terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Imaginários - Volume 1

Organizado por: Tibor Moricz, Saint-Clair Stockler e
Eric Novello  --  Com contos de: Gerson Lodi-Ribeiro, Giulia Moon, Jorge Luiz Calife, Carlos Orsi, e outros.
Editora: Draco  --  umas 130 páginas  --  Ano: 2009
11 contos  --  ISBN: 978-85-62942-00-6

Depois de ter lido o Ficção de Polpa v.1 alguns posts atrás, resolvi tomar vergonha na cara e ler o Imaginários v.1, a anos aqui na estante. Como assim? Lendo a concorrência antes do "original"?! [na verdade, o Polpa foi lançado uns 2 anos antes, mas eu só fui conhecê-lo faz algumas semanas, via um Volume 2 perdido nas prateleiras de uma livraria... Aí eu levei aquele susto de "como eu nunca ouvi falar?" e fui atrás dos demais. Já o Imaginários eu acompanhei o surgimento através de algumas listas de emails, daí ter comprado assim que saiu]

Pois bem, tenho meus respeitos pelo Polpa v.1, como já disse várias vezes todo esforço no ramo é bem-vindo, mas agora sim... Nada como a experiência! Percentualmente falando, sim, o 1º volume do Imaginários até teve mais contos bons que o 1º do Polpa, mas enfia a estatística naquele lugar, que isso é idiotice [não a Estatísica, mas a comparação descabida entre as coleções]. É tudo questão de gosto. O fato é que lá eu até ficava curioso com o fim da história, mas principalmente pelo fato de já ter começado a lê-la. Aqui o que chamou a atenção por comparação involuntária, é que a galera soube prender a minha atenção logo de cara e bem melhor. O final do conto podia ser ruim. Até o conto podia ser ruim [obviamente, claro, meu site... MINHA opinião, não sou crítico nem especialista], mas ele me prendia, e eu começava a ler com aquela sensação de que estava lendo o início de um livro, que a história seguiria, que eu saberia tudo daquela gente; ou pelo menos eu realmente ficava curioso com o que iria acontecer.

A possível razão é que mesmo sendo só um curioso, que só foi ter contato com FC nacional ou portuguesa com o advento da internet, os autores dos contos são nomes que eu sempre li com uma certa reverência aqui e ali, ou mesmo com quem esbarrava em listas de discussões e fizeram por conquistar meu respeito. Há gente que eu nunca ouvira falar, mas no geral, um time de peso. Acho que se tivesse algo do Clinton e alguns nomes de Portugal ("Tio" Barreiros e sua trupe), teriam usado todos os escritores lusófonos que me lembro.

[Comentário do futuro: estava terminando o post e descobri... a trupe portuguesa está quase toda no Volume 2! Muito giro!] [e eu tenho que tomar vergonha na cara e ler o Terrarium...]

Novamente, claro, há aqueles contos que não gostei. O do cara cara que perdeu a esposa e se interessa pela irmã gêmea (universo interessante, final fraco)... O do pintor em SP... E há um que, na falta de explicação melhor, uns garotos vão parar no que me pareceu um mictório mágico gigante.

Mas há um, por exemplo, no final e que praticamente não tem história, que eu faço questão de citar nominalmente: Contingência, ou Tô Pouco Ligando, de Martha Argel. Super divertido e que ainda serviria como material didático em aula de biologia [ela é doutora em Ecologia, acabei de descobrir lendo a minibiografia ao final], ou para introduzir algum amigo não-iniciado nas histórias de universos paralelos. E a história nem é uma história de universo paralelos, vejam só! Muita boa.

Até resolvi olhar o site da moça e descobri que é dela um conto que li faz alguns anos, não tenho idéia de onde, sobre uma vampira num engarrafamento. É o O certo e o necessário. Ou seja: 2 contos, 2 recomendações... 100% de aproveitamento! Isso é um bom sinal. Depois vou atrás do que mais ela escreveu.

Notas especiais:
Alma, do Osíris Reis. Ainda não sei meus sentimentos quanto ao conto. O final achei fraco, é verdade, mas a história tem tanto conceitos novos, seres e culturas tão... alienígenas!!, que não consigo dizer que não gostei. Daria para ser chato e tratá-lo como mais um caso de "servos se voltam contra seus mestres e inocentes são pegos no tiroteio", mas a forma como isso foi colocado, eu gostei.
Eu, a Sogra, da Giulia Moon. Já esse é um pouco o inverso, achei que podia ter sido um pouco mais curto, mas é bem divertido e tem um final sacana. Eu gosto de finais sacanas.
Planeta Incorruptível, de Richard Diegues. Outro meio termo estranho. Não estava gostando... aí o conto acabou com o melhor final dos contos do livro (e que encaixou perfeitamente em ser o último da coletânea).

