Índice de Massa Corporal (IMC) alto (29,6, quase obesidade, calcule o seu aqui) e uma certa convexidade infratoráxica... Pois é... BARRIGUINHA! Mas não é nenhuma surpresa, ela vendo sendo gestada faz uns 10 anos. Acontece com os melhores.
E aí? Qual é a grande auto-ajuda que vou dar para vocês, a dieta-milagre, e o cacete? Nada disso. Vou só mencionar o que eu estou fazendo e esperançar algum eventual nerd que aqui venha.
Então... Férias! Longe de colegas de trabalho querendo ir almoçar em lugares que não são a quilo. Ou querendo ir em lugares que são a quilo. A verdade é que os dois são um problema. Num você não pode escolher a porção, no outro você quer colocar um pouco... de cada! Trabalhar é chato, comer é gostoso, então a hora do almoço é a hora de se "divertir", prazer em forma sólida e líquida. Mas aí... vem a banha.
Então... Férias. Resolvi que ia emagrecer e ponto. Eu lembro de um amigo que sempre foi quase gordinho, desde criança, e uma vez o encontrei e ele parecia um maratonista. Atentei e questionei [sei lá... ele podia estar com câncer...] e ele disse que só fechou a boca. Interessante.
Isso faz muitos anos já. Eu comecei as férias com 87 quilos e acho isso muito. Dane-se o IMC, danem-se os triglicerídeos... Eu sempre achei que uma pessoa de 80 quilos era uma pessoa pesada. Sei lá, 80 é um número "gordo". [todo redondinho] Chegar então em quase 90, é um absurdo.
Ok, tem gente que é alta ou musculosa e têm 80 superbem distribuídos. Não é o meu caso. Basicamente, eu tenho o físico do Dilbert.
E nem sou dos piores peguiçosos. Sou do tipo "sedentário ativo". Ou seja, não pratico esportes e nem faço exercícios, mas acho um absurdo ir de carro almoçar se o lugar fica apenas a 15 minutos de caminhada, ou se um amigo me chama para ir caminhar no mato com um grupo, vou sem me preocupar de ficar cansadinho ou qualquer nhé-nhé-nhém semelhante. História verídica: já fui numa caminhada no mato usando calça jeans. Todo mundo com calor [gente fresca, nem parecem que nasceram no Rio, como se aqui fosse frio] e quando perguntavam o motivo da "maluquice", eu dizia que ficar me coçando por causa de mosquitos ou mato roçando em mim era muito pior. E os shortinhos deles é que eram ridículos. Bem, isso não tem muita relação com perder peso, mas lembrei disso agora. E é bom para vocês terem uma noção dos meus hábitos, assim se você for como eu, essa postagem pode servir como um "Vai lá! Não desiste!" [putz... devia mudar o nome da postagem para "Nerd ranzinzas também são auto-ajuda"]
Voltemos ao assunto.
Antes de resolver cortar meus pratos pela metade (ou menos), resolvi passar um último dia normal e ver quantas calorias isso dava. Não comi mais como despedida, mas também não fiquei me segurando. Veredicto: 3480 calorias.
Estar na casa dos meus pais no dia deve ter ajudado o valor ser alto. Mas nem fiquei comendo besteira durante o dia, 3 refeições mais café com torradas no fim da tarde.
Repetindo, não vou dizer o que vocês devem comer nem nada nessa postagem, será só para compartilhar algumas coisas que eu achei interessantes.
No mesmo dia já montei uma planilha com algumas coisas que costumo comer, deixei pronto o gráfico e tudo. Isso é bom, para dar um valor. De certa forma, o que eu fiz foi a boa e velha contagem de calorias/pontos. O que NÃO é a melhor das coisas a se fazer. Mas... Quando você come quase 3500 calorias e devia estar comendo menos de 2000, é bom ficar de olho nesse somatório. E, principalmente, é bom para notar quando você fugiu da meta. Nada como uma boa consciência pesada para você voltar a linha.
Para pegar as calorias, usei basicamente 2 sites. Que não vou linkar, para ninguém achar que isso é postagem paga! [HA! algum dia eu chego lá...] Quando neles eu não acho, vou no Google mesmo, pego a informação de uns dois sites e tiro a média. E depois eu ajusto no olho, porque eu não tenho idéia do que é uma maçã média para eles. Exemplo real: bolinho de bacalhau médio. Achei dois valores e um era quase o dobro do outro. Eu tirei a média e aumentei um pouco, porque sei que isso é gordice então é bom deixar o valor mais alto para desmotivar.
E assim vai, critérios extremamente científicos. Mas ainda que a planilha esteja toda errada [na pior hipótese, não estará TÃO errada assim, e provavelmente será para cima], é bom. Façam.
Uma dica idiota agora. Coisas que nossos pais nos ensinam a não fazer e que não é para ninguém fazer em público mesmo. Mas, misture tudo no prato. Acho que a bagunça aumenta o volume. E aí você pensa "Cacete! Achei que tinha colocado menos."
Caso real: acabei de jantar. 4 colheres-de-sopa de feijão, 3 de arroz, uma pegada gorda de couve à mineira e 2 colheres de farofa. Praticamente uma feijoada, mas sem aquelas carnes típicas ou torresmo. [e sem laranja, que eu acho estranho comer junto]
Eu estava com fome, mas como sabia o que seria o jantar e sabia o quanto eu tinha já comido em calorias o resto do dia, tinha já planejado na planilha as quantidades - sem dispensar a farofa. Mas quando eu coloquei 2 colheres de feijão e uma de arroz, e olhei para aquele prato ridículo... Eu botei mais.
Resultado, depois de devidamente servido e misturado, o prato parecia imenso. Na metade dele eu já estava satisfeito. Não a ponto de fazer cara de baiacu sorridente, mas eu podia ter parado. [mas não parei e também não vou me flagelar por isso]
E para saberem, eu como em pratos Duralex (mas dos antigos, com borda reta, ao invés dos com dobrinha), que são menores, porém mais altos, que os pratos de um típico comida a quilo atual (que têm o tamanho de uma pizza média, para você sempre achar que está botando pouco).
Outra coisa, mais uma das minhas lógicas baseadas em anos de... humm... chute. Argumentação minha feita em vários almoços com colegas: você está menos errado (não vou dizer CERTO, porque sei que quantidade não é qualidade), quando sai do almoço COM FOME do que satisfeito.
Minha teoria é a seguinte: o ideal seria você comer exatamente o necessário (de coisas saudáveis, claro) e sair do almoço naquele exato ponto em que não se sinta um baiacu safado nem um etíope. Mas isso é como mirar numa régua de 30 cm e acertar exatamente no 15. A chance é muito maior de que você comer mais ou menos, nunca aquele ponto perfeito. Então... Se é para errar, melhor errar para baixo.
