sexta-feira, 29 de novembro de 2013

The Ballad of Beta-2

Autor: Samuel R. Delany  --  Editora: Ace
Páginas: 124  --  Ano livro / história: 1971 / 1965
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Contexto:
a humanidade lançou uma esquadra de 10 naves geracionais para colonizar o espaço mas, logo depois, descobre como viajar acima da velocidade da luz e coloniza o cosmos. Enquanto isso, as 10 naves fazem o percurso da forma mais longa possível. Muito tempo depois, quando elas finalmente chegam ao planeta inóspito que deveriam colonizar (na verdade, duas delas nunca chegaram), a humanidade já está lá faz tempo e olha torto para aquele povinho primitivo (o "povo das estrelas"), que praticamente voltou ao barbarismo durante o trajeto, e os deixam orbitando um planetinha qualquer, para que vivam lá sem incomodar e sejam esquecidos. Que é o que eles queriam também. Nem sair das naves eles saíram.

A história: um aluno de antropologia, à contragosto, é incumbido pelo professor de uma atividade um tanto banal, mas o professor insiste justamente por ser algo que nunca foi dada a devida atenção: pesquisar os tais "star folk". O aluno protesta, alegando que o povinho é tão vagabundo, que mesmo passando tanto tempo isolado, nunca criou nada de diferente nem deu nenhuma contribuição às artes, poesia, música, etc. E o professor resolve fazer o aluno pesquisar justamente seguindo esta linha. E lá vai o sujeito, de cara amarrada, fazer o trabalho de campo.

Opinião: essa conversa entre os dois ocupa o 1º capítulo inteiro, que são só 5 páginas. E foi o suficiente para me deixar bem curioso. [mas eu sou suspeito, porque quase fui professor de História] [e pena que seria crime eu colocar isso no ar, mas fica a recomendação de vocês irem atrás. Dá para achar o livro em forma digital sem dificuldade na net. E aí depois de lerem as 5 primeiras páginas e ficarem curiosos, comprem e leiam o livro.]

No começo do capítulo seguinte temos o aluno lendo o principal poema deste povo, do pouco que já foi pesquisado. E em seguida fazendo suas análises iniciais de partes que obviamente foram transcritas com erro, e rearrumando alguns termos. E finalmente, ele vai até o tal povinho para melhor pesquisar. Segue a parte principal do poema:

She walked through the gates and the children cried,
She walked through the Market and the voices died,
She walked past the court house and the judge so still,
She walked to the bottom of Death's Head hill...


O legal é que só vamos descobrindo a forma correta do poema a medida que o aluno vai também entendendo melhor o contexto e as analogias. No começo o aluno crê que o povo só fazia canções repetindo temas de quando moravam na Terra, como cidades, desertos e areia, mesmo quando nada disso mais existia para eles. Mas vamos aos poucos, junto ao protagonista, descobrindo o que queriam dizer esses termos para eles.

E vamos também resolvendo o mistério do que aconteceu com a nave Beta-2 e o que diabos aconteceu com elas no caminho.

Fazia tempo que eu não pegava um livro e ficava com vontade de terminá-lo numa única sentada (o livo é fino, até dá para fazer). Eu realmente fiquei curioso em saber o que deu errado, entender do que os personagens e suas gírias antigas (no universo do livro) falavam e, assim como o protagonista, tirar sentido da balada.

Uma coisa legal é que a narração as vezes dizia coisas como "E Joneny, em seu medo e preocupação, não percebeu naquela resposta, a dica para outras respostas que ele buscava." Ou seja, o autor descaradamente nos avisando (os leitores) de que ali foi dito algo importante, e não só o protagonista, mas nós também não percebemos. Uma outra passagem divertida é quando o protagonista entende, complemente errado, palavras normais para nós, mas antigas e desconhecidas para ele. [e eu preciso descobrir mais livros de FC com situações lingüísticas como tema, foi um enredo bem interessante]

Claro, nem tudo são flores no livro. O protagonista em si começa a fazer as suas pesquisas nas naves abandonadas em órbita, começando pelas vazias, justamente para tentar ter o menos contato possível com o tal povo que saiu delas; e, no final, é só até onde ele chega mesmo. Eu fiquei curioso em saber em que estado estava a população e a cultura dos sobreviventes.

Boa parte da história é contada através de gravações antigas da nave, mas a nave ainda ficou muito tempo no espaço depois daquilo e antes de chegar ao destino, então, de certa forma, não ficamos sabendo no que deu, socialmente falando, os acontecimentos que acompanhamos. O livro dá uma rápida mostra, mas eu queria mais.

E, claro, tem a "criança mágica". Além do pesquisador (e do professor, mas só nas primeiras páginas), e dos personagens que conhecemos através das gravações (mortos faz muito tempo), só há um outro: uma misteriosa criança que vive nas carcaças das naves, sem nem precisar de oxigênio e comida (ou a devida pressão atmosférica). Você acostuma-se a ela, mas na hora, como eu estava interessado mais na parte de pesquisa histórica/linguística (e detetivesca) da trama, ter uma criança alienígena de olhos verdes voando em volta do personagem deu um certo choque e uma incomodada.

Perdeu um pouco do charme, mas ainda foi um livro cuja premissa inicial foi interessante o suficiente para prender a atenção (com ou sem criança, e apesar da capa horrenda). Há também alguns tons religiosos na história, mas nada que chame a atenção se você não estiver preocupado com isso.

E um detalhe bobo, rapidamente citado no texto, mas achei uma tecnologia interessante no universo do livro. O protagonista, para não perder muito tempo na pesquisa que ele achava que seria desinteressante, utiliza um recurso de ajuste temporal: ele passará uma semana pesquisando o povo, mas apenas 24 horas passarão para as outras pessoas. Não lembro agora se isso significava uma viagem no tempo ou se ele estaria "acelerado", mas chamou a atenção.

Terminando, três resenhas para vocês. Todas com spoilers.

Republibot.com: The novel is enjoyable, brief, and worth reading, just not as powerful as Delany’s later works.
O legal desta resenha é que o cara também comenta sobre o autor zuando o personagem, dele não ter prestado a devida atenção ao que foi dito a ele naquele momento. Realmente, foi uma passagem divertida. Se isso for uma marca do autor, preciso ler mais Samuel Delany.

