Eu nem ia fazer essa postagem. O filme não merece. Mas parece que ultimamente só tenho feito postagens longas e quando eu gosto de algo. Hora de voltar a fazer valer a parte ranzinza do título dessa bagaça.
E porra, que filme merda! [desculpem os termos, mas é a forma mais rápida de resumir toda a situação] Eu tinha esperanças. Achei que iam deixar de lado a parte mais infantilóide e dar um rumo decente. Não ia virar um drama oscarizável, claro, mas não ser vergonha alheia, do tipo que pré-adolescentes, depois de ver, renegariam, para não ficar mal entre os amiguinhos (mas todos teriam visto, claro) que foi esse.
Fiquei feliz só de pensar que os carros caipiras do 2º ou 3º filme estariam mortos nesse. E aí me colocam um robô usando saias! Outro samurai, com mais expressões faciais que os atores humanos! E o robô vilão tinha a cara do Esqueleto (vilão do He-Man)!
Tem horas que eu fico feliz em ver um filme sem história e muitas explosões. Mas precisa ser bem feito. Eu até me diverti com a porradaria do Líder Optimus no 3º filme. Ele puxando uma espada. Ele usando uma escopeta! Mas tudo tem limite... e esse filme não teve. Foi criado por uma criança sem noções de bom cinema. E eu não sabia que o filme tinha TRÊS HORAS!!
Bem, foi melhor que o segundo filme e sei que verei o quinto quando sair. Mas foi muito ruim. É até bom estar postando alguns dias depois de ter visto - no calor do momento eu teria muito mais reclamações, mas agora já estou de bom humor. [mas ficar relembrando o filme não está ajudando] Por falar nisso, cacete!, quer fazer a droga do robô vazar óleo para parecer sangue, OK!!!, mas não me faça a droga do ROBÔ tossir e babar!
Se der na telha depois eu coloco o cartaz na postagem, para manter a tradição. Talvez. Mas esse filme não merece nem uma postagem bem feita.
Um link para o Rapadura pelo menos, que também não gostou, mas sabe explicar que o filme é um fiasco com argumentos e boa educação: Tiro, porrada, bomba e tédio.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
Recomendações
Títulos alternativos: "Mid-Season Nerd" ou "I want to lie, shipwrecked and comatose..."
Pois é, o site está meio parado mas, na verdade, tem é um monte de postagens que ficaram no "agora só falta revisar" [a parte divertida é escrever besteira; revisar e formatar nem tanto] [e o bizarro é que em breve surgirão várias postagens ANTES desta]. E não entremos em detalhes, mas foi um mês complicado em que só estava com tempo (e ânimo) de ficar vendo TV [até minhas leituras estão devagar]. Mas...
O que diabos ver na TV entre o fim das temporadas americanas e a volta de Doctor Who? Um nerd precisa se virar!
Tenho que voltar a assistir aos episódios de Capitão Harlock por falar nisso (saiu até filme faz pouco tempo). Mas então, fora Falling Skies (que já era uma merda e agora piorou um pouco - mas eu assisto) [mas não falemos dela, é meu segredo sujo], eu acabei começando a ver duas coisas. [e que virou quatro, porque essa postagem também travou no rascunho]
Gravity Falls! (trailer / abertura)
Subtítulo nacional: Um Verão de Mistérios
Criado por: Alex Hirsch -- Canal: Disney -- Ano: 2012 em diante
Episódios: 20 até o momento + 17 curtas de 2 min.
Eu não tenho problema em ver desenho animado e assumir. Eu vejo Phineas & Pherb sempre que noto que é um episódio que eu não vi, o mesmo para Kung-Fu Panda e Os Pingüins de Madagascar, estou esperando a nova temporada de A Lenda de Korra (que parece que voltará um pouco ao estilo da primeira série, com viagens pelo globo - trailer), e não tenho nenhum problema em dizer que assistia Guerreiras Mágicas de Rayearth e Meninas Super-Poderosas quando já não era mais o público alvo disso (se é que fui algum dia). Isso posto... Assisto Gravity Falls. E é muito bom.
A história: dois irmão vão passar as férias com o tio-avô mutreteiro no interior, que tem um lojinha para vender tranqueira para turista. A menina é maluquete, cada episódio veste um casaco diferente e arranja um porco (num episódio muito bom, com viagens no tempo). Já ele usa sempre a mesma roupa, é mais interessado nos mistérios do local, que tenta desvendar com um livro doido que ele encontra no primeiro episódio, e é a fim da ruiva que trabalha para o tio. E o próprio tio, quando ninguém está olhando, é um cara misterioso. Bem, isso vai servir como sinopse.
Algo divertido no desenho é que todos os episódios tem alguma coisa em código para os fãs desvendarem, ou descaradamente (créditos finais) ou em cenas rápidas de páginas do livro (e aí, só pausando a imagem). E tem mais um monte de dicas malucas, referências escondidas e o diabo. A internet está cheia de teorias a respeito (eu na verdade não notei nada, esbarrei nisso por acaso no meio da temporada e perdi algumas boas horas naquele dia lendo a respeito). As teorias vão das completamente malucas (o famoso "esse personagem é o Diabo") até coisas envolvendo o resgate de um irmão perdido em outra dimensão (o pior é que essa faz muito sentido).
Claro, podem ser tudo só detalhes malucos para divertir ou erros de produção. Talvez a placa do carro pareça ser de Stanley (o mítico irmão) e não Stanford (o nome do tio-avô) porque o personagem pode ter mudado de nome durante a produção. Há uma cena em que o porco está vestido de médico numa cena e na cena seguinte a roupa dele sumiu. Seriam dois porcos, um deles sendo um doppelgänger místico do futuro? Mais provável é só que tenham esquecido de desenhar a roupa mesmo. E essa pode ser a explicação para muita coisa. Mas... Eu, de minha parte, quero saber quem é a lhama.
E todos os episódios, por mais isolados que sejam, têm uma história maior por trás a ponto do último da temporada ter terminado num baita gancho. Gravity Falls é o verdadeiro sucessor de Lost.
Volta agora em agosto, junto de Doctor Who.
Agosto será um bom mês.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
E aproveitando o tempo que essa postagem ficou esperando revisão, mais algumas recomendações:
The Last Ship (trailer) foi uma ruim boa surpresa. Pior que eu só não passei reto pela chamada porque vi que o Eric Bana estava no elenco, só já assistindo o episódio é que notei que eu li errado (era Eric Dane). A surpresa foi boa porque a série passa o tempo sem você se arrepender realmente. Os personagens são caricatos, mas os episódios são bem feitinhos. Dá para levar numa boa. Mas é ruim porque cada episódio são como pequenos filmes do Steven Seagal de 45 min. E não dá para chamar algo que seja descrito assim de "bom". Mas eu não esperava nada demais realmente, posso viver com isso. Tem até o Jayne, de Firefly, no elenco!
A história: navio fica no pólo por 4 meses, incomunicável, praticando exercícios militares. Ao mesmo tempo dão carona para uma cientista (a verdadeira razão deles estarem lá, mas eles não sabiam) que foi estudar uns passarinhos. Quando a missão finalmente termina eles são atacados por russos que querem a pesquisa - e descobrem que a Terra está sendo devastada por um vírus mortal. A cientista sabia disso, a pesquisa dela é justamente pela cura. Agora eles precisam se virar sozinhos, boiando por aí, evitando serem contaminados e fugindo dos russos, até terem uma vacina e salvarem o mundo.
O ruim é que mal cheguei no terceiro episódio (dos 4 ou 5 que existem por enquanto) e já fiquei sabendo que a série foi renovada para mais uma temporada. Ou seja, a cientista super-foda, que tem certeza que faz e acontece e mapeia DNAs em 15 minutos... vai ficar enrolando pelo menos 2 anos para descobrir uma cura. Os canais de TV deviam realmente voltar a pensar em fazer minisséries com início, meio e fim, em 1 ou 2 anos e pronto! Se ficar bom, OK, deixa saudades, mas pelo menos não ficam enrolando, enrolando, enrolando e aí cancelam sem conclusão. Pelo menos as temporadas serão curtas, de +/- 12 episódios. Bom seriado para hora do jantar, mas nada que você precise apresentar para a namorada ou discutir episódios com amigos.
[ATUALIZAÇÃO 25/AGOSTO: ok, minha previsão foi errada. Leve spoiler a seguir: a cura foi encontrada. Agora é esperar pelo 2ª temporada, que deve ser bem mais urbana...]
E no tempo que levou até eu revisar esta postagem, Korra voltou! [na verdade, não conferi a data, mas acho que já tinha voltado e eu que não notara]
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Mudando um pouco de assunto, quadrinhos rapidamente. Agora que as coisa acalmaram eu estou lendo um tal de Enigma (de Peter Milligan e Duncan Fegredo). Esbarrei numa dessas listas de "10 QUADRINHOS QUE MUDARAM O UNIVERSO!" e esse tipo de exagero, e junto do tradicional (Sandman e Y, The Last Man, por ex., apesar de eu ter achado Y só legalzinho), tinha esse lá, único da lista que eu nunca nem ouvira falar. Resolvi conferir. Ainda estou na segunda edição (de 8), mas prendeu a atenção. Outro que eu comecei faz tempo e parei no meio, mas quero voltar nele ainda é o Blue Estate (12 edições). Conheci esbarrando numa imagem de uma dançarina de cabelo chanel e fui pesquisar se aquele desenho era de algo ou algum devianart aleatório. E era a capa de um dos encadernados desta revista. Foi o que me bastou [eu realmente não sou exigente na hora de ficar curioso com algo]. Estava legal até onde parei, fica a recomendação também. E acabei de descobrir que virou até jogo: trailer da história / trailer de ação / resenha (mas aí eu não recomendo nem nada, não joguei).
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
E terminando a postagem, procurando um trailer para Gravity Falls acabei perdendo um bom tempo no Youtube, ouvindo versões alternativas do tema de abertura (um dos mais legais dos últimos tempos). Seguem as melhores:
Piano -- Rock -- RAP -- Rock outra vez -- Dramático -- Orquestra
Pois é, o site está meio parado mas, na verdade, tem é um monte de postagens que ficaram no "agora só falta revisar" [a parte divertida é escrever besteira; revisar e formatar nem tanto] [e o bizarro é que em breve surgirão várias postagens ANTES desta]. E não entremos em detalhes, mas foi um mês complicado em que só estava com tempo (e ânimo) de ficar vendo TV [até minhas leituras estão devagar]. Mas...
O que diabos ver na TV entre o fim das temporadas americanas e a volta de Doctor Who? Um nerd precisa se virar!
Tenho que voltar a assistir aos episódios de Capitão Harlock por falar nisso (saiu até filme faz pouco tempo). Mas então, fora Falling Skies (que já era uma merda e agora piorou um pouco - mas eu assisto) [mas não falemos dela, é meu segredo sujo], eu acabei começando a ver duas coisas. [e que virou quatro, porque essa postagem também travou no rascunho]

Subtítulo nacional: Um Verão de Mistérios
Criado por: Alex Hirsch -- Canal: Disney -- Ano: 2012 em diante
Episódios: 20 até o momento + 17 curtas de 2 min.
Eu não tenho problema em ver desenho animado e assumir. Eu vejo Phineas & Pherb sempre que noto que é um episódio que eu não vi, o mesmo para Kung-Fu Panda e Os Pingüins de Madagascar, estou esperando a nova temporada de A Lenda de Korra (que parece que voltará um pouco ao estilo da primeira série, com viagens pelo globo - trailer), e não tenho nenhum problema em dizer que assistia Guerreiras Mágicas de Rayearth e Meninas Super-Poderosas quando já não era mais o público alvo disso (se é que fui algum dia). Isso posto... Assisto Gravity Falls. E é muito bom.
A história: dois irmão vão passar as férias com o tio-avô mutreteiro no interior, que tem um lojinha para vender tranqueira para turista. A menina é maluquete, cada episódio veste um casaco diferente e arranja um porco (num episódio muito bom, com viagens no tempo). Já ele usa sempre a mesma roupa, é mais interessado nos mistérios do local, que tenta desvendar com um livro doido que ele encontra no primeiro episódio, e é a fim da ruiva que trabalha para o tio. E o próprio tio, quando ninguém está olhando, é um cara misterioso. Bem, isso vai servir como sinopse.
Algo divertido no desenho é que todos os episódios tem alguma coisa em código para os fãs desvendarem, ou descaradamente (créditos finais) ou em cenas rápidas de páginas do livro (e aí, só pausando a imagem). E tem mais um monte de dicas malucas, referências escondidas e o diabo. A internet está cheia de teorias a respeito (eu na verdade não notei nada, esbarrei nisso por acaso no meio da temporada e perdi algumas boas horas naquele dia lendo a respeito). As teorias vão das completamente malucas (o famoso "esse personagem é o Diabo") até coisas envolvendo o resgate de um irmão perdido em outra dimensão (o pior é que essa faz muito sentido).
Claro, podem ser tudo só detalhes malucos para divertir ou erros de produção. Talvez a placa do carro pareça ser de Stanley (o mítico irmão) e não Stanford (o nome do tio-avô) porque o personagem pode ter mudado de nome durante a produção. Há uma cena em que o porco está vestido de médico numa cena e na cena seguinte a roupa dele sumiu. Seriam dois porcos, um deles sendo um doppelgänger místico do futuro? Mais provável é só que tenham esquecido de desenhar a roupa mesmo. E essa pode ser a explicação para muita coisa. Mas... Eu, de minha parte, quero saber quem é a lhama.
E todos os episódios, por mais isolados que sejam, têm uma história maior por trás a ponto do último da temporada ter terminado num baita gancho. Gravity Falls é o verdadeiro sucessor de Lost.