Agora a coisa interessante... No começo, eu não senti fome. Pela teoria acima, eu devia começar a me arrepender da dieta já no segundo ou, se muito, terceiro dia. Depois que tivesse consumido todo o excedente da "despedida". Nada. Achei que estava fazendo alguma coisa errada e comendo ainda mais do que devia [mesmo servindo porções bem menores]. O que significaria perder o foco, porque comer muito menos seria complicado. [um pouco menos, ainda daria para forçar]
Ou então eu era algum tipo de organismo super adaptável e já estava acostumado [o que faria de mim um x-man quase, eu sei que não é assim que a biologia funciona]. Mas então, ontem, finalmente aconteceu... Depois de 18 dias... FOME!
Hahahahaha! Consegui! Estou com fome!! Ontem e hoje, passei os dias com fome. Não passando mal nem nada, mas aquela vontadinha de dar uma beliscada. Alguns pães-de-queijo, um copão cheio de Sucrilhos, um pão-francês com fatias gordas de goiabada... Claro, a vontade passa depois das refeições, mas ao invés delas me sustentarem o dia inteiro, eu fico com fome algumas horas depois. [jantei cedo hoje, já se passaram quase 3 horas, e ficar escrevendo sobre comida não ajuda, rs!] Mesmo sendo as mesmas porções a quase 3 semanas.
Se muito, fora as "4" refeições diárias, dou-me o direito de 1 ou 2 biscoitos de maisena [com S], só para calar a boca da barriga; as vezes uma banana ou uma maçã, mas é só. Então saibam, se não for alguma dieta maluca da moda, o seu corpo (provavelmente) não reclamará muito rápido mesmo.
[E agora sim, vai acostumar, seu organismo safado, pilantra, com cérebro de
gordo! De ontem em diante é que vamos testar a sua fé! Tá com fome? Vá consumir essa banha!]
Na verdade, a postagem inteira começou com essa "descoberta", e sei lá, achei interessante compartilhar.
E a quantas anda o resultado até o momento? Eu perdi um quilo em duas semanas. Não é nada chocante e, na minha opinião, nem visível, mas é algo. Sinto até que poderia ter sido mais, estou comendo menos mas, nos 14 dias até ter me pesado outra vez, minha média ficou em 2070 calorias [assumindo que a minha planilha esteja majoritariamente correta] e deveria estar no máximo em 1800. E geralmente me peso indo ou voltando do banho, então sei que não tem roupa afetando - e nunca vale uma pesada apenas.
Mas o que eu realmente achei interessante foi o tempo até a pança finalmente notar que estava faltando comida e reclamar. Então fiquem firmes e esperem.
Ah, e em nenhum dos dias nenhuma das refeições foi de salada com frango. [mas teve um dia que jantei 3 maçãs pequenas, porque era tudo que eu tinha em casa] Teve até ovo frito no meio [5 ovos em 3 semanas, entre fritos, mexidos e omelete]
E o peso, mesmo não tendo baixado muito, mantendo o ritmo significa que em menos de 6 meses dá para perder o equivalente a um engradado de açúcar União. [meu
cérebro não funciona em medidas internacionais, líquidos são medidos em
"copos de geléia" e "copos de requeijão", e peso e volume são medido em
sacos de açúcar]. Para quem só engordava, 2 quilos em um mês é excelente.
E só fechando a boca. [nerds sedentários, regozijem-se!]
[agora é esperar duas semanas e descobrir se estou com 85, mantendo o ritmo, ou se estará marcando 87 de volta, e aí e vou ficar chateado - eu volto aqui e falo]
[ATUALIZAÇÃO: hoje é dia 13, estou pesando 85! Só tenho uma coisa a dizer!]
[ATUALIZAÇÃO: um amigo me relembrou de uma questão que rondou a mídia faz algum tempo. Basicamente, esta matéria aqui. Eu lembro dela. E lembrava antes disso tudo. Eu falei acima que isso NÃO é a melhor coisa a se fazer. Mas deixem-me responder essa falta de fé em 2 rápidos pontos:
1) contar calorias não é a solução dos problemas, é para você ter um acompanhamento e ter para onde olhar quando ficar na dúvida se está se mantendo na linha. Óbvio, e você teria que ser um idiota pensando de outra forma, que comer 1.500 calorias no McDonald's as 9:30 da manhã e ficar de jejum o resto do dia não é a mesma coisa que comer 1.500 calorias bem espaçadas ao longo do dia, divididas entre sucos, legumes, e duas fatias de pizza, que gordice é bom e todos nós gostamos. Matematicamente dá no mesmo, mas, infelizmente, não é assim que nosso corpo funciona.
2) 25/setembro: 84 quilos! Tomem essa, seus propontos!
PS: mas sendo sincero, só não fiz a minha planilha contando os pontos ao invés de calorias porque achar as calorias é muito mais fácil, já os pontos... Se der na telha, algum dia ajusto e vejo que bicho sai.]
sábado, 7 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Chico Bento: Pavor Espaciar
Autor: Gustavo Duarte -- Editora: Panini
Com personagens de: Maurício de Sousa
Páginas: 82 -- Ano: 2013
ISBN: 978-85-4260-018-6 -- Tamanho: +/- uma folha A4.
Em versões capa dura e mole. Páginas coloridas.
A história: Chico Bento e o primo estão sozinhos em casa a noite quando, de repente, surge um ET na cozinha. O Chico tenta correr e descobre que o primo acabou de ser abduzido. Logo depois, ele, a galinha Giselda e o porco Torresmo acabam indo todos no mesmo embalo. Daí em diante a história segue na nave e mais não falo. Primeiro que é para não entregar muito, segundo porque a história é tão ligeira, que já contei 1/3 dela.
Vamos lá, novamente, mais um da série Graphic MSP. Eu nunca fui de ler Turma da Mônica, achava um pouco infantil demais mesmo quando era criança. Horácio eu gostava mais, ele era o mais "filosófico" deles. Mas, mesmo assim, sempre tive respeito pelos personagens e um certo carinho por eles... Pô, Mônica e Cebolinha são o Mickey nacional.
Chico Bento então, não sabia nada. E continuo sabendo pouco até. Ele é parente de algum dos personagens urbanos?, por exemplo, nem sei. Mas essa série em capa dura realmente foi uma ótima sacada, sempre uma agradável surpresa. E esse agora eu já li sabendo que não são exatamente quadrinhos adultos, como o Magnetar estava sendo induzido. São apenas quadrinhos excelentes, com histórias curtas, para crianças mais espertas. E claro, várias referências para os pais, saudosistas de plantão, ou gente como eu, que não sou nenhum dos dois mas fiquei interessado.
