Essa série de postagens "Últimas Compras", que também poderia ser chamada de "Não sei quando vou ler e se algum dia vou resenhar, isso se o blog ainda existir até lá. Então deixem eu comentar umas besteiras logo!" estava parada faz muito tempo. Tenho várias postagens em rascunho pelo meio... Mas vou tentar ressuscitar isso em 2013.
Então vamos nessa! Janeiro e Fevereiro:
:: LIVROS
Coleção SOS Ficção Científica, de vários autores - Cedibra
Essa já teve uma postagem-introdução, uma postagem-ócio e em breve [sabe deus quando] uma postagem-homenagem. Então não falarei dela. Mas a busca continua! Faltam poucos livros para completar os 87!
Trilhas do Tempo, de Jorge Luiz Calife - Devir
Eu li os 2 primeiros livros da Trilogia Padrões de Contato. Nunca li o terceiro porque não vi por acaso em nenhum sebo, e também acabei não indo atrás. Não lembro muito do segundo, mas o primeiro foi só legal. Gostei dos saltos temporais da história. Mas como também não foram ruins, então estava no plano terminar de lê-los algum dia. Quando saiu a trilogia pela Devir, comprei. E quando saiu o Ângela Entre Dois Mundos, comprei também. Não li ainda, mas algo que me chateou no Ângela é que o visual puramente sci-fi da primeira capa, ficou com um jeitão de quadrinho, com a menina desenhada. Não me entendam mal, super bem desenhado, gostei da nave e a Ângela é bonitinha!, mas sei lá... não sou muito fã de capas de FC com rostos. E se é para ser desenhado, prefiro algo mais rabiscado ou num estilo mais Alex Ross.
Tudo isso foi para dizer que... Se não fosse do Calife... "O Clarke brasileiro"... Eu talvez não comprasse um livro com a capa deste Trilhas. Foi mal Vargas! (o desenhista)
São a Trinity, a Buffy e a Bloodrayne [estou zuando, mas lembrou] naquela tradicional pose de "Quero mostrar o rosto, mas saca só a minha bunda!", as três esperando por um gigantesco pênis voador.
DEPOIS... descobri que foi proposital (Diário do Vale). Ok... Então... Bom trabalho! rs!
Então, galerinha, desabafo posto, se você também olhou torto pra capa erótica/juvenil, saibam que não foi por apelação pura! E, ora!, é o Calife, cacetes siderais! Isso é o suficiente para validar a compra.
A propósito, depois do escrito acima li esse link no Europa SF. Texto do Roberto de Sousa Causo. Fui parar num site europeu para ler algo de um brasileiro, mas ok, tá valendo. Talvez até valendo mais do que se fosse de um europeu que eu não tenha motivos para respeitar. O Causo tem moral. E ele acabou confirmando a razão do por que eu gosto do Calife mas nem tanto das histórias dele: o cara parece mesmo o Clarke! Não era só impressão minha. E eu não sou muito fã do Clarke. Gostava do cara... Mas as histórias dele nunca deram aquele tcham no meu cérebro que o Asimov, Brown ou Lovecraft conseguiram com certa facilidade. Mas que venham mais. [e eu tenho que achar o Sereias para comprar]
Mutts, os Vira-Latas, de Patrick Mcdonnell - Devir
Porque nem só de tirinhas do Dilbert, Garfield, Calvin, Get Fuzzy, Lenore, XKCD ou Dork Tower vive um homem.
O problema é só que a Devir nunca lançou o resto da coleção. Só esse primeiro. São tirinhas mostrando o dia-a-dia de um cão normal (Duque) e um gato sacana (Chuchu). O humor das tirinhas é bem... clássico! Old School, se preferir. Não sei como chamar de antiquado sem parecer uma reclamação. Entre ter começado essa postagem e a revisão do texto [que estou fazendo agora, aumentando várias coisas também], já li. E é bom. Não tem o cinismo ou a nerdice das outras tirinhas que citei, mas é bem legal, só podia ser mais grosso também. [o "também" fará sentido lendo o livro seguinte]
Níquel Náusea: Com Mil Demônios, de Fernando Gonsales - Devir
Adoro essas tirinhas. Estava lá na Devir, comprando o Calife... E além do Mutts comprei a 1ª coletânea delas. O problema: eu sempre achei elas meio caras... Então fiquei enrolando até agora para comprar. E agora que comprei... Putz! É muito fina! Míseras 48 páginas. Colorido, de excelente qualidade, mas são cerca de 230 tirinhas por R$ 24. Um livro do Dilbert, que só muda que o papel é fosco ao invés de brilhante (mas dane-se), sai por US$ 11, com 50% mais tirinhas. Ou o "Custo Brasil" pegou pesado... Ou o bateu olho grande por lucro forte! Na mesma Devir, Sin City ou Astro City [foda! e mega-foda!] custam menos que o dobro. Tem algo errado nessa matemática.
Acho que vou esperar o Gonsales morrer e comprar o capa-dura, com a obra completa.
Dica para a Devir: impressão colorida sim, mas não precisa ser papel-couchê.
Ficção de Polpa: Aventura!, org. por Samir Machado - Não Editora
Acabei nunca voltando na série (e também nunca terminei as Imaginários), mas mesmo não tendo ficado muito fã dos livros do Samir [bem, só li 1 até agora], e mesmo aventura não sendo muito meu estilo... Eu detesto não ter a série completa. Deve ser algum tipo de TOC. [eu prefiro o termo "colecionador"] E nunca se sabe, pode ser bom.
Parafraseando o comercial... "FC não tem. Tem aventura. Pode ser?" [mas nesse caso em específico... se só tiver Pepsi, eu peço uma Soda] [até Simba seria melhor]
O Cordeiro - O Evangelho Segundo Biff, o Brother de Infância de Cristo
(Lamb: The Gospel According to Biff, Christ's Childhood Pal), de Christopher Moore - Bertrand Brasil
Não sei o que esperar desse livro. Estava na dúvida sobre comprá-lo faz muito tempo. Zuações com o Cristianismo são sempre bem-vindas (e com outras religiões também) [pô, eu respeito todas, mas não quer dizer que não ache graça de quando sacaneiam suas falhas e dogmas mal-explicados], mas as vezes as piadas são complexas demais, feitas para pessoas que passaram anos estudando teologia [e só serão entendidas por cátedras religiosos]; ou dignas de um Zorra Total [tão ruins que você se arrepende de ter televisão em casa]. Minha esperança é que o livro fique num meio-termo decente.
O título do livro é tudo que sei da história dele.
Alice - Edição Comentada (The Annotated Alice: The Definitive Edition), de Lewis Carroll, comentado por Martin Gardner - Ed. Zahar
Esse ano vou jogar o American McGee's Alice 2: Madness Returns... Mas resolvi que vou ler o livro antes. Não só para finalmente pegar todas as referências à história original, como também para tomar vergonha na cara, porque eu já devia ter lido isso. Achei o livro meio caro e, sendo da Zahar, esperava que fosse capa dura, mas é a minha velha lógica para esses casos: "Já gastei mais que isso para coisas que valiam menos!". E com todas as vantagens dessa edição (comentários, ilustrações, etc - exceto a capa, que é muito feia), eu me recusaria a comprar qualquer outra versão agora de qualquer jeito.
A história... Pô, me recuso. Fica só o comentário de que além do "As Aventuras de Alice no País das Maravilhas" o livro também inclui o "Alice Através do Espelho e O Que Ela Encontrou Por Lá".
14, de Peter Clines - Permuted Press
O enredo me fez pensar rapidamente no Delicatessen, mas acho que só porque é um prédio com gente esquisita em algo pós-apocalíptico. Acho que o que me convenceu a ler foi a parte da chamada que fala em baratas mutantes! Você precisa de mais do que isso? São baratas! Mutantes!
Vamos ver no que dá.
Pesadelos e Paisagens Noturnas (Nightmares & Dreamscapes), de Stephen King - Objetiva
Nunca me interessei muito em ler Stephen King. Mas milhões de pessoas não podem estar assim tão erradas. E até que a série Torre Negra (que ainda não terminei) é bem interessante. Então resolvi comprar esse, que saiu em 2 volumes, que são vários contos curtos do cara. Se a maioria me agradar, de repente começo a comprar mais livros dele.
Third Shift: Pact, de Hugh Howey
Ainda nem comecei a ler Wool, mas o que li sobre os livros até o momento me convenceu. Estou comprando todos os livros desse cara no mesmo universo. Quatro até o momento (8, se levar com conta que o meu 1º é na verdade a coletâneas dos 5 primeiros originais) e ainda faltam mais 3 para o cara completar. Torcer para eu gostar da bagaça depois. Mas até que tenho me dado bem com essa galera que começou só fazendo os livros digitalmente e agora imprime por demanda. Muita coisa boa.
A história da série gira em torno de uma galera que vivo em silos sob a terra (imagino que o nome silo seja mais um apelido do que uma descrição exata, senão seria muita pouca gente), numa Terra destruída. Os 3 livros da série Shift passam-se antes da série Wool. E depois virão mais 3, da série Dust, unindo as duas.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Duro de Matar 5: Um Bom Dia para Morrer
Nome original: A Good Day to Die Hard
Duração: 1h38min -- Ano: 2013 -- Trailer
De: John Moore (Max Payne) e Skip Woods (Wolverine)
Com: Bruce Willis (de A Gata e o Rato [adorava essa série]), Jai Courtney (de Espártaco: Sangue e Areia [sim, eu traduzi o nome do cara! é babaquice não fazê-lo]), Sebastian Koch, Rasha Bukvic, Sergei Kolesnikov (os três de nada que eu conheça), Yuliya Snigir (Юлия Снигирь) (de Prisioneiros do Poder) e Mary Elizabeth Winstead (de Scott Pilgrim Contra O Mundo e Super Escola de Heróis).
Resumindo: é divertido. Podia ser melhor, mas não chegou a ser tempo desperdiçado. Mas até concordo com todos que dizem que o filme podia muito bem NÃO ter se chamado Duro de Matar. Chamassem só de "Um bom dia para morrer", "Inferno Vermelho 2", ou qualquer coisa, que continuaria sendo um filme divertido, mas sem precisar associá-lo à série. Mas fazê-lo também não me traumatizou.
Todo mundo reclama que nesse o McLane virou um super-herói mega-confiante, que metralha tudo e todos sem se preocupar em ser atingido, munição, e a certeza absoluta de que vai resolver. Complemente contrário ao policial todo ferrado que, se pudesse, não estava resolvendo nada no Nakatomi do 1º filme. Só teve que resolver a situação por que era ele ou ninguém, e ainda por cima a vida da esposa estava em risco.
Mas vejamos... Deixem-me dar uma idéia. E eu não gosto de ser do tipo que inventa uma explicação do tipo "isso aconteceu fora das telas" e pronto, buraco resolvido! Mas... Neste filme a filha dele é adulta, o filho um marmanjo meio Jason Bourne [sinceramente, nunca soube pelos outros filmes que ele tinha dois filhos. Foi dito e eu não percebi ou inventaram isso agora para esse?], e ele está careca e velho. Então é válido supor que esse filme NÃO se passa alguns meses depois do primeiro.
Na verdade, acabei de vasculhar a rede lendo várias irrelevâncias sobre os personagens, atrás das datas. Se concluí corretamente, passaram-se 24 anos entre o 1º filme e o último [e o filho aparentemente apareceu no 1º filme sim, ainda criança].
No segundo filme ele e a esposa brincam por terem se enfiado numa rabuda daquelas pela 2ª vez. E ele ainda se enfia em mais duas depois disso. Quem nos garante então... que aquilo não virou rotina pro cara? Quem nos diz que nos 20 anos entre o 1º e o último filme ele não se meteu em OUTRAS "incríveis aventuras com uma polícia da pesada"?
No primeiro filme ele estava na polícia faz uns 10 anos. Ele agora está na polícia a mais de 30! Até onde sabemos o cara pode muito bem ter passado anos pegando cada vez mais experiência naquele tipo de situação doida, de repente ele virou o cara da NYPD que sempre era chamado para os pepinos daquele calibre.
Sentado ou cuidando de travessia de crianças em frente ao colégio é que não foi.
Não lembro agora se foi no CCR ou no MRG que alguém comenta sobre, no 4º filme, ele não ter lançado um carro no helicóptero no desespero... ele fez aquilo com a certeza absoluta de que daria certo.
Poxa! Se eu tivesse a experiência que esse cara (hipoteticamente) teve, eu não ia chegar naquele ponto lançando carros em helicópteros... Eu ia me sentir o próprio Riddick! Eu ia parar na frente da aeronave, tirar uma caneca do bolso, apoiá-la do meu lado e dizer para o piloto "Está vendo isso? Eu vou te derrubar usando só esta caneca!" e ainda faria aquele movimento de mãos "vem nessa" à lá Bruce Lee.
Sim, eu sei, mandei para o cacete qualquer chance de realismo. Mas é por isso que eu concordo com todas as críticas. Esse 5º capítulo chutou o balde legal. Só de exemplo, por duas vezes no filme o McLane pula para a morte. Ele escapa vivo, claro, mas ele não tinha nenhuma noção do que aconteceria do outro lado do vidro da janela. Apenas resolve pular, para fugir. Vocês conseguem imaginar o personagem, lá no Nakatomi do filme 1, pulando da janela? É... e aqui ele faz isso duas vezes. E nem quebra nenhum osso. Só faltou estar passando na hora um caminhão aberto transportando travesseiros de penas.
Mudando de assunto, lindíssima vilã. Pior que eu já a conhecia mas não reconheci. Ela é a namoradinha do cara no The Inhabited Island (Обитаемый остров), que só hoje descobri que tem um nome em português (ok, é igual ao livro, então foi fácil batizar, mas nem sabia que já fora lançado oficialmente por aqui).
Mas é isso. Tenho nada para falar não. Só queria palpitar sobre o fato do McLane ter virado Super-Mega-McLane não ter me incomodado tanto. Pô, igual Pokémon: ele evoluiu!
Mas como sempre, fico com pena de quem veio aqui e descobriu que a postagem não ajudou muito, então tomem uma resenha alternativa para vocês. Sem ser dos sites de sempre, para variar um pouco. A resenha é meio pessimista, mas não há muito o que discordar não. Twitchfilm.com: A GOOD DAY TO DIE HARD is Dead on Arrival
Duração: 1h38min -- Ano: 2013 -- Trailer
De: John Moore (Max Payne) e Skip Woods (Wolverine)
Com: Bruce Willis (de A Gata e o Rato [adorava essa série]), Jai Courtney (de Espártaco: Sangue e Areia [sim, eu traduzi o nome do cara! é babaquice não fazê-lo]), Sebastian Koch, Rasha Bukvic, Sergei Kolesnikov (os três de nada que eu conheça), Yuliya Snigir (Юлия Снигирь) (de Prisioneiros do Poder) e Mary Elizabeth Winstead (de Scott Pilgrim Contra O Mundo e Super Escola de Heróis).