Volta agora em agosto, junto de Doctor Who.
Agosto será um bom mês.
De algo recente para uma velharia, comecei a ver, meio que por acidente (confundi com Blake's 7) a Red
Dwarf! (não achei trailer, fiquem com a musiquinha). É um treco bem... ruim. Mas de repente é o sotaque britânico, não sei, tu
assiste a piada tosca mas acha que na verdade ela tem um quê de Monty
Python, mesmo que, lá no fundo, saiba que está mais para Chaves (que detesto).
Com: Craig Charles (putz, ele fez uma ponta em Lexx), Chris Barrie (o mordomo da Angelina Jolie em Tomb Raider 1 e 2), Danny John-Jules (fez uma ponta em Blade II), Norman Lovett, Robert Llewellyn e Hattie Hayridge -- Criada por: Rob Grant e Doug Naylor
Canais: BBC 2 (até 1999) e Dave (2009 em diante).
Episódios até o momento: 61 (10 temporadas, a 11ª estréia em 2015)
Ok, ok... Não é assim, TOTALMENTE ruim. É ótimo para ver com sono e neurônios desligados. E revisando a história da Blake's 7, acho que no final era a Red Dwarf que eu pretendia ver mesmo. Eu sabia que uma das séries (ou a Blake's 7 ou a Red Dwarf) tinha uma premissa de gente que foi congelada por alguns milhões de anos na nave e, durante todo esse tempo, um dos gatos de estimação acabava ficando solto e dando origem a uma nova raça inteligente, que evoluiu no local ao longo deste tempo. Comecei a ver Red Dwarf sem saber direito qual era ela (na minha cabeça, as duas séries eram de comédia).
Mas resumindo a "história" rapidamente: temos dois técnicos da nave, do mais baixo escalão possível, um completamente desleixado, sujo e bagunceiro (Lister, o boa praça da dupla) e outro, todo metido a certinho e puxa-saco, mas igualmente incompetente (Arn, o babaca). Daí que o bagunceiro é punido e resolvem congelá-lo sem salário até chegarem na Terra. No meio tempo há um vazamento radioativo na nave e... todos morrem menos ele. O computador (Holly) resolve então esperar a radiação dissipar antes de acordá-lo. Isso leva 3 milhões de anos. Ao acordar, Lister descobre que as únicas companhias que ele têm são um homem-gato (chamado Cat), o antigo companheiro de quarto, agora revivido em forma de holograma, e o próprio Holly, o computador da nave, que aparece nas telas na forma de um cinquentão. E por algum motivo voltar para a Terra de forma rápida não é uma opção.
Sobre o gato, eu esperava alguém maquiado estilo uma peça de Cats com baixo orçamento. O que me surgiu foi uma versão magra do James Brown, com aqueles paletós coloridos, usando dentes de vampiro! E todos os trejeitos amalucados e exageradamente estereotipados da inspiração. Apavorem-se! Se o seriado fosse atual (ou americano), provavelmente chamariam de racista e seria cortado. Se bem que se o personagem continuar exatamente igual pelos 10 anos da série, talvez encha o saco. Todavia, cada temporada só teve 6 episódios. Se não fossem tão poucos, talvez nem começasse a ver.
E ficamos assim, 4 personagens sozinhos numa nave vivendo situações ridículas com efeitos especiais bem sofríveis.
Eu falei que a série é ruim, mas estou vendo... Porque isso? Estava pensando em como descrever a situação e ao mesmo tempo não parecer que ela é uma droga e eu sou masoquista. Cheguei numa boa solução: ela é hipnoticamente ruim! Bem, as duas primeiras temporadas pelo menos.
Na terceira temporada eles mudaram muita coisa. Começou aquele papo de monstro da semana, um personagem da 2ª temporada voltou como regular, mas com uma personalidade diferente (e meio irritante), e começaram aqueles famosos episódios "estamos sem grana, inventa uma desculpa e vamos filmar na Terra" (vide também toda a última temporada de Lexx). Aí eu comecei a temer que ela ficasse apenas ruim. Mas cheguei já no quarto episódio e ainda está no mesmo nível de diversão suficientemente aceitável. Estou evitando esbarrar com spoilers dos episódios futuros, mas pelo que li, só a oitava temporada é que é universalmente considerada ruim.
E eles arranjaram uma solução criativa (isto é: muito pilantra) para resolver os ganchos e alterações da segunda temporada para a terceira: eles colocaram um texto rolando, estilo Guerra nas Estrelas, em que eles explicam tudo o que aconteceu e como se resolveu depois e pronto!, aí eles podem continuar como se nada tivesse acontecido. E o letreiro passa tão rápido que eu tive que ir parando a imagem para ler. Muito safados.
Mas então... ficam as duas recomendações completamente opostas. Um seriado antigo perfeitamente aturável [principalmente para quem já passou por Lexx]. E um desenho moderno com zuações nerds e (talvez) mistérios mais elaborados que Lost (mas lembrando sempre que nerd é foda... bola teoria com qualquer coisa e vê detalhe onde nem o autor estava pensando nisso...).
Com: Craig Charles (putz, ele fez uma ponta em Lexx), Chris Barrie (o mordomo da Angelina Jolie em Tomb Raider 1 e 2), Danny John-Jules (fez uma ponta em Blade II), Norman Lovett, Robert Llewellyn e Hattie Hayridge -- Criada por: Rob Grant e Doug Naylor
Canais: BBC 2 (até 1999) e Dave (2009 em diante).
Episódios até o momento: 61 (10 temporadas, a 11ª estréia em 2015)
Ok, ok... Não é assim, TOTALMENTE ruim. É ótimo para ver com sono e neurônios desligados. E revisando a história da Blake's 7, acho que no final era a Red Dwarf que eu pretendia ver mesmo. Eu sabia que uma das séries (ou a Blake's 7 ou a Red Dwarf) tinha uma premissa de gente que foi congelada por alguns milhões de anos na nave e, durante todo esse tempo, um dos gatos de estimação acabava ficando solto e dando origem a uma nova raça inteligente, que evoluiu no local ao longo deste tempo. Comecei a ver Red Dwarf sem saber direito qual era ela (na minha cabeça, as duas séries eram de comédia).
Mas resumindo a "história" rapidamente: temos dois técnicos da nave, do mais baixo escalão possível, um completamente desleixado, sujo e bagunceiro (Lister, o boa praça da dupla) e outro, todo metido a certinho e puxa-saco, mas igualmente incompetente (Arn, o babaca). Daí que o bagunceiro é punido e resolvem congelá-lo sem salário até chegarem na Terra. No meio tempo há um vazamento radioativo na nave e... todos morrem menos ele. O computador (Holly) resolve então esperar a radiação dissipar antes de acordá-lo. Isso leva 3 milhões de anos. Ao acordar, Lister descobre que as únicas companhias que ele têm são um homem-gato (chamado Cat), o antigo companheiro de quarto, agora revivido em forma de holograma, e o próprio Holly, o computador da nave, que aparece nas telas na forma de um cinquentão. E por algum motivo voltar para a Terra de forma rápida não é uma opção.
Sobre o gato, eu esperava alguém maquiado estilo uma peça de Cats com baixo orçamento. O que me surgiu foi uma versão magra do James Brown, com aqueles paletós coloridos, usando dentes de vampiro! E todos os trejeitos amalucados e exageradamente estereotipados da inspiração. Apavorem-se! Se o seriado fosse atual (ou americano), provavelmente chamariam de racista e seria cortado. Se bem que se o personagem continuar exatamente igual pelos 10 anos da série, talvez encha o saco. Todavia, cada temporada só teve 6 episódios. Se não fossem tão poucos, talvez nem começasse a ver.
E ficamos assim, 4 personagens sozinhos numa nave vivendo situações ridículas com efeitos especiais bem sofríveis.
Eu falei que a série é ruim, mas estou vendo... Porque isso? Estava pensando em como descrever a situação e ao mesmo tempo não parecer que ela é uma droga e eu sou masoquista. Cheguei numa boa solução: ela é hipnoticamente ruim! Bem, as duas primeiras temporadas pelo menos.
Na terceira temporada eles mudaram muita coisa. Começou aquele papo de monstro da semana, um personagem da 2ª temporada voltou como regular, mas com uma personalidade diferente (e meio irritante), e começaram aqueles famosos episódios "estamos sem grana, inventa uma desculpa e vamos filmar na Terra" (vide também toda a última temporada de Lexx). Aí eu comecei a temer que ela ficasse apenas ruim. Mas cheguei já no quarto episódio e ainda está no mesmo nível de diversão suficientemente aceitável. Estou evitando esbarrar com spoilers dos episódios futuros, mas pelo que li, só a oitava temporada é que é universalmente considerada ruim.
E eles arranjaram uma solução criativa (isto é: muito pilantra) para resolver os ganchos e alterações da segunda temporada para a terceira: eles colocaram um texto rolando, estilo Guerra nas Estrelas, em que eles explicam tudo o que aconteceu e como se resolveu depois e pronto!, aí eles podem continuar como se nada tivesse acontecido. E o letreiro passa tão rápido que eu tive que ir parando a imagem para ler. Muito safados.
Mas então... ficam as duas recomendações completamente opostas. Um seriado antigo perfeitamente aturável [principalmente para quem já passou por Lexx]. E um desenho moderno com zuações nerds e (talvez) mistérios mais elaborados que Lost (mas lembrando sempre que nerd é foda... bola teoria com qualquer coisa e vê detalhe onde nem o autor estava pensando nisso...).
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
E aproveitando o tempo que essa postagem ficou esperando revisão, mais algumas recomendações:
The Last Ship (trailer) foi uma ruim boa surpresa. Pior que eu só não passei reto pela chamada porque vi que o Eric Bana estava no elenco, só já assistindo o episódio é que notei que eu li errado (era Eric Dane). A surpresa foi boa porque a série passa o tempo sem você se arrepender realmente. Os personagens são caricatos, mas os episódios são bem feitinhos. Dá para levar numa boa. Mas é ruim porque cada episódio são como pequenos filmes do Steven Seagal de 45 min. E não dá para chamar algo que seja descrito assim de "bom". Mas eu não esperava nada demais realmente, posso viver com isso. Tem até o Jayne, de Firefly, no elenco!
A história: navio fica no pólo por 4 meses, incomunicável, praticando exercícios militares. Ao mesmo tempo dão carona para uma cientista (a verdadeira razão deles estarem lá, mas eles não sabiam) que foi estudar uns passarinhos. Quando a missão finalmente termina eles são atacados por russos que querem a pesquisa - e descobrem que a Terra está sendo devastada por um vírus mortal. A cientista sabia disso, a pesquisa dela é justamente pela cura. Agora eles precisam se virar sozinhos, boiando por aí, evitando serem contaminados e fugindo dos russos, até terem uma vacina e salvarem o mundo.
O ruim é que mal cheguei no terceiro episódio (dos 4 ou 5 que existem por enquanto) e já fiquei sabendo que a série foi renovada para mais uma temporada. Ou seja, a cientista super-foda, que tem certeza que faz e acontece e mapeia DNAs em 15 minutos... vai ficar enrolando pelo menos 2 anos para descobrir uma cura. Os canais de TV deviam realmente voltar a pensar em fazer minisséries com início, meio e fim, em 1 ou 2 anos e pronto! Se ficar bom, OK, deixa saudades, mas pelo menos não ficam enrolando, enrolando, enrolando e aí cancelam sem conclusão. Pelo menos as temporadas serão curtas, de +/- 12 episódios. Bom seriado para hora do jantar, mas nada que você precise apresentar para a namorada ou discutir episódios com amigos.
[ATUALIZAÇÃO 25/AGOSTO: ok, minha previsão foi errada. Leve spoiler a seguir: a cura foi encontrada. Agora é esperar pelo 2ª temporada, que deve ser bem mais urbana...]
E no tempo que levou até eu revisar esta postagem, Korra voltou! [na verdade, não conferi a data, mas acho que já tinha voltado e eu que não notara]
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Mudando um pouco de assunto, quadrinhos rapidamente. Agora que as coisa acalmaram eu estou lendo um tal de Enigma (de Peter Milligan e Duncan Fegredo). Esbarrei numa dessas listas de "10 QUADRINHOS QUE MUDARAM O UNIVERSO!" e esse tipo de exagero, e junto do tradicional (Sandman e Y, The Last Man, por ex., apesar de eu ter achado Y só legalzinho), tinha esse lá, único da lista que eu nunca nem ouvira falar. Resolvi conferir. Ainda estou na segunda edição (de 8), mas prendeu a atenção. Outro que eu comecei faz tempo e parei no meio, mas quero voltar nele ainda é o Blue Estate (12 edições). Conheci esbarrando numa imagem de uma dançarina de cabelo chanel e fui pesquisar se aquele desenho era de algo ou algum devianart aleatório. E era a capa de um dos encadernados desta revista. Foi o que me bastou [eu realmente não sou exigente na hora de ficar curioso com algo]. Estava legal até onde parei, fica a recomendação também. E acabei de descobrir que virou até jogo: trailer da história / trailer de ação / resenha (mas aí eu não recomendo nem nada, não joguei).
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
E terminando a postagem, procurando um trailer para Gravity Falls acabei perdendo um bom tempo no Youtube, ouvindo versões alternativas do tema de abertura (um dos mais legais dos últimos tempos). Seguem as melhores:
Piano -- Rock -- RAP -- Rock outra vez -- Dramático -- Orquestra
às
18:13
Marcadores:
comédia,
desenhos animados,
ficção-científica,
músicas,
ócio,
pós-apocalipse,
quadrinhos,
thriller,
TV
0
comentários

quinta-feira, 17 de julho de 2014
Office 2010 Portable x StackHash_0a9e
Lá na minha postagem sobre o Walla eu comentei com alguém que a próxima maluquice bizarra que desse no meu computador - e que eu conseguisse resolver - eu voltava para ensinar também (vai que mais gente passa depois pela mesma coisa...).