Lembram quando eu comentei que o Magnetar (já resenhado) lia-se muito rápido? HA! Pois Pavor Espaciar é quase um filme mudo. [ATUALIZAÇÃO: fui depois saber que isso é mesmo o estilo do autor] Muitos quadrinhos sem uma palavra sequer, feitos com maestria, mas ainda acho que as histórias podiam ser um pouquinho mais longas. Serem curtas te dá o gostinho de quero mais, como estou agora, e terminam ainda na curva ascendente, mas mesmo assim, se fossem o dobro do tamanho, ainda seriam tão curtas que terminariam do mesmo jeito.
E olha que eu li devagar porque foi tudo escrito em "caipirês" e ainda olhava com atenção cada quadrinho, não só porque eram super bem desenhados (como já dito), mas também para buscar as várias referências feitas a outros personagens do Maurício de Sousa, outras histórias de FC e miscelâneas aqui e ali.
Começou devagar, olhando a capa dos quadrinhos que o Chico e seu primo estavam lendo, mas aí, qual não foi minha surpresa ao notar um outro abduzido de peso! Mais a frente, vi algo que me lembrou muito o esqueleto das Meninas Superpoderosas (aqui) e de repente meu deu o estalo: "NÃO! É O <spoiler!>! Que maldade, rs!!!" Em outro momento apareceram uns aviões que eu já imaginei logo o que seriam (mas não tive o conhecimento para ter certeza, mas sim, acabei de confirmar que eram mesmo eles - spoiler aqui), e na seqüência, um navio, tornando a referência anterior ainda mais certa, mas que assim que eu vi o nome dele pensei, decepcionado, "Ah, tinha que ser o Cotopaxi..." (se você não conhece esse nome, veja o filme); mas quem é que me aparece na página seguinte? O próprio! :-D
Até referência à lendas urbanas da História mundial apareceram por lá. Não vou explicar, só dar a dica para quando aparecerem umas letras estranhas: usem a tabela aqui e rolem até a seção da Folha de São Paulo. E vão pesquisar sobre o nome que vocês acharem. [mas sim, preciso me gabar de que não precisei da tabela e - acho - entendi o chiste]
Uma das referências à FC eu só fui descobrir no texto ao final do livro e me senti uma besta por não ter olhado direito ali. Mas teve uma, ligada ao universo pop, que era tão manjada e usada à exaustão, que essa eu achei desnecessária. Foi fácil demais, vamos dizer assim. E não estou dizendo fácil reconhecer [eu teria que ser retardado para não fazê-lo], foi fácil demais o autor tê-la feito.
Mas pouco antes da história acabar, tive outro estalo de que um dos personagens não tinha recebido o foco em momento algum... Achei que a última cena seria esse personagem começando a cantar!! E, aí, a piada manjada teria tido uma baita utilidade. Passei perto. Acertei o foco da última cena, mas sem relação à tal referência - que ficou então só sendo clichê. Mas vão lá, tem muitas outras [por falar nisso... aquele asterico gigante tem algo de familiar] e a função aqui não é ficar contando.
[ATUALIZAÇÃO: lembrei de onde era o asterisco. Era daqui! Brincadeira, eu devia estar pensando neste aqui. Mas um asterisco não é exatamente algo raro ou único, pode ser referência à um milhão de outras coisas, ou à coisa nenhuma. É como dizer que as pirâmides são uma referência à bandeira de Minas Gerais...]
Nota 10 e que venha o próximo! [que será do Piteco, outro persnagem que eu acho que nunca li, mas sei que vou gostar da Graphic MSP dele] [na verdade, para mim o próximo será o Laços, que lerei esta semana ainda, resenha em breve]
Com personagens de: Maurício de Sousa
Páginas: 82 -- Ano: 2013
ISBN: 978-85-4260-018-6 -- Tamanho: +/- uma folha A4.
Em versões capa dura e mole. Páginas coloridas.
A história: Chico Bento e o primo estão sozinhos em casa a noite quando, de repente, surge um ET na cozinha. O Chico tenta correr e descobre que o primo acabou de ser abduzido. Logo depois, ele, a galinha Giselda e o porco Torresmo acabam indo todos no mesmo embalo. Daí em diante a história segue na nave e mais não falo. Primeiro que é para não entregar muito, segundo porque a história é tão ligeira, que já contei 1/3 dela.
Vamos lá, novamente, mais um da série Graphic MSP. Eu nunca fui de ler Turma da Mônica, achava um pouco infantil demais mesmo quando era criança. Horácio eu gostava mais, ele era o mais "filosófico" deles. Mas, mesmo assim, sempre tive respeito pelos personagens e um certo carinho por eles... Pô, Mônica e Cebolinha são o Mickey nacional.
Chico Bento então, não sabia nada. E continuo sabendo pouco até. Ele é parente de algum dos personagens urbanos?, por exemplo, nem sei. Mas essa série em capa dura realmente foi uma ótima sacada, sempre uma agradável surpresa. E esse agora eu já li sabendo que não são exatamente quadrinhos adultos, como o Magnetar estava sendo induzido. São apenas quadrinhos excelentes, com histórias curtas, para crianças mais espertas. E claro, várias referências para os pais, saudosistas de plantão, ou gente como eu, que não sou nenhum dos dois mas fiquei interessado.
Lembram quando eu comentei que o Magnetar (já resenhado) lia-se muito rápido? HA! Pois Pavor Espaciar é quase um filme mudo. [ATUALIZAÇÃO: fui depois saber que isso é mesmo o estilo do autor] Muitos quadrinhos sem uma palavra sequer, feitos com maestria, mas ainda acho que as histórias podiam ser um pouquinho mais longas. Serem curtas te dá o gostinho de quero mais, como estou agora, e terminam ainda na curva ascendente, mas mesmo assim, se fossem o dobro do tamanho, ainda seriam tão curtas que terminariam do mesmo jeito.
E olha que eu li devagar porque foi tudo escrito em "caipirês" e ainda olhava com atenção cada quadrinho, não só porque eram super bem desenhados (como já dito), mas também para buscar as várias referências feitas a outros personagens do Maurício de Sousa, outras histórias de FC e miscelâneas aqui e ali.