Resumindo: é divertido. Podia ser melhor, mas não chegou a ser tempo desperdiçado. Mas até concordo com todos que dizem que o filme podia muito bem NÃO ter se chamado Duro de Matar. Chamassem só de "Um bom dia para morrer", "Inferno Vermelho 2", ou qualquer coisa, que continuaria sendo um filme divertido, mas sem precisar associá-lo à série. Mas fazê-lo também não me traumatizou.
Todo mundo reclama que nesse o McLane virou um super-herói mega-confiante, que metralha tudo e todos sem se preocupar em ser atingido, munição, e a certeza absoluta de que vai resolver. Complemente contrário ao policial todo ferrado que, se pudesse, não estava resolvendo nada no Nakatomi do 1º filme. Só teve que resolver a situação por que era ele ou ninguém, e ainda por cima a vida da esposa estava em risco.
Mas vejamos... Deixem-me dar uma idéia. E eu não gosto de ser do tipo que inventa uma explicação do tipo "isso aconteceu fora das telas" e pronto, buraco resolvido! Mas... Neste filme a filha dele é adulta, o filho um marmanjo meio Jason Bourne [sinceramente, nunca soube pelos outros filmes que ele tinha dois filhos. Foi dito e eu não percebi ou inventaram isso agora para esse?], e ele está careca e velho. Então é válido supor que esse filme NÃO se passa alguns meses depois do primeiro.
Na verdade, acabei de vasculhar a rede lendo várias irrelevâncias sobre os personagens, atrás das datas. Se concluí corretamente, passaram-se 24 anos entre o 1º filme e o último [e o filho aparentemente apareceu no 1º filme sim, ainda criança].
No segundo filme ele e a esposa brincam por terem se enfiado numa rabuda daquelas pela 2ª vez. E ele ainda se enfia em mais duas depois disso. Quem nos garante então... que aquilo não virou rotina pro cara? Quem nos diz que nos 20 anos entre o 1º e o último filme ele não se meteu em OUTRAS "incríveis aventuras com uma polícia da pesada"?
No primeiro filme ele estava na polícia faz uns 10 anos. Ele agora está na polícia a mais de 30! Até onde sabemos o cara pode muito bem ter passado anos pegando cada vez mais experiência naquele tipo de situação doida, de repente ele virou o cara da NYPD que sempre era chamado para os pepinos daquele calibre.
Sentado ou cuidando de travessia de crianças em frente ao colégio é que não foi.
Não lembro agora se foi no CCR ou no MRG que alguém comenta sobre, no 4º filme, ele não ter lançado um carro no helicóptero no desespero... ele fez aquilo com a certeza absoluta de que daria certo.
Poxa! Se eu tivesse a experiência que esse cara (hipoteticamente) teve, eu não ia chegar naquele ponto lançando carros em helicópteros... Eu ia me sentir o próprio Riddick! Eu ia parar na frente da aeronave, tirar uma caneca do bolso, apoiá-la do meu lado e dizer para o piloto "Está vendo isso? Eu vou te derrubar usando só esta caneca!" e ainda faria aquele movimento de mãos "vem nessa" à lá Bruce Lee.
Sim, eu sei, mandei para o cacete qualquer chance de realismo. Mas é por isso que eu concordo com todas as críticas. Esse 5º capítulo chutou o balde legal. Só de exemplo, por duas vezes no filme o McLane pula para a morte. Ele escapa vivo, claro, mas ele não tinha nenhuma noção do que aconteceria do outro lado do vidro da janela. Apenas resolve pular, para fugir. Vocês conseguem imaginar o personagem, lá no Nakatomi do filme 1, pulando da janela? É... e aqui ele faz isso duas vezes. E nem quebra nenhum osso. Só faltou estar passando na hora um caminhão aberto transportando travesseiros de penas.
Mudando de assunto, lindíssima vilã. Pior que eu já a conhecia mas não reconheci. Ela é a namoradinha do cara no The Inhabited Island (Обитаемый остров), que só hoje descobri que tem um nome em português (ok, é igual ao livro, então foi fácil batizar, mas nem sabia que já fora lançado oficialmente por aqui).
Mas é isso. Tenho nada para falar não. Só queria palpitar sobre o fato do McLane ter virado Super-Mega-McLane não ter me incomodado tanto. Pô, igual Pokémon: ele evoluiu!
Mas como sempre, fico com pena de quem veio aqui e descobriu que a postagem não ajudou muito, então tomem uma resenha alternativa para vocês. Sem ser dos sites de sempre, para variar um pouco. A resenha é meio pessimista, mas não há muito o que discordar não. Twitchfilm.com: A GOOD DAY TO DIE HARD is Dead on Arrival
domingo, 24 de fevereiro de 2013
24 meses de jogos no PC
É isso aí... faz tanto tempo que não resenho jogo, que vou fazê-lo de uma só vez para tudo que joguei nos últimos 2 anos e que não tenha tido a própria postagem, como o Rage ou Duke Nukem Forever [que ainda está em rascunho]. OBS: tudo PC, não jogo video-game desde o Atari 2600.
Comentário making-off: comecei a postagem como "Doze meses de jogos", mas no meio vi que era muita coisa, e eu não jogo tanto assim (demoro bem para terminar cada um); chutei 2 anos então. Não tenho idéia do tempo real que levei.
The Walking Dead, Telltale
(wikipedia / site oficial / trailer)
História: escapar vivo de um mundo dominado por zumbis e gente ruim. Importante: é jogo de aventura, você anda, conversa, resolve coisas, faz amizades (ou não). Não é só sair desmiolando mortos-vivos com sua bereta (mal tem isso no jogo).
Jogo ganhador de vários prêmios do tipo "o melhor do ano". E talvez tenham sido merecidos mesmo. É muito bom. Mesmo estilo do Sam & Max, mas com muito mais decisões morais. E todas tendo que ser tomadas sem tempo para pensar.
Só estejam com seu inglês em dia, por não ter percebido (na pressa) a nuance de uma frase no começo do jogo, escolhi uma opção que fez o cara de bigode me olhar torto metade do jogo. Pô, nem foi de propósito, e na hora não me ocorreu que eu podia ter voltado um pouco o jogo sem recomeçar a fase inteira. Mas atentem: não dá para ficar nessa de salvando, testando, voltando e refazendo não. O jogo salva quando ele quer e ponto final. Talvez para desmotivar esse tipo de malandragem.
Ótimo jogo, mesmo que você não seja fã de zumbis.
E joguem também Sam & Max!
The Elder Scrolls V: Skyrim, Bethesda
(wikipedia / trailer) [sem link para o site oficial pq ele é muito ruim]
História: salvar o mundo de dragões homicidas e vencer uma guerra, tudo isso enquanto passeia pelo lugar explorando e fazendo dinheiro para comprar armas e roupas melhores.
Gigante! Cacete... É muito grande! [uia!] Vejam essa musiquinha e esqueçam do mundo por muitas horas. Muitas! E olha que meio que desisti de fazer tudo. Não sou muito fã de jogar várias vezes, cada uma com um alinhamento ("Sou bonzinho, e só farei coisas caridosas e limparei o mal do mundo"). Não... A velhinha me pede para salvar o gatinho... Eu mato 50 orcs piratas mágicos e salvo o gatinho. [isso é um exemplo, não aconteceu no jogo] Mas a Guilda dos Assassinos me pede para matar uma noiva inocente, no seu discurso de casamento [isso aconteceu]... "Missão dada é missão cumprida!" E não é que eu seja um cara mal... É que sei que nunca terei o saco de recomeçar o jogo todo de novo, mas agora sendo bandido... Depois recomeçar sendo ninja... Depois rejogar sendo uma margarida! Não, já que o jogo permite, faço tudo de uma vez e pronto.
Em Fallout não dava, então eu seguia minha consciência. Até comecei a rejogar uma vez, sendo o maior dos filhas da puta... Mas matar todo mundo de forma inconseqüente é divertido por alguns minutos, não para refazer o jogo inteiro. Pelo menos vi o que acontece se você NÃO desarmar o explosivo na cidadezinha com uma bomba atômica encravada no meio.
Voltando ao Skyrim, pelo menos posso me orgulhar de não ter feito nenhuma missão de cortar madeira. Nem me pediram. Mas putz... O que eu tive que fazer de cordãozinho e anel, só para botar feitiço e depois vender (ou jogar fora), só para aumentar meu % de Encantamento...rs!!! [em compensação, fiquei com um arco foda quando finalmente pude colocar 2 feitiços nele] [alguém, me mate... por favor!]
Falemos de problemas. Algo que poderia mudar nesta série no futuro (ou voltar, não sei como era isso antes do Oblivion) seria justamente criar um senso de responsabilidade ou de urgência. Se a mocinha na floresta pede minha ajuda para achar o marido, eu até tenho a opção de responder "Vai se catar que tenho coisas mais importantes para fazer."
Mas isso é mentira. A opção está lá só para se você quiser ser babaca. Agora... Se eu resolvesse ajudar a mocinha e a história do jogo NÃO PARASSE enquanto isso, minhas decisões teriam peso.
De repente, no tempo que eu levei até descobrir que o cara morreu no fundo de uma caverna, só para avisar a garota que ela agora é viúva... Uma cidade inteira poderia ter sido destruída. Ou não. Ou a mulher pode ficar grata pela ajuda desinteressada e me dar algum poder único no jogo. Ou não também, e só ficar lá chorando. As decisões tinham que ter alguma utilidade e conseqüência. E não apenas "Num momento X do jogo você pode entrar no exército A ou B." e daí em diante algumas missões serão diferentes.
OBS: não terminei o jogo ainda, acabei de passar dessa parte acima. Não podia continuar o jogo e organizar uma reunião entre os 2 lados em guerra sem me juntar à algum deles (os Imperiais ou os insurgentes). Eu não queria fazer inimizades, mas as missões paralelas estavam cansando (missões de ladrões, de assassinos, e as da mocinha lobisomem que só fica me pedindo para matar bicho).
Voltando ao problema do tempo, se alguém me pede para entregar uma carta para o filho no outro lado do continente, numa viagem de dias, eu deveria me sentir compelido a NÃO fazer aquilo instantaneamente, e me programar para entregar a carta só quando eu estivesse passando pela região. Como o jogo é agora, eu posso gastar 5 dias (de dentro do jogo) para entregar o papel, voltar (mais 5 dias), avisar o cara "Tudo certo, entreguei o cartão de Boas Festas para o seu filho" só para ganhar 10 moedinhas, e, nesses 10 dias... O MUNDO PAROU. A guerra NÃO seguiu em frente e dezenas de pessoas NÃO morreram porque eu fui relapso em evitar ataques de dragões. E nem em momento algum irá aparecer na tela "VOCÊ PERDEU! Sua incompetência generalizada em salvar o mundo causou a destruição do planeta" Ok, até chegar ao ponto de aparecer essa mensagem você teria que ser muito ruim e já estar andando num cenário de cinzas. Mas deveria existir a possibilidade. Não existe.
Outra coisa é que o jogo entrega as coisas muito facilmente, não te deixa parar para pensar "O que eu faço agora?". Tem uma parte do jogo que eu prendo um dragão e preciso descobrir um endereço com ele. Ele responde: "O único jeito de você chegar lá é voando. Solte-me, que te levo. Pode confiar."
Novamente, o jogo me dá opções de respostas como estas:
A) "Nunca! Maldito lagarto voador!"
B) "Mas como eu posso acreditar em você, dragão?"
C) "Sério? Sempre quis voar. Partiu!"
Só que o computador atualiza minha missão para "Monte o dragão e vá até o lugar". Putz... Então É ÓBVIO que eu posso confiar nele. E toda a conversa é irrelevante.
Minha missão tinha que ser "Chegue no lugar" e aí... na conversa acima as opções realmente teriam utilidade. Eu podia matar o bicho e me ferrar procurando o lugar a pé (mas ter como chegar lá assim). Poderia tentar entrar num acordo. Ou poderia acreditar nele, e, aleatoriamente, ou o bicho me levar lá mesmo... Ou me soltar numa cratera com 5 dragões e sair rindo (ou seja, eu não devia ter confiado nele).
Além do jogo entregar muito facilmente o que tenho que fazer e não me dar nenhuma senso de dever, há também problemas técnicos. Muitos bugs aqui e ali (que eu vejo soluções pela internet, como um cara que me manda entrar na sala dele, mas não abre a porta, ou o computador me mandar ir perguntar algo para um sujeito e a pergunta não aparecer nas opções) [obs: os patches corrigem boa parte dos problemas, mas como sempre criam novos, eu prefiro ficar com os antigos e arranjar soluções paralelas, via console], e alguns problemas de, digamos, planejamento: há horas ou muito difíceis, que você precisa ficar maceteando, ou você é bem mais poderoso e vai de peito aberto sem nem se preocupar. E seus companheiros são idiotas. São bons só para você carregar mais coisas e depois vender, mas agora que já tenho dinheiro para cacete no jogo, deixo eles em casa. Até casei com a mocinha de rosto pintado estilo Coração Valente, mas larguei ela em casa também (assim a Lydia tem com quem conversar).
Sobre a burrice e ficar maceteando... A programação dos inimigos chega a irritar. Vejam esse vídeo. Isso acontece! O cara pode ter uma flecha encravada na testa, mas se você se esconder, o sujeito fala "Ah, deve ter sido minha imaginação..." e volta aos seus afazeres. Porra! É uma FLECHA! ENCRAVADA! NA TESTA! O sujeito pode até não te achar (já que você está escondido), você pode até flechá-lo novamente com direito ao bônus de furtividade (porque você está escondido), mas o cara voltar à comer o café da manhã [aconteceu!] é demais!
Mas falemos de algo mais importante. Os ursos! Ah, os ursos! Minha diversão no jogo: me esgueirar perto dos que dormem em montanhas, e dar o "grito empurrador" neles abismo ou barranco abaixo! Muito bom. Sempre divertido. Com tigres não tem a mesma graça, ursos são gordinhos e fofos. E pelo jeito, não sou o único maluco: link e link (o 1º é melhor, e depois desses, achei vários outros).
Por falar em diversão, para verem como é a jogabilidade, seguem abaixo os episódios do Nerdplayer sobre o tema. Talvez sejam mais engraçados para quem jogou, mas são muito bons: Episódio 1 -- Ep.2 -- Ep.3 -- Ep.4 -- Ep.5 -- Ep.6
Limbo, Playdead
(wikipedia / site oficial / trailer)
História: Chegue ao final do... hummm... limbo (?) para... eeerr... e aí... E tem uma aranha gigante e lesmas brilhantes... E aí você chega na... onde tem água e engrenagens. O enredo oficial diz que você está em busca da sua irmã, mas nada no jogo te diz isso. Não importa. Quem aqui jogou Mario pensando no bem-estar da monarquia? Pois então...
Ouvi falar faz muito tempo do jogo. Lembro de Jovem Nerd falando disso em algum podcast, vi elogios por aí... Mas só fui jogar faz quase 1 ano. E levei uma eternidade (sei lá, meses), não por ser muito difícil, mas que estava tão bom, que não queria só acabar logo. Jogava. Resolvia um quebra cabeça, e parava ali. Ia dormir satisfeito, feliz com minha inteligência e com a sinistralidade do jogo.