Esse rolo deve ser muito menos comum, mas depois de sofrer para resolver... Vamos lá:
Contexto: Windows 7 x64 x Microsoft Office 2010 Portable.
Estava eu alegremente usando o Office (foi o Powerpoint na hora) e aí deu um erro. Ok, não era nada urgente, fui fazer outra coisa e desliguei o micro. Na volta... Cadê que funcionava? Não só ele, o Office inteiro. Nada entrava. Nem o Excel, meu braço direito.
O problema: Quando não era StackHash_0a9e era RelaunchUsingCreateProcess
(o primeiro aparecia no detalhe, ao tentar rodar do HD, o outro do DVD backup). Os programas nem abriam. Erro de cara. Modo de segurança não adiantava. E não havia o que reinstalar (?), porque era a versão portátil.
Site e mais sites e reinícios depois, após testar ajustes no DEP (desnecessários ao final), modos de compatibilidade, fazer o Windows travar derrubando manualmente alguns processos... Acabei achando a solução meio que por acaso neste endereço (que repetia algo que eu já tinha lido, sobre arquivos template corrompidos [que provavelmente foi o caso], mas eu dei mole e não os achei na hora. acontece...).
A solução: simplesmente apagar a pasta abaixo:
C:\Users\SeuUsuário\AppData\Roaming\Thinstall
Foi lindo. Resolveu na hora. Sem reiniciar e nem estragar nada (como eu fiz com algumas coisas no processo).
Perdi algumas configurações do Excel e, se não estivesse já tão puto na hora, talvez devesse ter apagado os arquivos aos poucos, até excluir exatamente o culpado. Mas não foi nada que 10 minutos de reajustes não resolvesse. Na dúvida, apaga tudo mesmo.
E é isso. Dessa vez a explicação foi rápida. Abraços!
Esse rolo deve ser muito menos comum, mas depois de sofrer para resolver... Vamos lá:
Contexto: Windows 7 x64 x Microsoft Office 2010 Portable.
Estava eu alegremente usando o Office (foi o Powerpoint na hora) e aí deu um erro. Ok, não era nada urgente, fui fazer outra coisa e desliguei o micro. Na volta... Cadê que funcionava? Não só ele, o Office inteiro. Nada entrava. Nem o Excel, meu braço direito.
O problema: Quando não era StackHash_0a9e era RelaunchUsingCreateProcess
(o primeiro aparecia no detalhe, ao tentar rodar do HD, o outro do DVD backup). Os programas nem abriam. Erro de cara. Modo de segurança não adiantava. E não havia o que reinstalar (?), porque era a versão portátil.
Site e mais sites e reinícios depois, após testar ajustes no DEP (desnecessários ao final), modos de compatibilidade, fazer o Windows travar derrubando manualmente alguns processos... Acabei achando a solução meio que por acaso neste endereço (que repetia algo que eu já tinha lido, sobre arquivos template corrompidos [que provavelmente foi o caso], mas eu dei mole e não os achei na hora. acontece...).
A solução: simplesmente apagar a pasta abaixo:
C:\Users\SeuUsuário\AppData\Roaming\Thinstall
Foi lindo. Resolveu na hora. Sem reiniciar e nem estragar nada (como eu fiz com algumas coisas no processo).
Perdi algumas configurações do Excel e, se não estivesse já tão puto na hora, talvez devesse ter apagado os arquivos aos poucos, até excluir exatamente o culpado. Mas não foi nada que 10 minutos de reajustes não resolvesse. Na dúvida, apaga tudo mesmo.
E é isso. Dessa vez a explicação foi rápida. Abraços!
sábado, 14 de junho de 2014
Godzilla (2014) & Gojira
Nome original: Godzilla
Duração: 2h03min -- Ano: 2014 -- Teaser / Trailer
[citação legendada do Oppenheimer aqui]
De: Gareth Edwards (de Monstros)
Com: Aaron Taylor-Johnson (o Kick-Ass), Ken Watanabe (de Cartas de Iwo Jima e O Último Samurai) [totalmente sub-aproveitado neste filme], Bryan Cranston (de Malcolm in the Middle, Breaking Bad, e Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira), Elizabeth Olsen (de Três é Demais [fico feliz de nunca ter assistido isso] e Os Vingadores 2) e uma rápida participação de Juliette Binoche (A Liberdade É Azul).
Uma porrada de postagem por aí falando sobre Godzilla...Por mais que eu faça um monte de postagem sobre coisa pop também (vide Malévola e Homem Aranha logo abaixo), eu sempre fico naquela de que não vou ter nada a adicionar [e geralmente não tenho mesmo]. Então pensei em algo... Eu estou devendo a mim mesmo ver o Godzilla original faz muito tempo (vi alguns aqui e ali, mas nunca o primeirão). Vou dar só uma palhinha sobre o novo, e vou falar do velho!
Vamos lá... O novo... Vou separar o filme em dois: o lado humano e o lado monstro.
O lado humano. Eu, sinceramente, acreditei quando falaram lá atrás que no filme teríamos o drama humano durante uma ataque de monstro. Beleza, o monstro está atacando. Mas o que isso significa para as pessoas que estão desviando dos destroços? Seria uma espécie de Marvels kaiju? E eu vi o outro filme do cara, o Monstros (já resenhado) onde, realmente, os monstros eram secundários. E eu adorei aquele filme. Por falar nisso, já saiu o trailer longo da continuação.
Aí veio o "lado humano" desse, na forma do pai do Malcolm in the Middle com aquele drama clichê de "Foi um alien/vampiro/monstro/fantasma/dingo/pé-grande/bruxa que <verbo> a <pessoa>!! Porque ninguém acredita em mim???" Mas ok, o cara é um bom ator, todos gostamos dele. E aí ele morre no começo. E o foco passa a ser o filho militar sem graça e a esposa mais ainda. Porém... Na verdade, acho que o cara (o pai) não teria mesmo muita utilidade dali em diante da forma com que o filme foi feito, então dane-se. Parece que tivemos essa amostra grátis de drama "e agora voltemos à nossa programação normal!". Mas pô... Foi promessa não cumprida. Até Cloverfield focou mais no lado humano. Mas eu não liguei muito para as pessoas. Nem o filme me fez ligar para elas. Podia falar várias páginas sobre a irrelevância deles. Falemos da parte boa.
O lado monstro. Mas para andar logo, só tenho 3 coisas para dizer.
1) Cacete!? Ninguém aprendeu nada em Transformers 2? NINGUÉM quer ver órgãos reprodutores gigantes. Mesmo que seja só algo que pareça um saco de água cheio de girinos. Aquela imagem mudou o clima da cena de monstrão bizarro "realista" para "Go, go, go, Power Rangeeeeeeeeeerrrss!"
Peraí até, aproveitando que estamos falando de anatomia, como assim o monstro fêmea cresceu numa base militar, naquela salinha, até aquele tamanho?? E apesar da referência óbvia dos nomes MUTO x Mothra, o bicho voador estava muito mais para o... [momento de ir no Google, porque fora o Mothra, Rodan e Guidora eu nunca sei o nome deles...] Megaguirus!, até mesmo pelos bracinhos de louva-deus na frente. Então a referência podia muito bem não ter sido feita (e ainda vai tirar o peso se depois realmente usarem a Mothra). E lendo mais sobre eles agora, aquela cabeça chata pode ter sido inspirada num tal de Gyaos (esse eu não conhecia).
2) O Godzilla desviando do navio... Pô... Ok, ele tinha que ser o herói e amigo da criançada, mas algo legal sobre o Godzilla é que, originalmente pelo menos, ele está pouco se ferrando para as pessoas. [originalmente MESMO ele está contra elas, mas falaremos sobre isso mais abaixo.] Eu aceito o Godzilla lutar contra os monstros no filme e nos salvar no processo, mas isso seria um mero acaso. Ele tinha que estar pouco se lixando para aquelas baratinhas humanas em volta dele. Ou se a idéia era essa, que tivesse ficado bem claro.
Eu até gostei da motivação que deram para ele nesta nova versão (onde nós somos irrelevantes). E provavelmente centenas de milhares de pessoas morreram enquanto ele lutava contra os carrapatões, mas no filme inteiro, à mostra, acho que não há nenhuma morte causada (indiretamente ou não) pelo Gojira Amigo-da-vizinhaça. [não lembro mas, se bobear, nem havia sangue no filme] E na única cena em que ele teria dado uma mera ombrada no navio, em linha reta, ele desvia! No Godzilla 2000 (+/- resenhado aqui), ele vai lá na cidade, luta contra o monstro da vez e, no final, só de sacanagem, começa a destruir tudo no caminho de volta. Se ele falasse, poderia muito bem ter dito "I saved your tiny asses! Your asses ARE MINE! HAHAHA! Vuuuuuuuuuuuuuushh! Onde está seu deus agora!?." [obs: "vuush" foi a primeira coisa que eu consegui pensar como sonoplastia do bafo atômico]. Eu preferia que o Godzilla atual, no mínimo, tivesse sido completamente indiferente às baratinhas correndo pelo chão.
Passeando pelo Wikizilla, eu esbarrei numa frase que eu gostei: "(...) Godzilla (...) in the Heisei series of films is depicted as a force of nature, neither good nor evil (...)" E é assim que tem que ser.
[cacete, eu não sei ser sucinto...]
3) BAFO ATÔMICO! Ha! Eu passei o filme todo imaginando "será que vai ter?". Muito maneiro. Eu sei que um filme tem que ser muito mais do que isso, e etc, e etc. Mas dane-se! Eu queria ver um Godzilla bem feito (por falar nisso, adorei o novo tamanho absurdo dele). Eu queria ver briga de monstro (que nem foi tanta, mas acho que foi na medida para você sair do cinema querendo ter visto mais - ao invés de reclamando do excesso). E queria um Godzilla que soltasse raios! MUITO BOM! E depois ainda faz de novo, num fatality que provavelmente levará anos até ser superado. "Tu aí, monstro! Eu... cansei... desta PORRA! KAVUUUUUUUUSSSSHHHHHHH!!!" Lindo!
E só terminando, espero que aproveitem na continuação aqueles buracões que estavam usando nos virais do filme. Seria interessante ver algo saindo de lá, eles são legais. Há outros virais envolvendo outros buracos também. Acabei de lembrar até, podiam sair deles o bicho do 1º trailer, que era a versão inicial do monstro vilão e que acabou não sendo aproveitada.
Agora deixa eu ver o filme antigo (acabou de sair em blu-ray) e depois eu volto.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Nome original: ゴジラ (Gojira)
Duração: 1h36min -- Ano: 1954 -- Trailer -- País: Japão
De: Ishiro Honda -- Com: Takashi Shimura, Akira Takarada, Momoko Kochi, Akihiko Hirata e Haruo Nakajima.
◄ clique para ampliar.
De cara, uma surpresa interessante... Filme antigo costuma dar uma enrolada e ter cortes lentos. Todo aquele esquema de mostrar 'todo o caminho do personagem' ao invés de apenas mostrá-lo logo 'lá'. Aparentemente, o cinema japonês não recebeu esse memorando. São cortes bem rápidos, sem enrolação, correndo para contar a história.
Na verdade, o filme soa tão "atual" em seu estilo, que eu tive que ser trazido de volta à realidade quando uma personagem de uns 20 anos comenta sobre Nagasaki com a mesma naturalidade e proximidade com que americanos falam hoje em dia sobre o 11/9. É até uma boa lição de história, porque nos faz lembrar que duas cidades foram destruídas, mas todo o resto do país ainda estava intacto e funcionando. E fazendo filmes.
Algo que o contexto histórico deve ter influenciado é a cena da primeira perseguição. A trilha sonora na cena é legal [eu gosto de marchas militares, hinos e essas coisas], mas é completamente contrária ao que se esperaria da cena. Talvez aquilo seja alguma marcha real dos militares da época.
Todo o resto da trilha sonora de ação é meio bizarra também. Soa como um anime dos anos 70 [ou, novamente, uma marchinha militar animada]. Mas quando eles soltam o drama, fica muito bom. O coral das meninas perto do fim é espetacular (e tem uma lá que é a cara da Lucy Liu) e o tema final também é de deixar qualquer fã de raio atômico triste.
Por falar nisso, eles fizeram efeito especial para a "crina" [espigões ósseos? eu não sei como chamar aqueles trecos nas costas] do Godzilla acender, mas o raio em si... parecia gás saindo de um extintor com problema. Eu esperava algo um pouco mais mal feito, porém brilhante e espalhafatoso (tipo o que está no cartaz, por ex.).
A história: barcos começam a ser atacados e o único sobrevivente faz um relato estranho. Depois um velho pescador surge com uma lenda sobre um monstro marinho chamado Gojira. E o tal lagartão resolve dar as caras pouco após, em plena luz do dia. Mas só para dar um "oi". A destruição mesmo ele deixou para depois, em Tóquio. Antes disso um cientista explica que ele provavelmente vivia em uma caverna submarina desde tempos pré-históricos; e testes com bombas atômicas perturbaram o ecossistema do bicho. E aí temos este cientista, o casal de mocinhos e um "cientista maluco" (mas do bem também) tentando salvar o dia; enquanto repórteres, militares e passantes vão descobrindo se existe vida após a morte.
Depois da animação inicial e correria para chegarmos logo no monstro, o filme parece um pouco mais devagar. Mas ainda foi bem animadinho em comparação com outros filmes antigos que eu me lembre. Americanos pelo menos. Acho que esse foi o primeiro filme oriental em P&B que eu vi. [o que me faz lembrar que também estou me devendo assistir Os Sete Samurais.]
