quinta-feira, 31 de março de 2011

Últimas Compras - Março

:: CDs

ABBA Gold: Greatest Hits
Só repondo, eu tinha esse CD mas perdi. Não posso me considerar fã do Abba já que tenho só 2 discos (este e o More Abba Gold), mas considero estes dois uma obrigação que toda casa tenha, são clássicos.
Comprei num sebo de discos em SP (Augusta Discos, na rua de mesmo nome na Consolação). Muito bons (o disco e o sebo).

Songs from 'My Country' - Folk songs from Yugoslavia
Bom. Mas esperava mais. Você ouve o CD inteiro e tem a quase impressão de que foi uma única longa música. Menos mal que a música podia ser ruim, mas preferia 15 músicas ruins e 15 boas, diferentes entre si, do que "uma só" de 60 minutos.

The Definitive Collection: 50 Million Sellers
Pena, depois de ouvir tanta musica legal dos anos 30/40 nas trilhas de Fallout, Bioshock, e vasculhando a internet, comprei um disco dos grande sucessos de antanho... Frank Sinatra, Peggy Lee, Ella Fitzgerald, Ella Mae, Bing Crosby... 50 músicas em 2 CDs.... e nada realmente marcante.
Sorte que comprei no mesmo sebo do Abba, saiu por R$ 10.
Mas para não dizer que foi uma perda total (que exagero), a versão americana de McNamara's Band, por Bing Crosby foi um achado.

The Definitive Collection: Patsy Cline
Agora... Esse eu quase não comprei. Peguei, recoloquei, mas só para não perder a viagem, tava barato mesmo, levei. E para quem só conhecia Patsy Cline da trilha sonora de Space: Above & Beyond e Obrigado por Fumar... Esse disco compensou o fiasco do anterior. Gostei muito. Patsy Cline tem voz de cantora country que largou o estilo mas mantém ainda aquela sensualidade roceira, sei lá. [quando escrevi a frase não sabia que ela fora mesmo uma cantora country] Peguem uns MP3 por aí e vão ouvir. Estou com preguiça de escolher uma preferida e achar um link do Youtube.


:: LIVROS

The Rediscovery of Man
: The Complete Short Science Fiction of Cordwainer Smith
Eu sabia, não tinha jeito... Vou dar muito dinheiro ainda pra NESFA com eles publicando os grandes mestres dos contos de FC da Era de Ouro. Mifu.

The Savage Tales of Solomon Kane, de Robert E. Howard
Estava conversando no trabalho sobre a bosta que foi o Van Helsing e que o Solomon Kane era o que primeiro deveria ter sido... Aí lembrei que gostei muito dos contos do Conan do Howard, e que Solomon Kane não tinha tantos contos assim, e que talvez estivessem todos num mesmo livro... Rodei a cadeira, Firefox, Amazon, Search, Buy! Maldita tecnologia e isenção de impostos... rs!

Armas, Germes e Aço - Os Destinos das Sociedades Humanas (Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies), de Jared Diamond - Ed. Record
Comprado após ouvir o Nerdcast 249 – Evolução artificial da Seleção Natural.

O Horror Sobrenatural em Literatura, de H.P. Lovecraft - Ed. Iluminuras
Quando fiz a postagem sobre o Dark Corners of Earth eu fui na internet para ver ao certo em que livro estava o conto que queria mencionar... E dei de cara com o site de Iluminuras e este livro. Como assim?! Eu achei que tinha comprado tudo do Lovecraft deles! Bizarro. Anos sem perceber isso. O livro não tem contos, são ensaios do autor sobre a literatura de horror, origens e estilos. Longa resenha no Rascunho.