Começou devagar, olhando a capa dos quadrinhos que o Chico e seu primo estavam lendo, mas aí, qual não foi minha surpresa ao notar um outro abduzido de peso! Mais a frente, vi algo que me lembrou muito o esqueleto das Meninas Superpoderosas (aqui) e de repente meu deu o estalo: "NÃO! É O <spoiler!>! Que maldade, rs!!!" Em outro momento apareceram uns aviões que eu já imaginei logo o que seriam (mas não tive o conhecimento para ter certeza, mas sim, acabei de confirmar que eram mesmo eles - spoiler aqui), e na seqüência, um navio, tornando a referência anterior ainda mais certa, mas que assim que eu vi o nome dele pensei, decepcionado, "Ah, tinha que ser o Cotopaxi..." (se você não conhece esse nome, veja o filme); mas quem é que me aparece na página seguinte? O próprio! :-D
Até referência à lendas urbanas da História mundial apareceram por lá. Não vou explicar, só dar a dica para quando aparecerem umas letras estranhas: usem a tabela aqui e rolem até a seção da Folha de São Paulo. E vão pesquisar sobre o nome que vocês acharem. [mas sim, preciso me gabar de que não precisei da tabela e - acho - entendi o chiste]
Uma das referências à FC eu só fui descobrir no texto ao final do livro e me senti uma besta por não ter olhado direito ali. Mas teve uma, ligada ao universo pop, que era tão manjada e usada à exaustão, que essa eu achei desnecessária. Foi fácil demais, vamos dizer assim. E não estou dizendo fácil reconhecer [eu teria que ser retardado para não fazê-lo], foi fácil demais o autor tê-la feito.
Mas pouco antes da história acabar, tive outro estalo de que um dos personagens não tinha recebido o foco em momento algum... Achei que a última cena seria esse personagem começando a cantar!! E, aí, a piada manjada teria tido uma baita utilidade. Passei perto. Acertei o foco da última cena, mas sem relação à tal referência - que ficou então só sendo clichê. Mas vão lá, tem muitas outras [por falar nisso... aquele asterico gigante tem algo de familiar] e a função aqui não é ficar contando.
[ATUALIZAÇÃO: lembrei de onde era o asterisco. Era daqui! Brincadeira, eu devia estar pensando neste aqui. Mas um asterisco não é exatamente algo raro ou único, pode ser referência à um milhão de outras coisas, ou à coisa nenhuma. É como dizer que as pirâmides são uma referência à bandeira de Minas Gerais...]
Nota 10 e que venha o próximo! [que será do Piteco, outro persnagem que eu acho que nunca li, mas sei que vou gostar da Graphic MSP dele] [na verdade, para mim o próximo será o Laços, que lerei esta semana ainda, resenha em breve]
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Luxor, Zuma e Civilization
Ok, fiz uma postagem faz algum tempo falando de tudo que eu joguei nos últimos 2 anos... Façamos então uma atualização agora, sobre os últimos 6 meses.
Quase nada na verdade, continuei no Skyrim um bom tempo. Mesmo depois de ter terminado tudo que dava para fazer no jogo e suas missões adicionais (as DLCs), eu ainda ficava por lá, zanzando e arranjando coisa para fazer com alguns passantes que eu nunca tinha visto. Depois peguei alguns mapas e missões de fãs. Curtas, mas algumas muito boas.
Foi numa delas que finalmente parei de jogar (era a Agent of Righteous Might), estava tudo indo muito bem, o criador da modificação fez algo muito bem feito, bem legal. Fora o tamanho absurdo da base inimiga, que toda hora você precisa atravessar quase que inteira, procurando alguém, isso era muito chato - ah, mas algo que atrapalhava dentro da base inimiga, que fora dela foi algo legal: nada de setinha indicando cada mísera localização de tudo, é no esquema de "você tem que fazer isso, agora se vira". Só que no meio da brincadeira, acho que por algum bug, o bonequinho não recebe a missão seguinte. Tentei forçar via console e nada feito... Pena, mas foi um sinal do Além para parar de jogar.
Para saberem, além da mod acima, foram essas as outras que joguei:
▪ Hanging Gardens
▪ Helgen Reborn
▪ Moonpath to Elsweyr
▪ The Frontier to Cyrodiil
▪ Wyrmstooth
Algumas, como a Frontier, são bem curtas (foi só uma base inimiga para matar todo mundo), a Moonpath achei meio chatinha de tanto ter que andar só para um sujeito me dar os parabéns e mandar voltar tudo, mas gostei dos conceitos. E na verdade, acabei de me lembrar que a Helgen Reborn eu não joguei. Ok, talvez eu jogue Skyrim de novo um pouco mais. Mas no estilo, o que eu queria mesmo era mais um Fallout [sempre fui mais FC do que fantasia]. Ou até mesmo, com menos história, um novo S.T.A.L.K.E.R. (mas estilo o primeiro, de preferência, que era menos focado em tiroteios).
E também peguei uma mod para trocar a cara de uma das acompanhantes pela Jessica Alba. Só de curtição. Ela é muito bonitinha. Dica: ela fica muito bem com a roupa dos Dawnguard - deve ser a única armadura feminina do jogo inteiro em que a mulher não fica com seios de melancia. Mas depois a enxotei, isso de levar bonequinho de acompanhante só tem utilidade quando você ainda é pobre no jogo e precisa de alguém como mula de carga.
Depois disso... Acho que resolvi descansar o cérebro. Eu (re)terminei o Luxor 1 (era o Luxor HD agora, que estava aqui instalado quando precisava de algo para passar alguns minutos esperando alguma coisa) e aí, na falta de um Luxor de verdade (absurdo dos absurdos!) comecei a jogar o Zuma!
Zuma Deluxe, Oberon Media
(wikipedia / site oficial / sem trailer)
Eu sempre olhei torto para ele. Achava até o Pirate Poppers melhor (que nada mais é que um Luxor de pobre, com visual pirata ao invés de egípcio), porque eu não aceitava a idéia do lançador ficar parado. Mas até que acostumei. Bem legal. E sem definição de dificuldade. Eu gosto disso. O jogo vai ficando pior e é problema seu, não dá para facilitar (essa safadeza o Luxor tinha).
Ainda não terminei na verdade. Depois da "última" fase ele repete os últimos cenários uma outra vez, só que com mais dificuldade. E estou preso aí (que eu sempre morro e tenho que recomeçar desde a primeira).
Aí fomos para o Zuma's Revenge!, PopCap Games.
(wikipedia / site oficial / trailer)
Fora o visual melhorado (quem é das antigas vai entender o comentário, mas o primeiro Zuma parecia feito para EGA e não VGA), algumas novidades bem vindas, como o sapo nem sempre ser fixo (em algumas fases ele se mexe lateralmente, como no Luxor, ou verticalmente até) e, finalmente, algo que não fazia sentido no primeiro mas nem pensei nisso até ver no segundo: agora, em algumas fases, o sapo PULA!
Mas nem tudo é maravilha. O Zuma 2 é, no geral, muito mais fácil que o 1º. E quando não é mais fácil, achei mais difícil por uma certa injustiça: há fases em que as bolas novas tapam "a visão de tiro" das que estão para entrar na caveira (o equivalente no Zuma à pirâmide do Luxor), então você não tem como ficar no desespero, impedindo a desgraça ali, na cara do gol. Dá para passar, claro, já que passei e milhões de outros antes de mim, mas eu me sentia trapaceado nessas horas.