Omphalos' SF Book Reviews:
My recommendation is that you read every word Delany ever wrote, but if you do decide to pick and choose, this one should be on your list.

For the birds: Delany is a transcendental writer in the best sense of the word.
OBS: achei o texto desta resenha legal, mas note que a frase que virou link nem é sobre o livro em si. Acho que o texto foi escrito por um professor de literatura. É meio viajante. Mas achei interessante, então cá está.


[ATUALIZAÇÃO]: algo que só descobri bem depois de ter lido o livro e feito a postagem, e esqueci de voltar para comentar... O livro existe em português. Saiu pela Edições de Ouro (futura Ediouro) no final dos anos 70, devidamente traduzido - "A Balada de Beta-2". É um daqueles brancos, com FANTASTIC escrito na capa. É tanta coisa na capa que fica complicado dizer qual a série, coleção, ou sei lá. A Traça descreveu como "Coleção: Infinitus - Fantastic, F37 - Categoria Copa, nº 587" e ainda tem um "Alto Nível" escrito no canto... seja lá o que isso for. Quem não sabe inglês, não tem desculpa agora!]

domingo, 24 de novembro de 2013

The Day of the Doctor

Meninos, EU VI! [gente velha vai pegar a referência cretina, rs!] E não vou resenhar nem fazer uma postagem [acabou virando uma, porque ficou longo] só dizer que foi uma divertidíssima homenagem para os fãs.

De: Steven Moffat  --  Com: Matt Smith (o Doutor atual), David Tennant (o Doutor anterior), John Hurt (o Doutor retroativo), Jenna Coleman (a acompanhante), Billie Piper (o clipe falante), Joanna Page (a rainha), Jemma Redgrave (a chefe da UNIT) e Ingrid Oliver (a asmática).  --  Ano: 2013  --  Duração: 1h17min  --  País: Inglaterra

Pelos trailers (vide postagem anterior), eu esperava que fossem puxar para um lado mais dramático voltado para o canône, focado na história da Guerra em si - sim, ela é um dos fios condutores - mas o que fizeram foi juntar 2 dos doutores atuais (uma pena o Eccleston não ter aparecido), um terceiro +/- novo, uma ponta de um dos antigos, e uma micro-ponta do próximo [isso é spoiler, mas quem tinha essa preocupação, já viu o filme a essa hora], tudo isso misturado com MUITA piada interna e muita fofura e carinho com, e entre, os personagens (e atores).

A história em si não é muito profunda (*) (principalmente a trama de apoio, envolvendo a rainha e vilões com cara de monstros do Jaspion) [mas eles já tinham aparecido antes na série, então respeitaram a aparência] e foi um baita retcon de muita coisa, mas... Dane-se! Foi excelente, espetacular, e EU ESTAVA LÁ! Foi uma sessão super divertida e emocionante. [mas não a ponto de chorar, como alguns fãs]

(*) mas lembrem-se do que eu falei na outra postagem sobre isso, Doctor Who não é sobre criar enredos complicados e te fazer quebrar a cabeça para acompanhar. Doctor Who é sobre os personagens. O resto é pano de fundo.

Ah, e os fãs. Parte de toda diversão foi a sessão lotada, só com fãs igualmente malucos pela série, que reconheciam e entendiam cada zuação. [e se acabavam com elas] Eu até esperava gente um pouco mais esquisita, algum cosplay, mas até que se comportaram. Tinha um cara com um capa estilo Matrix [hein?], outro sujeito com marcações na pele [estilo os episódios do arco dos Silence] uma garota de chapéu e casaco marrom, ambos com detalhes em verde brilhante [não sei se aquilo era algum personagem das antigas de Doctor Who, dos atuais não pareceu], uma garota com uma TARDIS de papelão na cabeça, e uma adorável ruivinha [o cabelo parecia meio cor de rosa, na verdade] de terno laranja e gravata brilhante. [novamente, não sei se aquilo era cosplay de Doctor Who, ou de *qualquer* coisa]

No final da sessão, quando eu pude vê-la melhor, eu dei uma rápida geral de cima abaixo nela, e que ela rapidamente me viu fazer também, e se você [a maluquinha de cabelo ruivo/rosa] está aqui lendo isso, não se preocupe, não estava pensando mal de você, nem julgando nem nada, estava uma graça. Meu sorriso era de "Que fofo!" e não de "Só dá maluco..." [bem... essa barca já tinha partido de qualquer jeito].

Ah, e se a "fã que perdeu a chave-de-fenda sônica da River que comprou na Inglaterra" estiver por aqui, dá um Oi! e diz se achou, fiquei curioso.

E os miados... Ah, os miados. Muito divertido. Cada fofura, aparição, troca de olhares, piada, drama, etc... Metade das garotas da sala soltavam um mio, que eu não sei como elas fazem. Aquele som feminino, típico de adolescente, de quando o cantor andrógino da moda olha do palco na direção delas e dá uma piscada. Mas a sessão certamente não seria a mesma se não estivesse *lotada* dessa gente. Foi uma boa coisa só ter tido um único dia, nenhum fã ficou com vontade de esperar uma sessão melhor, num dia mais calmo, num outro horário, ou algum descrente resolveu ver só para fazer hora... Não! Todos os doidos tiveram que se reunir de uma vez só.

Resumindo em uma palavra, a sessão (filme e fãs) foi BRILHANTE!

domingo, 10 de novembro de 2013

Rico Slade Will Fucking Kill You

Eu costumo colocar as capas de livro e cartazes sempre +/- no mesmo tamanho [217 de altura, sem margens, que fica bem no Firefox, mas depois descobri que nem tanto no Chrome, no IE e no Comodo Dragon, ou seja, em lugar nenhum quase], mas esse livro agora não só eu não quero falar muito, porque ele é fino e não quero estragar a história toda, como ele ainda tem um nome e capa tão escrotamente divertidos, que será com ela que vou gastar o espaço hoje:




Autor: Bradley Sands
Editora: Lazy Fascist Press / Eraserhead Press
Páginas: 114  --  Ano: 2011  --  ISBN: 978-1-936383-47-4
Tamanho: A5 (metade de uma folha de papel normal)

A história: ... Opa! Aqui já entra um aviso, eu darei a sinopse do livro sem nenhum tipo de spoiler real, mas... eu li o livro sem saber NADA dele fora a chamada oficial (em itálico ao final da postagem ou no link da Lazy Fascist logo acima). A sinopse em si entrega algo que você fica sabendo já na 1ª linha da 7ª página [acabei de contar], então não é nenhum tipo de surpresa ou reviravolta final, mas... como eu li o livro sem saber nem isso, caso vocês também prefiram desta forma, pulem para a linha pontilhada.

