sábado, 14 de junho de 2014

Godzilla (2014) & Gojira

Nome original: Godzilla
Duração:
2h03min  --  Ano: 2014  --  Teaser / Trailer
[citação legendada do Oppenheimer aqui]
De: Gareth Edwards (de Monstros)
Com: Aaron Taylor-Johnson (o Kick-Ass), Ken Watanabe (de Cartas de Iwo Jima e O Último Samurai) [totalmente sub-aproveitado neste filme], Bryan Cranston (de Malcolm in the Middle, Breaking Bad, e Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira), Elizabeth Olsen (de Três é Demais [fico feliz de nunca ter assistido isso] e Os Vingadores 2) e uma rápida participação de Juliette Binoche (A Liberdade É Azul).


Uma porrada de postagem por aí falando sobre Godzilla...Por mais que eu faça um monte de postagem sobre coisa pop também (vide Malévola e Homem Aranha logo abaixo), eu sempre fico naquela de que não vou ter nada a adicionar [e geralmente não tenho mesmo]. Então pensei em algo... Eu estou devendo a mim mesmo ver o Godzilla original faz muito tempo (vi alguns aqui e ali, mas nunca o primeirão). Vou dar só uma palhinha sobre o novo, e vou falar do velho!

Vamos lá... O novo... Vou separar o filme em dois: o lado humano e o lado monstro.

O lado humano. Eu, sinceramente, acreditei quando falaram lá atrás que no filme teríamos o drama humano durante uma ataque de monstro. Beleza, o monstro está atacando. Mas o que isso significa para as pessoas que estão desviando dos destroços? Seria uma espécie de Marvels kaiju? E eu vi o outro filme do cara, o Monstros (já resenhado) onde, realmente, os monstros eram secundários. E eu adorei aquele filme. Por falar nisso, já saiu o trailer longo da continuação.

Aí veio o "lado humano" desse, na forma do pai do Malcolm in the Middle com aquele drama clichê de "Foi um alien/vampiro/monstro/fantasma/dingo/pé-grande/bruxa que <verbo> a <pessoa>!! Porque ninguém acredita em mim???" Mas ok, o cara é um bom ator, todos gostamos dele. E aí ele morre no começo. E o foco passa a ser o filho militar sem graça e a esposa mais ainda. Porém... Na verdade, acho que o cara (o pai) não teria mesmo muita utilidade dali em diante da forma com que o filme foi feito, então dane-se. Parece que tivemos essa amostra grátis de drama "e agora voltemos à nossa programação normal!". Mas pô... Foi promessa não cumprida. Até Cloverfield focou mais no lado humano. Mas eu não liguei muito para as pessoas. Nem o filme me fez ligar para elas. Podia falar várias páginas sobre a irrelevância deles. Falemos da parte boa.

O lado monstro. Mas para andar logo, só tenho 3 coisas para dizer.

1) Cacete!? Ninguém aprendeu nada em Transformers 2? NINGUÉM quer ver órgãos reprodutores gigantes. Mesmo que seja só algo que pareça um saco de água cheio de girinos. Aquela imagem mudou o clima da cena de monstrão bizarro "realista" para "Go, go, go, Power Rangeeeeeeeeeerrrss!"

Peraí até, aproveitando que estamos falando de anatomia, como assim o monstro fêmea cresceu numa base militar, naquela salinha, até aquele tamanho?? E apesar da referência óbvia dos nomes MUTO x Mothra, o bicho voador estava muito mais para o... [momento de ir no Google, porque fora o Mothra, Rodan e Guidora eu nunca sei o nome deles...] Megaguirus!, até mesmo pelos bracinhos de louva-deus na frente. Então a referência podia muito bem não ter sido feita (e ainda vai tirar o peso se depois realmente usarem a Mothra). E lendo mais sobre eles agora, aquela cabeça chata pode ter sido inspirada num tal de Gyaos (esse eu não conhecia).