Achei uma boa resenha sobre ele aqui:
Game informer: Zuma's Revenge - Revenge Made Easy
Mas aí... veio a boa notícia. Eu não sei como não tinha notado isso antes, mas TINHA uma continuação do Luxor. E nem estou falando do Luxor HD 2 (que eu também não tinha notado, mas é o jogo antigo embelezado, não conta muito). O que eu descobri foi o...
Cara, muito bom! Pena que é curto, mas achei fantástico. Tudo muito colorido, musiquinhas e visual retrô-PC-anos-90 com cara de neon anos 70 e fliperama. Tinha horas que eu nem entendia o que estava acontecendo, mas estava tudo explodindo num arco-irís psicodélico de figuras não renderizadas (o jogo é todo só as linhas). Para quem gosta de joguinhos marble poppers ou marble shooters (os melhores termos para pesquisar por eles) e é da minha geração, esse Luxor Evolved é obrigatório.
Luxor Evolved, Oberon Media
(wikipedia / site oficial / trailer)
Ele é muito corrido, beirando o frenético em alguns momentos. Mas é o mesmo esquema de sempre, com alguns dos power-ups clássicos (como o escorpião ou a bomba de cor) e alguns novos, como a doença e o congelamento (quase iguais na prática) ou a chuva de meteoros (tipo a chuva de raios, que também tem ainda, mas muito mais explosiva). Ah, e agora tem um tipo de raio que você pode lançar, mas que você pode andar para o lado enquanto lança, é uma carnificina-neon pura. Estava me sentindo uma lagosta-boxeadora. [entenda a piada aqui]
Muito bom. Algo legal são as homenagens aqui e ali à alguns jogos clássicos de fliperama. Algo que eu não gostei é de não poder começar jogando direto no nível mais difícil. Pô, eu já jogo Luxor faz quase 10 anos (o 1º é de 2005), jogar em níveis fáceis não dá mais barato. Mas como o jogo é curto, não chegou a chatear jogar tudo de novo depois ter ter concluído o nível dificil - e só então podido escolher o Elite.
Outra resenha:
Gamezebo: Luxor Evolved lives up to its name despite its charming retro makeover
Mas depois de tanto Luxor/Zuma, estava querendo algum jogo mais cerebral, mas nem tanto, algo só para sair da mesmice de FPS (com ou sem elementos de RPG). Pensei em rejogar o C&C3, mas deu preguiça. Pensei em finalmente jogar o Neverwinter Nights 2 ou o The 11th Hour [será que roda no Windows 7?], ambos na estante até hoje, mas tinham que ficar lendo ou ouvindo muita conversa... Aí me lembrei do excelente Caesar IV, que era uma diversão de primeira, mas entre jogar algo que já joguei para cacete, ou algo novo... Recordei-me de: CIVILIZATION!
Sid Meier's Civilization V, Oberon Media
(wikipedia / site oficial / teaser)
Curiosidade: eu não joguei os do meio. O último que joguei foi o 1º Civilization. O II, o III e o IV eu nunca nem vi a cara.
E aí, talvez por causa disso, eu não sei como é que eram os anteriores, e na verdade nem lembro direito do primeiro. Mas de cara não gostei das fases serem sempre aletaórias e não ter uma campanha para seguir. O gerador aleatório é sempre legal, mas eu gosto de ir avançando aos poucos e ir levando o jogo por vários meses. Vide o Caesar acima, que primeiro te fazia criar uma cidade com 100 habitantes, depois 1.000 e comida, depois etc, até que no final, várias fases depois, você tem que gerenciar uma porrada de detalhes de cabeça.
Então comecei o jogo (sem ler o manual, claro) achando que seria uma partidinha de 15 minutos. E depois outra. E assim vai... Essa primeirinha partida levou 24 horas - com paradas para almoçar e etc, claro, que maluquice tem limite e eu não sou coreano. [e só fiz isso porque estou de férias] No final, acabei ficando sem vontade de jogá-lo novamente por umas duas semanas. Claro, isso não durou muito, e no dia seguinte fui dormir ainda mais tarde. Mas estou conseguindo controlar o vício, e não fico mais do que 1h30min jogando, porque eu também quero pôr a leitura e o cinema em dias nas férias.
É aquela desgraça de "só mais esse bonequinho...", e o relógio marcando 00:15, "só fundar mais essa cidade, para depois não esquecer qual era meu plano", e o relógio informa 1:30, "droga, mataram meu soldado, deixa só eu resolver isso", e aí... você olha de novo para o relógio, e são 4 da manhã. Ou nem olha, mas percebe que o céu está ficando claro outra vez...
Acho que vou segurar até as férias do ano que vem para comprar as expansões. Mesmo porque, tenho medo do que seja vencer o jogo usando Carnaval como arma cultural... [não estou zoando, está numa das expansões com o D. Pedro II]
O jogo, para quem não ouviu falar dele nos últimos 25 anos, é um jogo de estratégia por turnos. Você não fica no desespero tendo que correr, porque o computador está fazendo isso em paralelo, e vence quem correr mais rápido com a sua estratégia sem tempo para pensar porque o jogo está rolando - isso é um RTS, um Real Time Strategy, que são os jogos estilo Duna 2000 ou Command & Conquer [ou Futebol, se formos ficar num exemplo fora do computador]. O Civilization seria um TBS (se é que existe a sigla), um Turn-Based Strategy. Querem o exemplo mais famoso desse tipo de jogo: o Xadrez. Claro, com muito mais complicação do que só andar as peças.
No Civilization, quando é a sua vez você tem todo o tempo do mundo para pensar no que fazer e gerenciar tudo que você quiser, andar com suas peças (até um certo limite, claro), atacar, definir as políticas, o que suas cidades fabricarão, se você prefere minerar ouro ao invés de produzir ostras, se vai subornar um país para ele atacar outro, e tudo o mais, e o jogo fica parado enquanto você faz tudo isso. Em compensação, quando é a vez dos outros jogadores, você não pode fazer nada.
Claro, se te atacam, o computador calcula a vitória com bases nos pontos de cada envolvido (e um tiquinho de aleatoriedade). Então você também não precisa se preocupar se um selvagem vier atacar seu helicóptero com uma clava. VOCÊ não vai poder fazer nada, você só vai poder mexer quando for a sua vez, mas, nesse caso, o computador vai calcular que o bonequinho do oponente será massacrado e a sua unidade mal será arranhada. Isso tudo com animaçõeszinhas do massacre, que isso aqui não é Elifoot.