Então...

A história: temos um ator (era essa a "surpresa"), famoso pelo papel de personagem musculoso, cabeludo e brucutu em vários filmes, que luta contra vilões que querem dominar o mundo. Uma boa comparação talvez fosse uma junção de Comando para Matar com 007. E certo dia o cara surta! Começa a achar que ele é o personagem, se irrita com praticamente tudo e todos a sua volta, e sai degolando gargantas, chutando mulheres e explodindo lojinhas. Mas...

Agora, outro aviso, o que vou dizer abaixo sim, pode ser considerado spoiler mas, novamente, você fica sabendo tão cedo na história, que talvez não seja na verdade... Bem, não querendo saber, de novo, fica a dica de ir para a linha pontilhada.


... não é bem assim.

Na passagem da lojinha, por exemplo, o sujeito fica puto com a atendente, volta para sua Ferrari e a joga através da vitrine, daí sai andando em câmera lenta enquanto o lugar explode, e empregados e clientes queimam. No capítulo seguinte acompanhamos o psicólogo do sujeito, e num dado momento é anunciado na TV que um careca mal vestido jogou o carro dentro de uma loja, mas, felizmente, não houveram feridos. A parte de ser uma Ferrari era verdade pelo menos.

Então uma coisa é a história que o personagem acredita estar vivendo em seu ataque de fúria nem tão furioso quanto ele acha. Outra é a historia real, que mesmo não sendo devaneio, é bastante bizarra por si só.


• • • • • • • • • o "não-spoiler" e o "mais ou menos spoiler" terminam aqui • • • • • • • • •


É um livro bem engraçado. Tanto os capítulos do Rico Slade, como os do psicólogo, que na prática é o co-protagonista, já que eles revesam capítulos e metade do livro é com o sujeito. Assim, de cabeça, dele me recordo do capítulo envolvendo o golfista e "comentários culturalmente insensíveis", por ex.

O lado ruim é que o livro é fino. Assim como o Shatnerquake, o livro inteiro é na verdade um conto. E nem todos irão querer pagar R$ 25 para ter um livro de 90 páginas (em letras grandes, e há um capítulo inteiro que é uma única palavra) [lá no alto eu digo que são 114 páginas, e são mesmo, mas há 12 só com anúncios de outros livros da editora, mas que, diga-se de passagem, ler os títulos e suas descrições é outra diversão], ou R$ 11 para só ler sem nem ter o livro de verdade. Mas pense assim: um ingresso de cinema custa algo entre R$ 20 e R$ 40 e te diverte (ou não) por duas horas. Esse livro faz o mesmo, mas você ainda passará a ter na sua estante uma capa como a acima. É um plano perfeito.

E dá fácil para imaginar o livro como um filme ao lê-lo, por mais que a história não tenha sido feita pensando no Arnold, ele encaixou como uma luva. Eu li o livro em 3 sentadas e, antes a última, assisti uma reprise de O Sexto Dia [um filme bem idiota, mas uma boa e bem feita diversão] e novamente, o jeitão brucutu bem humorado dele pareceu encaixar feito uma luva. Na minha cabeça, bem melhor que The Rock, como numa entrevista dada pelo autor. Sei lá, o Dwayne é novo demais ainda a meu ver, e não tem o jeito bonachão do Arnold. OBS: a entrevista que mencionei dá os mesmos "spoilers" que comentei acima, então se você os pulou, não a leia. Caso contrário...
Bradley Sands – The Man Who Created Rico Slade.

E para fechar, a sinopse oficial (onde o título passa a fazer mais sentido):

What the crap is Arnold Schwarzenegger doing on the cover of Rico Slade's book? This is Rico Slade's goddamn book. Rico Slade is not a body builder, an actor, or a governor. Rico Slade is an action hero.

Rico Slade doesn't care about the political climate. Rico Slade has an advanced degree in badassery. Rico Slade's favorite food is the honey-roasted peanut. Rico Slade can rip out a throat with his bare hands.

But Rico Slade has a problem. His arch-nemesis, Baron Mayhem, is threatening to drop a bomb on the Earth that will kill every human being except himself while leaving the world's currency intact. To save the planet, Rico Slade must journey across Hollywood to find Baron Mayhem. Unfortunately, Rico Slade's crime fighting style involves ripping out the throat of anyone who gets in his way, including grandmothers and Midwestern tourists.

As Rico Slade leaves Hollywood in ruins, the only person who can stop him from destroying the city is his Jewish psychologist, Harold Schwartzman. Until he does, Rico Slade will kill as many people as it takes to thwart Baron Mayhem's evil scheme. Rico Slade will fucking kill everyone.

RICO SLADE WILL FUCKING KILL YOU.

E terminando, 3 rápidas resenhas. Todas com vários spoilers, estejam avisados:
Mythos flavored blog: "(...) so brilliant and so fun you will not be able to stop reading it."
Dangerous Dan's book blog: "(...) a hilarious tale (...) isn't for everyone, though."
Sheldon Nylander: "Hillarious! (...) an enjoyable and downright fun read (...)"

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Bitch Slap

Eu não vou resenhar este filme, já o vi faz muito tempo. Mas fica a sugestão como algo para verem sem absolutamente nenhuma expectativa (fora a de ser um filme extremamente cretino), quando você não tiver nenhuma idéia melhor e algo com mulheres peitudas e o Kevin Sorbo (você sabe quem é, assuma!) não soar uma sugestão ruim.

Eu lembro que me diverti. Lembrei deste filme agora pesquisando sobre a definição de dicionário da expressão e esbarrei no vídeo abaixo. Muito bom. Deu até vontade de rever o filme. Na pior hipótese, pelo menos vejam o vídeo, é divertido por si só.