E terminando o post, depois dos meses (literalmente) que eu levei resenhando os contos do Leinster [se você chegou aqui e ao invés de link há apenas um sublinhado, é que não terminei ainda], não devo me atrever a resenhar conto a conto nunca mais, mas agora sempre que ler essas coleções, vou escolher o meu preferido. E nesta coleção foi o da Martha! Que não é bem fantasia, nem bem FC, e nem Terror... Mas é bom! Isso que importa. [vou até voltar no post do Polpa e nomear o conto de lá que eu gostei, porque eu não disse]

Mas não fiquem tristes por eu não detalhar o que está no livro, pois o legal de ser um retardatário no mundo dos blogs é que a internet já fez todo o serviço para mim:
http://www.leitoraviciada.com/2011/12/imaginarios-1-de-varios-autores.html
Com direito à arte completa da capa (antes de vê-la, achei que o sujeito da capa olhava para o corpo na contra-capa) e uma resposta de um dos autores sobre um dos contos ruins (e não é que eu quase acertei?) mas não leia os comentários de lá antes de ler o livro. O conto continuará ruim, mas ainda acho melhor ser lido sem uma "explicação".

Mais uma rápida geral conto a conto:
http://alemdasestrelas.wordpress.com/2010/04/16/imaginarios-volume-1-2

E desta vez posso terminar dizendo... Leitura obrigatória. Leiam!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Tartarugas Ninjas Para Sempre

Daqui a pouco terei que criar um marcador chamado "tartarugas ninjas", é a segunda vez que elas ganham um post exclusivo. Se bem que somando esse e o original é bem pouco texto ainda... Mas é que eu não era realmente um fã, era só algo divertido que eu via. [hoje em dia eu vejo Phineas & Ferb sempre que esbarro com eles na tv, por ex.]

O que importa é que o filme (Turtles Forever, no original) é muito legal. Achei que merecia a recomendação.

O enredo: devido a uma explosão no Técnodromo, as Tartarugas Ninjas do desenho antigo (1987) vão parar num universo paralelo, que nada mais é o universo do desenho "atual" (2003). Depois de alguma confusão o Destruidor-antigo se une ao Destruidor-atual para derrotá-las. Desenho vai, desenho vem, decidem conquistar o multiverso - mas descobrem que têm tartarugas ninjas em tudo que é mundo paralelo. [Nota: o desenho foi feito para comemorar os 25 anos da série, nesta cena há várias homenagens à versões diferentes das Tartarugas.] Solução arranjada: destruir a fonte de todas as tartarugas ninjas do universo, porque há uma origem em comum para todas. "Simples" assim. Mais não conto. Assistir as tartarugas-badass sacaneando as tartarugas-gordinhas já vale o desenho.

Achei que eles iriam parar no universo daquela tartaruga gigante, que aparece em várias mitologias (a do link na verdade é a dos livros do Terry Pratchett), mas achei que seria uma solução "séria" demais. [e essa tartaruga nem é ninja...] O vilão ia levar um choque, mocinhos iam arregalar os olhos e fazer piada, mas ainda assim, uma solução muito "intelectual". Conjecturei-a e descartei em seguida.
A solução bolada eu não esperava. Eu ouvi falar do filme ontem e assisti hoje. Nem deu tempo de saber nada por acidente, nem vi Wikipedia antes, nem nada. Adorei a solução. [claro, conhecer um pouco da história da criação das Tartarugas no mundo real ajuda a diversão] Surpresa e homenagem bem divertidas. E no final ainda há outra homenagem rápida. Foi um fim bem digno para os desenhos.
Importante: não vejam o trailer. Eu nem tinha pensado em ver, mas li a resenha do Melhores do Mundo, fiquei curioso... e não é que a porcaria teria estragado a tal surpresa? Não dou nem o link para ninguém cair em tentação.

Se vocês gostavam do desenho, assistam. Mas vejam sem procurar nada a respeito. Tem cerca de 1h15min apenas, dá para ver no tempo em que você ficaria pesquisando sobre ele. Vai na fé.


PS: se algum professor de português passar por aqui... por favor, são tartarugas NINJA ou NINJAS? O que mais vejo é o primeiro, mas não faz sentido... Seria como dizer "humanos boxeador". Ninja é palavra brasileira e é um adjetivo, logo... concorda.
Concordam?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Literatura Nerd - #1 - Space Opera

Mensagem tirada de uma das listas que lurkeio:
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Amigos, para me obrigar a ler mais rápido e fazer um pouco de bagunça, criei esse Literatura Nerd. Acho uma boa oportunidade também para divulgar o CLFC – Clube de Leitores de Ficção Científica.
Esse primeiro “piloto” é sobre a Coletânea Space Opera, com nove contos e por isso ficou tão grande (13min). Mas os outros não passarão de 7 min.
Tá bem engraçado, minha cara, peço que, se puder e se gostar, me ajudem a divulgar. http://www.youtube.com/watch?v=-gz6cGrZ3c4

Clinton Davisson - jornalista e escritor
www.hegemonia.com.br
no twitter: @clintondavisson

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O Clinton é um cara das antigas (bem nem tanto, ele nasceu em 71), mas desde que entrei em listas de FC pela internet, sempre o vi por lá e sempre participando de forma útil, e ele ainda é um escritor do ramo. Então se ele pede para divulgar... ainda que aqui só apareça gente atrás de uma palavra estranha do Kung Fu Panda e uma frase de efeito nos Predadores... Divulgo.
Já assisti e está bem legal, você nem sente os mais de 10 minutos.
O livro eu comprei assim que lançou, mas não li ainda. E como é o primeiro vídeo, vou facilitar e embutir abaixo. Os próximos vocês vão no YouTube por si mesmos [que eu também não quero ficar ganhando visita a custa do esforço dos outros. rs!]

domingo, 22 de janeiro de 2012

As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne

Nome original: The Adventures of Tintin
Duração: 1h47min  --  Trailer 1  --  Trailer 2  --  Ano: 2011
De: Steven Spielberg e Hergé, com Steven Moffat (de Doctor Who) entre os roteiristas.
Com vozes de: Jamie Bell (o saltador coadjuvante no Jumper), Andy Serkis (Gollum), Daniel Craig (o 007 da vez) e outros.