2) O Godzilla desviando do navio... Pô... Ok, ele tinha que ser o herói e amigo da criançada, mas algo legal sobre o Godzilla é que, originalmente pelo menos, ele está pouco se ferrando para as pessoas. [originalmente MESMO ele está contra elas, mas falaremos sobre isso mais abaixo.] Eu aceito o Godzilla lutar contra os monstros no filme e nos salvar no processo, mas isso seria um mero acaso. Ele tinha que estar pouco se lixando para aquelas baratinhas humanas em volta dele. Ou se a idéia era essa, que tivesse ficado bem claro.

Eu até gostei da motivação que deram para ele nesta nova versão (onde nós somos irrelevantes). E provavelmente centenas de milhares de pessoas morreram enquanto ele lutava contra os carrapatões, mas no filme inteiro, à mostra, acho que não há nenhuma morte causada (indiretamente ou não) pelo Gojira Amigo-da-vizinhaça. [não lembro mas, se bobear, nem havia sangue no filme] E na única cena em que ele teria dado uma mera ombrada no navio, em linha reta, ele desvia! No Godzilla 2000 (+/- resenhado aqui), ele vai lá na cidade, luta contra o monstro da vez e, no final, só de sacanagem, começa a destruir tudo no caminho de volta. Se ele falasse, poderia muito bem ter dito "I saved your tiny asses! Your asses ARE MINE! HAHAHA! Vuuuuuuuuuuuuuushh! Onde está seu deus agora!?." [obs: "vuush" foi a primeira coisa que eu consegui pensar como sonoplastia do bafo atômico]. Eu preferia que o Godzilla atual, no mínimo, tivesse sido completamente indiferente às baratinhas correndo pelo chão.

Passeando pelo Wikizilla, eu esbarrei numa frase que eu gostei: "(...) Godzilla (...) in the Heisei series of films is depicted as a force of nature, neither good nor evil (...)" E é assim que tem que ser.

[cacete, eu não sei ser sucinto...]

3) BAFO ATÔMICO! Ha! Eu passei o filme todo imaginando "será que vai ter?". Muito maneiro. Eu sei que um filme tem que ser muito mais do que isso, e etc, e etc. Mas dane-se! Eu queria ver um Godzilla bem feito (por falar nisso, adorei o novo tamanho absurdo dele). Eu queria ver briga de monstro (que nem foi tanta, mas acho que foi na medida para você sair do cinema querendo ter visto mais - ao invés de reclamando do excesso). E queria um Godzilla que soltasse raios! MUITO BOM! E depois ainda faz de novo, num fatality que provavelmente levará anos até ser superado. "Tu aí, monstro! Eu... cansei... desta PORRA! KAVUUUUUUUUSSSSHHHHHHH!!!" Lindo!

E só terminando, espero que aproveitem na continuação aqueles buracões que estavam usando nos virais do filme. Seria interessante ver algo saindo de lá, eles são legais. Há outros virais envolvendo outros buracos também. Acabei de lembrar até, podiam sair deles o bicho do 1º trailer, que era a versão inicial do monstro vilão e que acabou não sendo aproveitada.

Agora deixa eu ver o filme antigo (acabou de sair em blu-ray) e depois eu volto.

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Nome original: ゴジラ (Gojira)
Duração: 1h36min  --  Ano: 1954  --  Trailer  --  País: Japão
De: Ishiro Honda  --  Com: Takashi Shimura, Akira Takarada, Momoko Kochi, Akihiko Hirata e Haruo Nakajima.
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De cara, uma surpresa interessante... Filme antigo costuma dar uma enrolada e ter cortes lentos. Todo aquele esquema de mostrar 'todo o caminho do personagem' ao invés de apenas mostrá-lo logo 'lá'. Aparentemente, o cinema japonês não recebeu esse memorando. São cortes bem rápidos, sem enrolação, correndo para contar a história.

Na verdade, o filme soa tão "atual" em seu estilo, que eu tive que ser trazido de volta à realidade quando uma personagem de uns 20 anos comenta sobre Nagasaki com a mesma naturalidade e proximidade com que americanos falam hoje em dia sobre o 11/9. É até uma boa lição de história, porque nos faz lembrar que duas cidades foram destruídas, mas todo o resto do país ainda estava intacto e funcionando. E fazendo filmes.