E depois do vídeo abaixo, leiam as opiniões e resenhas dos usuários no IMDB (a maioria raivosa), e se depois disso tudo você não ficar curioso... [provavelmente significa que têm bom gosto para filmes ou mais o que fazer da vida, mas não isso vem ao caso]

Se preferirem o trailer de verdade, segue o link.

E alguns dados técnicos, só para manter a tradição das postagens cinematográficas:

Nome nacional [só descobri que tinha agora, na época que vi não existia]: Perigosas
O nome em Portugal é igualmente ruim: Mulheres Rebeldes
De: Rick Jacobson (de O Bebê Maldito 2 e Cleopatra 2525)
Com: Julia Voth (+/- de Resident Evil), Erin Cummings (+/- de Jornada nas Estrelas: Enterprise), America Olivo (de Sexta-Feira 13, parte 12: O Reboot e +/- de Homem de Ferro), Michael Hurst, Kevin Sorbo, Lucy Lawless e Renée O'Connor (todos de Hércules e/ou Xena), Zoë Bell (+/- de Django Livre e de Oblivion), Debbie Lee Carrington (+/- de Guerra nas Estrelas) e Minae Noji (do futuro As Tartarugas Ninjas 4).
Duração:
1h49min.  --  Ano: 2009

sábado, 2 de novembro de 2013

Doctor Who no cinema!

Só digo uma coisa: The Day of the Doctor no cinema!
E repito em negrito: The Day of the Doctor no cinema!
E aumento: The Day of the Doctor NO CINEMA EM 3D!
[ok, mas ser 3D é só um bônus divertido, não tenho essa tara]
E melhor ainda, na cadeira do centro na fila do meio! [obrigado engarrafamento pré-feriado e site do Ingresso.com com problemas! (que ficou uma merda depois da reformulação) vocês impediram os outros fãs de comprarem antes de mim]

É agora, universo! Eu não devo estar vivo no próximo aniversário de 50 anos [de 100] de Doctor Who, então esta é chance única! Mostre que sua implicância comigo é coincidência: eu não ficarei doente neste dia, nem nenhum parente morrerá, nem nenhuma ex-namorada aparecerá na porta com um bebê, nem as chuvas pararão o Rio: neste dia eu vou ao cinema! [levei 1 minuto para escrever o texto acima e depois, quando fui pegar o link do trailer abaixo, mais duas horas assistindo trailers do especial de aniversário e mais outras coisas que o Youtube ia sugerindo, desde nerdices de fã até uma excelente chamada de episódio que eu não conhecia].





O legal de Doctor Who é que eu não era um fã antigo da série - eu simplesmente nunca a assistira antes do recomeço em 2005. Mas de tanto ouvir falar e ver ao longo dos anos o carinho com que era tratada (e aproveito aqui para encaixar mais uma lembrança ao saudoso TopTV), sempre tive um certo respeito pela dita cuja.

E aí a série recomeçou, com um enredo envolvendo manequins (aqueles, de loja de roupa mesmo) assassinos. E claro, temos os Daleks, que basicamente são uma raça de lixeiras antigas com uma lanterna na testa e dois braços: um é um pá de batedeira e outro um desentupidor de pia - e eles são o principal vilão do seriado. Mas eles fazem isso com tanta seriedade e drama, e com atores tão bons, e ao mesmo tempo com tanto humor deslavado, que Doctor Who É a melhor de todas as séries de tv. Você assiste todas essas coisas bizarras, algumas com enredos bem ruins, mas eles te levam sem você perceber por tudo isso com tanto carisma, dando tanta credibilidade aos personagens, que cada episódio ruim é um ótimo episódio, e cada episódio bom é épico.

A frase citada num dos trailers abaixo (e parcialmente reproduzida a seguir) é de um episódio recente que foi um dos 'não grande coisa', mas a frase é tão impactante, com tanta história subentendida ainda que não fale nada na verdade, e dita com tanta emoção, que soa espetacular (e melhor ainda fora de contexto).

And I watched universes freeze and creations burn, I have seen thing you wouldn't believe, I have lost things you will never understand and I know things; secrets that must never be told, knowledge that must never be spoken, knowledge that will make parasite gods blaze!

OBS: no trailer, a parte sobre "the Could-Have-Been King with his army of Meanwhiles and Never-weres" é de outro episódio.

A cena em que o atual Doutor apresenta-se pela primeira vez para o vilão-da-semana (que era um ridículo globo ocular gigante num disco voador com cara de estrelinha ninja) é dita com muito menos raiva, enquanto o sujeito ainda escolhia qual gravata usar, e no entanto, quando ele simplesmente termina a fala com um "Olá! Eu sou o Doutor!", com a trilha sonora (o seriado tem excelentes trilhas) crescendo junto cada vez mais, ao final você já está torcendo pelo sujeito e achando tudo o máximo, quase fazendo aquela pose de dobrar o braço com punho e gritar YES! [fuck yeah!]

Outro episódio com uma história rala é o com o Vincent Van Gogh, mas ao final dele você precisa ter a alma negra e fria para não estar com os olhos nem um pouco úmidos. Toda a trama envolvendo a Pandorica eu achei meio confusa (até hoje não sei se deram reboot no universo ou não) mas junta todas as falas badass e discursos, e você esquece disso.