Hummm... Fora saber que existia, nunca soube nada sobre o Tintim. Lembro da polêmica quando ficaram reclamando que uma das histórias do personagem devia ser banida ou modificada por ser racista... Algo parecido com a celeuma recente com o Monteiro Lobato por aqui. Babaquices de gente ignorante. Ignoremo-los. O desenho animado então, descobri só agora que existia e passava na TV Cultura nos anos 90. [mas já era velho nessa época e acho que no Rio ainda não existia esse canal]

O filme é bom. Divertido. 3D excelente. Correção... CGI excelente. Falar 3D como sinônimo caiu em desuso... As imagens feitas em 3d [aha!] estão excepcionais. A pele dos personagens está quase humana. Muito bom. Mas aproveitando o embalo... o 3D-de-colocação-de-óculozinhos... Tá muito bem feito, claro, mas não sei se vale a pena fazer questão de vê-lo desta forma. Havia cenas, principalmente as no mar, durante o dia, com um incrível céu azul, que eu preferia tirá-los da cara por alguns momentos e curtir a paisagem. Projeção de filmes em 3D precisam seriamente bolar um jeito da imagem com óculos ter as cores originais. Não sei se bastaria projetar de forma mais iluminado (forçar que a imagem seja mais brilhante), ajudaria, mas você continuaria estando de óculos escuros, então o céu azul continuaria não sendo muito bem azul... E em cenas escuras (o que não foi o caso deste filme) estar de óculos escuros não ajuda nem diverte mais em nada (na batalha final do último Harry Potter tinham horas que eu não entendia nada do que estava acontecendo, só via as explosões).

Voltemos ao filme. O humor é meio antiquado. Diverte, mas possivelmente agradará mais aos miúdos. Não que o filme seja de humor, então não posso reclamar, mas já que eles resolveram fazer piadas aqui e ali, eu esperava ter rido um pouco mais. A história é simples e interessante, boa para uma aventura que parece uma mistura de de Lois Lane com Jack Sparrow. Vamos a ela resumidamente: ... sabem duma coisa? acabei de apagar o resumo que eu estava escrevendo. Além de não estar muito resumido, você fica sabendo bastante coisa pelo trailer já. E é o tipo de filme que não vale contar a história. Não deixa de ser uma aventura investigativa, não posso sair dizendo que o mordomo é o assassino.

O filme merece uma nota 9. Podem ver sem medo. As locações (ainda que fabricadas no computador) são belíssimas, há ótimas cenas de ação e a história não é exatamente complexa, mas consegue ter suas surpresas. Interessante que há morte no filme. Ok, não tem uma gota de sangue no corpo (só no chão depois), mas a gente deixa passar. Assim como o fato do Tintim usar arma mas não atirar em ninguém. Já deve ter sido uma decisão difícil (nesses tempos de walkie-talkies em E.T. O Extraterrestre) permanecer fiel aos quadrinho antigo. Então tá tudo bem. E sobre as cenas de ação, destaque para a batalha naval. Extremamente divertida; sem respeitar algumas leis da física, mas eu nunca fiz questão disso. E destaque menor, mas ainda destaque, a briga dos guindastes. Estranhamente, acho que nunca pensaram nisso antes. Não lembro de ter visto.

Algo que incomoda na versão legendada é que o filme é americano, e os nomes foram adaptados para lá. Incomoda bastante ver o Dupont sendo chamado de Thompson. Dá uma certa confusão. Mas gostei de não terem "acertado" isso. O nome original e o nome usado no Brasil foram esse, então tem mesmo que manter. Até mesmo o bizarríssimo "Licorne" do título. Licorne é unicórnio em francês. Simples assim. [eles também tem a palavra unicorne, mas é menos usada]  Mas na época do quadrinho não traduziram... Então, tarde demais! Estão certos de não fazerem isso agora. E isso não afeta em nada a história, verdade seja dita.

Mudando do filme para a sessão em si, se você não quiser impressionar (ou abraçar melhor) a namorada, não imagino motivo para quererem ver no tal UCI Delux. Resolvi testar. De cara... bancos de couro no verão não são uma boa idéia. A sala devia estar bem mais fria no começo da sesssão, e não ir melhorando as poucos. Ter uma entrada bonitinha, com cara de sala vip... Agradar o cliente é obrigação, é não um serviço - então não me cobrem a mais por isso. E a cadeira é mesmo confortável, dá pra se esticar ou cruzar as pernas sem medo de chutar ninguém. E tem um treco para apoiar as pernas, mas não usei. Ah, mas ela é tão fofa que afunda um pouco demais, então baixinhos correm o risco de terem que sentar com a coluna mais ereta que o normal para o banco da frente não tapar o fundo da tela [é sério, eu fiquei na raspa. devia sentar com uma postura melhor, eu sei, mas sentei da forma 'normal' que se senta num cinema]. Mas daí a cobrarem o *dobro* por uma cadeira melhorzinha? Não!
Fiquei com a impressão que como cortaram metade dos lugares, resolveram cobrar o dobro e pronto. Para darem uma de chiques sem perder dinheiro. Que é o que interessa eu sei, mas mesmo assim... Em suma: é uma sala de cinema para quem tem dinheiro para gastar (e aí, gastar R$ 9 ou R$ 50 tanto faz) mas ainda prefere ir ao cinema ao invés de assistir no telão da sua cobertura [no dia que eu for rico, serei assim, eu não abro mão de cinemas!], não é uma sala em que você paga um pouco a mais para ter algo mais - você paga MUITO mais só para esticar as pernas e não disputar apoio de braço (e ter uma mesinha na sua frente, mas o banco afunda tanto, que apoiar uma Coca ali corre o risco de ficar na frente do filme. acho que ainda prefiro o esquema de um buraco na frente do apoio de braço).