Ou... Não resolvia o mistério, e ficava preso lá... Achando-me uma anta. Mas não vi nenhum solução via Youtube. Fiquei preso algumas semanas em algumas partes. (OBS: jogava só na hora de dormir e raramente mais de umas 2 vezes por semana). Olhando, olhando... E morrendo das mais dolorosas formas possíveis.
Jogo excelente. Lindo de ver. E com um final vago, mezzo-incompreensível mezzo-trágico, que pode deixar a história ainda mais bonita dependendo de como você o interprete.
Dishonored, Bethesda
(wikipedia / site oficial / trailer foda / trailer recente)
História: falsamente acusado de matar a imperatriz, você precisa escapar e resolver toda a situação. Ou matando todos em seu caminho, ou na moita, sem ninguém perceber. Isso tudo numa cidade steampunk, infestada de ratos, com pouca munição e alguns poderes mágicos.
Detalhe, quando vi o trailer acima (o com a música espetacular, e não o recente, adoro esses remixes macabros de temas infantis), achei que quem iria se vingar e matar todos fosse a garota, já adulta. Pô, "And up, SHE rises!", e encaixaria no tema e com a voz da cantora. Mas a verdade é que a canção já era com "she" muito antes do jogo. E eu sabia disso, mas teria ficado legal de qualquer jeito - e a vingança seria muito mais vingativa. Ao invés da história se passar toda em poucos dias e os poderes mágicos aparecerem do nada, teriam sido anos de treinamento, sacrifícios pessoais e acordos com o oculto para, só então, estar preparada.
Mas por falar nos remixes macabros, vale relembrar o antigo trailer do Dead Space. Se nunca conheceu ou esqueceu (faz 5 anos), veja.
Dishonored foi o último desta postagem que terminei [ontem]. Excelente! Joguei inteiro numa pausa do Skyrim. Tem lá suas falhas... Matei uma cortesã por acidente andando na direção dela. Eu só estava tentando fazê-la sair do caminho... E aí, sei lá... Acho que ela bateu com a cabeça na sacada ou tinha alguma condição cardíaca e infartou! Droga, quase consegui passar aquela fase inteira sem matar ninguém. Bug do jogo.
Mas muito legal. Para quem fica boa parte do tempo em Skyrim se encolhendo nos cantos, um jogo feito para - ou melhor, que dá a opção - de você passar o jogo inteiro assim... Pode parecer horripilante para quem quer ação... Mas eu me diverti bastante. Mas quem quiser só sair matando, o jogo oferece opções bem divertidas. Alguns exemplos aqui (veja o nº10 também) e tem muito mais no Youtube.
Claro, na fase dos assassinos no bairro alagado, bateu o Dia de Fúria... Pô, era eles ou eu! Soldados davam pena de matar... Eram só servidores públicos fazendo seu trabalho. Mas assassinos de uma gang... Quis nem saber que ia piorar meu % de caos... Mereciam. [e também era mais fácil] Matei a maior parte deles com flechas incendiárias por pura diversão. Burn, motherfucker, burn! Menos o chefe, esse eu não matei só para terminar a fase cumprindo a missão como Não-Letal. Mas isso deu trabalho.
Só foi pena que não vi como não matar a moça na festa... Se bem que pelo jeito ela não seria muito feliz da outra forma. (vi qual era a solução não-fatal no Youtube depois) Mas ok. Para quem matou uma mocinha no próprio casamento em Skyrim...
Ah, linkando o Nerdplayer no Skyrim, vi que tem um episódio desse aqui também lá. Não é tão bom, mas dei boas risadas. Tomem o link para vocês.
Call of Duty: World at War, Activision
(wikipedia / site oficial / trailer)
História: mate soldados inimigos na Segunda Guerra Mundial.
Putz... Por duas vezes, ao entrar no jogo, descobri que todos os saves foram para o cacete! Na primeira eu vi um cheat na internet e voltei para onde estava. Na segunda... Estou nela até hoje, estou esperando ter saco de voltar no jogo. Nunca voltei porque ele é meio chatinho. Diverte, mas não dá aquele estalo de "putz, quero continuar jogando" que qualquer um dos jogos acima teve. Servia para entrar, dar uns tiros e matar alguns NPCs nazistas, e 30 minutos depois ir fazer algo útil. O mais fraco da série até o momento. Até o anterior (sei lá... sempre confundo esse com o Medal of Honor), que era guerra moderna foi melhor. O Airborne do MoH foi bem melhor.
OBS: sim, eu sei que estou desatualizado e que já estão no nono Call of Duty (esse aqui é o quinto), mas esse não me inspirou a experimentar os seguintes. Sei que vou jogá-los algum dia, mas não fiquei com pressa.
Project 6014, Cedric Horner e outros fãs
(wikipedia / site oficial / trailer / abertura)
História: salve a galáxia derrotando naves 2D, vendendo minérios e ouvindo muita zuação em conversas com aliens.
Eu amo esses caras! Uma continuação para um dos meus jogos preferidos e 17º melhor de todos os tempos pela IGN em 2005.
O Star Control foi um dos primeiros jogos que conheci no PC. Ele nem tinha uma história linear, lembro de várias pequenas missões em que você precisava escolher o melhor caminho, criar colônias para te ajudar, e então atacar. Resolvi jogar o Sins of a Solar Empire (jogo mais abaixo) justamente por ele me lembrar o 1º Star Control. E além disso, uma das opções do jogo era montar times rivais e partir logo para a porrada (na época eu tinha um esquema de cabeça, e sabia exatamente qual era a melhor nave para enfrentar qual).
Um tempo depois, em 1992, surgiu o Star Contro II, com uma liberdade de movimento e humor que não existiam em jogos da época. (ou nada que eu conhecesse pelo menos), e agora com uma história linear. Você simplesmente podia ir para onde quisesse. Claro, não chegava a ser um jogo de mundo aberto, e no final, se você não fizesse as coisas certas, perdia. Mas você podia fazer seu próprio caminho e... importante, com a história se desenrolando em paralelo. Nada de ficar passeando e o universo te esperar. [toma essa, Skyrim!] Numa das vezes que joguei, uma das raças foi aniquilada antes de eu conseguir falar com eles (e sobrou conversar com o parasita). Também perdi outra vez (ou seja, a Terra foi destruída) por não ter feito todos os contatos e descoberto tudo que precisava a tempo. E os contatos com os alienígenas era a melhor parte, era muita zueira dos criadores do jogo.
Bem, poderia ficar o dia todo tentando convencê-los da maravilha que o jogo é. Mas o jogo acabou deixando tantas viúvas além de mim, que 10 anos depois surgiu o The Ur-Quan Masters, que nada mais era que o mesmo jogo, refeito por fãs para rodar no Windows, que pode ser gratuitamente baixado. E acabaram de fazer uma nova versão deste, agora com gráficos de alta definição, gratuito também (site, trailer).
Isso tudo explicado, Project 6014 é a continuação, feitas por fãs, para Star Control II.
O jogo está sendo feito desde 2010 e até o momento só teve versões demo. Mas adorei a idéia. Já joguei a demo e gostei do que vi. Os gráficos estão melhores, mas nem tanto, então ainda tem o ar retrô do original. E tomara que permaneça na versão final, mas encontrei um planeta habitado por beholders de Doom. Pequenas coisas como essa aqui e ali são a graça da franquia. Esperarei ansioso pela conclusão do jogo.
Baixem gratuitamente no site oficial. E como o jogo mal existe e, dele mesmo, não tenho muito o que escrever, segue uma resenha de outro blog.
Ah, detalhe, até mesmo para vocês pegarem a piada no trailer. O Star Contro II *teve* uma continuação. Mas o Star Control 3 não foi criado pelos mesmos caras, e é simplesmente errado em tudo. É o Highlander 2 da série Star Control. Ignorem. É pior que isso até, porque Highlander 2 ainda dá para assistir. SC3 não deu para jogar.
Sins of a Solar Empire: Trinity, Stardock
(wikipedia / site oficial / cenas e review)
História: Minere, colonize, expanda sua esfera de influência, desenvolva tecnologias bélicas, sociais ou exploratórias, crie uma armada, e no final, através da força ou diplomacia, domine todos os planetas de um sistema solar.
Legal. Muito bonito. Interface boa e intuitiva. Mas depois de entender o esquema com algumas partidas experimentais [outra forma de dizer que fui massacrado por não ter lido o manual] e de umas três partidas decentes que levaram muitas horas para terminar... Não me interessei muito em jogar outras. O pecado do jogo foi as fases não irem se acumulando, com uma história que vá ficando cada vez mais difícil. Não. São todas fases soltas mas, diferente do Star Control 1 lá em cima, basicamente iguais e do mesmo nível de dificuldade. Acabou dando aquela sensação de "já joguei uma, agora daqui para frente é tudo igual". Pena.
O jogo tem até o momento 3 expansões: uma voltada mais para o lado diplomático, outra para a defesa, e a última para a guerra civil (o Trinity é o pacote com as duas primeiras embutidas). São várias raças com naves diferentes, cenários mais complicados e etc, há até modificações de fãs que permitem tudo ficar com cara de Guerra nas Estrelas, por ex., mas ainda assim, para mim, caiu no mesmo problema de rejogar Skyrim: não quero fazer a mesma coisa... de um jeito diferente, depois a mesma coisa outra vez de outro jeito, e entrar em loop. Voltarei a jogar Sins outras vezes ainda, mas esperarei mais alguns meses para a próxima partida. Mas não me entendam mal, recomendo. Tanto que ao invés do trailer lá em cima, coloquei um review apaixonado, que é para ver se não desanimava vocês.
Battle vs. Chess, TopWare Interactive
(wikipedia / site oficial / trailer)
História: encurrale o rei inimigo.
Bonitinho para jogar xadrez padrão contra a máquina, e tinha uns quebra-cabeças de destruir pedrinhas coloridas em X movimentos que achei bem legais. Mas as animações, ainda que bem feitas, se levavam "a sério"; só que eu estava atrás de algo mais divertido, como o primeirão dos Battle Chess, lááááá da época do XT! Queria me divertir com as mortes, e não só ver bonecos genéricos à lá Diablo se matando de forma genérica. E simplesmente reinstalar o Battle Chess clássico ou o 4000 não teria nenhuma novidade.
Amnesia: The Dark Descent, Frictional Games
(wikipedia / site oficial e trailer)
História: você acorda numa masmorra, de um antigo casarão, descobre que não tem memória (e que foi você mesmo quem a apagou), e tem que se virar, porque... você... não está sozinho!
Não sei como defini-lo. Seria o jogo um FPH: First Person Horror? [na verdade, lendo os links, o estilo se chama Survival Horror]
Muito bom. Da mesma galera que fez o Penumbra. Mas dei uma parada e acabei esquecendo de voltar. Fica sendo meta para 2013 junto com Alice 2 e Farcry 3. Importante: influências lovecraftianas! E bom para jogar no escuro. Podem jogar o Penumbra também. É antigo e curto, mas bem interessante.
Ah, Angry Birds Star Wars e Piglantis foram só interessantes. Arremessar coisas é divertido (jogo isso desde Gorillas e Scorched Earth até o Camelot Smashalot), mas a empresa do Angry Birds está precisando inventar algo novo e bem diferente, senão, vai morrer estilo Arquivo X, com todo mundo cansado e desinteressado nas "novidades".
E o Bad Piggies, a não muito boa tentativa deles fazerem o que acabei de falar, com os porquinhos construtores, pecou por permitir todo tipo de solução "errada". Pô, eu nem me esforçava mais quando via que podia fazer algo errado, que explodiria ou simplesmente cairia, e faria eu chegar onde precisava. Eles tinham que ter nos forçado a bolar algo que funcionasse direito para cada desafio. Varias soluções possíveis, algumas melhores outras piores, claro, mas não ficar me despedaçando ou explodindo em diferentes ângulos (ou construindo a única coisa possível e acertando de primeira, sem nenhum esforço mental). Acabou que as melhores fases eram os desafios soltos, mas só pela zuação de ficar fazendo experiências, nem tanto pela solução do desafio.
E pronto! Deu mais trabalho do que pensei, mas terminei a postagem! Agora vou continuar jogando Skyrim (acho que levo mais uns 2 ou 3 meses nele) e arranjar algum outro menorzinho para jogar em paralelo. Alguma continuação de Luxor ou algo mais rápido e rasteiro no estilo. Talvez rejogar algum dos C&C de antes de estragarem a franquia no quarto jogo (muito, muito ruim). O Generals ou o terceiro de repente.
Comentário making-off: comecei a postagem como "Doze meses de jogos", mas no meio vi que era muita coisa, e eu não jogo tanto assim (demoro bem para terminar cada um); chutei 2 anos então. Não tenho idéia do tempo real que levei.

(wikipedia / site oficial / trailer)
História: escapar vivo de um mundo dominado por zumbis e gente ruim. Importante: é jogo de aventura, você anda, conversa, resolve coisas, faz amizades (ou não). Não é só sair desmiolando mortos-vivos com sua bereta (mal tem isso no jogo).
Jogo ganhador de vários prêmios do tipo "o melhor do ano". E talvez tenham sido merecidos mesmo. É muito bom. Mesmo estilo do Sam & Max, mas com muito mais decisões morais. E todas tendo que ser tomadas sem tempo para pensar.
Só estejam com seu inglês em dia, por não ter percebido (na pressa) a nuance de uma frase no começo do jogo, escolhi uma opção que fez o cara de bigode me olhar torto metade do jogo. Pô, nem foi de propósito, e na hora não me ocorreu que eu podia ter voltado um pouco o jogo sem recomeçar a fase inteira. Mas atentem: não dá para ficar nessa de salvando, testando, voltando e refazendo não. O jogo salva quando ele quer e ponto final. Talvez para desmotivar esse tipo de malandragem.
Ótimo jogo, mesmo que você não seja fã de zumbis.
E joguem também Sam & Max!

(wikipedia / trailer) [sem link para o site oficial pq ele é muito ruim]
História: salvar o mundo de dragões homicidas e vencer uma guerra, tudo isso enquanto passeia pelo lugar explorando e fazendo dinheiro para comprar armas e roupas melhores.
Gigante! Cacete... É muito grande! [uia!] Vejam essa musiquinha e esqueçam do mundo por muitas horas. Muitas! E olha que meio que desisti de fazer tudo. Não sou muito fã de jogar várias vezes, cada uma com um alinhamento ("Sou bonzinho, e só farei coisas caridosas e limparei o mal do mundo"). Não... A velhinha me pede para salvar o gatinho... Eu mato 50 orcs piratas mágicos e salvo o gatinho. [isso é um exemplo, não aconteceu no jogo] Mas a Guilda dos Assassinos me pede para matar uma noiva inocente, no seu discurso de casamento [isso aconteceu]... "Missão dada é missão cumprida!" E não é que eu seja um cara mal... É que sei que nunca terei o saco de recomeçar o jogo todo de novo, mas agora sendo bandido... Depois recomeçar sendo ninja... Depois rejogar sendo uma margarida! Não, já que o jogo permite, faço tudo de uma vez e pronto.
