terça-feira, 20 de novembro de 2012

Argo

Resenha rápida, para tirar o blog do marasmo.

Nome original: Argo
Duração: 2hs  --  Ano: 2012  -- Trailer (OBS: não veja! droga de trailers atuais, que entregam cenas chaves ao invés de só te deixaram no suspense)
De: Ben Affleck (de Atração Perigosa)
Com: Ben Affleck (de Barrados no Shopping e Demolidor), Bryan Cranston (o pai da família em Malcolm in the Middle), Alan Arkin (de Pequena Miss Sunshine), John Goodman (de A Vingança dos Nerds e o Fred Flintstone do 1º filme), Victor Garber (de Legalmente Loira e Titanic, um daqueles caras que você sempre vê por aí, mas parece que nunca é o principal), os 6 reféns (Tate Donovan, Clea DuVall, Scoot McNairy, Rory Cochrane, Christopher Denham e Kerry Bishé) e Sheila Vand (papel pequeno mas importante, e eu sempre gosto de citar as mulheres bonitas).

Resumindo: ótimo filme. Queria poder fazer elogios à direção, fotografia, e todas essas coisas mais técnicas. Mas não entendo nada do babado. E também não sou tão velho a ponto de ter lembranças "ao vivo" da crise dos reféns, então não há do que reclamar de "Isso não foi assim!!!". Não sei. Até onde sei, foi tudo igual. [mas não foi, hein! no mínimo do mínimo, leiam o artigo da Wikipedia] Boa parte do que lembro devem ter sido de retrospectivas televisivas de alguns (ou mais) anos depois, e só lembrava dos que ficaram presos na embaixada americana, não dos que "escaparam". Mas eu lembro do Aiatolá Khomeini! Isso é da minha geração ainda. Tínhamos ditadores bem mais interessantes na minha época. O Ahmadinejad e o Assad até que tentam, mas nunca terão o "charme vilanesco" do Kadafi nos seus bons tempos, por ex..

Ok, mas vamos ao filme. Para quem é muito novo para lembrar, existiu uma Crise dos Reféns no Irã, em que empregados da embaixada norte-americana ficaram na mão de militantes por quase 2 anos. Mas meia dúzia conseguiu escapar a tempo e ficaram escondidos na embaixada canadense. O filme é sobre o que foi feito para tentar tirar esses 6 de lá em segurança. O trailer e todo o marketing do filme já diz o que foi feito. Mas se puder, veja sem saber, só pela surpresa [e na hora lembre: fatos reais!]

E é isso. Belas cenas [por falar nisso, a Torre Azadi é muito maneira. No filme ela pareceu ser maior do que realmente é, e ela seria extramente foda se tivesse o dobro ou triplo da altura, mas ainda assim, muito bonita], tensão sem parar, e nenhuma cena é desperdiçada. Nada ali pareceu estar em cena só para dramatizar, dar um charme ou encher película. E eu não lembrava que na crise tinham esses 6 em paralelo (se bem que por mais que eles temessem por suas vidas, o "cativeiro" deles foi bem mais aprazível que dos demais) e, para assistir ao filme, não lembrar de nada do que aconteceu é bom. Como é baseado em fatos reais, eu vi o filme esperando qualquer tipo de final. Até onde eu sabia, tanto podia metade deles ter morrido, como ter dado tudo certo, ou terem sido todos fuzilados.

Filme altamente recomendável para galera jovem que quer ver um bom trhiller de tensão ou que seja fã do Ben Affleck (sim, existe!); para os medianos como eu, que sabem quem eram os ditadores da época e tem boas noções do contexto; e até para quem lembra de tudo aquilo. Depois de ver o filme eu liguei para os meus pais e o recomendei para a minha mãe, falei até que ela podia falar para o meu pai que ele também gostará [ele sofre quando minha mãe o leva para ver filmes como "O Gato do Rabino" ou "Babel"]

Tudo bem que já "enganei" minha mãe [não foi de propósito] e a fiz ver Distrito 9, falando que era um filme sobre racismo e segregação. :-D [pô, mas é!]

Como já disse numa das primeiras postagens do blog (e acima), não sei comentar muito quando é para elogiar. Mas para não terminar outra postagem dizendo que alguma das atrizes do filme é uma graça (Kerry Bishé [olhei o imdb e não concluí de onde a conheço. Acho que de Scrubs mesmo]), e eu tenho tão pouco para ranzinzar em cima do filme [vide nome do blog], que vou comentar a cena mais inútil de ser comentada. Aquela que fará você terminar essa postagem pensando "ah, peraí... filmaço sobre política, CIA e crise no oriente... e o cara vem me falar DISSO?!". Pois... Vide novamente o nome do blog, a parte antes do Ranzinza.

Não sei se foi um "erro proposital", para dar realismo cenográfico (afinal, era um quarto de criança - se bem que até por isso mesmo, talvez fosse menos provável de estar errado), mas mais alguém teve a cretinice de reparar que erraram a posição dos bonequinhos? Colocaram o jawa no lugar de um dos sujeitos do povo da areia e vice-versa. [não falei? pior fim de postagem sobre o filme Argo possível!]

Ah, pensei em algo útil: para quem quiser se aprofundar, foi lançado no Brasil o livro Argo, escrito pelo agente que é o Ben Affleck no filme. Detestável a capa ser o cartaz do filme, mas editora brasileira tem essa mania ofensiva... Obrigado, editoras. Muito gentil da parte de vocês. A capa americana nem é tão melhor assim, e ainda parece o cartaz de 11 Homens e Um Segredo, mas passa.

Ah, e resenhas dos meus 2 sites preferidos para linkar resenhas:
Cinema com Rapadura: consagração como cineasta / poderoso thriller político
Screen Rant: a tense and captivating ride
E alguns comentários mais longos sobre fatos x ficção no filme, também do Screen Rant.

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