sábado, 2 de novembro de 2013

Doctor Who no cinema!

Só digo uma coisa: The Day of the Doctor no cinema!
E repito em negrito: The Day of the Doctor no cinema!
E aumento: The Day of the Doctor NO CINEMA EM 3D!
[ok, mas ser 3D é só um bônus divertido, não tenho essa tara]
E melhor ainda, na cadeira do centro na fila do meio! [obrigado engarrafamento pré-feriado e site do Ingresso.com com problemas! (que ficou uma merda depois da reformulação) vocês impediram os outros fãs de comprarem antes de mim]

É agora, universo! Eu não devo estar vivo no próximo aniversário de 50 anos [de 100] de Doctor Who, então esta é chance única! Mostre que sua implicância comigo é coincidência: eu não ficarei doente neste dia, nem nenhum parente morrerá, nem nenhuma ex-namorada aparecerá na porta com um bebê, nem as chuvas pararão o Rio: neste dia eu vou ao cinema! [levei 1 minuto para escrever o texto acima e depois, quando fui pegar o link do trailer abaixo, mais duas horas assistindo trailers do especial de aniversário e mais outras coisas que o Youtube ia sugerindo, desde nerdices de fã até uma excelente chamada de episódio que eu não conhecia].





O legal de Doctor Who é que eu não era um fã antigo da série - eu simplesmente nunca a assistira antes do recomeço em 2005. Mas de tanto ouvir falar e ver ao longo dos anos o carinho com que era tratada (e aproveito aqui para encaixar mais uma lembrança ao saudoso TopTV), sempre tive um certo respeito pela dita cuja.

E aí a série recomeçou, com um enredo envolvendo manequins (aqueles, de loja de roupa mesmo) assassinos. E claro, temos os Daleks, que basicamente são uma raça de lixeiras antigas com uma lanterna na testa e dois braços: um é um pá de batedeira e outro um desentupidor de pia - e eles são o principal vilão do seriado. Mas eles fazem isso com tanta seriedade e drama, e com atores tão bons, e ao mesmo tempo com tanto humor deslavado, que Doctor Who É a melhor de todas as séries de tv. Você assiste todas essas coisas bizarras, algumas com enredos bem ruins, mas eles te levam sem você perceber por tudo isso com tanto carisma, dando tanta credibilidade aos personagens, que cada episódio ruim é um ótimo episódio, e cada episódio bom é épico.

A frase citada num dos trailers abaixo (e parcialmente reproduzida a seguir) é de um episódio recente que foi um dos 'não grande coisa', mas a frase é tão impactante, com tanta história subentendida ainda que não fale nada na verdade, e dita com tanta emoção, que soa espetacular (e melhor ainda fora de contexto).

And I watched universes freeze and creations burn, I have seen thing you wouldn't believe, I have lost things you will never understand and I know things; secrets that must never be told, knowledge that must never be spoken, knowledge that will make parasite gods blaze!

OBS: no trailer, a parte sobre "the Could-Have-Been King with his army of Meanwhiles and Never-weres" é de outro episódio.

A cena em que o atual Doutor apresenta-se pela primeira vez para o vilão-da-semana (que era um ridículo globo ocular gigante num disco voador com cara de estrelinha ninja) é dita com muito menos raiva, enquanto o sujeito ainda escolhia qual gravata usar, e no entanto, quando ele simplesmente termina a fala com um "Olá! Eu sou o Doutor!", com a trilha sonora (o seriado tem excelentes trilhas) crescendo junto cada vez mais, ao final você já está torcendo pelo sujeito e achando tudo o máximo, quase fazendo aquela pose de dobrar o braço com punho e gritar YES! [fuck yeah!]

Outro episódio com uma história rala é o com o Vincent Van Gogh, mas ao final dele você precisa ter a alma negra e fria para não estar com os olhos nem um pouco úmidos. Toda a trama envolvendo a Pandorica eu achei meio confusa (até hoje não sei se deram reboot no universo ou não) mas junta todas as falas badass e discursos, e você esquece disso.

Isso é bom frisar: Doctor Who é no espaço [nem sempre, e bem pouco hoje em dia] e com alienígenas, mas é mais sobre os personagens do que qualquer outra coisa. E os extraterrestres, contexto, histórias de planetas e civilizações vão só sendo jogados e você acompanha se for rápido - e você fica com vontade de saber mais daquilo (e provavelmente nunca saberá, como o exército mencionado alguns itálicos atrás). Eu gosto disso, já elogiei isso em Frank Herbert várias vezes: ele só joga coisas ali como se você soubesse do que ele está falando e segue em frente. Ele não explica. Ele tem mais o que fazer, que é contar uma boa história. [mas não se enganem, a mitologia da série é grande e complicada o suficiente para agradar fãs mais maníacos] O episódio com Van Gogh, por exemplo, o monstro foi derrotado e ainda mal era metade do episódio, porque a história na verdade, não era sobre isso. O mesmo vale para o episódio escrito por Neil Gaiman (o próprio), por exemplo, o enredo em si é bem bobo e os vilões parecem de um livro infantil [vindo do Gaiman, é até possível que sejam], mas a principal história sendo contada, da camaradagem entre o Doutor e sua nave, é tocante. [o pior é que não dá para explicar sem estragar a surpresa, e ver esse episódio solto sem já ser um fã também não deve ter o mesmo impacto]

O fato de eu adorar a série e até hoje não ter uma postagem sequer sobre ela é que acho impossível fazer jus à obra. Ainda mais sendo um novato, que perde uma porrada de referências. Então deixa eu parar de falar, repetir que é a minha série preferida [Firefly em segundo lugar], colocar mais dois trailers sobre The Day of the Doctor, e começar a contar os dias.

Trailer de cinema para o especial:



E um fantástico megatrailer (7 min) de fã, juntando alguns trailers da BBC e mais algumas cenas da série:

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