Em Fallout não dava, então eu seguia minha consciência. Até comecei a rejogar uma vez, sendo o maior dos filhas da puta... Mas matar todo mundo de forma inconseqüente é divertido por alguns minutos, não para refazer o jogo inteiro. Pelo menos vi o que acontece se você NÃO desarmar o explosivo na cidadezinha com uma bomba atômica encravada no meio.
Voltando ao Skyrim, pelo menos posso me orgulhar de não ter feito nenhuma missão de cortar madeira. Nem me pediram. Mas putz... O que eu tive que fazer de cordãozinho e anel, só para botar feitiço e depois vender (ou jogar fora), só para aumentar meu % de Encantamento...rs!!! [em compensação, fiquei com um arco foda quando finalmente pude colocar 2 feitiços nele] [alguém, me mate... por favor!]
Falemos de problemas. Algo que poderia mudar nesta série no futuro (ou voltar, não sei como era isso antes do Oblivion) seria justamente criar um senso de responsabilidade ou de urgência. Se a mocinha na floresta pede minha ajuda para achar o marido, eu até tenho a opção de responder "Vai se catar que tenho coisas mais importantes para fazer."
Mas isso é mentira. A opção está lá só para se você quiser ser babaca. Agora... Se eu resolvesse ajudar a mocinha e a história do jogo NÃO PARASSE enquanto isso, minhas decisões teriam peso.
De repente, no tempo que eu levei até descobrir que o cara morreu no fundo de uma caverna, só para avisar a garota que ela agora é viúva... Uma cidade inteira poderia ter sido destruída. Ou não. Ou a mulher pode ficar grata pela ajuda desinteressada e me dar algum poder único no jogo. Ou não também, e só ficar lá chorando. As decisões tinham que ter alguma utilidade e conseqüência. E não apenas "Num momento X do jogo você pode entrar no exército A ou B." e daí em diante algumas missões serão diferentes.
OBS: não terminei o jogo ainda, acabei de passar dessa parte acima. Não podia continuar o jogo e organizar uma reunião entre os 2 lados em guerra sem me juntar à algum deles (os Imperiais ou os insurgentes). Eu não queria fazer inimizades, mas as missões paralelas estavam cansando (missões de ladrões, de assassinos, e as da mocinha lobisomem que só fica me pedindo para matar bicho).
Voltando ao problema do tempo, se alguém me pede para entregar uma carta para o filho no outro lado do continente, numa viagem de dias, eu deveria me sentir compelido a NÃO fazer aquilo instantaneamente, e me programar para entregar a carta só quando eu estivesse passando pela região. Como o jogo é agora, eu posso gastar 5 dias (de dentro do jogo) para entregar o papel, voltar (mais 5 dias), avisar o cara "Tudo certo, entreguei o cartão de Boas Festas para o seu filho" só para ganhar 10 moedinhas, e, nesses 10 dias... O MUNDO PAROU. A guerra NÃO seguiu em frente e dezenas de pessoas NÃO morreram porque eu fui relapso em evitar ataques de dragões. E nem em momento algum irá aparecer na tela "VOCÊ PERDEU! Sua incompetência generalizada em salvar o mundo causou a destruição do planeta" Ok, até chegar ao ponto de aparecer essa mensagem você teria que ser muito ruim e já estar andando num cenário de cinzas. Mas deveria existir a possibilidade. Não existe.
Outra coisa é que o jogo entrega as coisas muito facilmente, não te deixa parar para pensar "O que eu faço agora?". Tem uma parte do jogo que eu prendo um dragão e preciso descobrir um endereço com ele. Ele responde: "O único jeito de você chegar lá é voando. Solte-me, que te levo. Pode confiar."
Novamente, o jogo me dá opções de respostas como estas:
A) "Nunca! Maldito lagarto voador!"
B) "Mas como eu posso acreditar em você, dragão?"
C) "Sério? Sempre quis voar. Partiu!"
Só que o computador atualiza minha missão para "Monte o dragão e vá até o lugar". Putz... Então É ÓBVIO que eu posso confiar nele. E toda a conversa é irrelevante.
Minha missão tinha que ser "Chegue no lugar" e aí... na conversa acima as opções realmente teriam utilidade. Eu podia matar o bicho e me ferrar procurando o lugar a pé (mas ter como chegar lá assim). Poderia tentar entrar num acordo. Ou poderia acreditar nele, e, aleatoriamente, ou o bicho me levar lá mesmo... Ou me soltar numa cratera com 5 dragões e sair rindo (ou seja, eu não devia ter confiado nele).
Além do jogo entregar muito facilmente o que tenho que fazer e não me dar nenhuma senso de dever, há também problemas técnicos. Muitos bugs aqui e ali (que eu vejo soluções pela internet, como um cara que me manda entrar na sala dele, mas não abre a porta, ou o computador me mandar ir perguntar algo para um sujeito e a pergunta não aparecer nas opções) [obs: os patches corrigem boa parte dos problemas, mas como sempre criam novos, eu prefiro ficar com os antigos e arranjar soluções paralelas, via console], e alguns problemas de, digamos, planejamento: há horas ou muito difíceis, que você precisa ficar maceteando, ou você é bem mais poderoso e vai de peito aberto sem nem se preocupar. E seus companheiros são idiotas. São bons só para você carregar mais coisas e depois vender, mas agora que já tenho dinheiro para cacete no jogo, deixo eles em casa. Até casei com a mocinha de rosto pintado estilo Coração Valente, mas larguei ela em casa também (assim a Lydia tem com quem conversar).
Sobre a burrice e ficar maceteando... A programação dos inimigos chega a irritar. Vejam esse vídeo. Isso acontece! O cara pode ter uma flecha encravada na testa, mas se você se esconder, o sujeito fala "Ah, deve ter sido minha imaginação..." e volta aos seus afazeres. Porra! É uma FLECHA! ENCRAVADA! NA TESTA! O sujeito pode até não te achar (já que você está escondido), você pode até flechá-lo novamente com direito ao bônus de furtividade (porque você está escondido), mas o cara voltar à comer o café da manhã [aconteceu!] é demais!
Mas falemos de algo mais importante. Os ursos! Ah, os ursos! Minha diversão no jogo: me esgueirar perto dos que dormem em montanhas, e dar o "grito empurrador" neles abismo ou barranco abaixo! Muito bom. Sempre divertido. Com tigres não tem a mesma graça, ursos são gordinhos e fofos. E pelo jeito, não sou o único maluco: link e link (o 1º é melhor, e depois desses, achei vários outros).
Por falar em diversão, para verem como é a jogabilidade, seguem abaixo os episódios do Nerdplayer sobre o tema. Talvez sejam mais engraçados para quem jogou, mas são muito bons: Episódio 1 -- Ep.2 -- Ep.3 -- Ep.4 -- Ep.5 -- Ep.6

(wikipedia / site oficial / trailer)
História: Chegue ao final do... hummm... limbo (?) para... eeerr... e aí... E tem uma aranha gigante e lesmas brilhantes... E aí você chega na... onde tem água e engrenagens. O enredo oficial diz que você está em busca da sua irmã, mas nada no jogo te diz isso. Não importa. Quem aqui jogou Mario pensando no bem-estar da monarquia? Pois então...
Ouvi falar faz muito tempo do jogo. Lembro de Jovem Nerd falando disso em algum podcast, vi elogios por aí... Mas só fui jogar faz quase 1 ano. E levei uma eternidade (sei lá, meses), não por ser muito difícil, mas que estava tão bom, que não queria só acabar logo. Jogava. Resolvia um quebra cabeça, e parava ali. Ia dormir satisfeito, feliz com minha inteligência e com a sinistralidade do jogo.
Ou... Não resolvia o mistério, e ficava preso lá... Achando-me uma anta. Mas não vi nenhum solução via Youtube. Fiquei preso algumas semanas em algumas partes. (OBS: jogava só na hora de dormir e raramente mais de umas 2 vezes por semana). Olhando, olhando... E morrendo das mais dolorosas formas possíveis.
Jogo excelente. Lindo de ver. E com um final vago, mezzo-incompreensível mezzo-trágico, que pode deixar a história ainda mais bonita dependendo de como você o interprete.

(wikipedia / site oficial / trailer foda / trailer recente)
História: falsamente acusado de matar a imperatriz, você precisa escapar e resolver toda a situação. Ou matando todos em seu caminho, ou na moita, sem ninguém perceber. Isso tudo numa cidade steampunk, infestada de ratos, com pouca munição e alguns poderes mágicos.
Detalhe, quando vi o trailer acima (o com a música espetacular, e não o recente, adoro esses remixes macabros de temas infantis), achei que quem iria se vingar e matar todos fosse a garota, já adulta. Pô, "And up, SHE rises!", e encaixaria no tema e com a voz da cantora. Mas a verdade é que a canção já era com "she" muito antes do jogo. E eu sabia disso, mas teria ficado legal de qualquer jeito - e a vingança seria muito mais vingativa. Ao invés da história se passar toda em poucos dias e os poderes mágicos aparecerem do nada, teriam sido anos de treinamento, sacrifícios pessoais e acordos com o oculto para, só então, estar preparada.
Mas por falar nos remixes macabros, vale relembrar o antigo trailer do Dead Space. Se nunca conheceu ou esqueceu (faz 5 anos), veja.
Dishonored foi o último desta postagem que terminei [ontem]. Excelente! Joguei inteiro numa pausa do Skyrim. Tem lá suas falhas... Matei uma cortesã por acidente andando na direção dela. Eu só estava tentando fazê-la sair do caminho... E aí, sei lá... Acho que ela bateu com a cabeça na sacada ou tinha alguma condição cardíaca e infartou! Droga, quase consegui passar aquela fase inteira sem matar ninguém. Bug do jogo.
Mas muito legal. Para quem fica boa parte do tempo em Skyrim se encolhendo nos cantos, um jogo feito para - ou melhor, que dá a opção - de você passar o jogo inteiro assim... Pode parecer horripilante para quem quer ação... Mas eu me diverti bastante. Mas quem quiser só sair matando, o jogo oferece opções bem divertidas. Alguns exemplos aqui (veja o nº10 também) e tem muito mais no Youtube.
Claro, na fase dos assassinos no bairro alagado, bateu o Dia de Fúria... Pô, era eles ou eu! Soldados davam pena de matar... Eram só servidores públicos fazendo seu trabalho. Mas assassinos de uma gang... Quis nem saber que ia piorar meu % de caos... Mereciam. [e também era mais fácil] Matei a maior parte deles com flechas incendiárias por pura diversão. Burn, motherfucker, burn! Menos o chefe, esse eu não matei só para terminar a fase cumprindo a missão como Não-Letal. Mas isso deu trabalho.
Só foi pena que não vi como não matar a moça na festa... Se bem que pelo jeito ela não seria muito feliz da outra forma. (vi qual era a solução não-fatal no Youtube depois) Mas ok. Para quem matou uma mocinha no próprio casamento em Skyrim...
Ah, linkando o Nerdplayer no Skyrim, vi que tem um episódio desse aqui também lá. Não é tão bom, mas dei boas risadas. Tomem o link para vocês.

(wikipedia / site oficial / trailer)
História: mate soldados inimigos na Segunda Guerra Mundial.
Putz... Por duas vezes, ao entrar no jogo, descobri que todos os saves foram para o cacete! Na primeira eu vi um cheat na internet e voltei para onde estava. Na segunda... Estou nela até hoje, estou esperando ter saco de voltar no jogo. Nunca voltei porque ele é meio chatinho. Diverte, mas não dá aquele estalo de "putz, quero continuar jogando" que qualquer um dos jogos acima teve. Servia para entrar, dar uns tiros e matar alguns NPCs nazistas, e 30 minutos depois ir fazer algo útil. O mais fraco da série até o momento. Até o anterior (sei lá... sempre confundo esse com o Medal of Honor), que era guerra moderna foi melhor. O Airborne do MoH foi bem melhor.
OBS: sim, eu sei que estou desatualizado e que já estão no nono Call of Duty (esse aqui é o quinto), mas esse não me inspirou a experimentar os seguintes. Sei que vou jogá-los algum dia, mas não fiquei com pressa.

(wikipedia / site oficial / trailer / abertura)
História: salve a galáxia derrotando naves 2D, vendendo minérios e ouvindo muita zuação em conversas com aliens.
Eu amo esses caras! Uma continuação para um dos meus jogos preferidos e 17º melhor de todos os tempos pela IGN em 2005.
O Star Control foi um dos primeiros jogos que conheci no PC. Ele nem tinha uma história linear, lembro de várias pequenas missões em que você precisava escolher o melhor caminho, criar colônias para te ajudar, e então atacar. Resolvi jogar o Sins of a Solar Empire (jogo mais abaixo) justamente por ele me lembrar o 1º Star Control. E além disso, uma das opções do jogo era montar times rivais e partir logo para a porrada (na época eu tinha um esquema de cabeça, e sabia exatamente qual era a melhor nave para enfrentar qual).
Um tempo depois, em 1992, surgiu o Star Contro II, com uma liberdade de movimento e humor que não existiam em jogos da época. (ou nada que eu conhecesse pelo menos), e agora com uma história linear. Você simplesmente podia ir para onde quisesse. Claro, não chegava a ser um jogo de mundo aberto, e no final, se você não fizesse as coisas certas, perdia. Mas você podia fazer seu próprio caminho e... importante, com a história se desenrolando em paralelo. Nada de ficar passeando e o universo te esperar. [toma essa, Skyrim!] Numa das vezes que joguei, uma das raças foi aniquilada antes de eu conseguir falar com eles (e sobrou conversar com o parasita). Também perdi outra vez (ou seja, a Terra foi destruída) por não ter feito todos os contatos e descoberto tudo que precisava a tempo. E os contatos com os alienígenas era a melhor parte, era muita zueira dos criadores do jogo.
Bem, poderia ficar o dia todo tentando convencê-los da maravilha que o jogo é. Mas o jogo acabou deixando tantas viúvas além de mim, que 10 anos depois surgiu o The Ur-Quan Masters, que nada mais era que o mesmo jogo, refeito por fãs para rodar no Windows, que pode ser gratuitamente baixado. E acabaram de fazer uma nova versão deste, agora com gráficos de alta definição, gratuito também (site, trailer).
Isso tudo explicado, Project 6014 é a continuação, feitas por fãs, para Star Control II.
O jogo está sendo feito desde 2010 e até o momento só teve versões demo. Mas adorei a idéia. Já joguei a demo e gostei do que vi. Os gráficos estão melhores, mas nem tanto, então ainda tem o ar retrô do original. E tomara que permaneça na versão final, mas encontrei um planeta habitado por beholders de Doom. Pequenas coisas como essa aqui e ali são a graça da franquia. Esperarei ansioso pela conclusão do jogo.
Baixem gratuitamente no site oficial. E como o jogo mal existe e, dele mesmo, não tenho muito o que escrever, segue uma resenha de outro blog.
Ah, detalhe, até mesmo para vocês pegarem a piada no trailer. O Star Contro II *teve* uma continuação. Mas o Star Control 3 não foi criado pelos mesmos caras, e é simplesmente errado em tudo. É o Highlander 2 da série Star Control. Ignorem. É pior que isso até, porque Highlander 2 ainda dá para assistir. SC3 não deu para jogar.