Alguns comentários soltos:
- o trio jovem do filme... Não são bons atores. A garota principalmente. Mas nada que perturbe. Perturba mais é o tapa olho do cientista jovem. E todo o drama exagerado em tudo que ele fala.
- A primeira aparição do Godzilla foi bizarra. No mal sentido mesmo. Parecia um boneco de meia. Com direito a olhos que pareciam bolotas de isopor e tudo. Não sei porque ficou tão ruim (vejam!). As demais aparições dele até que foram bem legais. Ah, mas o rugido! Muito bom! E não é ironia.
- Por falar nisso... Maquetes sendo pisoteadas! Senti saudades! Desde os anos 80 que não via uma.
Bem, mas aí depois de muito grito e maquete posta abaixo, eles fazem amizade com o monstro. Não acredita? Clica aqui. Tá, ok, não fazem. Na verdade o Godzilla morre. Eu até pesquisei depois e ao longo dos demais filmes acho que ele morre mais uma ou duas vezes. Uma delas acho que até foi salvando a vida do Godzuki. Ok, não era ele, mas tinha um Godzilla bebê (chamado Minizilla, é sério) que surgiu depois e foi crescendo ao longo dos filmes até virar o Godzilla principal.
E para quem ainda não tivesse entendido toda a indireta anti-horror atômico do filme, ele termina com o pai da mocinha dizendo: Eu não acredito que Gojira seja o último de sua espécie. Se os testes nucleares continuarem... Então, algum dia, em algum outro lugar do mundo, outro Godzilla pode aparecer.
Eu gostei bastante. Apesar de estar bem fora de época, foi um bom filme. Deu até saudades dos tempos toscos de ver Gorgo na TV e gostar! [é por isso que nem reclamo da criançada vendo Sharknado hoje em dia... Toda geração tem a sua tranqueira.]
E segue outra resenha interessante, que fala também um pouco sobre a história por trás do filme: Bad Movie Planet: Gojira. Apesar do nome do site, eles gostaram. A nota do filme foi "1 cerveja", ou seja, dá para ver sóbrio - e nesse site, isso é a nota máxima!
Mas é isso. Excelente sessão dupla (mesmo não tendo sido no mesmo dia). E apesar dos pesares, recomendo que vejam ambos.
Duração: 2h03min -- Ano: 2014 -- Teaser / Trailer
[citação legendada do Oppenheimer aqui]
De: Gareth Edwards (de Monstros)
Com: Aaron Taylor-Johnson (o Kick-Ass), Ken Watanabe (de Cartas de Iwo Jima e O Último Samurai) [totalmente sub-aproveitado neste filme], Bryan Cranston (de Malcolm in the Middle, Breaking Bad, e Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira), Elizabeth Olsen (de Três é Demais [fico feliz de nunca ter assistido isso] e Os Vingadores 2) e uma rápida participação de Juliette Binoche (A Liberdade É Azul).
Uma porrada de postagem por aí falando sobre Godzilla...Por mais que eu faça um monte de postagem sobre coisa pop também (vide Malévola e Homem Aranha logo abaixo), eu sempre fico naquela de que não vou ter nada a adicionar [e geralmente não tenho mesmo]. Então pensei em algo... Eu estou devendo a mim mesmo ver o Godzilla original faz muito tempo (vi alguns aqui e ali, mas nunca o primeirão). Vou dar só uma palhinha sobre o novo, e vou falar do velho!
Vamos lá... O novo... Vou separar o filme em dois: o lado humano e o lado monstro.
O lado humano. Eu, sinceramente, acreditei quando falaram lá atrás que no filme teríamos o drama humano durante uma ataque de monstro. Beleza, o monstro está atacando. Mas o que isso significa para as pessoas que estão desviando dos destroços? Seria uma espécie de Marvels kaiju? E eu vi o outro filme do cara, o Monstros (já resenhado) onde, realmente, os monstros eram secundários. E eu adorei aquele filme. Por falar nisso, já saiu o trailer longo da continuação.
Aí veio o "lado humano" desse, na forma do pai do Malcolm in the Middle com aquele drama clichê de "Foi um alien/vampiro/monstro/fantasma/dingo/pé-grande/bruxa que <verbo> a <pessoa>!! Porque ninguém acredita em mim???" Mas ok, o cara é um bom ator, todos gostamos dele. E aí ele morre no começo. E o foco passa a ser o filho militar sem graça e a esposa mais ainda. Porém... Na verdade, acho que o cara (o pai) não teria mesmo muita utilidade dali em diante da forma com que o filme foi feito, então dane-se. Parece que tivemos essa amostra grátis de drama "e agora voltemos à nossa programação normal!". Mas pô... Foi promessa não cumprida. Até Cloverfield focou mais no lado humano. Mas eu não liguei muito para as pessoas. Nem o filme me fez ligar para elas. Podia falar várias páginas sobre a irrelevância deles. Falemos da parte boa.
O lado monstro. Mas para andar logo, só tenho 3 coisas para dizer.
1) Cacete!? Ninguém aprendeu nada em Transformers 2? NINGUÉM quer ver órgãos reprodutores gigantes. Mesmo que seja só algo que pareça um saco de água cheio de girinos. Aquela imagem mudou o clima da cena de monstrão bizarro "realista" para "Go, go, go, Power Rangeeeeeeeeeerrrss!"
Peraí até, aproveitando que estamos falando de anatomia, como assim o monstro fêmea cresceu numa base militar, naquela salinha, até aquele tamanho?? E apesar da referência óbvia dos nomes MUTO x Mothra, o bicho voador estava muito mais para o... [momento de ir no Google, porque fora o Mothra, Rodan e Guidora eu nunca sei o nome deles...] Megaguirus!, até mesmo pelos bracinhos de louva-deus na frente. Então a referência podia muito bem não ter sido feita (e ainda vai tirar o peso se depois realmente usarem a Mothra). E lendo mais sobre eles agora, aquela cabeça chata pode ter sido inspirada num tal de Gyaos (esse eu não conhecia).
2) O Godzilla desviando do navio... Pô... Ok, ele tinha que ser o herói e amigo da criançada, mas algo legal sobre o Godzilla é que, originalmente pelo menos, ele está pouco se ferrando para as pessoas. [originalmente MESMO ele está contra elas, mas falaremos sobre isso mais abaixo.] Eu aceito o Godzilla lutar contra os monstros no filme e nos salvar no processo, mas isso seria um mero acaso. Ele tinha que estar pouco se lixando para aquelas baratinhas humanas em volta dele. Ou se a idéia era essa, que tivesse ficado bem claro.
Eu até gostei da motivação que deram para ele nesta nova versão (onde nós somos irrelevantes). E provavelmente centenas de milhares de pessoas morreram enquanto ele lutava contra os carrapatões, mas no filme inteiro, à mostra, acho que não há nenhuma morte causada (indiretamente ou não) pelo Gojira Amigo-da-vizinhaça. [não lembro mas, se bobear, nem havia sangue no filme] E na única cena em que ele teria dado uma mera ombrada no navio, em linha reta, ele desvia! No Godzilla 2000 (+/- resenhado aqui), ele vai lá na cidade, luta contra o monstro da vez e, no final, só de sacanagem, começa a destruir tudo no caminho de volta. Se ele falasse, poderia muito bem ter dito "I saved your tiny asses! Your asses ARE MINE! HAHAHA! Vuuuuuuuuuuuuuushh! Onde está seu deus agora!?." [obs: "vuush" foi a primeira coisa que eu consegui pensar como sonoplastia do bafo atômico]. Eu preferia que o Godzilla atual, no mínimo, tivesse sido completamente indiferente às baratinhas correndo pelo chão.
Passeando pelo Wikizilla, eu esbarrei numa frase que eu gostei: "(...) Godzilla (...) in the Heisei series of films is depicted as a force of nature, neither good nor evil (...)" E é assim que tem que ser.
[cacete, eu não sei ser sucinto...]
3) BAFO ATÔMICO! Ha! Eu passei o filme todo imaginando "será que vai ter?". Muito maneiro. Eu sei que um filme tem que ser muito mais do que isso, e etc, e etc. Mas dane-se! Eu queria ver um Godzilla bem feito (por falar nisso, adorei o novo tamanho absurdo dele). Eu queria ver briga de monstro (que nem foi tanta, mas acho que foi na medida para você sair do cinema querendo ter visto mais - ao invés de reclamando do excesso). E queria um Godzilla que soltasse raios! MUITO BOM! E depois ainda faz de novo, num fatality que provavelmente levará anos até ser superado. "Tu aí, monstro! Eu... cansei... desta PORRA! KAVUUUUUUUUSSSSHHHHHHH!!!" Lindo!
E só terminando, espero que aproveitem na continuação aqueles buracões que estavam usando nos virais do filme. Seria interessante ver algo saindo de lá, eles são legais. Há outros virais envolvendo outros buracos também. Acabei de lembrar até, podiam sair deles o bicho do 1º trailer, que era a versão inicial do monstro vilão e que acabou não sendo aproveitada.
Agora deixa eu ver o filme antigo (acabou de sair em blu-ray) e depois eu volto.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Nome original: ゴジラ (Gojira)
Duração: 1h36min -- Ano: 1954 -- Trailer -- País: Japão
De: Ishiro Honda -- Com: Takashi Shimura, Akira Takarada, Momoko Kochi, Akihiko Hirata e Haruo Nakajima.
◄ clique para ampliar.
De cara, uma surpresa interessante... Filme antigo costuma dar uma enrolada e ter cortes lentos. Todo aquele esquema de mostrar 'todo o caminho do personagem' ao invés de apenas mostrá-lo logo 'lá'. Aparentemente, o cinema japonês não recebeu esse memorando. São cortes bem rápidos, sem enrolação, correndo para contar a história.
Na verdade, o filme soa tão "atual" em seu estilo, que eu tive que ser trazido de volta à realidade quando uma personagem de uns 20 anos comenta sobre Nagasaki com a mesma naturalidade e proximidade com que americanos falam hoje em dia sobre o 11/9. É até uma boa lição de história, porque nos faz lembrar que duas cidades foram destruídas, mas todo o resto do país ainda estava intacto e funcionando. E fazendo filmes.
Algo que o contexto histórico deve ter influenciado é a cena da primeira perseguição. A trilha sonora na cena é legal [eu gosto de marchas militares, hinos e essas coisas], mas é completamente contrária ao que se esperaria da cena. Talvez aquilo seja alguma marcha real dos militares da época.
Todo o resto da trilha sonora de ação é meio bizarra também. Soa como um anime dos anos 70 [ou, novamente, uma marchinha militar animada]. Mas quando eles soltam o drama, fica muito bom. O coral das meninas perto do fim é espetacular (e tem uma lá que é a cara da Lucy Liu) e o tema final também é de deixar qualquer fã de raio atômico triste.
Por falar nisso, eles fizeram efeito especial para a "crina" [espigões ósseos? eu não sei como chamar aqueles trecos nas costas] do Godzilla acender, mas o raio em si... parecia gás saindo de um extintor com problema. Eu esperava algo um pouco mais mal feito, porém brilhante e espalhafatoso (tipo o que está no cartaz, por ex.).
A história: barcos começam a ser atacados e o único sobrevivente faz um relato estranho. Depois um velho pescador surge com uma lenda sobre um monstro marinho chamado Gojira. E o tal lagartão resolve dar as caras pouco após, em plena luz do dia. Mas só para dar um "oi". A destruição mesmo ele deixou para depois, em Tóquio. Antes disso um cientista explica que ele provavelmente vivia em uma caverna submarina desde tempos pré-históricos; e testes com bombas atômicas perturbaram o ecossistema do bicho. E aí temos este cientista, o casal de mocinhos e um "cientista maluco" (mas do bem também) tentando salvar o dia; enquanto repórteres, militares e passantes vão descobrindo se existe vida após a morte.
Depois da animação inicial e correria para chegarmos logo no monstro, o filme parece um pouco mais devagar. Mas ainda foi bem animadinho em comparação com outros filmes antigos que eu me lembre. Americanos pelo menos. Acho que esse foi o primeiro filme oriental em P&B que eu vi. [o que me faz lembrar que também estou me devendo assistir Os Sete Samurais.]
Alguns comentários soltos:
- o trio jovem do filme... Não são bons atores. A garota principalmente. Mas nada que perturbe. Perturba mais é o tapa olho do cientista jovem. E todo o drama exagerado em tudo que ele fala.
- A primeira aparição do Godzilla foi bizarra. No mal sentido mesmo. Parecia um boneco de meia. Com direito a olhos que pareciam bolotas de isopor e tudo. Não sei porque ficou tão ruim (vejam!). As demais aparições dele até que foram bem legais. Ah, mas o rugido! Muito bom! E não é ironia.
- Por falar nisso... Maquetes sendo pisoteadas! Senti saudades! Desde os anos 80 que não via uma.
Bem, mas aí depois de muito grito e maquete posta abaixo, eles fazem amizade com o monstro. Não acredita? Clica aqui. Tá, ok, não fazem. Na verdade o Godzilla morre. Eu até pesquisei depois e ao longo dos demais filmes acho que ele morre mais uma ou duas vezes. Uma delas acho que até foi salvando a vida do Godzuki. Ok, não era ele, mas tinha um Godzilla bebê (chamado Minizilla, é sério) que surgiu depois e foi crescendo ao longo dos filmes até virar o Godzilla principal.
E para quem ainda não tivesse entendido toda a indireta anti-horror atômico do filme, ele termina com o pai da mocinha dizendo: Eu não acredito que Gojira seja o último de sua espécie. Se os testes nucleares continuarem... Então, algum dia, em algum outro lugar do mundo, outro Godzilla pode aparecer.