E é isso. Postagem fazendo jus ao título do blog, porque falei muito sem falar nada.

Resenhas decentes: Judão e Cinema com Rapadura
Críticas curtas variadas: também no CCR
E para não ficar só no elogio: Screen Rant (em inglês)

Ah, e para os que ficaram curiosos como eu, o cachorro é um Fox Terrier e não Schnauzer branco - que foi minha teoria durante o filme, sem nem saber que eles existiam de verdade.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A Hora da Escuridão

Nome original: The Darkest Hour / Фантом
Duração: 1h29min  --  Trailer  --  Ano: 2011
De: Leslie Bohem (desconheço), Chris Gorak (desconheço mais) e Timur Bekmambetov (que foi "O" nome que me fez ir ver o filme, mas eu não tinha reparado que ele era só o produtor, ou seja, nada! mas sempre falavam dele para chamar a atenção, já que o cara é o responsável pelos Guardiões da Noite e Guardiões do Dia) [se estiver sem tempo, prefira ver os trailers destes 2 do que do Hora] [também fiquei curioso quando falaram das tomadas alternativas de câmera... tem nada. tudo padrão!]
Com: Emile Hirsch (o Speed Racer, que neste filme parece aquele garoto que tinha poderes, num seriado dos ano 80), Max Minghella, Olivia Thirlby (que fica melhor de cabelo curto, estará no próximo filme do Juiz Dredd e [não lembro dela] esteve no Juno), Rachael Taylor (uma das Panteras no seriado que acabou de fracassar), Joel Kinnaman (coadjuvante principal 1, o personagem detestável padrão) e Veronika Ozerova (coadjuvante principal 2, a nativa [linda!]).

A história... Bem, veja o trailer acima. Ele conta até bem mais, com umas narrativas jornalísticas que não estão no filme e ficam explicando a história. Basicamente, é o enredo padrão do invasão. Falta-me um bom exemplo agora, mas ao ver o filme vocês verão que é 'o de sempre'. Cenas de paisagem, uma rápido draminha para ficarmos com pena e gostarmos dos mocinhos; um rápido antagonismo com o personagem escroto, que não afeta em nada a história, mas precisam nos fazer não gostar dele; e mocinhas saltitantes e sorridentes que os mocinhos conhecerão no bar.
Aí, quase que literalmente, começa a chover et. Morre o primeiro dos coadjuvantes genéricos (o policial que vira purpurina no trailer). E começa a correria.

O filme tem seus momentos de suspense e personagens coadjuvantes até interessantes (os principais são bem genéricos). O filme faz até parecer que é baseado num livro e que aquela gente toda teria mais participação, mais background e bem mais história não contada. Mas não tem não. Ponto para o filme. Mas é meio lento em alguns momentos.

O fim é fraco. Mas nesse tipo de filme não tem muito como terminar diferente. Ou eles morrem, ou eles fogem, ou eles soltam uma frase de efeito e matam todos os ETs. Como os personagens são basicamente turistas, já podem esquecer a última opção. Mas o final do filme teve um mérito e uma desgraceira... Alerta de Spoiler. PARE DE LER se não quiser saber duas cenas meio óbvias do final.
Mas então... o legal do final é que na hora que a mocinha e o mocinho darão o tão esperado beijo, a nativa olha para eles e faz aquela cara de "ah, me poupem", quase que sacaneando esse tipo de cena final. Muito bom. Aí a tela apaga e... TEM OUTRA CENA. O filme teria terminado [eeerr....] bem se parasse ali. Fiquei com a impressão de que essa outra cena não existia, que foi colocada lá porque americano gosta de final feliz e explicadinho... Nessa outra cena solta e desnecessária, os personagens ouvem o rádio e ficam sabendo que a humanidade começou a revidar, etc, e que a mãe da mocinha está viva! Êêêêê! Minha vez de pensar "me poupem". Deixassem o final em aberto. Como o filme terminaria numa cena engraçadinha, ninguém ia pensar o pior mesmo, não precisam esfregar na minha cara que "o final foi feliz sim, para o caso de você não ter entendido".