Isso é bom frisar: Doctor Who é no espaço [nem sempre, e bem pouco hoje em dia] e com alienígenas, mas é mais sobre os personagens do que qualquer outra coisa. E os extraterrestres, contexto, histórias de planetas e civilizações vão só sendo jogados e você acompanha se for rápido - e você fica com vontade de saber mais daquilo (e provavelmente nunca saberá, como o exército mencionado alguns itálicos atrás). Eu gosto disso, já elogiei isso em Frank Herbert várias vezes: ele só joga coisas ali como se você soubesse do que ele está falando e segue em frente. Ele não explica. Ele tem mais o que fazer, que é contar uma boa história. [mas não se enganem, a mitologia da série é grande e complicada o suficiente para agradar fãs mais maníacos] O episódio com Van Gogh, por exemplo, o monstro foi derrotado e ainda mal era metade do episódio, porque a história na verdade, não era sobre isso. O mesmo vale para o episódio escrito por Neil Gaiman (o próprio), por exemplo, o enredo em si é bem bobo e os vilões parecem de um livro infantil [vindo do Gaiman, é até possível que sejam], mas a principal história sendo contada, da camaradagem entre o Doutor e sua nave, é tocante. [o pior é que não dá para explicar sem estragar a surpresa, e ver esse episódio solto sem já ser um fã também não deve ter o mesmo impacto]

O fato de eu adorar a série e até hoje não ter uma postagem sequer sobre ela é que acho impossível fazer jus à obra. Ainda mais sendo um novato, que perde uma porrada de referências. Então deixa eu parar de falar, repetir que é a minha série preferida [Firefly em segundo lugar], colocar mais dois trailers sobre The Day of the Doctor, e começar a contar os dias.

Trailer de cinema para o especial:



E um fantástico megatrailer (7 min) de fã, juntando alguns trailers da BBC e mais algumas cenas da série:

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tai Chi 0 / Tai Chi Hero

Nomes originais: 太極之零開始 / 太極2 英雄崛起
Duração:
+/- 3h10min (somados)  --  Ano: 2012  --  Trailer
De: Stephen Fung (de Kung-Fu Hustle)
Com: Yuan Xiaochao (o mocinho), Angelababy (o interesse romântico), Tony Leung Ka Fai (o pai dela), Eddie Peng (o vilão), Mandy Lieu (a vilã), Feng Shaofeng (o irmão da mocinha) e Nikki Hsieh (sua esposa muda).

Antes de mais nada, o 1º trailer do filme que eu vi foi enganoso. Esperava algo mais tradicional para um filme de kung-fu, ainda que um tanto escrachado - afinal, tinha um cara queimando o cosmos dele com olhos acessos à lá avatar Aang e tudo. Mas não lembro mais qual foi o trailer que vi muito tempo atrás (há vários trailers, só perde para a quantidade de cartazes diferentes) [tenho 12 aqui na pasta de rascunho], mas foi essa a impressão que eu tive na época. Agora, isso posto, ainda que não tenha sido uma grande comédia, nem um grande romance, e nem um grande filme de kung-fu [não lembro se tinha romance, mas nos outros 2 pontos, os filmes do Jet Li foram melhores], ainda que não tenha sido grande coisa, foi bem divertido e uma agradável surpresa. Ah, e o filme tem um quê de steampunk também.

Achava que o trailer americano, que linkei outro dia, era meio que zuação, mas não, o filme é mesmo daquele jeito. Um dos trailers do filme, que vi depois do filme em si, o anuncia como uma cruza de Kung-Fu Hustle (bem legal) com Scott Pilgrim (muito bom). Acho que é foi uma comparação merecida.

Vejam, mas sem esperar muitas risadas nem lutas fantásticas. Apenas uma boa diversão para a hora do jantar. Ah, e saiba desde já, o filme não é exatamente parte de uma duologia (?), Tai Chi 0 e Tai Chi Hero são um filme só quebrado em dois. Porque eu digo isso? Porque uma coisa é o filme terminar em aberto... De Volta Para o Futuro 2 obviamente era parte de uma história maior. Não teria como terminar ali (como poderia ter sido feito com o 1º), porque significaria que o personagem principal morreria de velhice em outro tempo sem nunca voltar para casa. Mas a história daquele filme, aquela aventura em específico, fechou. Essa não fecha. Na verdade, extrapolando essa minha lógica, Senhor dos Anéis não é uma trilogia também, é apenas UM filme de 10 horas. [ok, então não sei bem o que estou querendo dizer...] Mas resumindo: você terá que ver o segundo filme e pronto! O primeiro terminou vago demais, praticamente no meio de uma cena, com uma luta prestes a começar e a mocinha com cara de triste. Aceite: é um único filme de 3 horas de duração.

SE o filme terminasse com a mocinha feliz, e aí as pessoas que iriam lutar apenas aparecessem se aproximando, e surgindo a cena do navio... Aí sim, daria a sensação de que aquela história fechou MAS... há uma segunda história que começará logo depois, caso você esteja interessado (novamente, vide De Volta Para o Futuro 2). Esse não, esse terminou com cara de filme quebrado em 2 para caber numa sessão de cinema. Eles foram até filmados simultaneamente.

Falemos algo mais... Os efeitos são bons e as lutas são bem coreogradas. Mas sim, o nem tão bom e nem tão velho Wire-Fu (não conheço uma tradução oficial... Cabo-Fu?) esta lá. Ou seja, as pessoas não caem, elas levitam até o chão. Se bem que isto numa comédia de luta a gente perdoa, nojo deu ver isso de forma muito mal feita em X-Men 3, que já era um filme ruim por si só...Mas não falemos dele. Mas já que o assunto surgiu, para quem gosta de filme de luta oriental e não gosta de gente pendurada em cabos, vejam Chocolate, filme de luta tailandês com um pouquinho de comédia, e tudo ali segue as leis da inércia e gravitação terrestre.

Já a trilha sonora... não se destaca, é boa, mas genérica de filme oriental. Chama só um pouco a atenção tocar tango em algumas cenas [ou é algo oriental que parece muito com tango] Ah, e destaque para o flashback da infância do herói, todo mudo.

A mocinha é bonitinha, mas também nada demais. Isso é legal, tiraria o clima bobinho se fosse algum mulherão (mas ela é modelo, e bem maquiada fica muito bem). Ela parece uma prima mais nova da Zhang Ziyi. A "vilã" é até bem mais bonita. Comentando logo até, ela (a vilã) é até responsável por uma cena que achei meio deslocada no climão comédia infantil quando estava vendo o filme, mas pelo menos deu uma boa motivação para o vilão. Bem, boa até certo ponto. O filme continua sendo só clichê e sem se incomodar com isso.