Eu gostei bastante. Apesar de estar bem fora de época, foi um bom filme. Deu até saudades dos tempos toscos de ver Gorgo na TV e gostar! [é por isso que nem reclamo da criançada vendo Sharknado hoje em dia... Toda geração tem a sua tranqueira.]
E segue outra resenha interessante, que fala também um pouco sobre a história por trás do filme: Bad Movie Planet: Gojira. Apesar do nome do site, eles gostaram. A nota do filme foi "1 cerveja", ou seja, dá para ver sóbrio - e nesse site, isso é a nota máxima!
Mas é isso. Excelente sessão dupla (mesmo não tendo sido no mesmo dia). E apesar dos pesares, recomendo que vejam ambos.
às
23:31
Marcadores:
cinema oriental,
ficção-científica,
filmes,
monstros,
mundo animal
0
comentários

terça-feira, 10 de junho de 2014
Malévola
Nome original: Maleficent
Duração: 1h37min -- Ano: 2014 -- Trailer
De: Robert Stromberg (primeiro filme que ele dirige)
Baseado em: A Bela Adormecida, da Disney
Com personagens +/- de: Charles Perrault e Irmãos Grimm.
Com: Isobelle Molloy [muito fofinha], Angelina Jolie (de Hackers - Piratas de Computador, O Colecionador de Ossos [é o filme que notei a existência dela], Tomb Raider e Sr. & Sra. Smith), Elle Fanning (de Compramos Um Zoológico e The Lost Room) [minissérie bem legal], Sharlto Copley (de Distrito 9, Esquadrão Classe A e Europa Report) e Sam Riley (de Na Estrada).
Eu sei que estou virando um velho sentimental e babão [mesmo continuando ranzinza], mas não aceito discussões neste caso: esse filme é uma das coisas mais fofas (se não for a mais) dos últimos tempos. E quem falar o contrário está errado. Sem papo que é tudo uma questão de opinião. Errado e ponto.
Não quero nem imaginar a quantidade de maquiagem ou efeitos especiais para deixar a Angelina com aquela cara lisinha e sem rugas, mas ela está fofíssima também. Até a Aurora, que é meio mongolzinha, não compromete em nada. É fofa. É tudo fofo! E eu sou o tipo do cara desalmado que não gostou nem de Goonies, nem daquele filme da Jennifer Connelly que tem gnomos e um cantor, e nem daquele filme que o garoto voa num cachorro com corpo de dragão chinês. Precisei ir no IMDb e jogar "dragon dog movie" no Google - os filmes são Labirinto e A História Sem Fim.
Eu só mudaria uma coisa... Que era para deixar a história um pouco mais paralela à "versão oficial dos fatos". E agora vem spoiler. Pule o bloco a seguir se não viu o filme.
SPOILERS COMEÇAM AQUI:
Eu teria matado a Angelina. Não a faria virar má de repente (até pensei que o filme faria isso) [e quem acompanha o blog, se é que existe, deve lembrar de meu trauma com a verdadeira mocinha do Oz], mas depois de tudo que aconteceu, se acontecesse algo um pouco mais dramático ali, ainda teria encaixado. Eu teria feito tudo igual, até a luta final. Aí criaria alguma situação para ela não só matar o rei, mas morrer salvando a princesa. O famoso "sacrifício final", "a maior prova de amor" e essas coisas. Claro, com um sorriso nos lábios de quem morre sabendo que fez um bom serviço.
E depois disso teríamos todas as cenas seguintes, com a narração, a coroação no mato, o príncipe, tudo igual, mas ao final, ao invés de termos a Angelina voando, veríamos (talvez imensa, digna de uma rainha, e no meio da floresta mágica) a lápide!
Trágico, mas de uma forma fofa. Mas ok, eu sei que minha mente é um pouco mais negra que o normal. Agora voltemos a nossa programação sem spoilers.
Ah, e claro, do meu jeito, um eventual bardo que ouvisse a história de terceiros, poderia perfeitamente criar a versão em que a bruxa má foi morta pelos valentes soldados que protegiam o rei e salvaram a princesa, sem precisar mentir descaradamente. E do ponto de vista de um soldado raso, teria sido exatamente o que aconteceu.
SPOILERS TERMINAM AQUI.
Outra coisa que eu talvez mudasse, e que não é spoiler, foi a tradução do nome do personagem Diaval. Se você não sabe inglês [ok, ok, hoje em dia "todo mundo" sabe, mas mesmo assim...] você pode deixar passar o trocadilho com a palavra devil (demônio), que por sua vez é uma adaptação do "nome original" (isto é: o nome Disney) do personagem, que era, "sutilmente", Diablo. Sei lá, em português o caminho diabo, diabal, Diaval não pareceu linear o suficiente. [estou agora curioso em saber como é o nome dele na dublagem] O trocadilho em si não faz falta, o que eu achei legal foi a referência ao original.
E o filme é cheio destas rápidas referências, como a terceira fada que não concede nada à garota, por exemplo. O filme ficou um revisionismo histórico bem legal. Só que a "bela adormecida" dormiu tão pouco no filme, que duvido que ela ficaria famosa por este motivo lá no reino.
ATUALIZAÇÃO: pouco depois de terminar a postagem descobri porque fica tão destacada a cena da fadinha não ter dado o 3º dom para a menina. O plano inicial do filme era mesmo ter seguido o enredo da Disney, de ser o presente dela que não faria a Aurora morrer ao espetar o dedo. Então, por mais que no filme tenha ficado estranho a fada verde não ter dado nada (que eu achei que era só uma piadinha à toa, ao invés de ter sido uma cena cortada), sinceramente, gostei mais da solução do filme.
Porque (um último spoiler antes de continuarmos) esse papo de "amor à primeira vista" ser amor verdadeiro é complicado. No desenho animado original era ainda mais bizarro, porque o cara só via a mulher dormindo. Gostei do beijo do príncipe não ter dado em nada e ele mesmo ter dito pras fadas "Mas, cacete, eu só vi a sujeita UMA única vez!". Se bem que, como a postagem acima diz, explicaria melhor a questão da... vamos dizer... "hora em que tem uma luta entre chamas verdes e amarelas" não ter dado em nada.
Bem... E é isso.
Ah, tá, a história.... Humm... Fadinha boazinha [e alguém me explica, porque diabos os PAIS da menina a batizariam de Malévola?? A Fada-Mãe morreu no parto e a Fada-Pai ficou com raiva da recém-nascida? Bem... pelo menos não darem explicação alguma foi melhor do que ela começar o filme se chamando Benévola e depois termos uma cena do tipo "A partir de agora... Meu nome é MALÉVOLA. HAHAHAHAH"] Mas voltando ao assunto... Fadinha boazinha [relendo a postagem, acho que a minha descrição é spoiler também, então vou esconder quase tudo. Veja o trailer no alto, escolhido propositalmente por ser o único que não estraga cenas do filme, e seja feliz] namora garoto pobre. E como todo garoto pobre medieval, ele quer ser um cavaleiro, um nobre... Rei então? Putz! Já é! E aí ele apronta feio com a Fadinha (agora já um mulherão). Ela fica puta e amaldiçoa a filha dele. E aí...
E aí é a graça do filme. Então eu paro de contar. Na verdade, o filme já estava bem legal desde o começo. Eu disse: é um filme todo fofo. Não sou fã de seres mágicos com cara de brinquedo, mas eles aparecem menos de 2 minutos em cena e estavam legais. Por falar nisso, adorei os bichos perto do final, que pareciam um misto de beija-flores gigantes e tatus (!?). Também não fiquei grande fã das 3 fadas madrinhas, mas elas não comprometem em nada. O príncipe então, teve sorte de ter falas no filme. Mas também ficou fofo. E o reis malignos (que não eram fofos) pouco aparecem, então só sobrou cena fofa, fofices e afins. São duas horas de fofura non-stop. Podem ver. [ok, tem 30 segundos de uma cena triste, mas é rápido e, logo depois, a Angelina é tão charmosa que até com raiva ela é uma graça]
E como eu sempre gosto de colocar opiniões contrárias (o que foi fácil de achar para Malévola, muita gente não gostou) [nem o Screen Rant, com quem eu costumo empatar], vamos lá. Achei duas, de um mesmo site, que achei interessantes. Fiquemos com elas:
Badass Digest (1): Maleficent will test the patience of all but the most stultified moviegoer. (esculhamba o filme de todas as formas, mas tem bons argumentos)
Badass Digest (2): (...) a good Maleficent movie would let Maleficent be wicked.
(que relembra algo que, durante o filme, eu também fiquei curioso: o que a Malévola fez para passar o tempo nos 16 anos entre a maldição e a espetada de dedo? Teria sido legal vê-la malevolizando por aí) [mas isso estragaria toda a missão da Disney de nos fazer gostar da personagem] [e na verdade, fora vestir preto, ter um trono, e a maldição em si, não a vemos sendo malévola]
PS: mas o Omelete (nem tanto) e o Rapadura gostaram. Acho que nós brasileiros somos um povo mais... fofo.
Duração: 1h37min -- Ano: 2014 -- Trailer
De: Robert Stromberg (primeiro filme que ele dirige)
Baseado em: A Bela Adormecida, da Disney
Com personagens +/- de: Charles Perrault e Irmãos Grimm.
Com: Isobelle Molloy [muito fofinha], Angelina Jolie (de Hackers - Piratas de Computador, O Colecionador de Ossos [é o filme que notei a existência dela], Tomb Raider e Sr. & Sra. Smith), Elle Fanning (de Compramos Um Zoológico e The Lost Room) [minissérie bem legal], Sharlto Copley (de Distrito 9, Esquadrão Classe A e Europa Report) e Sam Riley (de Na Estrada).
Eu sei que estou virando um velho sentimental e babão [mesmo continuando ranzinza], mas não aceito discussões neste caso: esse filme é uma das coisas mais fofas (se não for a mais) dos últimos tempos. E quem falar o contrário está errado. Sem papo que é tudo uma questão de opinião. Errado e ponto.
Não quero nem imaginar a quantidade de maquiagem ou efeitos especiais para deixar a Angelina com aquela cara lisinha e sem rugas, mas ela está fofíssima também. Até a Aurora, que é meio mongolzinha, não compromete em nada. É fofa. É tudo fofo! E eu sou o tipo do cara desalmado que não gostou nem de Goonies, nem daquele filme da Jennifer Connelly que tem gnomos e um cantor, e nem daquele filme que o garoto voa num cachorro com corpo de dragão chinês. Precisei ir no IMDb e jogar "dragon dog movie" no Google - os filmes são Labirinto e A História Sem Fim.
Eu só mudaria uma coisa... Que era para deixar a história um pouco mais paralela à "versão oficial dos fatos". E agora vem spoiler. Pule o bloco a seguir se não viu o filme.
SPOILERS COMEÇAM AQUI:
Eu teria matado a Angelina. Não a faria virar má de repente (até pensei que o filme faria isso) [e quem acompanha o blog, se é que existe, deve lembrar de meu trauma com a verdadeira mocinha do Oz], mas depois de tudo que aconteceu, se acontecesse algo um pouco mais dramático ali, ainda teria encaixado. Eu teria feito tudo igual, até a luta final. Aí criaria alguma situação para ela não só matar o rei, mas morrer salvando a princesa. O famoso "sacrifício final", "a maior prova de amor" e essas coisas. Claro, com um sorriso nos lábios de quem morre sabendo que fez um bom serviço.
E depois disso teríamos todas as cenas seguintes, com a narração, a coroação no mato, o príncipe, tudo igual, mas ao final, ao invés de termos a Angelina voando, veríamos (talvez imensa, digna de uma rainha, e no meio da floresta mágica) a lápide!
Trágico, mas de uma forma fofa. Mas ok, eu sei que minha mente é um pouco mais negra que o normal. Agora voltemos a nossa programação sem spoilers.
Ah, e claro, do meu jeito, um eventual bardo que ouvisse a história de terceiros, poderia perfeitamente criar a versão em que a bruxa má foi morta pelos valentes soldados que protegiam o rei e salvaram a princesa, sem precisar mentir descaradamente. E do ponto de vista de um soldado raso, teria sido exatamente o que aconteceu.
SPOILERS TERMINAM AQUI.
Outra coisa que eu talvez mudasse, e que não é spoiler, foi a tradução do nome do personagem Diaval. Se você não sabe inglês [ok, ok, hoje em dia "todo mundo" sabe, mas mesmo assim...] você pode deixar passar o trocadilho com a palavra devil (demônio), que por sua vez é uma adaptação do "nome original" (isto é: o nome Disney) do personagem, que era, "sutilmente", Diablo. Sei lá, em português o caminho diabo, diabal, Diaval não pareceu linear o suficiente. [estou agora curioso em saber como é o nome dele na dublagem] O trocadilho em si não faz falta, o que eu achei legal foi a referência ao original.
E o filme é cheio destas rápidas referências, como a terceira fada que não concede nada à garota, por exemplo. O filme ficou um revisionismo histórico bem legal. Só que a "bela adormecida" dormiu tão pouco no filme, que duvido que ela ficaria famosa por este motivo lá no reino.
ATUALIZAÇÃO: pouco depois de terminar a postagem descobri porque fica tão destacada a cena da fadinha não ter dado o 3º dom para a menina. O plano inicial do filme era mesmo ter seguido o enredo da Disney, de ser o presente dela que não faria a Aurora morrer ao espetar o dedo. Então, por mais que no filme tenha ficado estranho a fada verde não ter dado nada (que eu achei que era só uma piadinha à toa, ao invés de ter sido uma cena cortada), sinceramente, gostei mais da solução do filme.