Dúvida: nesta cena final idiota eles falam "Legal! Derrubaram uma das torre dos ets". Só que no filme não é mostrada torre alguma! (Ou eu não vi?) Além de colocarem uma cena ruim, colocam uma cena ruim que faz menção à uma cena cortada? (lembrei disso vendo a arte conceitual do filme, onde a tal torre aparece)

Ah, outra reclamação. Putz, são aliens invisíveis, de uma forma de vida maluca que o gordo conjectura uma hora no filme, e aí finalmente vemos a cara deles e... tem olhinhos e nariz e ainda por cima lembram o vilão do Monstros vs Alienígenas (o Gallaxhar)? Se víssemos só os tentáculos (?) sacudindo e pronto, legal... Precisava mesmo carinha de zangado dando olhar malévolo para o protagonista?

Ah, mais uma: ok, o diretor quer um momento dramático, matando um dos personagens... Mas precisa torná-lo um retardado de uma hora para outra? Você corre para salvar outro personagem e aí, na hora de fugir, você calmamente fica parado dizendo "Desce aqui, ó, cuidado hein... olha o pezinho. Assim. Isso. Tá tudo bem aí em baixo? Que bom. Acho que vou descer agora também..." Isso tudo com um ET assassino a 5 metros de você. P*! Tu joga a pessoa que você salvou e pula atrás! Machucou o ombrinho? Ok, pelo menos ninguém morreu!

Sugestão: veja o filme quando passar na Tela Quente. (nem precisa fazer questão de ouvir as falas originais, não há nada realmente inspirado ou que você perca a piada).

Dica musical: a música no começo, que canta I like the Gucci Gucci, I love the dollar bill é a "I Like That" dos Static Revenger & Richard Vission (ft. Luciana).
Clip e letra aqui.

Resenhas de outros:
Box Office Prophets: "The movie is flat and stupid."
Cinema com Rapadura: "Invasão alienígena resulta em suspense sem sal"

E dúvida final: o que aconteceu com o gato?

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O Efeito Lázaro

Título original: The Lazarus Effect
De: Frank Herbert e Bill Ramsom 
Ano original / edição: 1983 / 1990
Páginas: aprox. 185 por volume
Editora: Europa-América
Tradução: Francisco Faia
ISBN: 9721031410 (vol.1) e 9721031585 (vol.2)

Este livro é a segunda continuação do Destination: Void. [*]
A história original foi bem estranha, mas era interessante. Tínhamos uma nave com uma tripulação de clones, cada um com uma especialidade, mas apenas uns 5 acordados. O resto congelado para ser serem acordados só conforme a necessidade ou quando a nave atingir seu objetivo. Acontece que a viagem era uma armação. Os responsáveis por ela (que seria mais uma de várias destas falsas viagens) já haviam programado a nave para falhar num certo ponto, de forma que a única escapatória possível para a tripulação fosse criar uma inteligência artificial consciente para resolver o problema - e a criação dessa inteligência é que era a verdadeira intenção.
Isso explica também o nome do livro: como a nave não tinha um destino de verdade, iria parar no meio do caminho, o destino deles era justamente o nada interestelar, daí... "Destino: O Vazio"


Não lembro exatamente que rolo foi esse para precisarem de uma solução tão sofisticada, mas eles terminam. E a nave sai muito mais esperta do que deveria...
E doida.

Tampouco lembro como termina. Mas foi um bom livro.

[* = o nome e as cores entre o meu blog e esse linkado foram uma divertida coincidência, e nós dois ainda adoramos Frank Herbert, muito maneiro. Dei um "Oi" lá para ele até, em outra postagem sobre o FH]

Aí veio a continuação amalucada ("O Incidente Jesus", que não resenharei, porque já li anos atrás), envolvendo engenharia genética, algas inteligentes, uma viagem no tempo para ver Jesus, e "A Nave" por trás disso tudo. Porque depois do primeiro livro ela resolveu que era Deus e povoou um planeta (Pandora) com alguns dos clones congelados. Bizarro. Muito bizarro. Li até o fim, claro, mas acho que o estado de choque ajudou um pouco. Isso faz alguns anos... Estava enrolando para ler as continuações desde então. Não é um livro que dê para ler num momento light qualquer, "ah, hoje acho que vou ler isso aqui para me divertir". Não, para isso vá ler livros de zumbi, se você vai ler a "Tetralogia Void", principalmente as continuações, você tem que estar no clima de ler algo meio confuso, que segue uma história meio doida. Os neurônios terão que se esforçar.

Há um bom parágrafo sobre os livros neste link: É Difícil Ser um Clássico, no site Vimana. O texto é sobre Duna, o parágrafo que eu falo é o primeiro depois da capa do Herdeiras de Duna.

E depois do choque que foi o 1º livro (o 2º na verdade, mas é a primeira continuação), bateu aquela falta de paciência com a continuação seguinte. Depois de 3 páginas confusas você já fica naquele de "onde foi que me enfiei?", mas como o Herbert é um dos meus escritores preferido, resolvi que ia ter que engolir. Claro, como o livro é feito a duas mãos, sempre posso imaginar que as partes ruins não são do Frank. :-)