Hoshi no Koe - Vozes de uma estrela distante, de Makoto Shinkai - Panini
Reclamação: porque colocar o título em inglês na capa? É para ficar chique? Português é lingua de pobre? Quem é fã vai reconhecer pelo nome em JAPONÊS logo de cara. Quem não é e não sabe ingles, não vai ficar curioso com o titulo. Pior pra vocês. Bem, como esse eu quero ler logo não vou escrever nada meu sobre o assunto (resenha em breve), e para os preguiçosos que não lerão o link dado, vou roubar logo a frase. Saca a opinião do Mangás da Panini - Fansite: « (...) eu recomendo a qualquer um que compre esse mangá, é raro ver um one-shot que realmente valha a pena comprar, mas The Voices of a distant star é um mangá lindo, poético, profundo. »  Sentiram, né? Já vi o desenho, mas tenho que ler logo.

O Início e o Fim (The beginning and the end), de Isaac Asimov - Ed. Círculo do Livro
Ensaios do Asimov sobre vários assuntos. Comprei por acaso passeando no sebo. Asimov é sempre bem-vindo. Ok, tem coisa ruim, mas o dia que eu não tiver um Asimov pendente de leitura, será um dia triste. [mas fico tranqüilo porque o Asimov escreveu tanta coisa, que vou morrer sem ler tudo dele.]
Resenha do Enigma de Jade.

O Homem que Vendeu a Lua (The Man Who Sold the Moon), de Robert A. Heinlein - Francisco Alves
Vários contos. O principal é sobre um empresário que sonha ir à Lua e controlá-la. Falando assim parece algo bem tosco dos anos 50, mas putz... É um Heinlein. Não achei nenhuma resenha decente em português, vão na Amazon ou na Wikipedia.

Tono-Bungay, de H. G. Wells  - Francisco Alves
Crítica social com sarcasmo, típico do Wells. Rápido resumo aqui. Ou uma versão de outro site, traduzida pelo Google para ficar divertido:
" A história de um aprendiz de farmácia, cujo tio medicina inúteis se torna um sucesso de marketing espetacular, 'Tono-Bungay' ganhou aclamação HG Wells imediata quando apareceu em 1909. Resta uma crônica espumantes da chicana e da credulidade humana, e é hoje considerado por muitos como o maior romance de Wells.

["
crônicas espumantes!", muito bom! Fica a dica, isso daria um bom nome para um blog e a expressão dá zero resultados no Google. rs!]

Ficção Científica: Ficção, Ciência ou uma Épica da Época?, de Raul Fiker - L&PM
Um estudo sobre a ficção científica escrito por um brasileiro. Ou seja, achar uma resenha disto é impossível.
O mais próximo que consegui foi num site de Jornada nas Estrelas (Star Trek é o cacete!). Mas reparem só, procurando isso no Google o que mais aparece é este livro na bibliografia de estudos e outros textos sobre FC. Pode-se dizer então que seja leitura obrigatória para um fã.

Nós, Os Marcianos (The Martian Way), de Isaac Asimov - Hemus
Comprado no mesmo embalo do O Início e o Fim acima. São 4 contos. A capa da Hemus é meio assustadora mas depois de ler a resenha do Outro Universo, eu fiquei curioso. Deve subir alguns degraus na pilha de leitura.

Os Melhores Contos Fantásticos, org. por Flávio Moreira da Costa - Ed. Nova Fronteira
Olhei o índice apesar de não reconhecer quase nada (se reconhecesse, já tinha lido, se lido já tivera, não comprá-lo-ia [bizarro será se esta frase não contiver nenhum erro]) gostei a variedade apresentada. O ruim é que é tijolo, não dá pra carregar por aí. Mas são contos relativamente curtos, irão para a classificação mental de 'livros de cabeceira'. Gostei que antes dos contos há uma apresentação rápida dos autores. E gostei também (mais uma curiosidade divertida e que foi primeira coisa que me chamou a atenção), é que o livro, de CONTOS FANTÁSTICOS, começa com A BÍBLIA! [Toma essa, cristão xiita! Toma-te, to-to-ma!] Mas a introdução do conto é o autor jogando panos quentes, falando que "veja bem, ficção não quer dizer mentira, por favor, não queime meu livro". Ah... Covarde! Pense, irmão, WWJD? Ok, brincadeirinha. O cara parece ter feito um trabalho de primeira no livro. Precisamos de mais desses. Daqui a alguns anos, quando ler, digo o que achei.

Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades,
org. por Gerson Lodi-Ribeiro e Luis Filipe Silva - Ed. Draco
Longa resenha do livro aqui (explica também um pouco o que é steampunk) e (que legal!) achei até uma resenha em inglês no site da TOR. Agora, steampunk nunca foi meu forte... A estética da coisa é divertida, mas ficava por isso mesmo. Já lera sobre o livro até bem antes do lançamento e era só mais um livro que ia passar reto. Todavia... esbarrei com ele ao vivo. Não ia comprar. Mas bate aquela coisa de querer incentivar autores de FC nacionais... e vi o título de um dos contos: "Os primeiros astecas na Lua". Tava caro, pensei um pouco, fiz que não ia comprar... Mas a verdade é que a decisão já estava tomada.


E agora não tive escapatória... Escrever este post me fez relembrar (li num dos links acima) de um outro mais antigo sobre o tema. É.... Comprei. Vai aparecer na próxima lista de compras. rs!

As Crônicas de Gelo e Fogo - A Fúria dos Reis (A Song of Ice and Fire - A Clash of Kings), de George R.R. Martin - Ed. LeYa
Segundo livro na série (de sete) no universo fantástico-medieval do Martin. Uma coisa meio Senhor dos Anéis Reloaded (menos juvenil, já que quase todos os personagens são meio fdp em algum momento). Resenha do Cabaré das Ideias [ainda acho esquisito olhar "ideias" sem o acento]. E outra resenha do primeiro.
Agora, vou nem falar nada de que ao invés de Fúria eu teria usado Embate... Deixei este livro por último na postagem para poder soltar um palavrão. Porra! Como assim os livros têm tamanhos diferentes?!? Este livro é mais alto que o Livro Um. Virou bagunça? Se tu vai lançar uma série de livros... Eles têm que ter o mesmo tamanho, arte e impressão; eles precisam manter uma unidade. A LeYa feito um bom serviço em manter o mesmo tipo de papel na capa e folhas, seguir o mesmo estilo artístico, tanto nos desenhos de capa, grafismos e fonte, etc. Os livros podem ser mais gordos, claro, mas têm que ter a mesma altura. Ao completar a série e todos estiverem lado a lado na estante vai ficar estranho. Duna, por exemplo, dos 6 livros, 5 tem um estilo de capa e o outro tem uma fotografia. 5 tem lombadas brancas e 1 tem lombada preta. Mas você nem sente, a fonte das lombadas é a mesma e... todos tem a mesma altura. [e eu gosto do último ser preto, ficou legal]
Mas ok, não dá pra fazer nada. Só se eu serrar um pedaço do livro novo, o que não vai acontecer. Faltam 5 livros. Veremos o que acontece.
Como diria o Fantástico: "Estamos de olho."
[não poderemos fazer absolutamente nada se cada livro tiver um tamanho diferente, mas... pelo menos podemos reclamar.]

[ATUALIZAÇÃO SETEMBRO: o livro 3 tem *quase* o mesmo tamanho que o dois, mas ainda é maior que o 1. e detalhe, já vi a venda o 2 com a altura do 1... que zona!!!]

quarta-feira, 30 de março de 2011

Year's Best SF 11

ou... Eu Odeio Pós-Humanos.

Dados:
Organizadores: David G. Hartwell e Kathryn Cramer
Editora: EOS -- Páginas: 497 -- Ano: 2006

Eu só li 3 destes Year's Best SF até agora. Esse 11 (contos de 2005), o 9 (2003) e o 13 (2007). Se querem ler um, dentre os três, comecem pelo nº 9. Tem até uma capa mais bonita. (ou comecem por algum outro que eu não li ainda, mas não o 11... bem... isso se você tiver o mesmo gosto que eu, o que não sabemos).