E a medida que o jogo avança, a História mundial avança junto. Se no começo você só tem uns brutos e uns arqueiros para brincar, no final você já pode lançar mísseis atômicos de porta-aviões. Se fazer vinho já é um baita avanço no começo, no final do jogo você já está destruindo cidades com o o B-2 para roubar as reservas de urânio deles. E nem há como ficar parado. "Ah, mas eu queria jogar só na idade média..." De tempos em tempos você é obrigado a escolher o que você pesquisará. De repente você prefere dar ênfase a cultura, ou prefere desenvolver armas de fogo logo, é com você. Mas se você não morrer antes (ou perder por algum outro motivo), todos chegarão até a tecnologia especial, tendo que ter desenvolvido tudo no caminho.
Você também pode escolher que governante você quer ser, cada um alguma vantagem. O tanque dos alemães é melhor, os navios da Inglaterra andam mais, os árabes lucram mais com rotas comerciais, e o Brasil tem o samba!! [é o telecoteco, é o balacobaco...] E assim vai.
Isso tudo estou só explicando o jogo. Opinião sobre ele... Eu adorei o maldito. É jogo para quem já tem a bunda reta e paciência de Jó. Acho que só tenho duas reclamações. Uma eu já disse, que é não ter nenhuma campanha gradativa. A outra é que jogar em modo arquipélago não tem graça, fica muito fácil. O computador nunca tem a manhã de sair criando colônias e partir para a porrada marítima. ele fica preso na sua ilha, soltando bravatas de que vai me atacar... Mas sou em quem tenho 5 ou 6 ilhas, produzindo de tudo, domínio dos mares e o escambau. E ele fica lá, fabricando soldadinhos...
Tentei algumas vezes, numa delas defini um mapa grande, de 6 ou 8 jogadores (podia ter sido ainda maior, mas eu também não queria uma partida monstruosa) mas só deixei 2 oponentes. E mesmo assim... Eles ficaram lá, literalmente, ilhados. Vou fazer uma última tentativa depois, definindo dificuldade máxima. Tenho a impressão de que vou perder sendo atacado por selvagens, mas não pelos outros países.
Jogar no mapa 'modo Pangea' acaba sendo mais interessante, porque fica "fácil" para todos e fácil de te olharem torto (minha tática de sufocar os outros geograficamente sempre causa raiva nos outros bonequinhos). E há outros modos também e várias configurações possíveis. O mais legal visualmente é jogar com o mapa da Terra, que assim você fica parecendo War.
Taí, algo que não fiz, pois só joguei contra o computador. Mas colocar 4 pessoas numa mesa, jogando em rede, cada uma sem olhar o monitor do outro, deve ficar divertido. Nada de "negociar" com o computador calculando valores, você poderá pedir ajuda diretamente, ou gritar com o cara se ele romper um tratado ou estiver cobrando caro demais para negociar alumínio, por exemplo. [o problema é que se uma partida de War já demora mais do que devia...]
Mas é isso, falei tanto que quase quase virou uma postagem só sobre o Civilization.
Terminando de vez, como eu realmente gosto de ficar explodindo bolinha, agora estou jogando Sparkle, da 10tons (trailer) Obs.: o trailer mostra o jogo num telefone, mas tem para PC também.
Ele é o mesmo esquema do Zuma (lançador parado). É estranho um jogo nesse estilo que não marca os pontos (você ganha vidas em momentos certos). Ele não é tão difícil e os cenários são bem pobrinhos (parece coisa da época do 386). Mas... É divertido.
A física dele é legal (dependendo de como você exploda, as bolas são "arremessadas" longe). Não tem aquela moleza das bolinhas entrarem rápido e diminuírem em seguida (elas continuam no mesmo ritmo). O power-up dos vagalumes (ou seja lá o que forem) é legal (dá uma ajuda, sem facilitar demais). A trilha sonora parece Danny Elfman. E nele surgiu com uma inovação interessante: você escolhe um "amuleto" que te dará algum tipo de facilidade, e aquela é a única vantagem que você terá. Se você prefere lançar as bolas rapidamente, coloca o amuleto disso (antes da partida começar, claro, você não pode trocar no meio), mas se prefere dar ênfase a pegar os poderes, aí tem outro amuleto (mas usando ele, aí suas bolinhas voltam a ser lentas), e assim por diante. Uma inovação que complica é ele mostrar as DUAS bolinhas seguintes que virão, mas você só pode trocar por 1, como sempre, só que ficar vendo a outra dá um nó na cabeça e sempre acho que é aquela a seguinte e faço besteira. Mas acostuma-se.
Nada que um pouco de prática não resolva. Ao contrário do I Wanna Be the Guy, que eu nunca nem passei da segunda tela...
Quase nada na verdade, continuei no Skyrim um bom tempo. Mesmo depois de ter terminado tudo que dava para fazer no jogo e suas missões adicionais (as DLCs), eu ainda ficava por lá, zanzando e arranjando coisa para fazer com alguns passantes que eu nunca tinha visto. Depois peguei alguns mapas e missões de fãs. Curtas, mas algumas muito boas.
Foi numa delas que finalmente parei de jogar (era a Agent of Righteous Might), estava tudo indo muito bem, o criador da modificação fez algo muito bem feito, bem legal. Fora o tamanho absurdo da base inimiga, que toda hora você precisa atravessar quase que inteira, procurando alguém, isso era muito chato - ah, mas algo que atrapalhava dentro da base inimiga, que fora dela foi algo legal: nada de setinha indicando cada mísera localização de tudo, é no esquema de "você tem que fazer isso, agora se vira". Só que no meio da brincadeira, acho que por algum bug, o bonequinho não recebe a missão seguinte. Tentei forçar via console e nada feito... Pena, mas foi um sinal do Além para parar de jogar.
Para saberem, além da mod acima, foram essas as outras que joguei:
▪ Hanging Gardens
▪ Helgen Reborn
▪ Moonpath to Elsweyr
▪ The Frontier to Cyrodiil
▪ Wyrmstooth
Algumas, como a Frontier, são bem curtas (foi só uma base inimiga para matar todo mundo), a Moonpath achei meio chatinha de tanto ter que andar só para um sujeito me dar os parabéns e mandar voltar tudo, mas gostei dos conceitos. E na verdade, acabei de me lembrar que a Helgen Reborn eu não joguei. Ok, talvez eu jogue Skyrim de novo um pouco mais. Mas no estilo, o que eu queria mesmo era mais um Fallout [sempre fui mais FC do que fantasia]. Ou até mesmo, com menos história, um novo S.T.A.L.K.E.R. (mas estilo o primeiro, de preferência, que era menos focado em tiroteios).