Em que ponto estamos na história no Lázaro? Mini-recapitulação do primeiro: no primeiro livro a Nave-deus está presente, é um personagem, tem contato com os habitantes do seu planeta e fica fazendo experiências com a humanidade como um todo, dá até a entender que aprontou algo com a História da Terra (pois é, ela consegue). E essa sobra de humanidade está tentando se virar em viver na porcaria de planeta que Nave arranjou, praticamente sem ter onde morar e colonizar (é quase tudo oceano), tendo que criar clones mais adaptáveis, com animais marinhos violentos, e uma alga consciente que na verdade compartilha sua mente com o planeta inteiro, e os clones querendo se rebelar [Planeta Pandora... flora e fauna com mente coletiva... Povo adaptado x Humanos normais.... hummmm... Avatar??]... É, deu merda! Maior matança no final e destruíram a alga. [o que me faz lembrar de outro livro do Herbert, onde matam todos os insetos e depois descobrem que não foi uma boa idéia]

Pois bem, livro seguinte: A desgraça no final do Jesus já faz alguns séculos. A Nave está fora também, a alga-consciente está morta, e os mares subiram e não há mais terra habitável. Estamos num mundo que parece o Waterworld do Kevin Costner. Mas sem os jet-skis. Mentira, no livro até que eles têm bastante coisa, não estão numa espécie de Mad Max marinho não. A humanidade está dividida em duas. Temos as pessoas quase normais, mas que são praticamente sereios (são os "maromens" na tradução portuguesa de Portugal), que vivem no fundo do mar, em cidades meio SeaQuest, com tecnologia mais parecida com a nossa (coisas de metal); e temos os descendentes dos experimentos genéticos criados no 2º livro - temos aí gente com braços gigantes, mulheres de 3 seios, cabeças imensas com olhos laterais, super-visão... todo tipo de anomalia sai desta segunda parcela da humanidade, menos desenvolvida em muitas aspectos, e que vivem em ilhas (eles são os "ilhéus"), com casas criadas organicamente, que precisam ser "alimentadas" (daí ter ressaltado acima que os maromens têm "coisas de metal", a tecnologia deles é "normal", a dos ilhéus é genética - as próprias ilhas estão vivas!).

Os dois lados vivem uma harmonia torta. Há relação política, trocas comerciais, etc, mas os maromens têm um certo desdém dos primitivos e religiosos ilhéus, além de um sentimento meio ariano contra a diversidade física caótica deles; os ilhéus por sua vez invejam as capacidades técnicas dos primeiros, mas não são fãs de sua arrogância e de sua falta de fé. Se bem que os maromens *têm* seus motivos para não terem muita fé na divindade da Nave; mas eles também não querem que todos os ilhéus se explodam (bem, alguns sim), pois eles têm interesse em repopular os mares com a barrilha (alga), mesmo sabendo que esta não será tão consciente como a original, o que permitirá que o planeta volte a ter terra habitável.

No livro, temos vários dos temas preferidos do Herbert: sociedades diferentes da nossa; questões religiosas/messiânicas; e ecologia.

Algo que fiquei com a impressão em algumas partes, não sei se justa, é que os personagens principais não são atores da trama, eles estão praticamente "Forrest Gumpeando" na História. Ok, eles são presos, fogem, matam um aqui outro ali, mas eles pareciam que estavam sendo empurrados de um lado para o outro, sem nenhum poder de interferir ou mudar nada que esteja acontecendo. Mas não é mal, depois que você se acostuma com todos os personagens, e o estilo pesado do Herbert se reentranha, a história flui suave, quase que uma aventura romântica (tem um casalzinho apaixonado entre os "gumps").

O que temos?
Personagens ilhéus: um pescador experiente e seu ajudante, um Juiz (esqueci exatamente o cargo, mas ele é de uma comissão genética, que decide quando fetos mal-formados precisam ser abortados), uma Capelã-Psiquiatra (responsável por tomar conta do híbrido alga-humano que surgiu no final da 1ª continuação), e um historiador que trabalha com alguns maromens.
Personagens maromens: um cientista do bem (que cuida das plantações de algas), a embaixadora maromen entre os ilhéus, uma jovem 'instrutora de algas', e um cientista do mal. [atente: estas são descrições extremamente resumidas e toscas]

O maromen do mal quer acabar com os grotescos ilhéus, assumir o governo da sociedade, ter controle sobre as algas, que por sua vez o permitirá recriar áreas de terra sobre o mar, onde a população poderá voltar a habitar deixando o fundo do mar. Para isso ele precisa da ajuda da embaixadora (não lembro bem porque) e do cientista do bem (para controlar as algas). Os pescadores, o historiador e a instrutora entraram de gaiatos no rolo. O Juiz um pouco também. E a Capelã aparece aqui e ali, principalmente quando temos que ver o que se passa com a híbrida alga-humano, e um agregado que ela tem. Mas não pensem que são personagens inúteis, sem eles não teria história e com eles podemos ter o ponto de vista de boa parte das diferentes sociedades pandoranas. O que eles não afetam muito é a História com H maiúsculo. Ah, e o cientista do mal quer ir em órbita pegar os clones humanos congelados que Nave deixou ainda no espaço. Ninguém sabe bem o que está lá, congelado há séculos, mas ele tem certeza que isso o ajudará em seus planos. ["Cérebro, o que você quer fazer esta noite?"]