A história... Não falei da história. Molequinho nasce com o dom de aprender kung-fu só olhando os outros. E um chifre. Chifrinho. Mal aparece. Chamemos ele carinhosamente de... tumor. E quando batem nele, o cara luta muito melhor, mas o cara está gastando o dom dado pelo chifre (que no filme tem um nome pomposo, que já esqueci) [mas continue lendo, isso não faz sentido nenhum nem dentro do filme] e para não morrer, ele precisa aprender um Kung-Fu Interno [que de interno não tem nada, mas segue comigo] que só é ensinado no vilarejo de Chen. Ele vai para lá, e ninguém quer ensiná-lo. Nem é implicância, é que eles não ensinam para ninguém de fora e não se fala mais nisso. Mas o cara fica por lá, apanhando de todos de bom grado, esperando uma chance. Nisso ele acaba estando lá na hora certa, quando surge a chance de ajudar a cidade contra malignos ocidentais que querem passar um ferrovia pelo lugar. Comandados por ninguém menos... que o namorado da mocinha. É... Eu sei que você já sabe o que vai acontecer... [mas e quem disse que era um filme para termos surpresas?]

E aí tudo termina bem (na verdade, nem termina de fato, como disse) e eu só vou terminar essa resenha quando assistir o outro filme. E depois vou procurar o Detetive Dee, do mesmo pessoal, que acabei ficando curioso.

Uma resenha de outro site por enquanto, onde fiquei sabendo que o Shaolin Soccer, igualmente idiota porém legal, também é da mesma galera:
Tor.com: "popcorn fare without any pretentions - and that’s what makes it so much fun."


//*  Fade-in, fade-out. Som de galo fazendo cocoricó e legenda "5 dias depois..." *//


Issaí, pessoal! Urrú! Estamos de volta! Vamos continuar de onde paramos? A galera está animada!!! [meu deus... como eu odeio apresentadores de merda. não se preocupem, nunca repetirei isso. Foi só a 1ª coisa que me veio a mente para recomeçar o texto.]

Diga-se de passagem, talvez a melhor cena de O Cavaleiro Solitário seja o Tonto dizendo "Don't ever do that again!" (mas eu meio que gostei do filme, foi bem... beeeem... mediano, mas não me senti jogando fora 3 horas de vida).

Deixando o faroeste de lado, hora de falar da segunda parte do filme quebrado em dois. Mas temos um problema [bem, eu tenho, mas é você quem está lendo, então você se ferrou junto comigo]. Até a parte escrita "5 dias depois..." eu tinha escrito tudo ao final do 1º filme. Mas depois de começar a ver o 2º filme [que realmente foi 5 dias depois, eu sabia isto de antemão] eu tive que parar, depois fiquei enrolado no trabalho, aí saí de férias, voltei enrolado e, resumindo, hoje são na verdade 70 dias depois! [essa postagem iria entrar no ar em agosto...]

O que eu vi agora foi última hora do 2º filme, então não vou poder dizer muito e estou meio fora do clima. Essa segunda parte é um pouco mais focada na ação, porque a história precisa terminar e a vila onde a mocinha mora precisa ser salva pelo mocinho.

Dando uma olhada nas cenas iniciais agora consegui me localizar um pouco melhor. O sujeito que aparece no final do 1º filme acaba não sendo exatamente o que parecia ser na hora, mas fica sendo meio que um vilão intermediário nos primeiros 40 minutos até o vilão principal voltar para valer, com muito mais armas (e só não vemos uma carnificina em tela por causa do espírito de desenho animado do filme - mas não tem como muita gente não ter morrido ali); e enquanto isso o mocinho finalmente começa a aprender o estilo de luta que ninguém queria ensiná-lo (mas que ele estava aprendendo só de tanto apanhar); e somos apresentados à uma lenda envolvendo um sino que surge meio que do nada, só para dar assunto à primeira metade desta segunda metade da história.

Por falar nisso, acabei de descobrir que a idéia é (ou era) fazer uma trilogia [Ô, MANIA desgraçada!!!], o que pode explicar o final meio estranho que o vilão teve. Mas desta vez o filme termina, então se não tiver terceiro filme, fecha redondo. Tanto que eu vi o final do 2º sem saber disso e não senti falta de nada. Achei que o destino do vilão seria só uma forma mais escrachada de mostrar que ele não só se ferrou, mas se ferrou bonito! Já agora, acho que ele não se ferrou realmente, e está sendo preparado para voltar realmente à altura de encarar o mocinho no terceiro filme. [se houver]
O terceiro filme ainda não tem data mas, em tese, chamar-se-á Tai Chi Summit.
[depois de Tai Chi Zero e Hero, esperava mais um que rimasse]

Mas então, é isso. Temos menos humor e menos cenas com efeitos amalucados, mas temos mais romance e mais ação. E temos uma ótima luta dentro de uma cozinha. O final (?) é que pode soar meio abrupto, já que não teve nenhum sacrifício, nenhuma mega-luta entre o mocinho e seu antagonista, sem explosões à lá Michael Bay, nenhum giga-mecha-steampunk e nenhum beijo apaixonado... Na verdade, depois de tudo que aconteceu, o final foi bem rápido e "realista". Se você fizer muita questão de saber, foi isso: o príncipe é envolvido e acredita no mocinho após ter o caráter dele atestado por um homem de confiança, investiga o caso, liberta quem foi injustamente preso, a ferrovia passa por outro caminho e eles voltam para casa com a ficha limpa. Mas tudo acontece nos 3 minutos finais. Então você não se sentirá de repente assistindo a um episódio de Law & Order. [nunca vi essa joça, sou do tempo do Tiro Certo e Dama de Ouro]

E não lembro mais que fim levou a história do chifrinho mas, nesta 1 hora final que vi hoje, eu até tinha esquecido completamente que ele existia. Lembrei só quando revi os trailers e os cartazes para concluir a postagem.

O veredito final é que continuou sendo uma boa (mas não excelente) diversão descompromissada, que até pode não prender a atenção para quem estava atrás de só kung-fu, ou de um romance, ou comédia, ou steampunk, ou uma boa ambientação histórica... Falando assim, o filme não fez nada direito, mas é uma boa besteirinha (mesmo que tenha mais de 3 horas) para uma semana sem grandes planos cinematográficos.
E se você não entrar muito no clima mas não desistir de cara, assista como se fosse uma minissérie de repente. Uns 40 minutos por dia, antes de ir dormir, durante uma ou duas semanas. [só não faça como eu, que levei 2 meses e meio]

E agora, mais três resenhas para vocês.
Uma sobre o segundo filme, onde o sujeito elogia bastante o desenvolvimento dos personagens, as interpretações, e etc:

Twitch: "Fung has certainly scored as many hits as he has misses, if he can somehow filter those out for round three, the final instalment of Tai Chi could still prove to be something special."