(wikipedia / site oficial / cenas e review)
História: Minere, colonize, expanda sua esfera de influência, desenvolva tecnologias bélicas, sociais ou exploratórias, crie uma armada, e no final, através da força ou diplomacia, domine todos os planetas de um sistema solar.
Legal. Muito bonito. Interface boa e intuitiva. Mas depois de entender o esquema com algumas partidas experimentais [outra forma de dizer que fui massacrado por não ter lido o manual] e de umas três partidas decentes que levaram muitas horas para terminar... Não me interessei muito em jogar outras. O pecado do jogo foi as fases não irem se acumulando, com uma história que vá ficando cada vez mais difícil. Não. São todas fases soltas mas, diferente do Star Control 1 lá em cima, basicamente iguais e do mesmo nível de dificuldade. Acabou dando aquela sensação de "já joguei uma, agora daqui para frente é tudo igual". Pena.
O jogo tem até o momento 3 expansões: uma voltada mais para o lado diplomático, outra para a defesa, e a última para a guerra civil (o Trinity é o pacote com as duas primeiras embutidas). São várias raças com naves diferentes, cenários mais complicados e etc, há até modificações de fãs que permitem tudo ficar com cara de Guerra nas Estrelas, por ex., mas ainda assim, para mim, caiu no mesmo problema de rejogar Skyrim: não quero fazer a mesma coisa... de um jeito diferente, depois a mesma coisa outra vez de outro jeito, e entrar em loop. Voltarei a jogar Sins outras vezes ainda, mas esperarei mais alguns meses para a próxima partida. Mas não me entendam mal, recomendo. Tanto que ao invés do trailer lá em cima, coloquei um review apaixonado, que é para ver se não desanimava vocês.

(wikipedia / site oficial / trailer)
História: encurrale o rei inimigo.
Bonitinho para jogar xadrez padrão contra a máquina, e tinha uns quebra-cabeças de destruir pedrinhas coloridas em X movimentos que achei bem legais. Mas as animações, ainda que bem feitas, se levavam "a sério"; só que eu estava atrás de algo mais divertido, como o primeirão dos Battle Chess, lááááá da época do XT! Queria me divertir com as mortes, e não só ver bonecos genéricos à lá Diablo se matando de forma genérica. E simplesmente reinstalar o Battle Chess clássico ou o 4000 não teria nenhuma novidade.

(wikipedia / site oficial e trailer)
História: você acorda numa masmorra, de um antigo casarão, descobre que não tem memória (e que foi você mesmo quem a apagou), e tem que se virar, porque... você... não está sozinho!
Não sei como defini-lo. Seria o jogo um FPH: First Person Horror? [na verdade, lendo os links, o estilo se chama Survival Horror]
Muito bom. Da mesma galera que fez o Penumbra. Mas dei uma parada e acabei esquecendo de voltar. Fica sendo meta para 2013 junto com Alice 2 e Farcry 3. Importante: influências lovecraftianas! E bom para jogar no escuro. Podem jogar o Penumbra também. É antigo e curto, mas bem interessante.
Ah, Angry Birds Star Wars e Piglantis foram só interessantes. Arremessar coisas é divertido (jogo isso desde Gorillas e Scorched Earth até o Camelot Smashalot), mas a empresa do Angry Birds está precisando inventar algo novo e bem diferente, senão, vai morrer estilo Arquivo X, com todo mundo cansado e desinteressado nas "novidades".
E o Bad Piggies, a não muito boa tentativa deles fazerem o que acabei de falar, com os porquinhos construtores, pecou por permitir todo tipo de solução "errada". Pô, eu nem me esforçava mais quando via que podia fazer algo errado, que explodiria ou simplesmente cairia, e faria eu chegar onde precisava. Eles tinham que ter nos forçado a bolar algo que funcionasse direito para cada desafio. Varias soluções possíveis, algumas melhores outras piores, claro, mas não ficar me despedaçando ou explodindo em diferentes ângulos (ou construindo a única coisa possível e acertando de primeira, sem nenhum esforço mental). Acabou que as melhores fases eram os desafios soltos, mas só pela zuação de ficar fazendo experiências, nem tanto pela solução do desafio.
E pronto! Deu mais trabalho do que pensei, mas terminei a postagem! Agora vou continuar jogando Skyrim (acho que levo mais uns 2 ou 3 meses nele) e arranjar algum outro menorzinho para jogar em paralelo. Alguma continuação de Luxor ou algo mais rápido e rasteiro no estilo. Talvez rejogar algum dos C&C de antes de estragarem a franquia no quarto jogo (muito, muito ruim). O Generals ou o terceiro de repente.
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sábado, 23 de fevereiro de 2013
Cavaleiros da Foditude
Ok, sei que essa acima não é a tradução oficial do título do Knights of Badassdom. Mas como parece ser o tipo de coisa que não lançará por aqui, vai acabar não tendo um nome traduzido oficial de qualquer jeito. E em português os equivalentes de "I'm a badass" e "Badass!" são "Sou foda" e "Muito foda!". Logo...
E traduzir o sufixo "dom" é problemático. Poderia ser "Fodalândia", mas o -dom também denota qualidade... então algo que ainda por cima remete à palavra 'atitude' me pareceu melhor. E o neologismo nem é meu, outros já usaram da mesma forma. [viram, criacinhas... o trabalho que tenho para fazer uma postagem! só o título tomou muitos minutos lendo sobre etimilogia inglesa! ah! porra! era só ter deixado o nome em inglês!]
Mas aprendi com o Kung-Fu Panda, que traduz "awesomeness" como "showdebolice".
Claro que esse nome em português jamais seria usado de qualquer jeito, porque badass em inglês nem sequer é um palavrão... Mas foi divertido "traduzir". rs!
Que fique "Loucademia de RPG" quando lançar por aqui. [taí... tenho real curiosidade de como fariam a tradução. "Cavaleiros da Aventura" seria algo bem ruim e perfeitamente possível...]
Li o Bleeding Cool News comentando que o trailer é de 2011 e ressurgiu agora, como se fosse alguma novidade. Ok, então não é... Mas se não fosse esta segunda vinda, não teria conhecido. Deus salve os blogs mal informados!
Site oficial: link -- Lançamento: talvez, em algum momento de 2013.
De: Joe Lynch / Com: Peter Dinklage (o Tyrion Lannister de Game of Thrones), Summer Glau (a River Tam de Firefly), Steve Zahn (não consigo dizer nada dele, mas é conhecido), Danny Pudi (o indiano de Community), e mais uns que se bobear também são famosos, mas eu não conheço: Margarita Levieva, Jimmi Simpson e Ryan Kwanten.
História: veja o vídeo, é auto-explicativo.
Entrevista com o diretor e a Glau na Comic-Con: Youtube
[comentário pós postagem escrita: tenho o hábido de usar o Google.com ao invés do .br. Porque geralmente eu não quero "informações no meu país, mesmo que sejam ruins", eu quero é "as melhores informações sobre algo, dane-se o idioma". Pois bem, chequei agora no .br, e acabei de ver que eu não fui o único afetado pela segunda vinda por aqui. Omelete, Jovem Nerd, UOL e etc também anunciam o filme... Ok, se eu tivesse notado isso teria escrito menos e talvez nem tivesse postado. Mas agora é tarde. rs!]
Mas vamos ao trailer:
[ATUALIZAÇÃO 2017: pois então... lembrei dessa postagem e fui checar. O belíssimo título nacional é "Um Jogo Lendário". Quando você acha que não é possível piorar...
Por falar nisso, eu vi o filme muitos meses atrás, acho que nem rascunhei uma resenha nem nada. A premissa até que foi boa, mas podem deixar de lado. É bem ruinzinho. Procurem por "The Gamers" no lugar.]
E traduzir o sufixo "dom" é problemático. Poderia ser "Fodalândia", mas o -dom também denota qualidade... então algo que ainda por cima remete à palavra 'atitude' me pareceu melhor. E o neologismo nem é meu, outros já usaram da mesma forma. [viram, criacinhas... o trabalho que tenho para fazer uma postagem! só o título tomou muitos minutos lendo sobre etimilogia inglesa! ah! porra! era só ter deixado o nome em inglês!]
Mas aprendi com o Kung-Fu Panda, que traduz "awesomeness" como "showdebolice".
Claro que esse nome em português jamais seria usado de qualquer jeito, porque badass em inglês nem sequer é um palavrão... Mas foi divertido "traduzir". rs!
Que fique "Loucademia de RPG" quando lançar por aqui. [taí... tenho real curiosidade de como fariam a tradução. "Cavaleiros da Aventura" seria algo bem ruim e perfeitamente possível...]
Li o Bleeding Cool News comentando que o trailer é de 2011 e ressurgiu agora, como se fosse alguma novidade. Ok, então não é... Mas se não fosse esta segunda vinda, não teria conhecido. Deus salve os blogs mal informados!
Site oficial: link -- Lançamento: talvez, em algum momento de 2013.
De: Joe Lynch / Com: Peter Dinklage (o Tyrion Lannister de Game of Thrones), Summer Glau (a River Tam de Firefly), Steve Zahn (não consigo dizer nada dele, mas é conhecido), Danny Pudi (o indiano de Community), e mais uns que se bobear também são famosos, mas eu não conheço: Margarita Levieva, Jimmi Simpson e Ryan Kwanten.
História: veja o vídeo, é auto-explicativo.
Entrevista com o diretor e a Glau na Comic-Con: Youtube
[comentário pós postagem escrita: tenho o hábido de usar o Google.com ao invés do .br. Porque geralmente eu não quero "informações no meu país, mesmo que sejam ruins", eu quero é "as melhores informações sobre algo, dane-se o idioma". Pois bem, chequei agora no .br, e acabei de ver que eu não fui o único afetado pela segunda vinda por aqui. Omelete, Jovem Nerd, UOL e etc também anunciam o filme... Ok, se eu tivesse notado isso teria escrito menos e talvez nem tivesse postado. Mas agora é tarde. rs!]
Mas vamos ao trailer:
[ATUALIZAÇÃO 2017: pois então... lembrei dessa postagem e fui checar. O belíssimo título nacional é "Um Jogo Lendário". Quando você acha que não é possível piorar...
Por falar nisso, eu vi o filme muitos meses atrás, acho que nem rascunhei uma resenha nem nada. A premissa até que foi boa, mas podem deixar de lado. É bem ruinzinho. Procurem por "The Gamers" no lugar.]
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Asimov & Munro
AHA! Muito maneiro! Reconheci a capa assim que comprei.

Já vi outros casos de capas reaproveitas no Brasil (procurem "Nós, os marcianos" e "The Asutra", por exemplo), mas essa é a primeira vez que eu tenho um na minha estante!
E... é isso. Só achei legal e estava de bobeira em frente ao computador nesse feriado de Carnaval. Para creditar, arte (aparentemente) de Paul Lehr.
ATUALIZAÇÃO JUNHO/2013: Esbarrei com isso abaixo no Google Imagens. Ha! Muito maneiro. Se o história não tivesse me parecido tão ruim [apesar de eu ter ficado curioso com a reviravolta final], era capaz de comprar, só para ter mais um na coleção.


Já vi outros casos de capas reaproveitas no Brasil (procurem "Nós, os marcianos" e "The Asutra", por exemplo), mas essa é a primeira vez que eu tenho um na minha estante!
E... é isso. Só achei legal e estava de bobeira em frente ao computador nesse feriado de Carnaval. Para creditar, arte (aparentemente) de Paul Lehr.
ATUALIZAÇÃO JUNHO/2013: Esbarrei com isso abaixo no Google Imagens. Ha! Muito maneiro. Se o história não tivesse me parecido tão ruim [apesar de eu ter ficado curioso com a reviravolta final], era capaz de comprar, só para ter mais um na coleção.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Eu assistiria!
Jane Austen's Fight Club
Não lembro onde vi a recomendação do link...Fica sem agradecimento então.
Nos outros vídeos do canal não achei nada de interessante... Mas esse vale!
sábado, 26 de janeiro de 2013
Centúria-25
E a Coleção SOS Ficção Científica.
Título original: Centuria-XXV
Autor: Curtis Garland
Pseudônimo de: Juan Gallardo Muñoz
Editora: Cedibra -- Ano livro / história: 1977 / 1974
Tradução de: Margarida Santana Gandra
Páginas: 128 -- Sem ISBN e acabamento barato
Tamanho: de uma foto (+/- 10x15 cm)
Vivendo e aprendendo... Na minha cabeça "Centúria" tinha dois sentidos: um grupo de soldados comandados pelo Centurião, lá no antigo exército romano; e os textos do Nostradamus. Comecei a ler o texto desse livro, que é no futuro, achando que alguém faria alguma menção à ele, dizendo algo do tipo "Veja só <alguma coisa>. Mas já devíamos saber... Nostradamus previu isso na Centúria 25!", mas ao mesmo tempo, eu sempre checo primeiro o nome original dos livros que leio, e lá estava Centuria-XXV. Ok, não deveria mudar nada na minha cabeça... Mas sempre que vejo algarismos romanos penso em séculos, e bolei a teoria número 2: será que centuria é século em espanhol [além de 'siglo'] e o título do livro foi só uma "tradução" muito da mal feita?
Pois é... Fui checar agora, escrevendo a postagem, e descobri que centúria é sinônimo de século em português mesmo. Morria sem saber.
Mas agora que fiz mais uma das várias confissões de ignorância desde blog [blogar também é cultura], vamos ao que interessa: o livro.
Bem, antes disso, recapitulem o que é ficção de polpa. Esse texto do Wikipedia escreve muito sem falar quase nada, mas servirá. É isso que esse livreto é: ficção de polpa da melhor (?) qualidade. Mocinha em perigo, herói musculoso e vilões exagerados.
Neste livro a mocinha até que mete porrada também, mas ela não perde a chance de ficar assustada e abraçar o sujeito.
Ah, e ignorem a capa. Não há nenhum astronauta no livro. Muito menos 6 saindo de uma nave. E nem é coisa de brasileiro, a original era igual (imagem roubada deste flickr). Capas forçadas, coloridas e chamativas, e não necessariamente conectadas com a história, é bem típico das pulps também.
Eu não ia nem resenhar o livro. Mas esse é um daqueles casos que parece ninguém mais falou dele em site nenhum... Então eu não resisti.
Até uma mini explicação sobre isso antes: esse livro faz parte de uma coleção dos anos 70, da Cedibra, chamada [eu acho] SOS Ficção Científica [na verdade, era só Coleção SOS, mas com o tempo o "Ficção Científica" deixou de ser uma observação no canto para ocupar meia página], que são traduções para o português de livros curtos de ficção-científica barata espanhola. Esse autor, por exemplo, de acordo com o Wikipedia, só de ficção-científica escreveu 142 livros.
E aí você junta algo sem muita informação na internet (FCs espanholas antigas), só algumas menções aqui e ali, ou o site que linkei no nome do autor [excelente e gigantesco site sobre os autores, mas nem tanto sobre os livros], e aí você converte isso para o Brasil (antigos livros vagabundos, traduções de FCs descartáveis, por uma editora que não existe faz 30 anos), e temos algo com ainda menos informações, ao quadrado.