Importante, eu não percebi problemas com a tradução portuguesa, há aquelas frases de efeitos frankherbertianas aqui e ali que você fica na dúvida se não fez sentido porque traduziram mal ou se é porque a frase é estranha mesmo, então você fica com a segunda opção (realmente a mais provável) e segue em frente; mas por acaso eu tenho esse livro em inglês também e resolvi ler o capítulo final nele, de bobeira... E não é que eu pego algo que talvez seja um problema sério de tradução? E logo na frase que fecha o livro?
Ou talvez em PT-PT o verbo gostar tenha usos que o PT-BR desconheça... Deixo essa questão para vocês, saquem só:

Contexto:
- personagem X está tentando convencer o Z de que os sonhos dele para o futuro dos povos é o ideal.
- Z não concorda.
- X se espanta e comenta com Y
- E Y, que já tinha sofrido a influência de X antes, não concorda nem discorda, mas responde.

Resposta traduzida: Vês? Gostamos de quem nos força a ter os nossos sonhos.
Resposta original: You see? We care who forces our dreams onto us!

No meu entendimento, Y deu uma bela sacaneada em X, e a frase tem sentido de "Nós nos importamos com quem força sonhos na gente" (porque X já tinha forçado seus sonhos no Y), completamente diferente do que pareceu quase que um agradecimento da versão portuguesa. Preocupante. Faz-me temer pela tradução de outras conversas importantes ao longo do livro. Ou então eu preciso melhorar meu conhecimento verbal do português europeu.
Por falar nisso, quem nunca leu em PT-PT ficam duas dicas: ecrán = monitor; e o pretérito imperfeito deles parece o nosso perfeito: "eu gostava de ir" significa (não sei se sempre) "eu gostaria de ir".

No final, um bom Herbert, não tão estranho como a 1ª continuação, e, como eu disse, depois que se entra no embalo é quase que uma curta aventura - com "planos dentro de planos", tiradas políticas, antropológicas e ecológicas, mas ainda assim, uma aventura. Ao ler O Incidente Jesus eu fiquei reticente de ler as continuações. Ao ler este... eu fiquei curioso como a tetralogia termina. Ao invés de esperar alguns anos, já está na fila para os próximos meses.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ficção de Polpa - Volume 1


Organizado por: Samir Machado de Machado
Editora: Não Editora  --  umas 130 páginas  --  Ano: 2007
17 contos  --  ISBN: 978-85-61249-02-1

Primeiro, a triste verdade: as histórias não são necessariamente boas. Criativas [grande parte] não há como negar, mas um tanto alternativas demais [para o MEU gosto]. Sei lá, seria isso o chamado New Weird? Porque as histórias são estranhas. Mas são curtas, isso é bom. Mesmo que de repente você tenha um estalo de "Que porra! Este conto é uma merda!" você já leu 2 páginas curtas e agora só falta mais 1 para terminar. Então você termina. [O autor que me perdoe, mas escrevo isso lembrando especificamente do conto da velhinha com o fantasma francês (?), um marido lobisomem (?) e um quadro de olhar maligno, no meio de um furacão - nada fez sentido e o conto termina fazendo menos].

Mas, como a própria introdução do livro fala, não tivemos por aqui muito desta cultura, de contos fantásticos, ficção científica ou aventureiros - putz, o mais próximo que me vem a cabeça que tivemos parecido é a literatura de cordel, com seus cachorros, cangaceiros e fantasmas - então qualquer iniciativa no estilo é bem-vinda. Ok, os contos não me agradaram tanto assim, achei que o estilo deles na verdade é bem mais moderno do que seriam na época das pulp fictions originais; mas... até onde entendi, a proposta não era mesmo emular o estilo. Então está valendo. E para não ficar na reclamação, gostei bastante do conto em que o cara dá carona para uma garota na estrada. Várias divertidas reviravoltas. [Edição: o conto é o: O Desvio, de Antônio Xerxenesky.] Ia citar outro agora também, mas folheei o livreto duas vezes procurando o conto... e aí me toquei: ele é do Volume 2! É... mas o Volume 1 valeu pela curiosidade e para ter a coleção completa [o que me faz lembrar... tenho que ver se já saiu a nova Imaginários. [ih! saiu!] Essa é outra coleção no mesmo estilo, com contos variados de terror, fantasia e fc, que eu compro todos os que saem - apesar de ainda não ter lido nenhum.]

Algo legal: há um rápido making-of da capa.
Outra coisa legal: conto do Lovecraft ao final. Eles estão fazendo isso, colocando uma "faixa bônus" no fim, com algum grande clássico do gênero pulp. E no volume 2 já vi que o conto é do Weinbaum, de quem sou grande fã. Isso aumenta bastante a expectativa sobre o conto bônus do 3º livro, que é de um cara que eu não conheço. E nos 2 primeiros eles colocaram 2 de meus escritores preferidos... Só isso já me dá vontade de ler logo todos, para chegar no conto. [sim, eu podia lê-lo agora. mas gosto de ler na ordem.]