Falando do livro, eu compro esses YBSF de vez em quando para variar um pouco de contos dos anos 50 e escritores das antigas. Prefiro FC da Era de Ouro, mas tem coisa nova muito boa também. E é legal ler coisas que envolvam os conhecimentos que temos (ou imaginamos ter) de hoje, e não só coisas da época que achavam que Vênus tinha pântanos.

O nº 9 e o 13 tiveram coisas bem interessantes. Lembro de duas marcantes. Um conto curto do Hadelman (de Guerra Eterna) sobre imortais que resolvem viver no corpo de bebês e outro que nem chegava muito a ser FC de tão próxima da nossa realidade que está, envolvendo um garoto em um navio de cruzeiro atacado por piratas na costa africana.

Já essa edição 11... 2005 foi um ano infeliz para FC pelo jeito.
A edição é permeada de contos curtíssimos (alguns com idéias que talvez dessem para alimentar séries longas, como os computadores que fugiram da Terra após uma tal 'Guerra dos 100 Minutos'), mas boa parte deles serve só para cumprir a cota de ler algo antes de dormir ou no ônibus. Quem quiser ler contos curtos de qualidade, procure por Fredric Brown.

Os contos: acho que a maioria envolveu pós-humanidade ou IA. E eu não consigo me identificar muito com personagens assim. Pessoal pelo jeito estava com isso demais na cabeça no ano. Ou quem fez a seleção é que cismou com o assunto e não foi bem criterioso.

Vou agora folhear o livro e comentar sobre o que é cada história dele. Decida se é interessante para comprar ou não. Cada frase, um conto. A maioria na ordem que eu li.

A consciência de mortos são carregadas para computadores para servir como IA de software. -- Crianças que nascem com poderes divinos. -- Há duas histórias do ponto de vista de ratos (numa são ratos inteligentes, legalzinha; em outra ratos comuns). -- Uma droga que destrói a noção de identidade da pessoa.-- Outra de mente carregada em computador, dessa vez para fins militares.-- A evangelização de um fungo (interessante, uma das melhores). -- Um programa espacial caribenho. -- Algo que parece a narração introdutória de um documentário no Discovery sobre um futuro onde a natureza foi domada (mas sem o tal "documentário" na sequência). -- Uma mulher que gosta de quadros de um pintor é ajudada por um ser de outra dimensão a viajar no tempo e dar em cima do cara. -- Uma legalzinha sobre clonagem. -- Um tipo de policial/mercenário espacial precisa resolver uma disputa entre duas colônias rivais em asteróides (ruinzinha, mas é uma das que mais parece FC "tradicional"). -- Geeks resolvem construir uma geeklândia. -- Basicamente a conversa entre duas IAs de ferramentas de busca on-line (essa é até legalzinha, mas que não leva nada a lugar nenhum). -- Um sujeito está apaixonado por um fígado artificial (sim! isso mesmo!). -- Uma artefato alienigena encontrado no fundo do oceano. -- Uma batalha entre duas naves, uma com fins cientificos que foi investigar o que os computadores fugidos da Terra estão aprontando e outra com religiosos fundamentalistas (OBS: essa é a história em que eu senti potencial para algo maior). -- Uma história sobre viagem no tempo e o livre arbítrio. -- Um crítica robótica sobre contos de um escritor robô. -- Uma história passada no que parece ser uma tipo de mundo virtual, envolvendo gente morta e cachorros falantes.

/parada brusca/

No meio dessa história eu já não aguentava mais tanta idéia maluca em contos ruins num mesmo bolo... E olha que eu já tinha começado a ler meses antes e parei porque estava cansando. Parei de novo e fui ler Uma Princesa de Marte. Nada como uma boa história antiga, simples e inocente, para limpar o cérebro de tanta "mudernidade".