Os livros originais são da Bruguera, nome famoso no ramo, mas mesmo assim... Não há praticamente nada sobre esses livros em nenhum canto. Se fossem americanos teriam dezenas de sites com resenhas, fan-sites, colecionadores, etc. Então... Eu não podia deixar o bichinho des-resenhado em toda a internet.
Vamos que vamos!
A história: um sujeito acorda, meio desorientado... E com razão! Ele estava morto! E ele sabia disso! Ele lembrava de ter sido assassinado quando lutava por justiça contra corporações malignas. Quando ele sai do lugar onde acordou descobre que não só já passou bastante tempo (indefinido inicialmente), como que ele estava em um mausoléu em sua homenagem numa ilha. Porque ele não só foi considerado um herói por sua luta, mas também era famoso por ser o 1º ser-humano anfíbio, geneticamente modificado (ou criado, não lembro) para este fim.
Daí ele arranja um barquinho e vai em busca de entender o que diabos aconteceu com o mundo, descobrir se ele é o último humano que sobrou, e porque ele ressuscitou, assim, do nada!
Corta a cena. Estamos em outro canto do planeta (mas não muito longe) e descobrimos uma mulher, bolada por motivos parecidos, lutando contra dinossauros e descobrindo que tem super-força, não se queima, e ainda sofre de amnésia, pois não lembra de nada anterior a ter acordado, de seu congelamento desde épocas pré-históricas, dentro de um vulcão! [isso mesmo!]
Claro que os 2 heróis, com quase 2 metros de altura, ela de pele morena e bronzeada, curvas fartas, olhos negros e cabeleira longa e negra; ele loiro, olhos azuis penetrantes, musculoso e longa cabeleira loira [e guelras em algum lugar] iriam se encontrar logo e se apaixonar pelo simples fatos que são lindos de morrer, deuses de carne e osso, e estão sozinhos num mundo devastado.
E não resisto, a postagem ficará longa, mas tenho que digitar a descrição deles.
As primeiras, pelo menos, porque eles são fisicamente elogiados diversas vezes no livro.
"Triton (...) com seu porte gigantesco, louros e compridos cabelos e olhos celestiais, recordava um Aquiles, Ulisses, Segfid* ou Parsifal. A verdade é que possuía a arrogância dos deuses, a beleza dos heróis, a fortaleza de um Titã e a grandeza de um gladiador. Uma mente lúcida, nobre e inteligente, movia aquela massa de músculos e tendões vigorosos, aquele corpo excepcional que um inconcebível milagre biológico tinha devolvido à vida (...)" [* = acho que Segfid é o mesmo que Siegfried]
Verdade seja dita, as demais descrições não são como esta, de quase meia página, mas ele é elogiado rapidamente outras vezes depois também. Da mocinha, Vulkania, não há uma descrição longa e contínua, mas monta-se uma imagem dela aos poucos, no capítulo em que ela é apresentada. Vamos às partes:
"braços vigorosos e nus (...) seu rosto firme, sensual, emoldurado pelas rebeldes mechas de cabelo negro azulado"; "Vulkania, a fêmea poderosa e selvagem, que movia sua nudez primitiva"; "olhos profundos, escuros como a noite"; "A esfinge vivente, que surgira das profundezas do vulcão radioativo"; "alta, vigorosa, cheia de força física (...) corpo vigoroso, vibrante"; "suas formas sensuais eram demasiado agressivas para passar despercebidas"; e "coxas fortes e macias (...) seios exuberantes".
Putz... Parece que estou descrevendo um livro pornô! Mas é isso, criancinhas... Aos heróis de antigamente não bastavam fazer coisas heróicas, eles tinham que ser absurdamente descritos como seres acima de todos os mortais. E se possível, no máximo de adjetivos, que é para aumentar o texto.
Voltemos rapidamente á história, mesmo porque o livro é fino, e se eu escrever muito, conto o livro inteiro.
Depois de se encontrarem e começarem a andar pelo mundo, em busca de sobreviventes, Charlton Heston e a Nova, quer dizer, Tritão e Vulcânia, vão para Austrália, lar original do mocinho, e acabam sendo feitos prisioneiros por um povo que usa máscaras, que se denominam Os Impuros, e são avisados que enfrentarão um julgamento que certamente os levará a morte. [comentário desconexo: por mais absurdo que pareça, não consegui achar uma foto boa da Linda Harrison e do Heston, ele até está bem na foto que linkei, mas ela nem tanto. Para tirar a má impressão, vejam mais imagens dela aqui]
Pensando bem... Esse livro tem quase 40 anos e não é nada que vocês encontrarão na Saraiva mais perto de vocês (talvez nem no sebo mais perto), então não os deixarei no suspense...
SPOILERS ABAIXO:
Eles precisam provar para os captores que eles não são do maligno povo dos Puros, que seqüestra e mata os do povo impuro sempre que eles deixam seu lar, um antigo bunker atômico mal protegido da radiação.
Eles provam, pois o cara é anfíbio e a fama dele ainda durou até o século XXV, e a mulher não se queima, coisa que seres humanos não conseguem. Ah, bem lembrado: ela também não é humana, ao que tudo indica é alienígena. O povo mascarado, agora confiando nos ressuscitados, mostra que por trás das máscaras estão todos morrendo pela radiação, com a pela destroçada e nojenta [isso parece ser outra idéia tirada de Planeta dos Macacos, do segundo filme agora], e explica que os Puros vivem numa cidade protegida e escondida, porque se move e está sempre mudando de lugar, chamada Novo Éden, onde são imortais e não sofrem com a radioatividade.
Nossos heróis oferecem ajuda e vão atrás da tal cidade [nota: nisso só faltam 10 curtas páginas para acabar o livro, então você sabe que a solução será muito rápida], são outra vez seqüestrados e preparados para serem julgados novamente [pelo jeito todos os sobreviventes da humanidade são advogados], e aí o cara faz um discurso raivoso, se solta, mete a porrada na banca de juízes, e nota que não há sangue... Ó céus! São robôs! Ele se livra de mais alguns; encontra uma forma de desativar todos de uma vez; encontra a Vulkania sem nem precisar procurar; e juntos acham uma biblioteca, onde descobrem que o último dos imortais morreu faz algumas décadas, mas, só de birra, deixou os robôs no lugar, para os Impuros continuarem temendo-os e sendo mortos sempre que possível. Mistério resolvido e cidade encontrada, eles a levam para os Impuros, para que eles possam viver lá, onde não há radiação, e assim terão uma chance de prosperar.
Nossos heróis se despendem, prometendo visitá-los algum dia, e saem para explorar e repovoar o planeta.
FIM DOS SPOILERS.
Como eu disse antes, o livro é bem fino. Letra grande e espaçado. Dá para ler num único susto. Tenho vários livros desta coleção. Muitos eu li na minha época de pirralho e muitos eu só fui comprar depois de velho, e os leio de vez em quando, quando quero algo para descansar a cabeça entre livros mais complicados. Ou se preciso de algo pequeno e fino que caiba bem num bolso [dica: são ótimos para bolsos internos de paletós, para levar em casamentos se você é como eu, que chega na hora, e não tem ninguém no lugar, nem o padre, nem parente, e o coro está testando os instrumentos - outra opção é levar cruzadinhas, mas a Coquetel parou de fazer as do Nível Difícil em tamanho menor]
Fazia tempo que não lia nenhum deles até, acho que desde antes do blog entrar no ar.
Um detalhe divertido é que nem sei quantos livros existem na coleção. São pelo menos 87, mas nunca descobri a quantidade correta. Até vou aproveitar que estou com tempo e vou explicar o cálculo, para caso surja algum outro fã da série por aqui e também tenha a mesma curiosidade. Ou se você for um fã mais bem informado, agradeceria imensamente a elucidação do mistério.
Vamos lá: esse livro é o nº 24 da Série Amarela. Ainda não encontrei nenhum livro nesta série acima do nº 33. Então, por puro chute, assumo que este seja o último dela.
Existem livros de FC dessa coleção que não têm uma 'série colorida', são apenas numerados; e nunca encontrei nenhum deles acima do 15. Ao mesmo tempo, nunca encontrei nenhum da Amarela abaixo do 16. Logo, imagino que sejam uma seqüência só.
E nas demais séries, Azul, Verde e Vermelha (não sei a ordem de publicação) nunca descobri números maiores que os 18. Então ficamos assim:
Série Incolor + Amarela: 1 ao 15 + 16 ao 33
Séries Azul, Verde e Vermelha: 18 livros cada série.
E daí: 33+18x3 = 87!
ATUALIZAÇÃO: a ordem de publicação é a seguinte:
Série Incolor: em 1974 e 1975 // Demais séries: simultâneas em 1976 e 1977
Mas nunca se sabe, as séries de bolso de romance e de velho-oeste da Cedibra, ambas da mesma época, chegaram, pelo menos, por volta do nº 200. [pode ser bem mais, é que pesquisei isso agora em pouco segundos apenas] Mas se você reparar na Série Amarela, do 16 ao 33 também são 18 volumes... Acho que 18 era o limite nas séries de FC, então aposto que são "só" 87 mesmo.
O negócio é tão ruim de conseguir informações, que dos 87 [ou mais?] livros, dois deles eu não consegui nem descobrir os nomes (Vermelho 16 e Azul 2). Isso vasculhando pelos autores ou pela coleção no Google, Estante Virtual e Mercado Livre. O problema é que também existem livros destes autores em coleções da Futurama ou da Nautilus, por exemplo. Então, geralmente, só dá para ter certeza vendo a capa, que nem todo site traz.
Depois, com tempo, acho que vou scannear as capas dos que eu tenho só para fazer uma postagem-homenagem.
ATUALIZAÇÃO: descobri o nome do Azul 02 uma semana depois da postagem, mas reparei algo que deveria ter notado antes: todos os "incolores" que identifiquei são do K.L. Munro, exceto um! Esse 1 não era da mesma série. Ao invés de ser da Coleção SOS, ele é da Coleção Trevo Negro (de terror). Literalmente, paguei pra ver [comprei! vai que era mesmo da SOS]. Então, de volta à estaca zero. Não sei o nome de dois: "Vermelho 16" e um dos "incolores" com nº indefinido.
→ ATUALIZAÇÃO DURANTE A ATUALIZAÇÃO: Resolvi fazer uma checagem por eliminação, para descobrir o provável nº desse... E num anúncio vencido do TodaOferta, que nem dava o nome dos livros, apenas 'SOS Coleção Cedibra', eu olhei a fotinha... Vi uma capa desconhecida, e deu para ler o nome do livro. Há! Só falta 1 nome agora!
ATUALIZAÇÃO 3: até que foi divertido o suspense... Hoje é dia 6/fev, e jogando mais uma vez no Google, por falta do que fazer [e uma certa obsessão, depois que o assunto começou], encontrei o nome de outros livros da série no catálogo de uma tal Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos [o Google na verdade me jogou numa página de busca sobre "larvas" no tal catálogo]. Bem, já estava lá... Busquei por CEDIBRA VERMELHA, e fui lendo cada um dos títulos, com o suspense crescendo [acervo bem catalogado, por falar nisso]. E lá estava, perto do final, o escorregadio título do nº 16. Mistério resolvido. Agora é achar para comprar.
E é isso, calculando proporcionalmente, tamanho do livro x tamanho da postagem, acho que essa aqui ganha de longe. Nunca escrevi tanto para falar de tão pouco texto. Mas é divertido escrever sobre essas coisas que ninguém mais escreve. Não tem lá muita graça resenhar Crepúsculo ou Guerra dos Tronos [ambos têm postagens que estão em rascunho] porque para esses há 2 milhões de sites a respeito.
Quem tiver achado interessante, estejam a vontade para procurar esse livro [neste momento, 27/jan/2013, há 3 disponíveis no Estante Virtual] e os demais da coleção pelos sebos da vida. Há vários outros bem... hummmm... Não vou dizer que são bons... Bom mesmo, acho que nenhum dos que li foi, mas são antiquadamente divertidos. Só corram para chegarem antes de mim! Porque resolvi que vou tentar completar os 87 [ou mais].
[ou façam o inverso: se tiverem e quiserem vender, entrem em contato, que digo quais já tenho e quais quero comprar]
Título original: Centuria-XXV
Autor: Curtis Garland
Pseudônimo de: Juan Gallardo Muñoz
Editora: Cedibra -- Ano livro / história: 1977 / 1974
Tradução de: Margarida Santana Gandra
Páginas: 128 -- Sem ISBN e acabamento barato
Tamanho: de uma foto (+/- 10x15 cm)
Vivendo e aprendendo... Na minha cabeça "Centúria" tinha dois sentidos: um grupo de soldados comandados pelo Centurião, lá no antigo exército romano; e os textos do Nostradamus. Comecei a ler o texto desse livro, que é no futuro, achando que alguém faria alguma menção à ele, dizendo algo do tipo "Veja só <alguma coisa>. Mas já devíamos saber... Nostradamus previu isso na Centúria 25!", mas ao mesmo tempo, eu sempre checo primeiro o nome original dos livros que leio, e lá estava Centuria-XXV. Ok, não deveria mudar nada na minha cabeça... Mas sempre que vejo algarismos romanos penso em séculos, e bolei a teoria número 2: será que centuria é século em espanhol [além de 'siglo'] e o título do livro foi só uma "tradução" muito da mal feita?
Pois é... Fui checar agora, escrevendo a postagem, e descobri que centúria é sinônimo de século em português mesmo. Morria sem saber.
Mas agora que fiz mais uma das várias confissões de ignorância desde blog [blogar também é cultura], vamos ao que interessa: o livro.
Bem, antes disso, recapitulem o que é ficção de polpa. Esse texto do Wikipedia escreve muito sem falar quase nada, mas servirá. É isso que esse livreto é: ficção de polpa da melhor (?) qualidade. Mocinha em perigo, herói musculoso e vilões exagerados.
Neste livro a mocinha até que mete porrada também, mas ela não perde a chance de ficar assustada e abraçar o sujeito.
Ah, e ignorem a capa. Não há nenhum astronauta no livro. Muito menos 6 saindo de uma nave. E nem é coisa de brasileiro, a original era igual (imagem roubada deste flickr). Capas forçadas, coloridas e chamativas, e não necessariamente conectadas com a história, é bem típico das pulps também.
Eu não ia nem resenhar o livro. Mas esse é um daqueles casos que parece ninguém mais falou dele em site nenhum... Então eu não resisti.
Até uma mini explicação sobre isso antes: esse livro faz parte de uma coleção dos anos 70, da Cedibra, chamada [eu acho] SOS Ficção Científica [na verdade, era só Coleção SOS, mas com o tempo o "Ficção Científica" deixou de ser uma observação no canto para ocupar meia página], que são traduções para o português de livros curtos de ficção-científica barata espanhola. Esse autor, por exemplo, de acordo com o Wikipedia, só de ficção-científica escreveu 142 livros.