//  E interrompo a narrativa para colocar aspas gigantes, porque eu realmente sou fã do Weinbaum e gosto de puxar a sardinha do cara sempre que possível. Mal comecei o Volume 2 ainda, mas já saibam vocês que a compra talvez já valha só de poder conhecer a obra mais famosa do sujeito. « "Uma Odisséia Marciana" teve, no campo, o efeito de uma granada explodindo. Com apenas esta história Weinbaum foi instantâneamente reconhecido como o melhor escrito vivo de ficção-científica, e ao mesmo tempo quase todo escritor no campo tentou imitá-lo. » Não são minhas palavras, são do bom doutor Isaac Asimov. O cara foi elogiado até pelo Lovecraft. Não é bolinho, não.  //

Voltando ao Polpa, leituras recomendadas: rock loco: Raízes da Cultura Pop
(fala da série e explica um pouco o que é a 'ficção de polpa')
A introdução do livro aqui: coluna do Roberto Sousa Causo, no Terra Magazine
E uma breve resenha conto a conto: de novo, via o Roberto Sousa Causo
[eu vivo indo parar nas colunas dele sempre que pesquiso algo sobre FC... nem é proposital]

Não gostei muito deste primeiro volume e, pelo tamaninho que é, talvez pudesse custar uns R$ 9 ao invés de R$ 15, mas não des-recomendo a leitura. É interessante, é legal ler sabendo que os escritores são nacionais, e tem coisa diferente para quem está começando a ler o estilo agora. Só atentem que as histórias são principalmente de suspense, há pouca ficção-científica *clássica* mesmo quando o conto é do gênero, e o terror não te deixa tenso. Sinto que é obrigatório na estante de um fã, mas não consigo terminar a postagem num enfático "Leiam!". Fiquem com o seguinte: Experimentem!
(e depois eu volto quando ler os demais da coleção, atualmente em 4 volumes)

[ATUALIZAÇÃO: na introdução do Volume 2 é explicado que o primeiro volume pendeu mais para o terror e que o segundo focará na ficção-científica. Não sei se foi proposital, ou se acidental e estão remediando, mas para quem curte mais FC, não desistam da série!]

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dragon Head

Post curto, é só para constar e ter mais um lugar em português falando sobre o filme.

Nome original: ドラゴンヘッド / Doragon Heddo
Trailer (não vejam ainda, continuem lendo)
Duração: 2h02min  --  Ano: 2003  --  País: Japão
De: Joji Iida (飯田譲治) --  Com: Satoshi Tsumabuki (妻夫木聡) e Sayaka Kanda (神田沙也加). E outros, mas você não vai nem lembrar o nome dos 2 principais mesmo...
Viu? Já esqueceu!
A propósito, a Sakaya é a cantora. A vivo aqui e aqui. [alguém aí que seja nerd de j-pop... me explica aí a outra cantora chorando no primeiro vídeo, e o que diabos é o segundo? super-fofo. rs!]

Resolvi ver o filme após esta postagem aqui: Cinema ao Sol Nascente: Doragon heddo [mas não lembro como fui parar lá...] Não li a resenha toda antes de ver o filme, para não estragar nenhuma surpresa, mas já fica aqui a recomendação que está lá: não veja o trailer. Parece feito por um brasileiro, a porcaria do trailer conta o filme todo, praticamente na mesma ordem. Só não parece totalmente um trailer brasileiro pois é curto. Mas fora isso...

Se querem entender o que eu digo, vejam o trailer do Vôo da Fênix. Não é um trailer, é um resumo do filme. [por mais que o próprio nome do filme já entregue o final, o trailer podia ter sido melhor] Na verdade, até o poster do Dragon Head é meio 'spoilerento', mas não queria deixar a postagem sem o poster... É bom pra chamar a atenção! E aí você lê a opinião do cara acima (em português), e resolve assistir o filme. Missão cumprida. [a propósito, caso alguém note, a imagem não é mesmo do poster, não achei uma boa imagem (só essa), então editei a capa do DVD para ficar parecido]

Comentários rápidos: Sim, é longo. Sim, é lento. Mas prende a atenção se você não for nenhum maníaco hiperativo. Vendo as imagens na postagem acima eu sabia que o filme teria cenas externas. Mas no começo do filme, com 40 minutos deles presos num túnel, eu achei que o filme inteiro se passaria ali... e estava tudo bem por mim. Cogitei que as cenas externas seriam ao final... aquela coisa meio final de episódio de Além da Imaginação: " Veja, surgiu uma abertura. Vamos sair. ESTAMOS SALVOS! Estamos salv..... Oh-oh, o mundo acabou. " 
Outra coisa interessante de se saber: o filme é baseado num quadrinho [ok, ok... num seinen mangá!, melhorou?] de mesmo nome (link). Que tem início, meio e fim, então pode dar seu jeito de ler também se você gostar muito da história. Mas já aviso que lá você não saberá muita coisa mais do que já soube no filme. Uma ou outra sobre a geopolítica, mas não sobre os personagens, e menos ainda sobre o final. [eu chequei! rs.] E ser baseado em quadrinho explica o estilo meio episódico da história.

Ah, resumo relâmpago da história: bando de alunos num trem e, ao passarem por um túnel, alguma desgraça acontece. O filme começa com o túnel desabado e 3 sobreviventes acordando: um casal e outro moleque que fica meio surtado. Depois de um tempo presos lá eles escapam para a superfície e descobrem que, seja lá o que aconteceu, não apenas derrubou o túnel onde passavam, mas destruiu boa parte do Japão (e talvez do mundo). Daí em diante eles precisam se virar para chegar a Tóquio, onde imaginam que a situação seja um pouco melhor, através de um ambiente apocalíptico e uma sociedade que rapidamente descambou.

Podem ler também a resenha que linkei no alto, concordo com quase tudo lá e fala um pouco mais sem entregar quase nada.

Vale o passatempo se estiverem no clima. Mas caso não, guardem o nome para depois.