Porque (um último spoiler antes de continuarmos) esse papo de "amor à primeira vista" ser amor verdadeiro é complicado. No desenho animado original era ainda mais bizarro, porque o cara só via a mulher dormindo. Gostei do beijo do príncipe não ter dado em nada e ele mesmo ter dito pras fadas "Mas, cacete, eu só vi a sujeita UMA única vez!". Se bem que, como a postagem acima diz, explicaria melhor a questão da... vamos dizer... "hora em que tem uma luta entre chamas verdes e amarelas" não ter dado em nada.
Bem... E é isso.
Ah, tá, a história.... Humm... Fadinha boazinha [e alguém me explica, porque diabos os PAIS da menina a batizariam de Malévola?? A Fada-Mãe morreu no parto e a Fada-Pai ficou com raiva da recém-nascida? Bem... pelo menos não darem explicação alguma foi melhor do que ela começar o filme se chamando Benévola e depois termos uma cena do tipo "A partir de agora... Meu nome é MALÉVOLA. HAHAHAHAH"] Mas voltando ao assunto... Fadinha boazinha [relendo a postagem, acho que a minha descrição é spoiler também, então vou esconder quase tudo. Veja o trailer no alto, escolhido propositalmente por ser o único que não estraga cenas do filme, e seja feliz] namora garoto pobre. E como todo garoto pobre medieval, ele quer ser um cavaleiro, um nobre... Rei então? Putz! Já é! E aí ele apronta feio com a Fadinha (agora já um mulherão). Ela fica puta e amaldiçoa a filha dele. E aí...
E aí é a graça do filme. Então eu paro de contar. Na verdade, o filme já estava bem legal desde o começo. Eu disse: é um filme todo fofo. Não sou fã de seres mágicos com cara de brinquedo, mas eles aparecem menos de 2 minutos em cena e estavam legais. Por falar nisso, adorei os bichos perto do final, que pareciam um misto de beija-flores gigantes e tatus (!?). Também não fiquei grande fã das 3 fadas madrinhas, mas elas não comprometem em nada. O príncipe então, teve sorte de ter falas no filme. Mas também ficou fofo. E o reis malignos (que não eram fofos) pouco aparecem, então só sobrou cena fofa, fofices e afins. São duas horas de fofura non-stop. Podem ver. [ok, tem 30 segundos de uma cena triste, mas é rápido e, logo depois, a Angelina é tão charmosa que até com raiva ela é uma graça]
E como eu sempre gosto de colocar opiniões contrárias (o que foi fácil de achar para Malévola, muita gente não gostou) [nem o Screen Rant, com quem eu costumo empatar], vamos lá. Achei duas, de um mesmo site, que achei interessantes. Fiquemos com elas:
Badass Digest (1): Maleficent will test the patience of all but the most stultified moviegoer. (esculhamba o filme de todas as formas, mas tem bons argumentos)
Badass Digest (2): (...) a good Maleficent movie would let Maleficent be wicked.
(que relembra algo que, durante o filme, eu também fiquei curioso: o que a Malévola fez para passar o tempo nos 16 anos entre a maldição e a espetada de dedo? Teria sido legal vê-la malevolizando por aí) [mas isso estragaria toda a missão da Disney de nos fazer gostar da personagem] [e na verdade, fora vestir preto, ter um trono, e a maldição em si, não a vemos sendo malévola]
PS: mas o Omelete (nem tanto) e o Rapadura gostaram. Acho que nós brasileiros somos um povo mais... fofo.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
All You Need Is Kill & No Limite do Amanhã
Filme do Tom Cruise chegando... E um bom tempo atrás eu já lera que era baseado num livro japonês. Pesquisei, achei interessante e ficou na minha cabeça de pensar melhor no assunto algum dia. Geralmente é sempre melhor ler o livro antes. Se é para um estragar as surpresas do outro, que seja o melhor estragando as do pior. [ou, pelo menos, mais longo, já que um livro demora mais que 2 horas] [esse talvez não, caso você leia rápido]
Se bem que eu não esperava grandes surpresas. Feitiço do Tempo + Tropas Estelares é como 90% da internet descreve o livro.
Mas sei lá, de repente haveria alguma reviravolta... [até tinha, mas o filme mudou isso, então não teria estragado] e com a data do filme já bem perto, resolvi decidir logo de uma vez por todas se leria ou não.
Fui no Skoob ver se tinha alguma opinião [além do Google, agora peguei esse hábito] e estava lá um cara dizendo que se você gostou de Tropas Estelares, Scalzi e Guerra Eterna, esse livro era para você. Só livro que gostei! Foi o suficiente. Comecei a ler o dito cujo 15 minutos depois.
Foi o tempo de comprar o livro [sim, eu COMPREI o livro em papel na mesma hora - eu REALMENTE gosto de ter os livros que eu leio na estante] e achar um epub dele para começar a leitura. [só acho um absurdo pagar duas vezes para ser dono de uma coisa, então não entrarei em detalhes sobre a origem da versão digital.] [que li em inglês, para não precisar confiar em tradução de fã brasileiro. As vezes é boa, as vezes... não.]
Título: All You Need Is Kill
Título original: オール ユー ニード イズ キル
Autor: Hiroshi Sakurazaka
Editora: Haikasoru -- Ano livro / história: 2014 / 2004
Tradução para o inglês: Joseph Reeder e Alexander Smith
Páginas: 202 -- ISBN: 978-1-4215-2761-1
A história: moleque entre exército para lutar contra alienígenas que estão dominando a Terra, mais como uma praga do que como uma força invasora; mas eles têm lá alguma inteligência. E aí morre na primeira batalha. E acorda deste sonho super-realista que teve. Fica com uma baita sensação de déjà-vu ao longo do dia, vai para uma batalha igualzinha, e morre. E de novo. E aí ele começa a ficar bolado.
Cedo ou tarde ele percebe em que merda se meteu (mas não como) e, eventualmente, uma outra militar percebe que está acontecendo com esse sujeito o que já acontecera com ela antes, e o ajuda a entender e, também, a planejar como ele pode tirar proveito disso na batalha (assim como ela fez, na vez dela).
Opinião: realmente, um excelente livro rasteiro. Ação e humor (várias passagens divertidas), personagens legais (até os de apoio, que não têm tanto espaço) e, ao mesmo tempo, todo um enredo militar e do treinamento do cara, que ficou legal.
Ah, e caso você não conheça [eu nunca ouvira falar] umeboshi é esse treco aqui. É um tipo de ameixa do capeta de sabor bem ácido. Perto do final do livro tem uma cena em que voce ficará curioso sobre o assunto. Dá para entender o contexto perfeitamente, mas saber o que é o treco é sempre melhor.
E a "viagem no tempo" até tem uma explicação questionável, mas que tem sua lógica. Dá sentido para o cara ficar entrando nesse loop. Isso leva depois à uma reviravolta no final da história que achei meio confusa, mas serviu para não acabar num mero "e viveram felizes para sempre, matando alienígenas ao pôr-do-sol" [mas eu até que estava torcendo exatamente para isso...]
Ótimo livro. Leiam sem medo se gostam de FC militar e com uma pegada mais leve. A opinião sobre o livro está curta, mas ele também é bem fino [li num final de semana], não dá para falar muito.
Agora falemos do filme também.
Título: No Limite do Amanhã
Título original: Edge of Tomorrow
Duração: 1h53min -- Ano: 2014 -- Trailer [com legendas de Portugal, porque "Procure-me quando acordares" é muito mais foda que "Me procure quando acordar" (sim, eu tenho uma queda por português correto mesmo em situações em que isso não ocorreria. rs!)]
De: Doug Liman (de Sr. e Sra. Smith, Jumper e episódios de Eu Só Quero Minhas Calças de Volta)
Com: Tom Cruise (que tu já conhece), Emily Blunt (de Os Agentes do Destino, Looper e Os Muppets), Brendan Gleeson (de Tróia e de 3 dos filmes Harry Potter) e Bill Paxton (de U-571 e Aliens, O Resgate) [ele é o cara do "Game over, man! Game over!"] [e por falar nisso, faz tempo que não sai um bom filme de submarino].
Então... Simplificação, seu nome é Hollywood! Mas... eu gostei. Menos papo e mais porrada. Até um pouco de humor também no meio. Tem uma mudança absurda no final. Duas na verdade. Isso ignorando o fato de que não tem um olho puxado sequer o filme inteiro. Mas estou ok com tudo, a gente releva. E para quem leu o livro, até foi legal ver esse "universo alternativo" do cinema, em que você tem um final fofinho e feliz. [mas não vou entregar como acaba o livro]
A história: é a mesma do livro. Mais ou menos. Eles estão na Inglaterra, não no Japão, a garota é loira ao invés de ruiva, praticamente não temos personagens secundários (tem, mas sem desenvolvimento algum), o herói é um quarentão covarde ao invés de um moleque voluntário, e o extra-terrestre que precisam matar para interromper os ciclos não é só um 'líder de pelotão' aleatório, é um super cérebro responsável, aparentemente, pela coordenação de *todos* os bichos no planeta. [backup que é bom, nada!]
E aí um monte de cena de batalha, troca de olhares, algumas piadas, alguns furos [porque fazer uma baita perseguição policial para espetar o treco na perna? espetava ali mesmo, no sofá do escritório!!! Depois dava um tiro na cabeça e contava para a mulher no ''dia seguinte'': "Opa! Eles estão na França."] Mas esse não foi um filme feito pra ser complexo, foi para ser divertido, então tudo bem. Foi.
Leitura recomendada: a resenha do Omelete [mesmo que eu não tenha visto nada de toda a crítica social à guerra que o cara percebeu...]
Quanto ao livro versus filme... Bem, mudou tanta coisa que o livro virou só uma inspiração. Dá nem para começar a comparar. Tem um monte de site por aí com listas tão grandes, que é mais fácil ler logo o livro. Eu não me incomodo com as adaptações de forma tão raivosa. Eu só teria feito a roupa da garota ser bem mais vermelha, ao invés de só um pedacinho. Pô, ela não venceu só uma batalha e ficou famosa, ela virou uma lutadora realmente absurda depois daquilo [Verdun! gostei!], então a roupa arrogantemente chamativa faria sentido. Se bem que no começo do filme ela morreu de bobeira, fazendo pose pra câmera. Vai entender...
E o filme tinha que dar jeito de ter, ainda que poucas, as explicações para o que estava acontecendo, para poder abrir caminho para a solução. O que estava no livro daria trabalho para colocar rapidamente em cena. Explicar a "reviravolta" do livro então, de forma corrida não ia dar certo (já ficou meio corrido no livro até).Então aceito de boa a quantidade absurda de adaptações e simplificações.
O filme até consegue dar boas soluções visuais para deixar o andamento corrido (como é no livro) e com várias "explicações" subentendidas. No livro, por ex., você precisa que alguém te diga que a Rita faz parte de um pelotão de elite. No filme: o pelotão tem caveiras desenhadas na roupa. Pronto. Em 1 décimo de segundo está perfeitamente explicado.
E o livro ainda tem todo um capítulo sobre a moça, para nos fazer gostar mais dela e deixar o final do livro mais interessante. No filme... Sem ter a luta final = sem infância da Rita menina indo comprar café.
Mas falando do final, eu só não teria dado uma solução tão simplista. Ou, se fosse para ser, que não fosse TÃO simplista.
Não vou dar spoiler abaixo, mas pode ficar meio estranho. Se preferir nem ter dica de como acaba o filme (como se num filme americano a fôssemos ter alguma dúvida), pule o parágrafo seguinte.
No filme, no final, do nada, pela primeira e única vez, algo é afetado fisicamente quando eles voltam no tempo (no filme, pelo que parece, eles realmente voltam no tempo). Pô, qual foi a lógica da almôndega gigante (o tal "Ômega") ter pifado no passado? Ok, o cara ter voltado ainda mais no tempo porque tinha muito mais sangue azul nele... Ou porque ganhou o "poder" *de novo*, mas num horário mais cedo... Solução safada, mas não foi ruim (deixaria sem explicação do porque a almôndega, que tem MUITO mais sangue não conseguir voltar então meses ou anos, mas não importa), o que eu teria achado melhor, já que ele não precisaria fazer todo aquele rolo de escapar do sargento e ainda seria um major respeitado, seria ele chegar para Rita, naquela última cena (com a guerra *ainda* rolando) e ao invés de só sorrir, mandar um: "Primeiro, eu gostaria de agradecer toda a sua ajuda e convidá-la para um café, com 3 cubos, assim que terminarmos essa guerra. Segundo, vem comigo. Estamos indo para Paris. Temos uma guerra para terminar." Minha idéia é CLICHÊ FEITO O CARALHO! [inspirada numa cena do Jet Li em The One, por falar nisso] (*) mas seria fofinha sem a almôndega ter misteriosamente pifado sem ter sido atacada (e ninguém vai saber que o cara que fez aquilo, ele continuará com a fama de babaca covarde). O final como foi, foi um final legal e divertido para um filme completamente descompromissado. Mas parafraseando as sábias palavras de Doc Brown, "Eles não estavam pensando quadridimensionalmente!"
(*) [essa postagem ficou em rascunho tanto tempo (hoje é 27/julho/2015), que fiquei com vontade de rever o The One só para relembrar de que cena estou falando... eu não lembro mais.]
E... safadeza final: minha cena permitiria continuações! :-D [nesse aspecto, é legal ter acabado como acabou, fica um filme chupeta ali, isolado, sem ser estragado com caça-níqueis posteriores] [mas que podem ser feitos... basta cair outro asteróide almôndegado. Ou... quem disse que já não caíram vários?]
No final, recomendo o filme também. Bem divertido, com alguns momentinhos chatos no meio, mas nada demais. E bem hollywoodiano, feito para entreter com explosões, romance e final feliz. Tem o Tom Cruise e uma loira no cartaz, usando armaduras. Ninguém esperava nada diferente mesmo.