E duas que achei bem legais, de um mesmo site, onde o sujeito esculacha tudo o que a acima elogia. Mas eu gostei delas, são bem escritas, embasadas, tudo faz sentido e, por mais que eu tenha gostado dos filmes, tive que concordar com quase tudo dito:

The Galactic Pillow:
"The Taichi series was certainly ambitious but the results are oh so dire that there really isn’t much to recommend in either film and I seriously doubt the planned third film will somehow redeem the entire trilogy."  --  Resenha do 1º filme  --  E do 2º.

Agora é com vocês. Decidam aí. ["Porque o final... VOCÊ DECIDE!"] [ô, citação ridícula e fora de hora... mas não teve como não lembrar dela agora]

Ah, esbarrei nisso. Um tipo de clipe musical / vide promocional / bastidores. Interessante:
《太極1從零開始》中文宣傳曲"太極不急" Lollipop F熱血獻唱!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Walrus Tales - Table of Contents

I have all my books catalogued. [and I'm nerdly proud of that!]
When the book is an anthology of short-stories, they also get catalogued. Nothing fancy... all data are just an Excel file with four spreadsheets: one for books, one for the fiction inside of them (when it's a collection), a very smaller one for magazines I won't throw away [mostly old magazines about japanese animation, from the time before the Internet killed all the reasons for theirs existence], and a ridiculously small (about 15 lines) for ebooks (I do have more ebooks than that, but this spreadsheet is for ebooks I don't have the actual paper book - generally something old I got curious about, or something that probably will never appear in book form, or because it's just some short story I decided to read without buying a whole book I didn't want).

So... Although it took a bit of initial effort (the spreadsheets are just about 2 years old, and I had a lot of books already then), I will not have the trouble other people already had for me. That means: I just copied and pasted a lot of things already in The Internet Speculative Fiction Database (it's a lot easier just to adjuste the columns than to retype everything for every SF book in english I have). When I don't find it there, Google is my friend. And then... In some extremely rare cases, when no one bothered, not even the publishers' sites... Those ones I type myself. You can't win everytime [and most of my books are in portuguese anyway].

I will not start my own ISFDB nor will I post the contents of every one of that cases I discover... I just was astonished to discover no one posted the contents of Walrus Tales ANYWHERE! (they almost got it here, but you have to click for every author, and most of the tales names are missing). [and I can't accept an world wide net without the word "Illuminiwalri" in it! that's just too good a word and concept not to appear anyplace]

Ok, it's not Dickens. It's not Asimov. Heck!, for most of the human race it's probably not even a good book! But the table of contents alone is enough fun to not let it pass un-interneted. [true, I could just fill the data on it's own ISFDB page, but that place is not Wikipedia, they're a lot more serious about its editing] [and it's more fun to post it here!]

So, that's enough talk. I will stop abusing english language now. [sorry, my fellow Brazilians, but I do think you guys will be less likely to rummage the net for this book's contents] [and it was fun to write in english, I didn't do that for a long time]

Walrus Tales - Table of Contents:
Edited by Kevin L. Donihe / Eraserhead Press

The Illuminiwalri [*] --  Greg Beatty
We Are All Together  --  Bentley Little
Night of the Long Tusk  --  Paul A. Toth
The Rhinoceros and the Walrus  --  Dave Fischer [2]
Meet the Tuskersons  --  James Chambers
Naming Day  --  John Sunseri
Walrus Skin  --  Ekaterina Sedia [3]
Tattoo Burning Over Your Wasted Heart  --  Andersen Prunty
Deadtime for Bonzo  --  Violet LeVoit
Scapegoat  --  Alan M. Clark
Coloring Book Exegesis  --  Nicole Cushing
13 Ways of Looking at a Walrus  --  Nick Mamatas
Medicine Song  --  Mitch Maraude
The Legend of the Silver Tusk  --  Jeffrey A. Stadt
Girl Gone Gray  --  Gina Ranalli
The Walrus Master  --  Carlton Mellick III [4]
The Walrus-Carpenter Murders  --  R. Allen Leider
First Natural Bank  --  John Skipp
Sirens of New Brunswick  --  Mykle Hansen
The Walri Republic of Sea World [*] --  Bradley Sands
Gus  --  A. D. Dawson
Lovespoons in Peril  --  Rhys Hughes
Something Fishy  --  Mo Ali

[*] = I do think it sounds better, but... I have to say it: technically, walrus is not from latin, so the walri plural does not exist. Octopi also do not. [note: I just saw that in the book's introduction the author makes a similar statement]
[2] = Couldn't find anything about this guy.
[3] = I think she is the only one here that got published in Brazil.
[4] = Easily the most famous of the bunch, so I decide not to link him. I linked his favorite cover artist. If I were crazy enough, I'd buy all the books this guy covers. [and I will buy whatever book uses the picture Nerd Rage]

Now, go buy the book. And then return and tell me if you liked. I didn't read it yet. [and I have mixed feelings about bizarro fiction. Sometimes I love it, sometimes... I really don't.] [you can find both situations in Die You Doughnut Bastards]

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Riddick 3 / É o Fim

Nome original: Riddick
Duração:
2hs  --  Ano: 2013  --  Trailer
De: David Twohy (de Warlock - O Demônio e Waterworld)
Com: Vin Diesel (de O Resgate do Soldado Ryan, Triplo X e Velozes e Furiosos), Jordi Mollà (de Elizabeth: A Era de Ouro e Bad Boys II), Matt Nable (de Os Especialistas), Katee Sackhoff (de Battlestar Galactica e Plantão Médico) e Dave Bautista (de Guardiões da Galáxia e O Escorpião Rei 3), uma ponta de Karl Urban (de Dredd, RED e Doom) e um tipo de hiena-lince-cão digital.

Iu-rrú! HIENAS! Eu gosto de hienas!