/continuando/

A redescoberta de uma antiga colônia humana sobre algo que lembra uma esfera Dyson (obs: este conto pertence ao universo Xelee, do Baxter, mas o conto em si não foi grande coisa) [mas a chamada Xelee Sequence é algo que está em meus planos; comprei o Vacuum Diagrams só de contos neste universo, se gostar, compro tudo do assunto depois. Eu gosto de histórias que atravessam séculos, milênios ou mesmo eras (Fundação, Duna, etc).] --  Soldados numa missão de busca à colonos que se recusaram a deixar um planeta no meio de uma guerra espacial. -- Uma missão de exploração e primeiro contato numa Terra desolada num universo paralelo. -- Um ser que parece humano precisa realizar tarefas para outros seres que parecem demônios (história sem pé nem cabeça que finge que é FC só por ter usado a expressão "universo paralelo" no meio; e claro, envolve pós-humanos, a pior de todas). -- Detetives pós-humanos (um deles pareceu ser um cachorro falante... de novo!) investigam a recriação física de deuses gregos. -- Uma divertida história (putz! a melhor do livro, finalmente algo bom, chama-se Oxygen Rising, podem ler) sobre um sujeito de uma espécia de Corpo de Paz que precisa ajudar a evacuação de humanos que perderam o combate ao tentar colonizar um planeta já colonizado, e acaba se envolvendo com uma das militares. Destaque especial para a Igreja de Elvis. -- Cientistas recriam grandes figuras mitológica do passado (outro tema que insistiram nesta coletânea, recriação de 'deuses' ou gente com poderem divinos). -- Um cargueiro pega o caminho errado através dos stargates que eles usam para viajar e vai parar numa estação bem mais longe do que gostaria (uma boa história, algumas coisas confusas, mas um final legal). -- Um crislâmico do futuro tenta vender uma antiga revista de ficção-científica numa feira. -- Uma mulher-sapo (pós-humana?) é babá de uma criança de passado misterioso num mundo onde os governantes têm poderes divinos (de novo... e de novo... pós-humanos e poderes divinos...). -- E terminando o livro, um policial precisa encontrar a filha fugida num mundo que parece um meio termo entre o universo limpo de Eu, Robô e o opressivo de 1984 (gostei, mas o final foi meio fraco).

Numa resenha futura destas antologias, talvez eu ordene os contos por ordem de tamanho. Assim vocês ficam sabendo se a frase que vocês gostaram é de um conto de 30 páginas ou menos de 3. E talvez dê os nomes (rs!), mas não valia o esforço. Há tantas coletâneas de BEST SF feitas por tanta gente, que a minha recomendação é: pule essa. Compre outro desta série. Compre uma das coletâneas do Dozois. Ou Fast Foward. Ou alguma antiga do Asimov. Ou dê incentivo aos escritores nacionais e comprem as Imaginários, algumas Scarium, ou outras coletâneas nacionais; os últimos anos têm sido ótimos para FC brazuca, as editoras Draco e a Devir estão com bastante coisa legal. Mas só compre a Year's Best SF 11 se você quiser a coleção completa, do 1 ao 16 (até o momento). Ou se vários dos microrresumos acima realmente te interessaram... Tem louco pra tudo.

Já eu, agora vou terminar de ler Conan (ficaram faltando 2 contos) antes que lancem o filme com o Ronon Dex. De repente machados, moçoilas semi-nuas e morcegos gigantes me façam esquecer desta porra.

Leituras adicionais:
Review do mesmo livro, em ingês: The Lensman's Children
(rápidos comentários conto por conto, mas com seus nomes e dos escritores)
Selo Pulsar da Devir: títulos e próximos lançamentos

sábado, 26 de março de 2011

Sucker Punch [desabafo ao post perdido]

Essa postagem está sendo feita em 15/jun.
E não fala do filme.
Pode parar aqui se veio ler sobre ele.

Eu sei que digitei um post sobre o filme... Ainda mais que na época o blog era novo e eu resenhava tudo que via no cinema, as vezes no mesmo dia e antes de jantar.... Mas fui ler o post hoje porque comentei sobre a Jamie Chung em outro... E CADÊ?!