Algo que o contexto histórico deve ter influenciado é a cena da primeira perseguição. A trilha sonora na cena é legal [eu gosto de marchas militares, hinos e essas coisas], mas é completamente contrária ao que se esperaria da cena. Talvez aquilo seja alguma marcha real dos militares da época.

Todo o resto da trilha sonora de ação é meio bizarra também. Soa como um anime dos anos 70 [ou, novamente, uma marchinha militar animada]. Mas quando eles soltam o drama, fica muito bom. O coral das meninas perto do fim é espetacular (e tem uma lá que é a cara da Lucy Liu) e o tema final também é de deixar qualquer fã de raio atômico triste.

Por falar nisso, eles fizeram efeito especial para a "crina" [espigões ósseos? eu não sei como chamar aqueles trecos nas costas] do Godzilla acender, mas o raio em si... parecia gás saindo de um extintor com problema. Eu esperava algo um pouco mais mal feito, porém brilhante e espalhafatoso (tipo o que está no cartaz, por ex.).

A história: barcos começam a ser atacados e o único sobrevivente faz um relato estranho. Depois um velho pescador surge com uma lenda sobre um monstro marinho chamado Gojira. E o tal lagartão resolve dar as caras pouco após, em plena luz do dia. Mas só para dar um "oi". A destruição mesmo ele deixou para depois, em Tóquio. Antes disso um cientista explica que ele provavelmente vivia em uma caverna submarina desde tempos pré-históricos; e testes com bombas atômicas perturbaram o ecossistema do bicho. E aí temos este cientista, o casal de mocinhos e um "cientista maluco" (mas do bem também) tentando salvar o dia; enquanto repórteres, militares e passantes vão descobrindo se existe vida após a morte.

Depois da animação inicial e correria para chegarmos logo no monstro, o filme parece um pouco mais devagar. Mas ainda foi bem animadinho em comparação com outros filmes antigos que eu me lembre. Americanos pelo menos. Acho que esse foi o primeiro filme oriental em P&B que eu vi. [o que me faz lembrar que também estou me devendo assistir Os Sete Samurais.]

Alguns comentários soltos:

- o trio jovem do filme... Não são bons atores. A garota principalmente. Mas nada que perturbe. Perturba mais é o tapa olho do cientista jovem. E todo o drama exagerado em tudo que ele fala.

- A primeira aparição do Godzilla foi bizarra. No mal sentido mesmo. Parecia um boneco de meia. Com direito a olhos que pareciam bolotas de isopor e tudo. Não sei porque ficou tão ruim (vejam!). As demais aparições dele até que foram bem legais. Ah, mas o rugido! Muito bom! E não é ironia.

- Por falar nisso... Maquetes sendo pisoteadas! Senti saudades! Desde os anos 80 que não via uma.

Bem, mas aí depois de muito grito e maquete posta abaixo, eles fazem amizade com o monstro. Não acredita? Clica aqui. Tá, ok, não fazem. Na verdade o Godzilla morre. Eu até pesquisei depois e ao longo dos demais filmes acho que ele morre mais uma ou duas vezes. Uma delas acho que até foi salvando a vida do Godzuki. Ok, não era ele, mas tinha um Godzilla bebê (chamado Minizilla, é sério) que surgiu depois e foi crescendo ao longo dos filmes até virar o Godzilla principal.

E para quem ainda não tivesse entendido toda a indireta anti-horror atômico do filme, ele termina com o pai da mocinha dizendo: Eu não acredito que Gojira seja o último de sua espécie. Se os testes nucleares continuarem... Então, algum dia, em algum outro lugar do mundo, outro Godzilla pode aparecer.

Eu gostei bastante. Apesar de estar bem fora de época, foi um bom filme. Deu até saudades dos tempos toscos de ver Gorgo na TV e gostar! [é por isso que nem reclamo da criançada vendo Sharknado hoje em dia... Toda geração tem a sua tranqueira.]

E segue outra resenha interessante, que fala também um pouco sobre a história por trás do filme: Bad Movie Planet: Gojira. Apesar do nome do site, eles gostaram. A nota do filme foi "1 cerveja", ou seja, dá para ver sóbrio - e nesse site, isso é a nota máxima!

