sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Somos o que Somos

Pois é... Dilema! Já comentei aqui que não sei falar de filmes cabeça. Eu até gosto deles, mas na hora de fazer elucubrações intelectuais ou comentários profundos... Não rola. Não é assim que meu cérebro funciona. [that's not how I roll, baby!] Mas fico postando sobre filme de quadrinho, livro de zumbi, jogos de tiro... Sóóóó besteira! [bem, tem uns mais cabeças aqui e ali, tipo Loup ou Dragon Head] [putz! acabei de lembrar: o Dragon Head também é "filme de quadrinho"] E aí, quando eu finalmente vou num filme cabeça, não vou falar dele?! Ah, não! Vi algo estranho, metido à cult, numa sessão vazia... Preciso comentar também, para não ficar só no pop.

Nome original: We Are What We Are
Refilmagem de: Somos Lo Que Hay
Duração:
1h45min  --  Ano: 2013  --  Trailer
De: Jim Mickle (de Infecção em Nova York) [um filme sobre pessoas que viram "ratos-mutantes sedentos por sangue", se o que eu li está correto]
Com: Ambyr Childers (de nada que eu conheça), Julia Garner (em breve, em Sin City: A Dame to Kill For), Bill Sage (de Boardwalk Empire), Michael Parks (de Twin Peaks e vários filmes do Tarantino), Wyatt Russell, Kelly McGillis (de Top Gun), Nick Damici e Jack Gore.

Frase fora de ordem: geralmente eu só digito essa listinha dos dados acima depois de toda a postagem escrita, e aí de vez em quando eu levo uns sustos... Mas putz! Kelly McGillis?!? A vizinha velha era a Kelly McGillis?! Ela não fazia assim o meu estilo, mas foi a musa mundial quando lançou Top Gun. Muito estranho vê-la assim, de repente, sem nenhuma imagem mental intermediária. A Cher, por exemplo, era engraçadinha, ficou linda, e depois disso a acompanho decaindo fisicamente ao longo dos anos... Foi gradual. A Liz Taylor também. Já essa agora foi um choque! De gostosona de um filme, à senhorinha gordinha de outro. Mas perdoem a interrupção, voltemos de onde eu estava...

// Na verdade, eu não resisti e, relendo a postagem, resolvi fazer uma imagem com imagens intermediárias. Cá está! Vejam se não é muito menos chocante do que pular da primeira para a última. Assim vocês não ficam chocados como eu. [e se você era fã dela na época do Top Gun, pare aqui, na net há fotos bem piores; eu fui legal na seleção] //

Aviso: eu comecei a postagem tentando evitar spoilers, mas tinha hora que não deu, então ficou um meio termo estranho... Resumindo: TEM SPOILERS! Se quer ver o filme sem saber nada, volte depois.

Vi esse filme após um comentário (não lembro onde) que dizia algo como "O final deste filme é o mais aterrorizante já visto em anos". Foi suficiente para ficar curioso. Vi sem nem ter visto o trailer até... Vi agora só [literalmente, foi depois de ter digitado as reticências] e, novamente, ainda bem que não vi. 1) O trailer é fraco [até aí tudo bem, mas poderia ter tirado a curiosidade de ver o filme], mas 2) O trailer entrega todo o mistério! PORRA, fazedores de trailer!! Tem gente que SABE o que é Kuru! Também conhecida como encefalopatia espongiforme ou Mal da Vaca Louca, que pode ser causada por: ....... [como diria a River Song: "Spoileerrss!"]
[e o cartaz nacional até não entrega, mas há uma versão dele que te induz um pouco a adivinhar o que está acontecendo]

Acabou que o filme não era de terror normal, apesar da "situação" acima, está mais para um filme policial com terror psicológico! Mas ótimo! Isso vale também! Depois de um certo ponto, era meio óbvio o que estava acontecendo, só não tanto a motivação por trás. Mas eu gostei da solução, teria ficado decepcionado se ao final do filme descobríssemos que eram todos vampiros (ou algo assim).