Também não está em rascunhos do Blogger e nem está rascunhado no pendrive em algum .txt [velhos tempos em que eles era chamados de "arquivos ASCII" - e a gente olhava com desprezo para quem lia "ASC 2"...]
Foi-se! Não sei como. Mas foi-se. Pena. Não lembro o que eu escrevi, mas como adorei o filme devo ter escrito coisas legais. Lembro até que comparava o filme ao As Panteras Detonando (mas não que este tenha sido bom - mas a atriz principal até que lembra a Cameron Diaz). Se me der na telha depois assisto de novo, venho aqui, apago esse desabafo de quem, só de birra, passou a última hora e meia vasculhando os HDs [ou melhor, os winchesters!!!! hoje estou nostágico!] e pendrives - e ainda está na duvida do que aconteceu - e resenho de novo... (já não basta não ter tempo para as resenhas novas, agora tenho que re-resenhar)

Claro, eu agora não esqueço mais de a cada post salvar o html. Acabei e fazer isso com 50 postagens e mais 19 rascunhos. [e ainda acho esse txt maldito em algum lugar]

sexta-feira, 25 de março de 2011

É triste...

Por falar em frases...

1F j00 (_)|\|d3r574|\|D 7H15, 937 4 91RLFr13|\|d.
[teoricamente isso é de um anúncio da AXE, mas não consegui confirmar se é vero ou lenda urbana]

E tem essa camisa também: camisa
[via Fukung, e não sei quem é a garota, nem que venda a roupa, para dar os créditos]

Frases

Na falta do que postar...
Frases que todo nerd deveria reconhecer:
(a 1ª e a última são as menos famosas, mas igualmente marcantes)

"You crack me up, little buddy."
"What do you hear? Nothing but the rain."
"Burn the land and boil the sea..."
"The cake is a lie!"
"Hail to the king, baby!"
"We are going to have to act, if we want to live in a different world."

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mother's Day

"And THAT's how you kill your mother!" (V 2009, Final da 2ª temporada)

Uma das melhores alfinetadas que eu já vi e finalmente uma frase de efeito decente neste seriado vagabundo. Eu até queria continuar acompanhando, para ver onde essa desgraça ia dar, mas se não voltar mesmo mais... tchau!

Concordo com a opinião geral da net de que foi mais um caso de "o episódio foi legal, mas agora é tarde" e, fora isso, não há muito o que se comentar. Se fizerem questão, leiam a opinião do Screen Rant. Representa bem o que eu penso (até a parte sobre o Além da Imaginação - só que eu pensei em Invasores de Corpos). [alerta: o filme da Nicole Kidman não conta. são 4 versões, mas para mim só a 2ª existe. assistam à versão de 1978 suas crianças incultas! Aquilo sim é jeito de terminar um filme. E se vocês viram, então tudo bem, ficam minhas desculpas. rs!]

domingo, 20 de março de 2011

Uma Princesa de Marte

1911! Cacete, eu li o livro sabendo que era velho, mas achei que era algo lá dos anos 30... Algo ligeiramente pré-Campbell. Mais um pouco e era da época do H.G. Wells. [e na verdade, é. A Máquina do Tempo foi escrita em 1895, mas ele ainda escreveu muita coisa no séc. XX]. Mas vamos lá.

Título original: A Princess of Mars
Autor: Edgar Rice Burroughs
Editora: Aleph  --  Páginas: um pouco menos de 300
Ano livro / história: 2010 (1ª edição) / 1911
Acabamento: muito bom, páginas em tom meio amarelado e capa com alto relevo.

Resumo: após a guerra civil americana, soldado sulista é misteriosamente transportado para Marte, onde primeiro precisa ser aceito por uma tribo de violentes marcianos verdes, e depois lutar para proteger uma princesa feita prisioneira.