Mas é isso. Excelente sessão dupla (mesmo não tendo sido no mesmo dia). E apesar dos pesares, recomendo que vejam ambos.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Malévola

Nome original: Maleficent
Duração:
1h37min  --  Ano: 2014  --  Trailer
De: Robert Stromberg (primeiro filme que ele dirige)
Baseado em: A Bela Adormecida, da Disney
Com personagens +/- de: Charles Perrault e Irmãos Grimm.
Com: Isobelle Molloy [muito fofinha], Angelina Jolie (de Hackers - Piratas de Computador, O Colecionador de Ossos [é o filme que notei a existência dela], Tomb Raider e Sr. & Sra. Smith), Elle Fanning (de Compramos Um Zoológico e The Lost Room) [minissérie bem legal], Sharlto Copley (de Distrito 9, Esquadrão Classe A e Europa Report) e Sam Riley (de Na Estrada).

Eu sei que estou virando um velho sentimental e babão [mesmo continuando ranzinza], mas não aceito discussões neste caso: esse filme é uma das coisas mais fofas (se não for a mais) dos últimos tempos. E quem falar o contrário está errado. Sem papo que é tudo uma questão de opinião. Errado e ponto.

Não quero nem imaginar a quantidade de maquiagem ou efeitos especiais para deixar a Angelina com aquela cara lisinha e sem rugas, mas ela está fofíssima também. Até a Aurora, que é meio mongolzinha, não compromete em nada. É fofa. É tudo fofo! E eu sou o tipo do cara desalmado que não gostou nem de Goonies, nem daquele filme da Jennifer Connelly que tem gnomos e um cantor, e nem daquele filme que o garoto voa num cachorro com corpo de dragão chinês. Precisei ir no IMDb e jogar "dragon dog movie" no Google - os filmes são Labirinto e A História Sem Fim.

Eu só mudaria uma coisa... Que era para deixar a história um pouco mais paralela à "versão oficial dos fatos". E agora vem spoiler. Pule o bloco a seguir se não viu o filme.


SPOILERS COMEÇAM AQUI:

Eu teria matado a Angelina. Não a faria virar má de repente (até pensei que o filme faria isso) [e quem acompanha o blog, se é que existe, deve lembrar de meu trauma com a verdadeira mocinha do Oz], mas depois de tudo que aconteceu, se acontecesse algo um pouco mais dramático ali, ainda teria encaixado. Eu teria feito tudo igual, até a luta final. Aí criaria alguma situação para ela não só matar o rei, mas morrer salvando a princesa. O famoso "sacrifício final", "a maior prova de amor" e essas coisas. Claro, com um sorriso nos lábios de quem morre sabendo que fez um bom serviço.
E depois disso teríamos todas as cenas seguintes, com a narração, a coroação no mato, o príncipe, tudo igual, mas ao final, ao invés de termos a Angelina voando, veríamos (talvez imensa, digna de uma rainha, e no meio da floresta mágica) a lápide!

Trágico, mas de uma forma fofa. Mas ok, eu sei que minha mente é um pouco mais negra que o normal. Agora voltemos a nossa programação sem spoilers.

Ah, e claro, do meu jeito, um eventual bardo que ouvisse a história de terceiros, poderia perfeitamente criar a versão em que a bruxa má foi morta pelos valentes soldados que protegiam o rei e salvaram a princesa, sem precisar mentir descaradamente. E do ponto de vista de um soldado raso, teria sido exatamente o que aconteceu.

SPOILERS TERMINAM AQUI.


Outra coisa que eu talvez mudasse, e que não é spoiler, foi a tradução do nome do personagem Diaval. Se você não sabe inglês [ok, ok, hoje em dia "todo mundo" sabe, mas mesmo assim...] você pode deixar passar o trocadilho com a palavra devil (demônio),  que por sua vez é uma adaptação do "nome original" (isto é: o nome Disney) do personagem, que era, "sutilmente", Diablo. Sei lá, em português o caminho diabo, diabal, Diaval não pareceu linear o suficiente. [estou agora curioso em saber como é o nome dele na dublagem] O trocadilho em si não faz falta, o que eu achei legal foi a referência ao original.