E aí você junta algo sem muita informação na internet (FCs espanholas antigas), só algumas menções aqui e ali, ou o site que linkei no nome do autor [excelente e gigantesco site sobre os autores, mas nem tanto sobre os livros], e aí você converte isso para o Brasil (antigos livros vagabundos, traduções de FCs descartáveis, por uma editora que não existe faz 30 anos), e temos algo com ainda menos informações, ao quadrado.
Os livros originais são da Bruguera, nome famoso no ramo, mas mesmo assim... Não há praticamente nada sobre esses livros em nenhum canto. Se fossem americanos teriam dezenas de sites com resenhas, fan-sites, colecionadores, etc. Então... Eu não podia deixar o bichinho des-resenhado em toda a internet.
Vamos que vamos!
A história: um sujeito acorda, meio desorientado... E com razão! Ele estava morto! E ele sabia disso! Ele lembrava de ter sido assassinado quando lutava por justiça contra corporações malignas. Quando ele sai do lugar onde acordou descobre que não só já passou bastante tempo (indefinido inicialmente), como que ele estava em um mausoléu em sua homenagem numa ilha. Porque ele não só foi considerado um herói por sua luta, mas também era famoso por ser o 1º ser-humano anfíbio, geneticamente modificado (ou criado, não lembro) para este fim.
Daí ele arranja um barquinho e vai em busca de entender o que diabos aconteceu com o mundo, descobrir se ele é o último humano que sobrou, e porque ele ressuscitou, assim, do nada!
Corta a cena. Estamos em outro canto do planeta (mas não muito longe) e descobrimos uma mulher, bolada por motivos parecidos, lutando contra dinossauros e descobrindo que tem super-força, não se queima, e ainda sofre de amnésia, pois não lembra de nada anterior a ter acordado, de seu congelamento desde épocas pré-históricas, dentro de um vulcão! [isso mesmo!]
Claro que os 2 heróis, com quase 2 metros de altura, ela de pele morena e bronzeada, curvas fartas, olhos negros e cabeleira longa e negra; ele loiro, olhos azuis penetrantes, musculoso e longa cabeleira loira [e guelras em algum lugar] iriam se encontrar logo e se apaixonar pelo simples fatos que são lindos de morrer, deuses de carne e osso, e estão sozinhos num mundo devastado.
E não resisto, a postagem ficará longa, mas tenho que digitar a descrição deles.
As primeiras, pelo menos, porque eles são fisicamente elogiados diversas vezes no livro.
"Triton (...) com seu porte gigantesco, louros e compridos cabelos e olhos celestiais, recordava um Aquiles, Ulisses, Segfid* ou Parsifal. A verdade é que possuía a arrogância dos deuses, a beleza dos heróis, a fortaleza de um Titã e a grandeza de um gladiador. Uma mente lúcida, nobre e inteligente, movia aquela massa de músculos e tendões vigorosos, aquele corpo excepcional que um inconcebível milagre biológico tinha devolvido à vida (...)" [* = acho que Segfid é o mesmo que Siegfried]
Verdade seja dita, as demais descrições não são como esta, de quase meia página, mas ele é elogiado rapidamente outras vezes depois também. Da mocinha, Vulkania, não há uma descrição longa e contínua, mas monta-se uma imagem dela aos poucos, no capítulo em que ela é apresentada. Vamos às partes:
"braços vigorosos e nus (...) seu rosto firme, sensual, emoldurado pelas rebeldes mechas de cabelo negro azulado"; "Vulkania, a fêmea poderosa e selvagem, que movia sua nudez primitiva"; "olhos profundos, escuros como a noite"; "A esfinge vivente, que surgira das profundezas do vulcão radioativo"; "alta, vigorosa, cheia de força física (...) corpo vigoroso, vibrante"; "suas formas sensuais eram demasiado agressivas para passar despercebidas"; e "coxas fortes e macias (...) seios exuberantes".
Putz... Parece que estou descrevendo um livro pornô! Mas é isso, criancinhas... Aos heróis de antigamente não bastavam fazer coisas heróicas, eles tinham que ser absurdamente descritos como seres acima de todos os mortais. E se possível, no máximo de adjetivos, que é para aumentar o texto.
Voltemos rapidamente á história, mesmo porque o livro é fino, e se eu escrever muito, conto o livro inteiro.
Depois de se encontrarem e começarem a andar pelo mundo, em busca de sobreviventes, Charlton Heston e a Nova, quer dizer, Tritão e Vulcânia, vão para Austrália, lar original do mocinho, e acabam sendo feitos prisioneiros por um povo que usa máscaras, que se denominam Os Impuros, e são avisados que enfrentarão um julgamento que certamente os levará a morte. [comentário desconexo: por mais absurdo que pareça, não consegui achar uma foto boa da Linda Harrison e do Heston, ele até está bem na foto que linkei, mas ela nem tanto. Para tirar a má impressão, vejam mais imagens dela aqui]
Pensando bem... Esse livro tem quase 40 anos e não é nada que vocês encontrarão na Saraiva mais perto de vocês (talvez nem no sebo mais perto), então não os deixarei no suspense...
SPOILERS ABAIXO:
Eles precisam provar para os captores que eles não são do maligno povo dos Puros, que seqüestra e mata os do povo impuro sempre que eles deixam seu lar, um antigo bunker atômico mal protegido da radiação.
Eles provam, pois o cara é anfíbio e a fama dele ainda durou até o século XXV, e a mulher não se queima, coisa que seres humanos não conseguem. Ah, bem lembrado: ela também não é humana, ao que tudo indica é alienígena. O povo mascarado, agora confiando nos ressuscitados, mostra que por trás das máscaras estão todos morrendo pela radiação, com a pela destroçada e nojenta [isso parece ser outra idéia tirada de Planeta dos Macacos, do segundo filme agora], e explica que os Puros vivem numa cidade protegida e escondida, porque se move e está sempre mudando de lugar, chamada Novo Éden, onde são imortais e não sofrem com a radioatividade.
Nossos heróis oferecem ajuda e vão atrás da tal cidade [nota: nisso só faltam 10 curtas páginas para acabar o livro, então você sabe que a solução será muito rápida], são outra vez seqüestrados e preparados para serem julgados novamente [pelo jeito todos os sobreviventes da humanidade são advogados], e aí o cara faz um discurso raivoso, se solta, mete a porrada na banca de juízes, e nota que não há sangue... Ó céus! São robôs! Ele se livra de mais alguns; encontra uma forma de desativar todos de uma vez; encontra a Vulkania sem nem precisar procurar; e juntos acham uma biblioteca, onde descobrem que o último dos imortais morreu faz algumas décadas, mas, só de birra, deixou os robôs no lugar, para os Impuros continuarem temendo-os e sendo mortos sempre que possível. Mistério resolvido e cidade encontrada, eles a levam para os Impuros, para que eles possam viver lá, onde não há radiação, e assim terão uma chance de prosperar.
Nossos heróis se despendem, prometendo visitá-los algum dia, e saem para explorar e repovoar o planeta.
FIM DOS SPOILERS.
Como eu disse antes, o livro é bem fino. Letra grande e espaçado. Dá para ler num único susto. Tenho vários livros desta coleção. Muitos eu li na minha época de pirralho e muitos eu só fui comprar depois de velho, e os leio de vez em quando, quando quero algo para descansar a cabeça entre livros mais complicados. Ou se preciso de algo pequeno e fino que caiba bem num bolso [dica: são ótimos para bolsos internos de paletós, para levar em casamentos se você é como eu, que chega na hora, e não tem ninguém no lugar, nem o padre, nem parente, e o coro está testando os instrumentos - outra opção é levar cruzadinhas, mas a Coquetel parou de fazer as do Nível Difícil em tamanho menor]
Fazia tempo que não lia nenhum deles até, acho que desde antes do blog entrar no ar.
Um detalhe divertido é que nem sei quantos livros existem na coleção. São pelo menos 87, mas nunca descobri a quantidade correta. Até vou aproveitar que estou com tempo e vou explicar o cálculo, para caso surja algum outro fã da série por aqui e também tenha a mesma curiosidade. Ou se você for um fã mais bem informado, agradeceria imensamente a elucidação do mistério.
Vamos lá: esse livro é o nº 24 da Série Amarela. Ainda não encontrei nenhum livro nesta série acima do nº 33. Então, por puro chute, assumo que este seja o último dela.
Existem livros de FC dessa coleção que não têm uma 'série colorida', são apenas numerados; e nunca encontrei nenhum deles acima do 15. Ao mesmo tempo, nunca encontrei nenhum da Amarela abaixo do 16. Logo, imagino que sejam uma seqüência só.
E nas demais séries, Azul, Verde e Vermelha (não sei a ordem de publicação) nunca descobri números maiores que os 18. Então ficamos assim:
Série Incolor + Amarela: 1 ao 15 + 16 ao 33
Séries Azul, Verde e Vermelha: 18 livros cada série.
E daí: 33+18x3 = 87!
ATUALIZAÇÃO: a ordem de publicação é a seguinte:
Série Incolor: em 1974 e 1975 // Demais séries: simultâneas em 1976 e 1977
Mas nunca se sabe, as séries de bolso de romance e de velho-oeste da Cedibra, ambas da mesma época, chegaram, pelo menos, por volta do nº 200. [pode ser bem mais, é que pesquisei isso agora em pouco segundos apenas] Mas se você reparar na Série Amarela, do 16 ao 33 também são 18 volumes... Acho que 18 era o limite nas séries de FC, então aposto que são "só" 87 mesmo.
O negócio é tão ruim de conseguir informações, que dos 87 [ou mais?] livros, dois deles eu não consegui nem descobrir os nomes (Vermelho 16 e Azul 2). Isso vasculhando pelos autores ou pela coleção no Google, Estante Virtual e Mercado Livre. O problema é que também existem livros destes autores em coleções da Futurama ou da Nautilus, por exemplo. Então, geralmente, só dá para ter certeza vendo a capa, que nem todo site traz.
Depois, com tempo, acho que vou scannear as capas dos que eu tenho só para fazer uma postagem-homenagem.
ATUALIZAÇÃO: descobri o nome do Azul 02 uma semana depois da postagem, mas reparei algo que deveria ter notado antes: todos os "incolores" que identifiquei são do K.L. Munro, exceto um! Esse 1 não era da mesma série. Ao invés de ser da Coleção SOS, ele é da Coleção Trevo Negro (de terror). Literalmente, paguei pra ver [comprei! vai que era mesmo da SOS]. Então, de volta à estaca zero. Não sei o nome de dois: "Vermelho 16" e um dos "incolores" com nº indefinido.
→ ATUALIZAÇÃO DURANTE A ATUALIZAÇÃO: Resolvi fazer uma checagem por eliminação, para descobrir o provável nº desse... E num anúncio vencido do TodaOferta, que nem dava o nome dos livros, apenas 'SOS Coleção Cedibra', eu olhei a fotinha... Vi uma capa desconhecida, e deu para ler o nome do livro. Há! Só falta 1 nome agora!
ATUALIZAÇÃO 3: até que foi divertido o suspense... Hoje é dia 6/fev, e jogando mais uma vez no Google, por falta do que fazer [e uma certa obsessão, depois que o assunto começou], encontrei o nome de outros livros da série no catálogo de uma tal Biblioteca Comunitária da Universidade Federal de São Carlos [o Google na verdade me jogou numa página de busca sobre "larvas" no tal catálogo]. Bem, já estava lá... Busquei por CEDIBRA VERMELHA, e fui lendo cada um dos títulos, com o suspense crescendo [acervo bem catalogado, por falar nisso]. E lá estava, perto do final, o escorregadio título do nº 16. Mistério resolvido. Agora é achar para comprar.
E é isso, calculando proporcionalmente, tamanho do livro x tamanho da postagem, acho que essa aqui ganha de longe. Nunca escrevi tanto para falar de tão pouco texto. Mas é divertido escrever sobre essas coisas que ninguém mais escreve. Não tem lá muita graça resenhar Crepúsculo ou Guerra dos Tronos [ambos têm postagens que estão em rascunho] porque para esses há 2 milhões de sites a respeito.
Quem tiver achado interessante, estejam a vontade para procurar esse livro [neste momento, 27/jan/2013, há 3 disponíveis no Estante Virtual] e os demais da coleção pelos sebos da vida. Há vários outros bem... hummmm... Não vou dizer que são bons... Bom mesmo, acho que nenhum dos que li foi, mas são antiquadamente divertidos. Só corram para chegarem antes de mim! Porque resolvi que vou tentar completar os 87 [ou mais].
[ou façam o inverso: se tiverem e quiserem vender, entrem em contato, que digo quais já tenho e quais quero comprar]
domingo, 20 de janeiro de 2013
Shatnerquake
Autor e blog oficial: Jeff Burk
Artista da capa: Samuel Deats
Com personagens de: Jornada nas Estrelas, T.J. Hooker, Boston Legal, Além da Imaginação e comercias de TV.
Editora: Eraserhead Press
ISBN: 978-1-933929-82-8 -- Ano: 2009 -- Páginas: 84
◄ Clique na capa para ampliar e expandir.
Já reparei que geralmente começo meus textos com alguma opinião fora de contexto sobre o livro ou filme, e só depois digo qual a história do dito cujo [mas bem, geralmente quem está lendo a postagem já a sabe].
Pois bem, vamos fazer algo mais tradicional agora, porque a história do livro em si já deve causar espanto suficiente:
O livro começa com William Shatner chegando na primeira Shatner-Con, com pensamentos de desdém quanto aos fãs, tanto enquanto chega na sua limusine como quando começa a sessão de autógrafos, cercado de fãs esquisitos - inclusive um, que será importante depois, que fez cirurgia plástica para ter o rosto e voz do ator.
Até aí, tudo muito mundo-real. Uma convenção inteira em homenagem ao Shatner e fãs malucos são coisas bem possíveis. [os fãs malucos já existem]
Até que temos um atentado. E somos apresentado à primeira loucura do livro [e começam as muitas mortes]: atrás das telas de cinema da convenção encontram uma "Bomba de Ficção", colocada lá por um campbelliano (fãs de Bruce Campbell, que consideram Shatner o falso profeta).
Como ela não funciona como deveria, não vou explicá-la. O que importa é o resultado. Ela explode e os personagens de William Shatner dão uma de Rosa Púrpura do Cairo (ou Último Grande Herói, se você for uns 15 anos mais novo): eles começam a sair das telas.
Aí você imaginaria: ok, legal, um mundo com um Capitão Kirk, um T.J. Hooker e o advogado chefão do Boston Legal não é um mundo tão ruim. E cada um vai para um lado, com todos os seus trejeitos e particularidades
Mas enquanto alguns ficam apenas cantando para platéia, ou ficam perdidos falando esperanto [não sabia disso... o Shatner fez um filme de terror (Incubus) todo falado nesse idioma], outros saem meio errados da cabeça, sabendo que não deveriam estar ali e com uma raiva indefinida direcionadas ao Shatner verdadeiro.
Que por sua vez, tenta escapar de toda a confusão que se instaura no centro de convenções (que inclui uma mulher ser pisoteada até a morte por fãs obesos, o Capitão Kirk matar um fã fantasiado de klingon, e o Shatner real praticamente matar uma das versões dele mesmo, que tenta capturá-lo).
