domingo, 24 de março de 2013

Battlestar Galactica: Blood & Chrome

Passaram-se quase 2 anos desde a postagem sobre Caprica. E hoje, finalmente, assisti a Blood & Chrome. Agora recompilada como telefilme. E... Não é tudo de bom, mas tinha potencial. Se Caprica durou 1 temporada inteira, esta podia também.

Se tivessem desde o começo planejado como uma história isolada, mostrando a primeira missão do Adama, também estaria bem, essa é a sinopse da minissérie. E depois do que vimos, não sei bem o que eles tinham em mente para a frente, já que o filme termina com o Adama, o Husker, finalmente ganhando o seu Viper (o avião de caça espacial do seriado). Só que o episódio inteiro foi focado na relação dele com o seu copiloto, num Raptor (um tipo de nave-transporte com o mínimo de armas, mas também usado para bombardeios).

Mas se ele termina o episódio trocando de turminha... Saindo da banda e indo para o time de futebol... Dali para frente a dinâmica seria outra. Talvez com o copiloto só servindo de mentor eventualmente. Mas bem pouco, porque, na teoria, o cara deixaria as forças armadas dali a poucas semanas. Ou seja, depois de nos mostrarem algo... Eles partiriam para algo, talvez, completamente diferente.
A série provavelmente iria para o lado Top Gun da coisa, bem mais militar que a horripilância que foi Caprica, e sem o lado místico/político da BSG.

Talvez se tornasse uma nova Space: Above & Beyond.

Mas então, o que temos: é uma versão Galactica do primeiro [o primeiro de verdade, o IV] Guerra nas Estrelas. Com a diferença que ao invés de salvar a mocinha do covil do vilão, eles têm que levá-la até lá. Temos um cadete novato, o Adama (o Luke da vez), levando uma mulher mandona que já estava participando da guerra faz tempo (a nossa Leia), e ambos sendo, a contra-gosto, ajudados por um veterano cínico, o co-piloto (assumindo o papel de Han Solo), numa nave que Adama acha uma banheira velha.

Belas batalhas espaciais, um monstro numa caverna de um planeta gelado (opa! O Impéria Contra-Ataca), efeitos ruins em algumas partes, algumas reviravoltas, novas naves, algumas antigas do seriado clássico.
E a Cylon-rascunho, de uma das imagens conceitos originais aparece. Mas não gostei muito do rosto dela, ficou boneca demais. E temos alguns cylons-robôs novos, mas também não gostei muito deles não.

Destaque para a nave base-cylon, em que tentaram um criativo meio-termo entre a clássica e a do seriado de 2003. [Putz, já tem 10 anos!! Putz duplos e triplos!]

Mas é isso. Caprica foram 18 horas de sofrimento. Blood & Chrome tem lá seus momentos ruins, mas foram 2 horas de diversão bem aproveitada. Não é nota 10. Mas para isso, teria que ir para um universo paralelo onde a nBSG não tivesse envolvido seres do além nem tornado metade dos personagens em cylons (sendo 2 deles novos na trama, ficou com muita cara de remendo). Se a nBSG foi nota 8,5 ou 9, e Caprica nota 2, B&C é um 6,5 bem justo, quase 7.

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