos e muita explosão. Seus filhos podem ver. O máximo que aparece "de errado" é uma bunda. Tem também uma rápida traição no filme e ela é resolvido ao estilo Dolph Lundgren no Mercernários: "Porra cara, tu tentou me matar. Que vacilo", "Foi mal, aê.", "Beleza então. Vamos jantar." Sem grandes melodramas sobre quebra de confiança, tudo resolvido na amizade em 3 segundos a pronto. [quem é homem sabe: muitas discussões são resolvidas antes da DR-masculina sequer começar com um mero "Ah, foda-se. Vamos esquecer isso."]

E ela limpando banheiro no final do filme? Porra! Não faz sentido algum! A "reencarnação passada" deixou a Terra no testamento, mas nenhuma conta bancária? Nem sequer um mero colar de diamantes-espaciais que pudesse ser vendido? Sim, sim, tem toda aquela coisa fofinha de "E depois de toda essa aventura... Juju aprendeu a não reclamar da vida!". Não concordo, mas aceito. [mas ainda não faz muito sentido.]

O filme tem também piadas soltas e uma seqüência inteira (que não sei se encaixou realmente no filme, mas eu gostei) [eu sou estranho] da personagem e o protetor num tipo de "fórum espacial" cuja utilidade foi... nenhuma. Mero humor com um visual que parecia que eu estava num quadrinho do Moebius.

Eu recomendo. Visualmente muito bonito. A Mila melhora qualquer coisa. O Tatum com cara de elfo marciano... Errrr... bizarro, mas não incomoda. E a trama é uma clichêsada da boa. Duas horas divertidas com muita correria e explosão. [adorei a cena de batalha em volta da torre da igreja] Boa forma de fechar um dia.

[Atualização: sim, o filme foi um fracaso de bilheteria. Pena.]

[Outra atualização: cacilda! a cena do "fórum" é com o Terry Gilliam e é uma homenagem ao filme Brazil! Ha! Agora sim! Faz sentido. [ainda que continue achando a cena deslocada]]

E acabei de notar que eu gosto do estilo dos Wachowskis. Todos os últimos fracassos de bilheteria deles são filmes que eu sempre defendo. :)

Ah, e vi uma boa descrição do filme por aí: "conto de fadas sci-fi!". Encaixa.

E algumas resenhas alternativas:
Cinema com Rapadura: A rendição dos Wachowskis
-- Eu concordo com tudos que eles dizem, mas... gostei mesmo assim.
Tor.com: "Jupiter Ascending is a bad movie."
-- Que, educadamente, esculhamba o filme todo. Mas... mesmo caso acima.
Tor.com de novo, agora gostando: "We need more movies like this one!"

Ou, se você já ficou cansado de ter lido a minha resenha e está com saco apenas para mais uma, leia esta, que é curtinha e concorda comigo no esquema de "danem-se os furos, foi muito divertido":
FangirlNation: "As a whole, this movie was ridiculously entertaining."

Postagem PS (o sumiço do site)

Ah, sim, o blog... É, eu também notei que ele morreu por uns 6 meses. Na verdade, estava só meio que em coma. Mas ainda totalmente ativo em bloquinhos e anotações em folhas soltas. Tenho um semestre inteiro de postagens rascunhadas em papeis rasgados aqui e ali. [mas não tantas quando eu gostaria.] E alguns TXTs no desktop também. E uma ou outra postagem semi-rascunhada direto no próprio Blogger. Quero ver se começo a colocar tudo pra cá aos poucos.

Então... só uma explicação rápida do sumiço. E um conselho de nerd para nerd.

Se você resolver se mudar... E olhar em volta e pensar "dá para melhorar isso aqui um pouco" ou alguém perguntar "vai reformar?"...

TU SOLTE UM RISADA MANÍACA vire de costas e saia rindo de forma louca. E resolva o assunto da seguinte forma:


Melhor construir do zero do que consertar. "Mas blogueiro... Não é uma casa, é um apartamento!" Queima! "Mas..." QUEIMAAAAA!!!!!

Eu não fiz isso. E faz 6 meses que não tenho finais de semana. Como diria o corvo: "Nunca mais!" Próxima vez, ou resolvo com o conselho acima ou só vou varrer, tirar as teias [ou pererecas! já morei um tempinho num lugar que tinha pererecas como numa praga egípcia] e dizer "Está lindo!"

Então... Estou de volta. Mais ou menos. Continuo sem finais de semana por algum tempo. E provavelmente ficarei sem telefone umas duas semanas. Mas tentarei voltar ao [péssimo] hábito de blogar de madrugada. Dá sono mas é divertido. E eu estava com saudades dessa bagaça. :-D

[tô tão desacostumado, que esqueci que essa postagem ia ficar ANTES da outra no mesmo dia, por ter sido publicada depois, ao invés de ficar na ordem e o "PS" fazer sentido... Bem... nada que uma edição no horário da postagem não resolva...]