sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O Vingador do Futuro (2012)

Nome original: Total Recall
Duração: 1h58min  --  Ano: 2012  --  Trailer (há outro trailer, mas estraga mais cenas do que esse, que já entrega demais) [e não tinha visto trailer nenhum até agora. putz, que chamada mal feita: "O que é real... O que é Recall..." Claro, faz muito sentido para quem não fala inglês! Pelo menos tivessem colocado com K, para fazer sentido com o nome da empresa fictícia, mencionada antes no próprio trailer!]
De: Len Wiseman (de Anjos da Noite)
Com: Colin Farrell (de Demolidor e Miami Vice), Kate Beckinsale (de Anjos da Noite, Van Helsing e Click) [essa moça precisa variar mais os papéis, ela fez até a Alice uma vez e coisas como isso, mas ficou famosa fazendo beicinho e metendo a porrada, e não parou mais], Jessica Biel (de Blade: TrinityAmeça Invisível e O Ilusionista) e vários outros atores, com personagens completamente irrelevantes.
Baseado no conto: Podemos Recordar Para Você Por um Preço Razoável (We Can Remember It for You Wholesale), de Philip K. Dick.

OBS: conto já publicado pela Record quando lançaram o Minority Report (livro de mesmo nome), e novamente agora no livro Realidades Adaptadas. Mas note que se você já tem livros anteriores do PKD em português, este é meio desnecessário. De novo, só as traduções do Adjustment Team e do The Golden Man (veja a relação dos contos aqui). Caso não, é uma introdução interessante, pois são todos contos que viraram filmes - o mal nisso é que de repente você não terá grandes surpresas (uma ou outra, em contos como o deste filme, muito diferente da versão filmada, mas o final em si, você já saberá).

Voltando ao filme, tenho feito tão poucas postagens, que não quero desperdiçar uma longa com essa coisa. Numa palavra: chato.

Não sei se serviu para atualizar a história para aqueles que não conheciam o filme original. E tanto esse e o do Schwarzenegger fugiram tanto do conto, que de repente você pode ver os dois sem se sentir vendo uma refilmagem - o que na verdade este não é, só bebeu da mesma fonte e fez algumas rápidas homenagens ao outro filme. Diga-se de passagem, a melhor parte foi quando apareceu a gordinha na cena da alfândega. Todos que viram o original devem ter pensado "ih, a gordinha cuja cabeça explode" e ficaram na expectativa. [mas duvido que alguém tenha usado a palavra "cuja"] Ah, e por falar no filme original, sim, há uma mulher de 3 peitos nesse também.

É um bom filme de ação, visuais impressionantes, e achei interessante a disputa Terra-Marte ter virado algo Norte-Sul [não se preocupem, sem relação com a Guerra da Secessão], até o absurdo modo de transporte teve lá sua graça, pela "coragem" de mostrar algo tão ridículo em tela. Mas o filme deu sono algumas vezes. Fazer barulho (literalmente) não é o que me mantêm acordado.

Ah, e 2 comentários meio spoiler: porra, o cara precisava de espaço vital... mas achei a região dele extremamente espaçosa. Havia um metrô inteiro podendo abrigar gente para começo de conversa. Espaços abertos e arborizados... Tinha que ter mostrado as duas cidades sem espaço algum. Só quem parecia não ter espaço era a galera do sul, da tal Colônia, e não da Federação. A propósito... Colônia do quê?

Outra coisa irritante, para um mundo precisando de espaço... a zona contaminada, onde ninguém pode viver... me pareceu bem inofensiva. Qualquer prédio velho ou uma máscara meia-boca que nem tapa a pele resolve. Logo: espaço de sobra para abrigar a humanidade! É só fechar direito a janela e só sair pra soltar pião no carpete do vizinho, porque não terá pracinha (bem, pode ter, desde que seja coberta).

Ah, outra coisa que irritou, o cara que fez esse script é o mesmo que fez o do Eu, Robô? Veja bem, porque diabos você gravaria um holograma para você mesmo, para te contar o que você precisa saber, e o diabo só te fala o que você perguntar, e ainda repetindo uma frase quase igual ao do outro filme "Esse holograma tem uma programação limitada, refaça a pergunta". Lá, no Eu, Robô, ainda tinha toda a jogada do "ESSA é a pergunta certa!" do velhinho... Aqui não. O cara correu um sério risco de ter cometido "suicídio" por não ter feito uma gravação simples e direta, do tipo "aperte play e ouça". (porque vai que o 'outro eu' dele não fizesse a pergunta certa...)

Última coisa, no original, a sensação de "Isso está acontecendo mesmo ou é tudo imaginação?" ficou muito mais bem feita. Até hoje ainda seria uma discussão válida. Neste... em momento algum achei que ele poderia acordar ou ter esse tipo de reviravolta. Tentaram empurrar isso numa cena bem forçada, mas não colou.

Última coisa mesmo agora, para não dizerem que só reclamo: gostei da cena de porrada entre a vampira e o Bull's Eye. Foi divertida, lembrou-me Sr. e Sra. Smith (ótimo filme).

E três resenhas dos outros, só para não ficar sem:
Omelete, que concorda comigo de forma mais sucinta e bem escrita.
O ScreenRant até que elogia bem, mas concorda que é um filme raso.
E o Daily Mail joga a pá de cal.

E pronto. Escrevi demais.

PS: demorei tanto com isso no rascunho, que saiu um podcast do MRG e outro do Cinema com Rapadura sobre o tema. Bem divertidos.

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