O enredo é basicamente a de um homem branco numa tribo indígena, e que depois encontra uma cidade de europeus. Ok, os índios são verdes, tem 3 metros de altura e 4 braços, mas tudo bem. Em Avatar os "índios" são altos e azuis. Os "europeus" são marcianos de qualquer jeito, mas são culturamente mais próximos de nós. Detalhe, eu não consegui imaginar a montaria dos ETs do livro, então aproveitei que eles tinham 6 membros e me lembrei dos "cavalos" do Avatar com 6 pernas. Não deu outra, usei os cavalos de Pandora no lugar dos corretos. Que no começo do livro eu fiquei com a sensação de terem uma aparência meio ave, mas imaginá-los montando "avestruzes" à lá Rango ficou pior.

De ficção-científica... Bem, há menções no livro à tecnologia mais avançada, principalmente as "pranchas" e barcos voadores, mas no geral, a única tecnologia são espingardas. [não disse? velho-oeste!]

E a história vai seguindo, um enredo sem complicação, quase simplório, mas extremamente agradável. Começa mostrando a conquista de confiança e entendimentos dos costumes, e depois o complicado romance do John Carter com a Princesa do título. O planeta em si me lembrou bastante a Marte do Stanley G. Weinbaum, ou mesmo Crônicas Marcianas do Bradbury. Mas principalmente o primeiro, pelas ruínas encontradas várias vezes ao longo do livro.

Podia falar mais dos acontecimentos, mas é legal ler sem ficar esperando "quando vai acontecer aquilo que eu sei que vai acontecer?", então paro por aqui de comentar a história. Eu mesmo, fora saber da existência e que um amigo odiou o filme barato feito sobre ele e sempre me mandou manter distância [não o filme ridículo de 2009, e sim um dos anos 80, que como não consegui agora descobrir qual era estou com a impressão de que o filme na verdade não tinha relação alguma com o livro, fora ser em Marte e ter uma princesa], nada mais sabia. Até esquecera que era o mesmo autor de Tarzan.

A história começa devagar e depois dá uma acelerada. Eu comecei a ler este livro fugindo de outro e no começo achei que a história estava enrolando. Mas quem começar e achar o mesmo, continue, toda a ambientação anterior serve para depois, no meio de história você já se sentir em casa. Foi a primeira coisa que li do Burroughs, não sei se esse é o estilo dele. Ou simplesmente estava tão a fim de ler algo bom (ao contrário do que eu estava lendo, resenha em breve) que talvez estivesse impaciente. É bem provável.
[atualização, terminei de ler o tal livro ruim que estava lendo, quem tiver curiosidade, resenha aqui]

John Carter é aquele herói de histórias antigas. Cavalheiro e mais forte e esperto que todo mundo. É uma espécie de Fantasma ou Flash Gordon. Mas os personagens secundários (uns 4) não chegam a ser sem profundidade alguma. Dá para gostar ou 'acreditar' em todos eles. E a Princesa foi surpreendentemente bem caracterizada; é uma dama da corte, mas geniosa e de opinião própria, não uma acéfala que fica dizendo "Ooohhh... meu herói!" que era meu medo pela época do livro.

Acho que não há planos da editora lançar todos os 11 livros do universo marciano do Burroughs ("Barsoom series", se alguém for atrás no Google). Creio que este livro só foi lançada porque na época do Avatar (mesma época do lançamento do livro), circulou que o livro fora a inspiração do James Cameron.
E as histórias se parecem um pouco mesmo. Se alguém se interessar mas quiser poupar, tanto este como algumas das continuações já estão em domínio público (em inglês, aqui), vocês podem baixar e ler gratuitamente que não será pirataria (lembrando que isso vale para o texto ORIGINAL, novas traduções não são o texto original, então piratear o livro da Aleph não está valendo, seu safado!).