Isto posto, vamos lá!
Descrição: Riddick está num planeta desértico, a escuridão se aproxima e, com ela, animais assassinos virão. Ele precisa conhecer melhor seu inimigo, escapar do caçador de recompensas que tem um distintivo de xerife no peito, e depois correr contra o tempo para conseguir dar energia para a nave que pode tirá-lo do planeta. Ah, e tem uma cena com uma mulher correndo e aí ela morre no meio da corrida.

Acabei de descrever o 3º filme? Não. Esse foi o primeiro. Pensando bem, menti, foi o terceiro. Façamos o seguinte, a gente fecha que foram os dois e não se fala mais nisso!

Eu sacaneio, mas a pura verdade é que isto é justamente o ponto positivo do filme: Riddick 3 é Riddick old school!
E nada daquele mundo repentinamente super-tecnológico que foi o 2º filme, que parecia algo saído de George Lucas, esse está de volta ao esquema "parece o mesmo universo de Alien". O filme tem bem mais similaridades com o 1º ainda, dava até vontade de fazer uma tabela completa, mas não vou ficar me esticando [porque é 1:20 da madrugada]. E apesar de ser um filme sem surpresas, não darei spoiler assim de bobeira sempre. É um bom filme para você fingir que o As Crônicas de Riddick não existiu [outra coisa que me irrita no 2º filme é o uso da palavra Crônicas descrevendo uma história que dura alguns dias...]. Basicamente, Riddick 3 é o Highlander 3 do Eclipse Mortal.

O que temos é uma aventura isolada do sujeito, nada de proporções grandiosas, muitos cenários, o destino de muitos planetas, raças e, quiçá!, do universo na balança... Nada disso. Há uma rápida introdução de como ele foi parar ali, temos 2 cenários o filme inteiro ("deserto" e "dentro da casinha no deserto") e no final o sujeito está de volta à estaca zero: livre pela galáxia, ainda com vontade de matar o novo Dr. McCoy e ainda sem encontrar o seu planeta natal Furya. Uma boa comparação para esse filme seria o Dredd [que nunca resenhei, mas achei o filme excelente]: não é um filme de origem, não tem nenhuma reviravolta para a vida do personagem, ele não salva o mundo nem rompe paradigmas... Foi apenas: mais um dia de trabalho - e amanhã tem mais.

Por falar nisso, Riddick 4 e 5 já estão na mira.

Ah, e não é só o Riddick de Eclipse que está de volta. A boa e velha Starbuck também! Nada daquela dramática Starbuck mística e musical ['Kara Remembers' é muito boa] do final da série, é a durona e sacana das primeiras temporadas, que todos nós amamos.

Se você gostou de Eclipse Mortal é grande a chance de você se divertir com Riddick 3, ainda que este seja um pouco mais voltado para ação e menos para o suspense. E não precisa ter gostado nem ter assistido ao segundo [é até um favor que você se faz]. Se muito, você não saberá quem são os emos de armadura que aparecem nos primeiros 3 minutos. Mas isso não importará do 4º minuto em diante. [talvez importe no 4º filme?]

Li várias boas resenhas sobre o filme, são tantas que resolvi nem ficar escolhendo. Seguem só duas: o Screenrant gostou com pequenas ressalvas: Despite (...) Riddick offers a solid action-horror experience. Já a moça da Tor.com detestou de coração: Riddick came back wrong.


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E novamente aproveitando uma resenha sobre um bom filme para desovar outra sobre um nem tanto... É o Fim! (This Is The End)
De: Evan Goldberg e Seth Rogen  --  1h47min  -- Trailer
Com: Seth Rogen (de Besouro Verde), James Franco (Tristão & Isolda), Jay Baruchel (Aprendiz de Feiticeiro), Jonah Hill (Superbad), Craig Robinson (Hot Tub Time Machine), Danny McBride (Sua Alteza?) e, dentre as muitas participações especiais, Emma Watson (a Hermione) [e que está gatíssima no filme] é a que mais tem alguma pequena relevância na trama.

Eu vi, me diverti, até gostei, mas... isso era para ter sido um filme direto para DVD, não de cinema. Não sei se sou muito chato ou só se a média da população que está muito idiota, mas eu NÃO me acabava de rir só porque alguém fez um comentário jocoso envolvendo esperma ou apareceu o pênis de um demônio em cena - que era a situação padrão para o restante da sala. [com exceção de duas velhinhas que assim que eu entrei na sala me controlei para não perguntar o que diabos elas estavam fazendo ali!! Na cena em que jogam futebol com uma cabeça humana ainda sangrando - meia hora de filme apenas talvez - uma delas tirou os óculos e desistiu de acompanhar. Só ficava olhando para os lados, horrorizada com as pessoas rindo e tentando imaginar se seria possível sair dali sem quebrar a bacia no escuro, e as vezes reclamando algo com a outra velhinha... Na hora isso estava me irritando profundamente - já que eu estava na cadeira ao lado - mas agora até que estou achando bastante graça. O pior é que as duas ficaram até o final mas saíram antes das luzes acenderem... Porra!, podiam ter saído antes então! E claro, saíram reclamando horrores do pior filme da vida delas.]

Voltando ao filme, o que temos de história é: são vários atores, interpretando eles mesmos, mas sem medo de se sacanearem das piores formas possíveis, presos em uma casa e tentando sobrevivar ao apocalipse católico, após o arrebatamento ter acontecido. Então eles sabem que estão ferrados.

O problema é que o filme perde muito tempo com piadas internas ou fazendo referências à filmes pouco conhecidos por aqui. É um filme de nicho. Deve ter sido absurdamente engraçado para quem acompanha a carreira destes caras e conhece um pouco de suas biografias [ou das fofocas sobre eles]. Imaginaria fácil o filme enchendo salas numa Mostra Rio. Também é um filme para quem acha que humor de banheiro, um pênis em tela e algumas piadas chulas já valeu o ingresso.
Eu rio de vulgaridades também, claro [praticamente o único tipo de piada na minha família], mas eu sempre espero um pouco mais que isso; e o filme teve pouco deste 'pouco mais'.

Para contrabalançar, uma resenha do Cinema com Rapadura. Eles gostaram mais:
Seth Rogen realiza um dos trabalhos mais hilários do ano.