E também peguei uma mod para trocar a cara de uma das acompanhantes pela Jessica Alba. Só de curtição. Ela é muito bonitinha. Dica: ela fica muito bem com a roupa dos Dawnguard - deve ser a única armadura feminina do jogo inteiro em que a mulher não fica com seios de melancia. Mas depois a enxotei, isso de levar bonequinho de acompanhante só tem utilidade quando você ainda é pobre no jogo e precisa de alguém como mula de carga.
Depois disso... Acho que resolvi descansar o cérebro. Eu (re)terminei o Luxor 1 (era o Luxor HD agora, que estava aqui instalado quando precisava de algo para passar alguns minutos esperando alguma coisa) e aí, na falta de um Luxor de verdade (absurdo dos absurdos!) comecei a jogar o Zuma!

(wikipedia / site oficial / sem trailer)
Eu sempre olhei torto para ele. Achava até o Pirate Poppers melhor (que nada mais é que um Luxor de pobre, com visual pirata ao invés de egípcio), porque eu não aceitava a idéia do lançador ficar parado. Mas até que acostumei. Bem legal. E sem definição de dificuldade. Eu gosto disso. O jogo vai ficando pior e é problema seu, não dá para facilitar (essa safadeza o Luxor tinha).
Ainda não terminei na verdade. Depois da "última" fase ele repete os últimos cenários uma outra vez, só que com mais dificuldade. E estou preso aí (que eu sempre morro e tenho que recomeçar desde a primeira).

(wikipedia / site oficial / trailer)
Fora o visual melhorado (quem é das antigas vai entender o comentário, mas o primeiro Zuma parecia feito para EGA e não VGA), algumas novidades bem vindas, como o sapo nem sempre ser fixo (em algumas fases ele se mexe lateralmente, como no Luxor, ou verticalmente até) e, finalmente, algo que não fazia sentido no primeiro mas nem pensei nisso até ver no segundo: agora, em algumas fases, o sapo PULA!
Mas nem tudo é maravilha. O Zuma 2 é, no geral, muito mais fácil que o 1º. E quando não é mais fácil, achei mais difícil por uma certa injustiça: há fases em que as bolas novas tapam "a visão de tiro" das que estão para entrar na caveira (o equivalente no Zuma à pirâmide do Luxor), então você não tem como ficar no desespero, impedindo a desgraça ali, na cara do gol. Dá para passar, claro, já que passei e milhões de outros antes de mim, mas eu me sentia trapaceado nessas horas.
Achei uma boa resenha sobre ele aqui:
Game informer: Zuma's Revenge - Revenge Made Easy
Mas aí... veio a boa notícia. Eu não sei como não tinha notado isso antes, mas TINHA uma continuação do Luxor. E nem estou falando do Luxor HD 2 (que eu também não tinha notado, mas é o jogo antigo embelezado, não conta muito). O que eu descobri foi o...
Cara, muito bom! Pena que é curto, mas achei fantástico. Tudo muito colorido, musiquinhas e visual retrô-PC-anos-90 com cara de neon anos 70 e fliperama. Tinha horas que eu nem entendia o que estava acontecendo, mas estava tudo explodindo num arco-irís psicodélico de figuras não renderizadas (o jogo é todo só as linhas). Para quem gosta de joguinhos marble poppers ou marble shooters (os melhores termos para pesquisar por eles) e é da minha geração, esse Luxor Evolved é obrigatório.

(wikipedia / site oficial / trailer)
Ele é muito corrido, beirando o frenético em alguns momentos. Mas é o mesmo esquema de sempre, com alguns dos power-ups clássicos (como o escorpião ou a bomba de cor) e alguns novos, como a doença e o congelamento (quase iguais na prática) ou a chuva de meteoros (tipo a chuva de raios, que também tem ainda, mas muito mais explosiva). Ah, e agora tem um tipo de raio que você pode lançar, mas que você pode andar para o lado enquanto lança, é uma carnificina-neon pura. Estava me sentindo uma lagosta-boxeadora. [entenda a piada aqui]
Muito bom. Algo legal são as homenagens aqui e ali à alguns jogos clássicos de fliperama. Algo que eu não gostei é de não poder começar jogando direto no nível mais difícil. Pô, eu já jogo Luxor faz quase 10 anos (o 1º é de 2005), jogar em níveis fáceis não dá mais barato. Mas como o jogo é curto, não chegou a chatear jogar tudo de novo depois ter ter concluído o nível dificil - e só então podido escolher o Elite.
Outra resenha:
Gamezebo: Luxor Evolved lives up to its name despite its charming retro makeover
Mas depois de tanto Luxor/Zuma, estava querendo algum jogo mais cerebral, mas nem tanto, algo só para sair da mesmice de FPS (com ou sem elementos de RPG). Pensei em rejogar o C&C3, mas deu preguiça. Pensei em finalmente jogar o Neverwinter Nights 2 ou o The 11th Hour [será que roda no Windows 7?], ambos na estante até hoje, mas tinham que ficar lendo ou ouvindo muita conversa... Aí me lembrei do excelente Caesar IV, que era uma diversão de primeira, mas entre jogar algo que já joguei para cacete, ou algo novo... Recordei-me de: CIVILIZATION!

(wikipedia / site oficial / teaser)
Curiosidade: eu não joguei os do meio. O último que joguei foi o 1º Civilization. O II, o III e o IV eu nunca nem vi a cara.
E aí, talvez por causa disso, eu não sei como é que eram os anteriores, e na verdade nem lembro direito do primeiro. Mas de cara não gostei das fases serem sempre aletaórias e não ter uma campanha para seguir. O gerador aleatório é sempre legal, mas eu gosto de ir avançando aos poucos e ir levando o jogo por vários meses. Vide o Caesar acima, que primeiro te fazia criar uma cidade com 100 habitantes, depois 1.000 e comida, depois etc, até que no final, várias fases depois, você tem que gerenciar uma porrada de detalhes de cabeça.
Então comecei o jogo (sem ler o manual, claro) achando que seria uma partidinha de 15 minutos. E depois outra. E assim vai... Essa primeirinha partida levou 24 horas - com paradas para almoçar e etc, claro, que maluquice tem limite e eu não sou coreano. [e só fiz isso porque estou de férias] No final, acabei ficando sem vontade de jogá-lo novamente por umas duas semanas. Claro, isso não durou muito, e no dia seguinte fui dormir ainda mais tarde. Mas estou conseguindo controlar o vício, e não fico mais do que 1h30min jogando, porque eu também quero pôr a leitura e o cinema em dias nas férias.