Falei dos cavalos lá em cima, então falemos um pouco mais das aparências.
Uma coisa que eu nunca sou bom é com descrições. Quando eu li O Hobbit, o Tolkien começou o livro sem dar uma boa imagem e, com base no desenho desfocado da capa (da primeira edição da Martins Fontes), eu passei o livro inteiro os imaginando com uma aparência beirando os Muppets. Isso aconteceu com os ETs verdes do Princesa... Depois de alguns detalhes aqui e ali, que *não* me permitiram montar uma boa figura, desisti. Os marcianos na minha cabeça viraram J'onn J'onzz's de 4 braços. (para quem não liga o nome à pessoa, esse é o Ajax, da Liga da Justiça). Mas não usei a versão careca e musculosa, e sim a forma marciana original, mais magra e de cabeça bem pontuda. Só troquei os olhos também, da configuração humana para algo meio saltado e negro (tipo os ETs-cinzas-cabeçudos). E no meio do livro incluí 2 dentões, como de um tigre-de-dentes de sabre, mas apontando para cima.
E claro, coloquei tangas tipo Conan/He-Man em todos eles. Pela descrição do livro ficam todos peladões, mas bilaus de marcianos de 3 metros balançando para lá e pra cá não me interessavam nem um pouco.
Depois que eu terminei o livro, fui checar como eles se pareciam na Liga Extraordinária vol. 2, e até que a minha versão daria para enganar também.
A raça da princesa foi mais fácil, foi só pegar humanos e mudar a cor. Se bem que se você joga Dejah Thoris no Google, quase ninguém a fez na cor correta.

O Woola foi mais divertido. O meu ficou muito parecido com a versão que o Jon Favreau pretendia, mas com o desenho, e não a versão "final" de aparência pré-histórica. E o meu era peludo, como diz o livro. Mas a mesma cara meio engraçada e os olhos redondos no alto (tipo 'Caco, o Sapo' como o livro diz também).

Humm... Bem, é isso, eu fico querendo falar mais, fazer comentários inteligentes e perspicazes sobre a história, o escritor e contexto, mas uma hora acabam as idéias. Nem todo mundo nasceu para ganhar o Pulitzer como crítico literário. E o blog também não se chama "Resenhas literárias de um nerd sabido"... então tenho desculpa para ficar divagando sem rumo. E minha idéia também é só fazer recomendações falando um pouco do que eu achei e não resumir a história pela milésima vez como já reclamei em outro post. Quero que alguém na dúvida venha aqui e eu o ajude a decidir se lerá ou não, ou apenas esbarre no post e fique curioso. E claro, dar um pouco das minhas impressões (ao invés de apenas escrever "Nota X. Recomendo."), que é divertido e nem sempre existe a chance de ficar falando de cachorro-sapos peludos de 6 pernas. :-D

Eu recomendo e depois vou comprar as continuações. Mas vou esperar lançaram o filme de 2012 (John Carter of Mars), na esperança da editora se animar e lançar as continuações em português.


[ATUALIZAÇÃO 17/JULHO]: Já saiu o trailer do filme: Omelete / John Carter of Mars trailer 1. E sinceramente, achei uma bela m*. Vou ver o filme, claro, e provavelmente irei gostar, mas a roupitcha He-Man e a
Dejah Thoris parecer mais a De-Pé-Com-Punhos levemente bronzeada, incomodaram o suficiente. É provável que esteja de acordo com o pessoal tinha em mente na época que o livro saiu, como eu disse, o livro é basicamente um faroeste. Mas mesmo assim, não gostei muito. E na minha cabeça a sociedade marciana estava bem mais decadente do que as maravilhas tecnológicas que aparecem em cena. Mas é esperar para ver...

[ATUALIZAÇÕES 2012]:
1) O filme ficou bem legal.
2) Clique no marcador John Carter abaixo para resenhas dos demais livros da série.

sábado, 19 de março de 2011

A Humanidade

Aproveitando a insensibilidade do post anterior... Segue outra. :-D

(se você não entendeu, veja isso. ok, mentira minha, não ajuda em nada. mas é engraçado também. eu não devia ajudar, seu inculto, mas veja isso. Claro, que qualquer chance de que você talvez achasse graça já acabou faz muito tempo, mas com sorte você agora aprendeu algo novo)