Mas... fico tentando imaginar como aquilo se manteve por pelo menos 300 anos sem uma seita por trás. Quando você tem um bando de malucos, isolados, com crianças que crescem com aquilo na cabeça, e aí depois namoram outras crianças que cresceram com aquilo, e aí têm filhos que crescerão aprendendo aquilo... Tudo fecha. Mas ali?! Como é que, ao longo de 300 anos (no mínimo), todas as namoradas ou namorados dos malucos aceitaram aquilo numa boa?

E o delegado ficou enrolando e depois sumiu boa parte do filme... Eu até achava que ao final fôssemos descobrir que ele também era um dos "seguidores" daquela tradição. E de repente mais gente ainda da cidade. [ok, seria meio manjado isso] Mas não... Era só pouco tempo de tela mesmo.

E apesar da catarse final que pode ter levado à última refeição vista em cena, depois de toda a opressão sentida pelas garotas (parabéns para a atriz mais nova até), ficou difícil aceitar que aquilo vá continuar. Todavia, essa é a interpretação mais fácil possível com a última cena do filme (a cena com o livro).

A 2ª mais fácil é: não irá, mas o diretor quis provocar e colocar uma cena de efeito vazia. E depois dessa, temos interpretações mais bobas, do tipo: não continuará, mas ela queria guardar o livro de recordação. (!?) Essa opção é tão tola, que está digitada só como um exemplo cretino. Então das duas uma: o diretor colocou uma cena inútil, ou, do nada, as personagens resolveram que eram a favor de tudo que eram contra até ali. Por mais que a filha mais velha tenha aceitado "numa boa" o que aconteceu na 'cena da pá', vai ter síndrome de Estocolmo assim no inferno! [leitores psiquiatras, eu sei que a síndrome não é essa, nem sei se existe um nome para algo assim, mas deve ter] A cena pareceu uma imitação da cena final em Deixe Ela Entra [o original, não vi o remake], mas estando lá só meramente para causar um rebuliçozinho. Acabei de ler uma resenha em outro site... Implausível é a palavra do dia.
A cena logo anterior, do jantar, ok, foi uma catarse maluca e exagerada, mas dane-se. A cena no carro eu achei muito menos crível.

Outra rápida reclamação, mas de repente eu que na hora não fiz alguma conexão (e nem agora estou conseguindo lembrar) é que não entendi como foi que a médico fez a ligação entre os ossos e a família. Só muito depois é que teve a cena em que os ossos aparecem no próprio quintal deles.

Ah, e se o "monstro" não era a mulher do carro... Qual foi a utilidade de todo este sub-enredo? Isso, na hora, deu força para a minha teoria do delegado também fazer parte da tradição, seita, ou seja lá o que era.

Não achei muitas resenhas sobre o filme (até achei, mas tem muita gente que chama de resenha só dar a sinopse, e vi muita gente esculachando o filme sem dar bons argumentos, então não as considero) [ou o argumento era até bom, mas a resenha era curta e sem graça], seguem só duas então. Nada mais justo, para a refilmagem de um filme mexicano, que uma resenha nativa. E a outra não entrega nenhum spoiler.

Cine PREMIERE: We Are What We Are es uno de los remakes hechos por Hollywood menos hollywoodenses y más de autor que se hayan hecho en los últimos años.
Quadro por Quadro: ... um filme que prende a sua atenção, apesar do ritmo lento.

E terminando, numa nota totalmente descorrelata [essa palavra existe??], descobri que DEAD SNOW terá continuação. Esbarrei nisso neste site lendo uma resenha do Somos o que Somos lá. Pelo que vi em outro, a história continuará exatamente onde o 1º parou, mas o link que acabei de dar fala sobre uma gang de matadores de zumbi... Em suma, não sei qual será o mote do filme, mas isso mal existia no primeiro mesmo, e filme de humor negro com zumbis é sempre bem-vindo.

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