Resenhas alternativas do livro:
Prose and Postulations: "Any story that includes oodles of killing, funny one-liners, giant alien frogs, and names like: Full Metal Bitch, will hold my attention any day."
[curta e divertida, e achei legal que também colocaram uma imagem do Bill Murray na mesma cena que eu usei. É uma boa cena.]
SF Signal: "I couldn’t put this fast-paced story down."
E essa aqui, que o cara deu nota 7 pro livro, mas achei divertida também:
The Crusades of a Critic: "It is far better written than you would imagine for a war novel about Mole Man aliens." [e gostei deste site, acabei de ler uma longa resenha deles sobre o Fallout 3 e já marquei aqui para voltar lá outras vezes]
E resenhas do filme são fáceis de achar, vou deixar vocês procurarem e ficar só com duas, dos meus sites-padrão: [e depois de mais de um ano em rascunho, quero terminar esta postagem logo. rs!]
Screen Rant: "In the end, Edge of Tomorrow is impressive enough for what it is, with trace hints that it could’ve been something a little bit greater."
Cinema com Rapadura: "outro exemplar digno do gênero, embora entregue um final covarde e artificial que não faz justiça ao restante da projeção"
E pronto! Levou só 15 meses, mas a postagem está no ar! :-D
Se bem que eu não esperava grandes surpresas. Feitiço do Tempo + Tropas Estelares é como 90% da internet descreve o livro.
"Veja, um alien! Vamos pegá-lo!"
Mas sei lá, de repente haveria alguma reviravolta... [até tinha, mas o filme mudou isso, então não teria estragado] e com a data do filme já bem perto, resolvi decidir logo de uma vez por todas se leria ou não.
Fui no Skoob ver se tinha alguma opinião [além do Google, agora peguei esse hábito] e estava lá um cara dizendo que se você gostou de Tropas Estelares, Scalzi e Guerra Eterna, esse livro era para você. Só livro que gostei! Foi o suficiente. Comecei a ler o dito cujo 15 minutos depois.
Foi o tempo de comprar o livro [sim, eu COMPREI o livro em papel na mesma hora - eu REALMENTE gosto de ter os livros que eu leio na estante] e achar um epub dele para começar a leitura. [só acho um absurdo pagar duas vezes para ser dono de uma coisa, então não entrarei em detalhes sobre a origem da versão digital.] [que li em inglês, para não precisar confiar em tradução de fã brasileiro. As vezes é boa, as vezes... não.]
Título: All You Need Is Kill
Título original: オール ユー ニード イズ キル
Autor: Hiroshi Sakurazaka
Editora: Haikasoru -- Ano livro / história: 2014 / 2004
Tradução para o inglês: Joseph Reeder e Alexander Smith
Páginas: 202 -- ISBN: 978-1-4215-2761-1
A história: moleque entre exército para lutar contra alienígenas que estão dominando a Terra, mais como uma praga do que como uma força invasora; mas eles têm lá alguma inteligência. E aí morre na primeira batalha. E acorda deste sonho super-realista que teve. Fica com uma baita sensação de déjà-vu ao longo do dia, vai para uma batalha igualzinha, e morre. E de novo. E aí ele começa a ficar bolado.
Cedo ou tarde ele percebe em que merda se meteu (mas não como) e, eventualmente, uma outra militar percebe que está acontecendo com esse sujeito o que já acontecera com ela antes, e o ajuda a entender e, também, a planejar como ele pode tirar proveito disso na batalha (assim como ela fez, na vez dela).
Opinião: realmente, um excelente livro rasteiro. Ação e humor (várias passagens divertidas), personagens legais (até os de apoio, que não têm tanto espaço) e, ao mesmo tempo, todo um enredo militar e do treinamento do cara, que ficou legal.
Ah, e caso você não conheça [eu nunca ouvira falar] umeboshi é esse treco aqui. É um tipo de ameixa do capeta de sabor bem ácido. Perto do final do livro tem uma cena em que voce ficará curioso sobre o assunto. Dá para entender o contexto perfeitamente, mas saber o que é o treco é sempre melhor.
E a "viagem no tempo" até tem uma explicação questionável, mas que tem sua lógica. Dá sentido para o cara ficar entrando nesse loop. Isso leva depois à uma reviravolta no final da história que achei meio confusa, mas serviu para não acabar num mero "e viveram felizes para sempre, matando alienígenas ao pôr-do-sol" [mas eu até que estava torcendo exatamente para isso...]
Ótimo livro. Leiam sem medo se gostam de FC militar e com uma pegada mais leve. A opinião sobre o livro está curta, mas ele também é bem fino [li num final de semana], não dá para falar muito.
Agora falemos do filme também.
Título: No Limite do Amanhã
Título original: Edge of Tomorrow
Duração: 1h53min -- Ano: 2014 -- Trailer [com legendas de Portugal, porque "Procure-me quando acordares" é muito mais foda que "Me procure quando acordar" (sim, eu tenho uma queda por português correto mesmo em situações em que isso não ocorreria. rs!)]
De: Doug Liman (de Sr. e Sra. Smith, Jumper e episódios de Eu Só Quero Minhas Calças de Volta)
Com: Tom Cruise (que tu já conhece), Emily Blunt (de Os Agentes do Destino, Looper e Os Muppets), Brendan Gleeson (de Tróia e de 3 dos filmes Harry Potter) e Bill Paxton (de U-571 e Aliens, O Resgate) [ele é o cara do "Game over, man! Game over!"] [e por falar nisso, faz tempo que não sai um bom filme de submarino].
Então... Simplificação, seu nome é Hollywood! Mas... eu gostei. Menos papo e mais porrada. Até um pouco de humor também no meio. Tem uma mudança absurda no final. Duas na verdade. Isso ignorando o fato de que não tem um olho puxado sequer o filme inteiro. Mas estou ok com tudo, a gente releva. E para quem leu o livro, até foi legal ver esse "universo alternativo" do cinema, em que você tem um final fofinho e feliz. [mas não vou entregar como acaba o livro]
A história: é a mesma do livro. Mais ou menos. Eles estão na Inglaterra, não no Japão, a garota é loira ao invés de ruiva, praticamente não temos personagens secundários (tem, mas sem desenvolvimento algum), o herói é um quarentão covarde ao invés de um moleque voluntário, e o extra-terrestre que precisam matar para interromper os ciclos não é só um 'líder de pelotão' aleatório, é um super cérebro responsável, aparentemente, pela coordenação de *todos* os bichos no planeta. [backup que é bom, nada!]
E aí um monte de cena de batalha, troca de olhares, algumas piadas, alguns furos [porque fazer uma baita perseguição policial para espetar o treco na perna? espetava ali mesmo, no sofá do escritório!!! Depois dava um tiro na cabeça e contava para a mulher no ''dia seguinte'': "Opa! Eles estão na França."] Mas esse não foi um filme feito pra ser complexo, foi para ser divertido, então tudo bem. Foi.
Leitura recomendada: a resenha do Omelete [mesmo que eu não tenha visto nada de toda a crítica social à guerra que o cara percebeu...]
Quanto ao livro versus filme... Bem, mudou tanta coisa que o livro virou só uma inspiração. Dá nem para começar a comparar. Tem um monte de site por aí com listas tão grandes, que é mais fácil ler logo o livro. Eu não me incomodo com as adaptações de forma tão raivosa. Eu só teria feito a roupa da garota ser bem mais vermelha, ao invés de só um pedacinho. Pô, ela não venceu só uma batalha e ficou famosa, ela virou uma lutadora realmente absurda depois daquilo [Verdun! gostei!], então a roupa arrogantemente chamativa faria sentido. Se bem que no começo do filme ela morreu de bobeira, fazendo pose pra câmera. Vai entender...
E o filme tinha que dar jeito de ter, ainda que poucas, as explicações para o que estava acontecendo, para poder abrir caminho para a solução. O que estava no livro daria trabalho para colocar rapidamente em cena. Explicar a "reviravolta" do livro então, de forma corrida não ia dar certo (já ficou meio corrido no livro até).Então aceito de boa a quantidade absurda de adaptações e simplificações.
O filme até consegue dar boas soluções visuais para deixar o andamento corrido (como é no livro) e com várias "explicações" subentendidas. No livro, por ex., você precisa que alguém te diga que a Rita faz parte de um pelotão de elite. No filme: o pelotão tem caveiras desenhadas na roupa. Pronto. Em 1 décimo de segundo está perfeitamente explicado.
E o livro ainda tem todo um capítulo sobre a moça, para nos fazer gostar mais dela e deixar o final do livro mais interessante. No filme... Sem ter a luta final = sem infância da Rita menina indo comprar café.
Mas falando do final, eu só não teria dado uma solução tão simplista. Ou, se fosse para ser, que não fosse TÃO simplista.
Não vou dar spoiler abaixo, mas pode ficar meio estranho. Se preferir nem ter dica de como acaba o filme (como se num filme americano a fôssemos ter alguma dúvida), pule o parágrafo seguinte.
No filme, no final, do nada, pela primeira e única vez, algo é afetado fisicamente quando eles voltam no tempo (no filme, pelo que parece, eles realmente voltam no tempo). Pô, qual foi a lógica da almôndega gigante (o tal "Ômega") ter pifado no passado? Ok, o cara ter voltado ainda mais no tempo porque tinha muito mais sangue azul nele... Ou porque ganhou o "poder" *de novo*, mas num horário mais cedo... Solução safada, mas não foi ruim (deixaria sem explicação do porque a almôndega, que tem MUITO mais sangue não conseguir voltar então meses ou anos, mas não importa), o que eu teria achado melhor, já que ele não precisaria fazer todo aquele rolo de escapar do sargento e ainda seria um major respeitado, seria ele chegar para Rita, naquela última cena (com a guerra *ainda* rolando) e ao invés de só sorrir, mandar um: "Primeiro, eu gostaria de agradecer toda a sua ajuda e convidá-la para um café, com 3 cubos, assim que terminarmos essa guerra. Segundo, vem comigo. Estamos indo para Paris. Temos uma guerra para terminar." Minha idéia é CLICHÊ FEITO O CARALHO! [inspirada numa cena do Jet Li em The One, por falar nisso] (*) mas seria fofinha sem a almôndega ter misteriosamente pifado sem ter sido atacada (e ninguém vai saber que o cara que fez aquilo, ele continuará com a fama de babaca covarde). O final como foi, foi um final legal e divertido para um filme completamente descompromissado. Mas parafraseando as sábias palavras de Doc Brown, "Eles não estavam pensando quadridimensionalmente!"
(*) [essa postagem ficou em rascunho tanto tempo (hoje é 27/julho/2015), que fiquei com vontade de rever o The One só para relembrar de que cena estou falando... eu não lembro mais.]
E... safadeza final: minha cena permitiria continuações! :-D [nesse aspecto, é legal ter acabado como acabou, fica um filme chupeta ali, isolado, sem ser estragado com caça-níqueis posteriores] [mas que podem ser feitos... basta cair outro asteróide almôndegado. Ou... quem disse que já não caíram vários?]
No final, recomendo o filme também. Bem divertido, com alguns momentinhos chatos no meio, mas nada demais. E bem hollywoodiano, feito para entreter com explosões, romance e final feliz. Tem o Tom Cruise e uma loira no cartaz, usando armaduras. Ninguém esperava nada diferente mesmo.
Resenhas alternativas do livro:
Prose and Postulations: "Any story that includes oodles of killing, funny one-liners, giant alien frogs, and names like: Full Metal Bitch, will hold my attention any day."
[curta e divertida, e achei legal que também colocaram uma imagem do Bill Murray na mesma cena que eu usei. É uma boa cena.]
SF Signal: "I couldn’t put this fast-paced story down."
E essa aqui, que o cara deu nota 7 pro livro, mas achei divertida também:
The Crusades of a Critic: "It is far better written than you would imagine for a war novel about Mole Man aliens." [e gostei deste site, acabei de ler uma longa resenha deles sobre o Fallout 3 e já marquei aqui para voltar lá outras vezes]
E resenhas do filme são fáceis de achar, vou deixar vocês procurarem e ficar só com duas, dos meus sites-padrão: [e depois de mais de um ano em rascunho, quero terminar esta postagem logo. rs!]
Screen Rant: "In the end, Edge of Tomorrow is impressive enough for what it is, with trace hints that it could’ve been something a little bit greater."
Cinema com Rapadura: "outro exemplar digno do gênero, embora entregue um final covarde e artificial que não faz justiça ao restante da projeção"
E pronto! Levou só 15 meses, mas a postagem está no ar! :-D
sexta-feira, 9 de maio de 2014
O Espetacular Homem-Aranha 2
Nome original: The Amazing Spider-Man 2
Subtítulo nacional retardado: A Ameaça de Electro
Duração: 2h22min -- Ano: 2014 -- Trailer 1 e 2. (recomendo não verem nenhum deles, mas se virem, saibam que várias cenas e tramas acabaram não sendo aproveitadas)
De: Marc Webb (de (500) Dias com Ela)
Com: Andrew Garfield (de Doctor Who) [pode checar!], Emma Stone (de Zumbilândia), Sally Field, o Django, mais algumas pessoas e o Paul Giamatti, que só está sendo mencionado porque... é o Paul Giamatti.
OBS: postagem sem spoilers descarados, mas tem.