E pronto, acabei de descrever tudo que acontece até a páginas 41 de um livro de 83 páginas. Um pouco menos da metade, porque a história mesmo começa na página 11. [o legal é que essa postagem, mais as revisões de digitação e alterações do texto que eu sempre faço, formatação, figuras, links, e etc, no final terão tomado muito mais tempo do que ler o livro] O livro está mais para um conto do que uma novela. Recomendo que leiam em forma digital mesmo, aproveitando que temos Amazon por aqui agora (mas podia ser mais barato, no dia desta postagem está por R$ 10,32), mas até o momento, está bem divertido.
É, não terminei ainda, li até pouco depois do que descrevi apenas. Mas como é fino e só humor negro e correria, é de leitura rápida. Comecei a ler pouco antes do almoço e como teria que parar no meio mesmo [compromisso familiar... acontece] resolvi registrar minhas impressões iniciais antes de sair. Mais 1 hora na volta, e termino.
Achei esse livro via sugestão da Amazon. Queria lembrar a razão dessa sugestão. Muito bom. Como ele é considerado "bizarro fiction", eu devia estar pesquisando livros como o Satan's Glory Hole. Acho que foi isso até... Lembro que uma vez fui parar no site da editora Eraserhead Press, vi nomes como Unicorn Battle Squad, Barbarian Beast Bitches of the Badlands ou The Ass Goblins of Auschwitz [e tantos outros bizarros, que tive que me controlar agora para só citar 3. Clique aqui e se divirta]. Aí... fui na Amazon para ver a opinião das pessoas sobre essas maluquices... E voilá! A Amazon até hoje fica me sugerindo esses livros e outros parecidos (ela insiste em recomendar o Rico Slade Will Fucking Kill You, que vou acabar comprando). E assim surgiu a recomendação do Shatnerquake, que eu não vira no site da editora diretamente.
Não que eu esteja reclamando! As recomendações estranhas da Amazon e as loucas do Youtube já me deram muitas boas horas de diversão.
Acho que esse é um desses livros atuais, impressos sob demanda apenas, com editoras que surgiram só no mercado digital e, depois disso, como tinha gente que ainda prefere ler (ou pelo menos ter também) em papel, começaram lançar versões impressas. Tenho muitos outros livros assim, como o The Old Man and the Wasteland (muito bom). Excelente para os escritores não depender mais de editoras que só querem publicar coisas que acham que vão vender milhões e depois ainda render um filme.
Voltando ao livro em si, a premissa é tão insana, que faço questão de colocar a descrição oficial também:
It's Shatner VS Shatners!
William Shatner? William Shatner. WILLIAM SHATNER!!! It's the first ShatnerCon with William Shatner as the guest of honor! But after a failed terrorist attack by Campbellians, a crazy terrorist cult that worships Bruce Campbell, all of the characters ever played by William Shatner are suddenly sucked into our world. Their mission: hunt down and destroy the real William Shatner.
Featuring: Captain Kirk, TJ Hooker, Denny Crane, Rescue 911 Shatner, Singer Shatner, Shakespearean Shatner, Twilight Zone Shatner, Cartoon Kirk, Esperanto Shatner, Priceline Shatner, SNL Shatner, and - of course - William Shatner!
No costumed con-goer will be spared in their wave of destruction, no redshirt will make it out alive, and not even the Klingons will be able to stand up to a deranged Captain Kirk with a lightsaber. But these Shatner-clones are about to learn a hard lesson...that the real William Shatner doesn't take crap from anybody. Not even himself.
It's Shatnertastic!
---------
E pronto, cá estou de volta, missão familiar cumprida, final da tarde, e livro lido!
A correria e o humor continuam um pouco na segunda metade do livro, mas com quase todas as piadas já apresentadas, o que sobra é só a perseguição principal entre o Shatner real, Kirk com sabre de luz (se você não tinha visto ainda, clique na capa, no alto, para ampliar) e o fã freak com a cara do Shatner. A história cai um pouco sim (ou bastante até), mas como é um livro superfino, você sabe que já vai acabar. Não que tenha sido ruim, continua bom se você entrar no esquema maluco, mas já não é a mesma coisa. A dica é ler de uma vez só. Da forma como eu fiz acidentalmente, em metades, deu o azar de ter me divertido para cacete primeiro, e ter parado exatamente na parte em que a história começou a não ter muito mais o que fazer. Lendo num só susto pode ser que você não perceba.
E o final achei fraco. Meio Além da Imaginação demais [na verdade, a comparação ideal seria outra, mas seria tão perfeita, que arriscava entregar o final do livro] e isso na sequência de uma outra sequência completamente ilógica, quando os vilões finalmente são "vencidos" (leia, e você entenderá as aspas). Mas, como eu disse, o estilo do livro é chamado "ficção bizarra". Algo eles fizeram para merecer o nome.
Esperava um final mais normal, até mesmo feliz, com o Shatner resolvendo tudo (ou seja, se salvando e dane-se os fãs mortos) e soltando a clássica tirada "Eu sou William Shatner, posso fazer qualquer coisa." [a fala no filme não é bem essa, e acho que o filme saiu depois do livro, mas isso é só um exemplo].
É como está em algumas resenhas: "o conceito é excelente, a execução nem tanto". Mas, concordo também com o que li em outro blog e dane-se a execução: "a sinopse é boa demais para não comprar o livro na mesma hora". Foi meu caso.
E apesar do final, foram 2 horas bem aproveitadas. [é chute, acho que foi menos].
Tem uma resenha curta e muita boa aqui: DeFlip Side, onde o tal Christopher DeFilippis diz que o livro falha miseravelmente em quase todos os aspectos, mas que você deve comprá-lo mesmo assim. Eu concordo plenamente. Eu poderia ter escrito os dois primeiros parágrafos da resenha dele sem mudar uma letra.
E sem muita relação, mas interessante, encontrei um video do Shatner onde ele brinca com o fato dele não ser o Kirk. "E nem... falar... desse jeito!" como ele é sacaneado no livro e por quase todos os fãs de Jornada: William Shatner - I Am Canadian
E falando de William Shatner, convenção e mortes... Acho que é uma boa deixa para eu finalmente ler o Night of the Living Trekkies. [estamos em janeiro e digo que penso em ler esse livro em breve... hummm... aguardem então a resenha para NOVEMBRO!]
Artista da capa: Samuel Deats
Com personagens de: Jornada nas Estrelas, T.J. Hooker, Boston Legal, Além da Imaginação e comercias de TV.
Editora: Eraserhead Press
ISBN: 978-1-933929-82-8 -- Ano: 2009 -- Páginas: 84
◄ Clique na capa para ampliar e expandir.
Já reparei que geralmente começo meus textos com alguma opinião fora de contexto sobre o livro ou filme, e só depois digo qual a história do dito cujo [mas bem, geralmente quem está lendo a postagem já a sabe].
Pois bem, vamos fazer algo mais tradicional agora, porque a história do livro em si já deve causar espanto suficiente:
O livro começa com William Shatner chegando na primeira Shatner-Con, com pensamentos de desdém quanto aos fãs, tanto enquanto chega na sua limusine como quando começa a sessão de autógrafos, cercado de fãs esquisitos - inclusive um, que será importante depois, que fez cirurgia plástica para ter o rosto e voz do ator.
Até aí, tudo muito mundo-real. Uma convenção inteira em homenagem ao Shatner e fãs malucos são coisas bem possíveis. [os fãs malucos já existem]
Até que temos um atentado. E somos apresentado à primeira loucura do livro [e começam as muitas mortes]: atrás das telas de cinema da convenção encontram uma "Bomba de Ficção", colocada lá por um campbelliano (fãs de Bruce Campbell, que consideram Shatner o falso profeta).
Como ela não funciona como deveria, não vou explicá-la. O que importa é o resultado. Ela explode e os personagens de William Shatner dão uma de Rosa Púrpura do Cairo (ou Último Grande Herói, se você for uns 15 anos mais novo): eles começam a sair das telas.
Aí você imaginaria: ok, legal, um mundo com um Capitão Kirk, um T.J. Hooker e o advogado chefão do Boston Legal não é um mundo tão ruim. E cada um vai para um lado, com todos os seus trejeitos e particularidades
Mas enquanto alguns ficam apenas cantando para platéia, ou ficam perdidos falando esperanto [não sabia disso... o Shatner fez um filme de terror (Incubus) todo falado nesse idioma], outros saem meio errados da cabeça, sabendo que não deveriam estar ali e com uma raiva indefinida direcionadas ao Shatner verdadeiro.
Que por sua vez, tenta escapar de toda a confusão que se instaura no centro de convenções (que inclui uma mulher ser pisoteada até a morte por fãs obesos, o Capitão Kirk matar um fã fantasiado de klingon, e o Shatner real praticamente matar uma das versões dele mesmo, que tenta capturá-lo).
E pronto, acabei de descrever tudo que acontece até a páginas 41 de um livro de 83 páginas. Um pouco menos da metade, porque a história mesmo começa na página 11. [o legal é que essa postagem, mais as revisões de digitação e alterações do texto que eu sempre faço, formatação, figuras, links, e etc, no final terão tomado muito mais tempo do que ler o livro] O livro está mais para um conto do que uma novela. Recomendo que leiam em forma digital mesmo, aproveitando que temos Amazon por aqui agora (mas podia ser mais barato, no dia desta postagem está por R$ 10,32), mas até o momento, está bem divertido.
É, não terminei ainda, li até pouco depois do que descrevi apenas. Mas como é fino e só humor negro e correria, é de leitura rápida. Comecei a ler pouco antes do almoço e como teria que parar no meio mesmo [compromisso familiar... acontece] resolvi registrar minhas impressões iniciais antes de sair. Mais 1 hora na volta, e termino.
Achei esse livro via sugestão da Amazon. Queria lembrar a razão dessa sugestão. Muito bom. Como ele é considerado "bizarro fiction", eu devia estar pesquisando livros como o Satan's Glory Hole. Acho que foi isso até... Lembro que uma vez fui parar no site da editora Eraserhead Press, vi nomes como Unicorn Battle Squad, Barbarian Beast Bitches of the Badlands ou The Ass Goblins of Auschwitz [e tantos outros bizarros, que tive que me controlar agora para só citar 3. Clique aqui e se divirta]. Aí... fui na Amazon para ver a opinião das pessoas sobre essas maluquices... E voilá! A Amazon até hoje fica me sugerindo esses livros e outros parecidos (ela insiste em recomendar o Rico Slade Will Fucking Kill You, que vou acabar comprando). E assim surgiu a recomendação do Shatnerquake, que eu não vira no site da editora diretamente.
Não que eu esteja reclamando! As recomendações estranhas da Amazon e as loucas do Youtube já me deram muitas boas horas de diversão.
Acho que esse é um desses livros atuais, impressos sob demanda apenas, com editoras que surgiram só no mercado digital e, depois disso, como tinha gente que ainda prefere ler (ou pelo menos ter também) em papel, começaram lançar versões impressas. Tenho muitos outros livros assim, como o The Old Man and the Wasteland (muito bom). Excelente para os escritores não depender mais de editoras que só querem publicar coisas que acham que vão vender milhões e depois ainda render um filme.
Voltando ao livro em si, a premissa é tão insana, que faço questão de colocar a descrição oficial também:
It's Shatner VS Shatners!
William Shatner? William Shatner. WILLIAM SHATNER!!! It's the first ShatnerCon with William Shatner as the guest of honor! But after a failed terrorist attack by Campbellians, a crazy terrorist cult that worships Bruce Campbell, all of the characters ever played by William Shatner are suddenly sucked into our world. Their mission: hunt down and destroy the real William Shatner.
Featuring: Captain Kirk, TJ Hooker, Denny Crane, Rescue 911 Shatner, Singer Shatner, Shakespearean Shatner, Twilight Zone Shatner, Cartoon Kirk, Esperanto Shatner, Priceline Shatner, SNL Shatner, and - of course - William Shatner!
No costumed con-goer will be spared in their wave of destruction, no redshirt will make it out alive, and not even the Klingons will be able to stand up to a deranged Captain Kirk with a lightsaber. But these Shatner-clones are about to learn a hard lesson...that the real William Shatner doesn't take crap from anybody. Not even himself.
It's Shatnertastic!
---------
E pronto, cá estou de volta, missão familiar cumprida, final da tarde, e livro lido!
A correria e o humor continuam um pouco na segunda metade do livro, mas com quase todas as piadas já apresentadas, o que sobra é só a perseguição principal entre o Shatner real, Kirk com sabre de luz (se você não tinha visto ainda, clique na capa, no alto, para ampliar) e o fã freak com a cara do Shatner. A história cai um pouco sim (ou bastante até), mas como é um livro superfino, você sabe que já vai acabar. Não que tenha sido ruim, continua bom se você entrar no esquema maluco, mas já não é a mesma coisa. A dica é ler de uma vez só. Da forma como eu fiz acidentalmente, em metades, deu o azar de ter me divertido para cacete primeiro, e ter parado exatamente na parte em que a história começou a não ter muito mais o que fazer. Lendo num só susto pode ser que você não perceba.
E o final achei fraco. Meio Além da Imaginação demais [na verdade, a comparação ideal seria outra, mas seria tão perfeita, que arriscava entregar o final do livro] e isso na sequência de uma outra sequência completamente ilógica, quando os vilões finalmente são "vencidos" (leia, e você entenderá as aspas). Mas, como eu disse, o estilo do livro é chamado "ficção bizarra". Algo eles fizeram para merecer o nome.
Esperava um final mais normal, até mesmo feliz, com o Shatner resolvendo tudo (ou seja, se salvando e dane-se os fãs mortos) e soltando a clássica tirada "Eu sou William Shatner, posso fazer qualquer coisa." [a fala no filme não é bem essa, e acho que o filme saiu depois do livro, mas isso é só um exemplo].
É como está em algumas resenhas: "o conceito é excelente, a execução nem tanto". Mas, concordo também com o que li em outro blog e dane-se a execução: "a sinopse é boa demais para não comprar o livro na mesma hora". Foi meu caso.
E apesar do final, foram 2 horas bem aproveitadas. [é chute, acho que foi menos].
Tem uma resenha curta e muita boa aqui: DeFlip Side, onde o tal Christopher DeFilippis diz que o livro falha miseravelmente em quase todos os aspectos, mas que você deve comprá-lo mesmo assim. Eu concordo plenamente. Eu poderia ter escrito os dois primeiros parágrafos da resenha dele sem mudar uma letra.
E sem muita relação, mas interessante, encontrei um video do Shatner onde ele brinca com o fato dele não ser o Kirk. "E nem... falar... desse jeito!" como ele é sacaneado no livro e por quase todos os fãs de Jornada: William Shatner - I Am Canadian
E falando de William Shatner, convenção e mortes... Acho que é uma boa deixa para eu finalmente ler o Night of the Living Trekkies. [estamos em janeiro e digo que penso em ler esse livro em breve... hummm... aguardem então a resenha para NOVEMBRO!]
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