E o filme é cheio destas rápidas referências, como a terceira fada que não concede nada à garota, por exemplo. O filme ficou um revisionismo histórico bem legal. Só que a "bela adormecida" dormiu tão pouco no filme, que duvido que ela ficaria famosa por este motivo lá no reino.

ATUALIZAÇÃO: pouco depois de terminar a postagem descobri porque fica tão destacada a cena da fadinha não ter dado o 3º dom para a menina. O plano inicial do filme era mesmo ter seguido o enredo da Disney, de ser o presente dela que não faria a Aurora morrer ao espetar o dedo. Então, por mais que no filme tenha ficado estranho a fada verde não ter dado nada (que eu achei que era só uma piadinha à toa, ao invés de ter sido uma cena cortada), sinceramente, gostei mais da solução do filme.
Porque (um último spoiler antes de continuarmos) esse papo de "amor à primeira vista" ser amor verdadeiro é complicado. No desenho animado original era ainda mais bizarro, porque o cara só via a mulher dormindo. Gostei do beijo do príncipe não ter dado em nada e ele mesmo ter dito pras fadas "Mas, cacete, eu só vi a sujeita UMA única vez!". Se bem que, como a postagem acima diz, explicaria melhor a questão da... vamos dizer... "hora em que tem uma luta entre chamas verdes e amarelas" não ter dado em nada.

Bem... E é isso.

Ah, tá, a história.... Humm... Fadinha boazinha [e alguém me explica, porque diabos os PAIS da menina a batizariam de Malévola?? A Fada-Mãe morreu no parto e a Fada-Pai ficou com raiva da recém-nascida? Bem... pelo menos não darem explicação alguma foi melhor do que ela começar o filme se chamando Benévola e depois termos uma cena do tipo "A partir de agora... Meu nome é MALÉVOLA. HAHAHAHAH"] Mas voltando ao assunto... Fadinha boazinha [relendo a postagem, acho que a minha descrição é spoiler também, então vou esconder quase tudo. Veja o trailer no alto, escolhido propositalmente por ser o único que não estraga cenas do filme, e seja feliz] namora garoto pobre. E como todo garoto pobre medieval, ele quer ser um cavaleiro, um nobre... Rei então? Putz! Já é! E aí  ele apronta feio com a Fadinha (agora já um mulherão).  Ela fica puta e amaldiçoa a filha dele. E aí...

E aí é a graça do filme. Então eu paro de contar. Na verdade, o filme já estava bem legal desde o começo. Eu disse: é um filme todo fofo. Não sou fã de seres mágicos com cara de brinquedo, mas eles aparecem menos de 2 minutos em cena e estavam legais. Por falar nisso, adorei os bichos perto do final, que pareciam um misto de beija-flores gigantes e tatus (!?). Também não fiquei grande fã das 3 fadas madrinhas, mas elas não comprometem em nada. O príncipe então, teve sorte de ter falas no filme. Mas também ficou fofo. E o reis malignos (que não eram fofos) pouco aparecem, então só sobrou cena fofa, fofices e afins. São duas horas de fofura non-stop. Podem ver. [ok, tem 30 segundos de uma cena triste, mas é rápido e, logo depois, a Angelina é tão charmosa que até com raiva ela é uma graça]

E como eu sempre gosto de colocar opiniões contrárias (o que foi fácil de achar para Malévola, muita gente não gostou) [nem o Screen Rant, com quem eu costumo empatar], vamos lá. Achei duas, de um mesmo site, que achei interessantes. Fiquemos com elas:

Badass Digest (1): Maleficent will test the patience of all but the most stultified moviegoer. (esculhamba o filme de todas as formas, mas tem bons argumentos)

Badass Digest (2): (...) a good Maleficent movie would let Maleficent be wicked.
(que relembra algo que, durante o filme, eu também fiquei curioso: o que a Malévola fez para passar o tempo nos 16 anos entre a maldição e a espetada de dedo? Teria sido legal vê-la malevolizando por aí) [mas isso estragaria toda a missão da Disney de nos fazer gostar da personagem] [e na verdade, fora vestir preto, ter um trono, e a maldição em si, não a vemos sendo malévola]

PS: mas o Omelete (nem tanto) e o Rapadura gostaram. Acho que nós brasileiros somos um povo mais... fofo.