quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Homem do Futuro

Nome original: (o mesmo, claro)
Duração: 1h46min  --  Teaser  --  Trailer
Ano: 2011  --  Brasil

De: Cláudio Torres (de A Mulher Invisível e Mandrake)
Com: Wagner Moura (Capitão Nascimento), Aline Moraes (com 1 N só, porque foi assim que a mãe batizou! Coitada, dá carinho e educação para filha... Aí a menina fica velha e começa a acreditar em numerologia), Fernando Ceylão (do Sítio do Pica-Pau Amarelo) e Maria Luísa Mendonça (ela vai me detestar, mas... a eterna Buba!) [fazer o quê? foi uma personagem marcante!]

De cara... acho que preciso pegar umas Caras ou Contigos para ler... Acho que estou ficando nerd demais.

Ok, Feitiço do Tempo e De Volta para o Futuro são coisas fáceis de lembrar ao ver este filme... Mas logo no começo ele me fez lembrar do livro The Gods Themselves, do Asimov... Depois me lembrou O Quarteto Fantástico... Seguido por ninguém menos que O Super-Homem Desconhecido do Ano 4500 (essa eu fui longe... mas é sério, me ocorreu). E claro, não pude deixar de notar o som das portas de Doom!

Explico cada um dos surtos:
- criação de fonte de energia infinita e falar que serão deuses com isso. [deve ter vindo disto a péssima tradução nacional como "O Despertar dos Deuses"]
- partículas instáveis [mas depois lembrei que as do Quarteto são *moléculas* instáveis]
- a cara enfaixada. [sim... eu podia ter pensado em múmias! mas pensei no Super-Homem... fazer o quê? - quem quiser pesquisar, em inglês é "Unknown Superman from A.D. 4500"]

Ok, paremos com minhas divagações e falemos do filme...

Errr... Viagem no tempo + Romance + Humor leve. Uma bom filme para levar a namorada não-fã de FC e introduzi-la ao conceito. [não estou sendo machista. Mero empirismo. Eu vejo sempre casais de Ele-Nerd + Ela-Normal, ou Ambos-Nerds. Nunca vi uma nerd com um genérico. (melhor assim, garotas nerds são iguais pessoas com sange O-!). E no segundo caso, ninguém precisará de explicações.] Se ela gostar, tu podes arriscar a pegar pesado e pô-la para ler Heinlein: (PDFs:) All You Zombies ou By His Bootstraps.

Mas é isso. Filme divertido. Bem light. Nada contra nem de excepcional. Fiquei divagando minhas nerdices só para ter o que escrever no postagem.

Como no final eu não resenhei nada, segue resenha de outros para vocês:

Último Segundo: "O Homem do Futuro" recicla ficção científica hollywoodiana
Comentário sobre a resenha acima: atrapalhada ficava a sua vó! A "reviravolta" não é bem isso... A história só encaixa se... tcham, tcham, tcham, tcham!... aquilo tudo sempre aconteceu.
Se não me engano, a letra do "ZERO" na plaquinha não mudou entre os flashbacks iniciais e as cenas finais. (precisaria ver de novo para checar) Para ficar perfeito, nas cenas iniciais do flashback, num cantinho da cena da festa, teríamos que ter um astronauta ou uma 'múmia de jaleco' a vista.

Adoro Cinema: Tipicamente Americano
Comentário 1 sobre a resenha acima: o cara tentando se explicar nos comentários é a melhor parte.
Comentário 2 sobre a resenha acima: mas agora é minha vez... eu tenho que esculhambar o parágrafo final dele.. O filme é descaracterizado como cinema nacional? PQP! O filme tinha que ser como? Se passar na Bahia, o cara viajar no tempo com macumba, e tocando funk? Ninguém no filme se chamava Jack ou Bill, e ele se passou todo no Brasil... Por isso que Brasil não faz filme bom, quando faz, dizem que lhe falta brasileiridade, que é muito americanizado, etc... E se o filme é ruim e não tem público, dizem que "isso sim, é cinema nacional", "o público não que não entendeu", "o problema é a educação nas escolas"... Pois eu estudei a minha vida toda, estou tranquilamente em algum percentual do topo intelectual dessa joça, e digo: Não gosto de filme na Bahia. Não ligo para filme de mazelas sociais. Não quero saber de biografia de bandido. Eu gosto de filme bom. Ponto. Se por acaso for filme de bandido baiano pobre e aidético... Se for BOM, tá ótimo por mim. Até recomendo depois. Mas se não for, não vou elogiá-lo por sua "brasileiridade". Vou é dizer que achei uma merda. Já se for bom, usando um tema que já foi usado num filme americano... Dane-se! Filme bom é bom. E enfia a "descaracterização como filme brasileiro" no pelourinho!

Se só será caracterizado como 'brasileiro' se for filme de desgraça, Bahia, pornochanchada ou alguma coisa que ninguém nunca pensou antes, estamos muito ferrados. Não sobra nada. Nenhum filme tem que ter nada típico de país ou representá-lo. Que bom que o filme poderia se passar em qualquer lugar. Ele se torna universal desta forma. Que bosta seria se ninguém mais pudesse apreciá-lo. Coisas referenciais, que atingem um nicho (mesmo que o nicho seja um país inteiro) tem seu espaço. Eu quase não rio com Saturday Night Live, americanos provavelmente não ririam com TV Pirata. Mas se algo for mais amplo, isso não o torna ruim. Se a idéia já foi usada, também não.

Claro, o mesmo vale para filme americano, afegão, francês, e etc. Ninguém escapa. Todo mundo faz um tico de filmes decentes e uma imensa maioria de lixo. Não importa se o filme é uma patriotada ou é universal, tem ruim e bom nos dois grupos.

Cinema com Rapadura : Brasil mostra que pode fazer boa ficção científica
Comentário sobre a resenha acima: ... ééé... nenhum! Por isso que eu gosto deles! rs!
Se bem que fiquei curioso com quais seriam as menções indiretas (os easter eggs) à Stargate e Doctor Who. Exterminador eu até pensei durante a projeção, pela chegada ao passado ser feito numa bola de raios. Doctor Who... hummm... seria o vórtice? Já Stargate, me pegou!

Voltando ao filme, só uma coisa eu não entendi. Porque na segunda viagem, ele tentou escapar do buraco? Tentando correr para longe? Até achei (aí sim, seria uma reviravolta) que no último instante ele tivesse pensado em alguma coisa diferente e seria transportado para outro tempo. Imaginei até que o casal no carro fossem os pais dele, e estariam procriando o personagem naquela hora!

Mas é isso. Fim da resenha. O clone jovem do Cássio Gabus Mendes [vejam! e já achei melhores!] prova mais uma vez que é um bom ator. A Aline Moraes está uma graça [só acho ela muito bocuda]. E a história é legal, funciona tanto como comédia romântica como FC leve.

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