A história: o Peter Parker não sabe se termina ou não com a namorada e tenta descobrir o que aconteceu com os pais. Um bilionário que parece o DiCaprio descobre que tem uma doença. E um sujeito mal amado ganha superpoderes. [mas como ia pegar mal dizer que nerds mal amados automaticamente viram vilões, esse cara não só parece sofrer de alguma demência, como ainda fica maligno meio que por acaso]
Resumo do filme: 1º ato: Vaio Vaio Vaio! Vaio? Vaio. Vaio, Vaio e Vaio! E como Vaio! [ok, claro que se os personagens usam notebooks, eles terão marcas! E pode ser que seja um Sony Vaio, mas no mundo real todos terem a mesma marca, cacete!? O merchandising deslavado ficou ridículo e tirando a atenção.] Ah, e um cara vira um homem elétrico depois de .... Ok, aranhas radioativas também não dão câncer dentro da Marvel, então que se dane a Biologia.
2º ato: "Sem o DNA de minha LINHAGEM essa experiência não pode seguir em frente. Então vou fugir e me esconder. Mas... vou deixar o meu FILHO (sabe, aquela criança indefesa que tem parte do meu DNA, já que é da minha LINHAGEM) na casa desses dois idosos, que são parentes meus, então não é nenhum segredo nem um bom esconderijo, a vista de todos. Ok?" Ok, é um ótimo plano!
3º ato: aconteceu aquilo que todo mundo (que sabe um pouco da história do Aranha) esperava desde o 1º filme. E também, graças à um trailer merda [um dos dois no alto, não vou dizer qual], é possível deduzir, com perfeita exatidão, a última cena do filme e o exato ponto em que a imagem apagará. Ah, e surge o vilão nº 2.
Falando nisso... Pessoal dos trailers perdeu a linha. Teria sido muito mais divertido saber que o filme teria 2 personagens clássicos e na hora surgir um 3º; do que sabermos o tempo todo que eram 3, ver o filme notando que o 3º ainda não apareceu (e você VIU a cena dele no trailer), e aí """adivinhar""" (com muitas aspas) qual será a última cena do filme. Para quê fazer questão de anunciar que são 3 vilões?! Como se isso tivesse dado muito certo no 3º filme... E ainda estragou a cena final.
Opinião: tem altos e baixos, e se eu fosse um cara mais técnico, estaria reclamando. Mas... não sou. Sou um nerd no sentido menos profissional do termo, e ainda por cima nunca fui marvete, então sei só o básico deles. E, sendo assim, eu gostei muito! A história é meio mal amarrada, mas não chega a ser ruim. Seria ruim se não fosse um filme de quadrinho. Mas como era, foi um bom gibi em movimento. Uma história aceitável, intercalada com muita ação e algumas cenas feitas propositalmente para serem belos quadros. Eu lembro que disse isso sobre o Homem-de-Ferro 3 até: o filme foi uma desculpa para, de tempos em tempos, o Tony fazer uma nova pose, ou surgir uma cena num ângulo legal que teria dado um ótimo quadradinho numa graphic novel.
Esse Aranha 2 fez isso também. E ainda colocou estas cenas em câmera lenta, permitindo fazer no cinema o que você varia com a revista: dar aquela parada na história para olhar melhor a arte de um quadrinho em específico. Perfeito! Talvez o filme como um todo não seja. Talvez até esteja longe disso. E ainda detesto a sub-trama dos pais dele [e o "ainda" significa que eu reclamei disso numa postagem sobre o primeiro filme que está em rascunho até hoje...], mas foi um ótimo passatempo. [e resumindo a postagem que nunca foi ao ar: além de reclamar dos pais, achei que o personagem já era muito malandro e bem resolvido desde antes de virar super-herói, mas gostei muito do 1º também]
Fechando: que venha o terceiro. Que terá que ser MUITO bom para suprir uma certa lacuna, mas a gente torce. Por enquanto está valendo o ingresso.
PS: tem uma cena em que o Aranha diz "eu detesto esta música". Ela soou familiar, mas não a reconheci na hora. Para pegarem a piada, a música é a The Itsy Bitsy Spider (A Dona Aranha).
Subtítulo nacional retardado: A Ameaça de Electro
Duração: 2h22min -- Ano: 2014 -- Trailer 1 e 2. (recomendo não verem nenhum deles, mas se virem, saibam que várias cenas e tramas acabaram não sendo aproveitadas)
De: Marc Webb (de (500) Dias com Ela)
Com: Andrew Garfield (de Doctor Who) [pode checar!], Emma Stone (de Zumbilândia), Sally Field, o Django, mais algumas pessoas e o Paul Giamatti, que só está sendo mencionado porque... é o Paul Giamatti.
OBS: postagem sem spoilers descarados, mas tem.
A história: o Peter Parker não sabe se termina ou não com a namorada e tenta descobrir o que aconteceu com os pais. Um bilionário que parece o DiCaprio descobre que tem uma doença. E um sujeito mal amado ganha superpoderes. [mas como ia pegar mal dizer que nerds mal amados automaticamente viram vilões, esse cara não só parece sofrer de alguma demência, como ainda fica maligno meio que por acaso]
Resumo do filme: 1º ato: Vaio Vaio Vaio! Vaio? Vaio. Vaio, Vaio e Vaio! E como Vaio! [ok, claro que se os personagens usam notebooks, eles terão marcas! E pode ser que seja um Sony Vaio, mas no mundo real todos terem a mesma marca, cacete!? O merchandising deslavado ficou ridículo e tirando a atenção.] Ah, e um cara vira um homem elétrico depois de .... Ok, aranhas radioativas também não dão câncer dentro da Marvel, então que se dane a Biologia.
2º ato: "Sem o DNA de minha LINHAGEM essa experiência não pode seguir em frente. Então vou fugir e me esconder. Mas... vou deixar o meu FILHO (sabe, aquela criança indefesa que tem parte do meu DNA, já que é da minha LINHAGEM) na casa desses dois idosos, que são parentes meus, então não é nenhum segredo nem um bom esconderijo, a vista de todos. Ok?" Ok, é um ótimo plano!
3º ato: aconteceu aquilo que todo mundo (que sabe um pouco da história do Aranha) esperava desde o 1º filme. E também, graças à um trailer merda [um dos dois no alto, não vou dizer qual], é possível deduzir, com perfeita exatidão, a última cena do filme e o exato ponto em que a imagem apagará. Ah, e surge o vilão nº 2.
Falando nisso... Pessoal dos trailers perdeu a linha. Teria sido muito mais divertido saber que o filme teria 2 personagens clássicos e na hora surgir um 3º; do que sabermos o tempo todo que eram 3, ver o filme notando que o 3º ainda não apareceu (e você VIU a cena dele no trailer), e aí """adivinhar""" (com muitas aspas) qual será a última cena do filme. Para quê fazer questão de anunciar que são 3 vilões?! Como se isso tivesse dado muito certo no 3º filme... E ainda estragou a cena final.
Opinião: tem altos e baixos, e se eu fosse um cara mais técnico, estaria reclamando. Mas... não sou. Sou um nerd no sentido menos profissional do termo, e ainda por cima nunca fui marvete, então sei só o básico deles. E, sendo assim, eu gostei muito! A história é meio mal amarrada, mas não chega a ser ruim. Seria ruim se não fosse um filme de quadrinho. Mas como era, foi um bom gibi em movimento. Uma história aceitável, intercalada com muita ação e algumas cenas feitas propositalmente para serem belos quadros. Eu lembro que disse isso sobre o Homem-de-Ferro 3 até: o filme foi uma desculpa para, de tempos em tempos, o Tony fazer uma nova pose, ou surgir uma cena num ângulo legal que teria dado um ótimo quadradinho numa graphic novel.
Esse Aranha 2 fez isso também. E ainda colocou estas cenas em câmera lenta, permitindo fazer no cinema o que você varia com a revista: dar aquela parada na história para olhar melhor a arte de um quadrinho em específico. Perfeito! Talvez o filme como um todo não seja. Talvez até esteja longe disso. E ainda detesto a sub-trama dos pais dele [e o "ainda" significa que eu reclamei disso numa postagem sobre o primeiro filme que está em rascunho até hoje...], mas foi um ótimo passatempo. [e resumindo a postagem que nunca foi ao ar: além de reclamar dos pais, achei que o personagem já era muito malandro e bem resolvido desde antes de virar super-herói, mas gostei muito do 1º também]
Fechando: que venha o terceiro. Que terá que ser MUITO bom para suprir uma certa lacuna, mas a gente torce. Por enquanto está valendo o ingresso.
PS: tem uma cena em que o Aranha diz "eu detesto esta música". Ela soou familiar, mas não a reconheci na hora. Para pegarem a piada, a música é a The Itsy Bitsy Spider (A Dona Aranha).
quinta-feira, 1 de maio de 2014
The Undiscovered
Rápida recomendação de conto para vocês lerem:
The Undiscovered, por William Sanders (ou site oficial).
Estava de bobeira, assistindo uma maratona de Suburgatory [não sabia que já tinha a 3ª temporada e não vira ainda os 2 últimos episódios da anterior], quando resolvi fazer algo diferente. Só ficar no sofá vendo TV em pleno feriado era muita molenguice. E, por fazer algo diferente, meu cérebro entendeu: ler ficção científica! [pois é... mas não entremos no mérito do meu cérebro]
Mas queria ler algo curto, puxei o The Best of the Best: 20 Years of the Year's Best Science Fiction da estante e dei uma rápida folheada vendo os títulos. E aí fiquei curioso com o que é que não tinha sido descoberto. [na verdade, no final, não entendi o título] Na hora pensei em alienígenas em alguma cidade do interior, e quando li a introdução da história, falando sobre o autor, imaginei que seria alguma coisa estilo além da imaginação, e no final descobriríamos que os "homens brancos" na verdade eram aliens cabeçudos. Não. Eram europeus mesmo. E os índios eram mesmo índios. E você fica sabendo isso logo de cara, então não estou estragando nada.
A história: um dia normal na tribo, até que um grupo volta com alguns prisioneiros. Três de uma outra tribo e um homem branco (pele como a da barriga de um peixe e assustadores olhos como um céu sem nuvens), um náufrago que vivia com eles. E como ninguém conseguia falar com o homem branco, ele é posto sob os cuidados de Camundongo, um outro índio com facilidade de aprender idiomas. Eles se "apresentam" e ficamos sabendo que o "nome de guerra" do homem branco é Balança Lança. [pense neste nome... em inglês!]
E daí em diante temos uma curta (18 páginas) e divertida história de como foi a vida do Spearshaker vivendo numa tribo cherokee, e depois tentando adaptar uma de suas mais famosas obras para o universo indígena, com direito a ensaios e tudo. Tudo contado pelo ponto de vista do Camundongo. [uma diversão adicional é tentar entender os nomes e expressões inglesas que o índio não conseguiu traduzir, ou entender quem é Amaledi]
E, como sempre, enrolei demais numa postagem que deveria ter tido umas 5 linhas.
Vão atrás, que a história ficou muito legal.
O conto pode ser encontrado em algum destes livros ou, digamos, no Google [sem querer incentivar a pirataria, claro, mas eu fui lá testar agora e... achei! Sem precisar instalar nenhum programa, nem esperar 30 segundos, nem nada.] [na verdade, de zona, testei de novo, e o próprio Google Books deixou-me ler o conto inteiro!]
The Undiscovered, por William Sanders (ou site oficial).
Estava de bobeira, assistindo uma maratona de Suburgatory [não sabia que já tinha a 3ª temporada e não vira ainda os 2 últimos episódios da anterior], quando resolvi fazer algo diferente. Só ficar no sofá vendo TV em pleno feriado era muita molenguice. E, por fazer algo diferente, meu cérebro entendeu: ler ficção científica! [pois é... mas não entremos no mérito do meu cérebro]
Mas queria ler algo curto, puxei o The Best of the Best: 20 Years of the Year's Best Science Fiction da estante e dei uma rápida folheada vendo os títulos. E aí fiquei curioso com o que é que não tinha sido descoberto. [na verdade, no final, não entendi o título] Na hora pensei em alienígenas em alguma cidade do interior, e quando li a introdução da história, falando sobre o autor, imaginei que seria alguma coisa estilo além da imaginação, e no final descobriríamos que os "homens brancos" na verdade eram aliens cabeçudos. Não. Eram europeus mesmo. E os índios eram mesmo índios. E você fica sabendo isso logo de cara, então não estou estragando nada.
A história: um dia normal na tribo, até que um grupo volta com alguns prisioneiros. Três de uma outra tribo e um homem branco (pele como a da barriga de um peixe e assustadores olhos como um céu sem nuvens), um náufrago que vivia com eles. E como ninguém conseguia falar com o homem branco, ele é posto sob os cuidados de Camundongo, um outro índio com facilidade de aprender idiomas. Eles se "apresentam" e ficamos sabendo que o "nome de guerra" do homem branco é Balança Lança. [pense neste nome... em inglês!]
E daí em diante temos uma curta (18 páginas) e divertida história de como foi a vida do Spearshaker vivendo numa tribo cherokee, e depois tentando adaptar uma de suas mais famosas obras para o universo indígena, com direito a ensaios e tudo. Tudo contado pelo ponto de vista do Camundongo. [uma diversão adicional é tentar entender os nomes e expressões inglesas que o índio não conseguiu traduzir, ou entender quem é Amaledi]
E, como sempre, enrolei demais numa postagem que deveria ter tido umas 5 linhas.
Vão atrás, que a história ficou muito legal.
O conto pode ser encontrado em algum destes livros ou, digamos, no Google [sem querer incentivar a pirataria, claro, mas eu fui lá testar agora e... achei! Sem precisar instalar nenhum programa, nem esperar 30 segundos, nem nada.] [na verdade, de zona, testei de novo, e o próprio Google Books deixou-me ler o conto inteiro!]
às
16:50
Marcadores:
ficção-científica,
história alternativa,
mim,
ócio,
teatro,
velho oeste
0
comentários

Assinar:
Postagens (Atom)