É aquela desgraça de "só mais esse bonequinho...", e o relógio marcando 00:15, "só fundar mais essa cidade, para depois não esquecer qual era meu plano", e o relógio informa 1:30, "droga, mataram meu soldado, deixa só eu resolver isso", e aí... você olha de novo para o relógio, e são 4 da manhã. Ou nem olha, mas percebe que o céu está ficando claro outra vez...
Acho que vou segurar até as férias do ano que vem para comprar as expansões. Mesmo porque, tenho medo do que seja vencer o jogo usando Carnaval como arma cultural... [não estou zoando, está numa das expansões com o D. Pedro II]
O jogo, para quem não ouviu falar dele nos últimos 25 anos, é um jogo de estratégia por turnos. Você não fica no desespero tendo que correr, porque o computador está fazendo isso em paralelo, e vence quem correr mais rápido com a sua estratégia sem tempo para pensar porque o jogo está rolando - isso é um RTS, um Real Time Strategy, que são os jogos estilo Duna 2000 ou Command & Conquer [ou Futebol, se formos ficar num exemplo fora do computador]. O Civilization seria um TBS (se é que existe a sigla), um Turn-Based Strategy. Querem o exemplo mais famoso desse tipo de jogo: o Xadrez. Claro, com muito mais complicação do que só andar as peças.
No Civilization, quando é a sua vez você tem todo o tempo do mundo para pensar no que fazer e gerenciar tudo que você quiser, andar com suas peças (até um certo limite, claro), atacar, definir as políticas, o que suas cidades fabricarão, se você prefere minerar ouro ao invés de produzir ostras, se vai subornar um país para ele atacar outro, e tudo o mais, e o jogo fica parado enquanto você faz tudo isso. Em compensação, quando é a vez dos outros jogadores, você não pode fazer nada.
Claro, se te atacam, o computador calcula a vitória com bases nos pontos de cada envolvido (e um tiquinho de aleatoriedade). Então você também não precisa se preocupar se um selvagem vier atacar seu helicóptero com uma clava. VOCÊ não vai poder fazer nada, você só vai poder mexer quando for a sua vez, mas, nesse caso, o computador vai calcular que o bonequinho do oponente será massacrado e a sua unidade mal será arranhada. Isso tudo com animaçõeszinhas do massacre, que isso aqui não é Elifoot.
E a medida que o jogo avança, a História mundial avança junto. Se no começo você só tem uns brutos e uns arqueiros para brincar, no final você já pode lançar mísseis atômicos de porta-aviões. Se fazer vinho já é um baita avanço no começo, no final do jogo você já está destruindo cidades com o o B-2 para roubar as reservas de urânio deles. E nem há como ficar parado. "Ah, mas eu queria jogar só na idade média..." De tempos em tempos você é obrigado a escolher o que você pesquisará. De repente você prefere dar ênfase a cultura, ou prefere desenvolver armas de fogo logo, é com você. Mas se você não morrer antes (ou perder por algum outro motivo), todos chegarão até a tecnologia especial, tendo que ter desenvolvido tudo no caminho.
Você também pode escolher que governante você quer ser, cada um alguma vantagem. O tanque dos alemães é melhor, os navios da Inglaterra andam mais, os árabes lucram mais com rotas comerciais, e o Brasil tem o samba!! [é o telecoteco, é o balacobaco...] E assim vai.
Isso tudo estou só explicando o jogo. Opinião sobre ele... Eu adorei o maldito. É jogo para quem já tem a bunda reta e paciência de Jó. Acho que só tenho duas reclamações. Uma eu já disse, que é não ter nenhuma campanha gradativa. A outra é que jogar em modo arquipélago não tem graça, fica muito fácil. O computador nunca tem a manhã de sair criando colônias e partir para a porrada marítima. ele fica preso na sua ilha, soltando bravatas de que vai me atacar... Mas sou em quem tenho 5 ou 6 ilhas, produzindo de tudo, domínio dos mares e o escambau. E ele fica lá, fabricando soldadinhos...
Tentei algumas vezes, numa delas defini um mapa grande, de 6 ou 8 jogadores (podia ter sido ainda maior, mas eu também não queria uma partida monstruosa) mas só deixei 2 oponentes. E mesmo assim... Eles ficaram lá, literalmente, ilhados. Vou fazer uma última tentativa depois, definindo dificuldade máxima. Tenho a impressão de que vou perder sendo atacado por selvagens, mas não pelos outros países.
Jogar no mapa 'modo Pangea' acaba sendo mais interessante, porque fica "fácil" para todos e fácil de te olharem torto (minha tática de sufocar os outros geograficamente sempre causa raiva nos outros bonequinhos). E há outros modos também e várias configurações possíveis. O mais legal visualmente é jogar com o mapa da Terra, que assim você fica parecendo War.
Taí, algo que não fiz, pois só joguei contra o computador. Mas colocar 4 pessoas numa mesa, jogando em rede, cada uma sem olhar o monitor do outro, deve ficar divertido. Nada de "negociar" com o computador calculando valores, você poderá pedir ajuda diretamente, ou gritar com o cara se ele romper um tratado ou estiver cobrando caro demais para negociar alumínio, por exemplo. [o problema é que se uma partida de War já demora mais do que devia...]
Mas é isso, falei tanto que quase quase virou uma postagem só sobre o Civilization.
Terminando de vez, como eu realmente gosto de ficar explodindo bolinha, agora estou jogando Sparkle, da 10tons (trailer) Obs.: o trailer mostra o jogo num telefone, mas tem para PC também.
Ele é o mesmo esquema do Zuma (lançador parado). É estranho um jogo nesse estilo que não marca os pontos (você ganha vidas em momentos certos). Ele não é tão difícil e os cenários são bem pobrinhos (parece coisa da época do 386). Mas... É divertido.
A física dele é legal (dependendo de como você exploda, as bolas são "arremessadas" longe). Não tem aquela moleza das bolinhas entrarem rápido e diminuírem em seguida (elas continuam no mesmo ritmo). O power-up dos vagalumes (ou seja lá o que forem) é legal (dá uma ajuda, sem facilitar demais). A trilha sonora parece Danny Elfman. E nele surgiu com uma inovação interessante: você escolhe um "amuleto" que te dará algum tipo de facilidade, e aquela é a única vantagem que você terá. Se você prefere lançar as bolas rapidamente, coloca o amuleto disso (antes da partida começar, claro, você não pode trocar no meio), mas se prefere dar ênfase a pegar os poderes, aí tem outro amuleto (mas usando ele, aí suas bolinhas voltam a ser lentas), e assim por diante. Uma inovação que complica é ele mostrar as DUAS bolinhas seguintes que virão, mas você só pode trocar por 1, como sempre, só que ficar vendo a outra dá um nó na cabeça e sempre acho que é aquela a seguinte e faço besteira. Mas acostuma-se.
Nada que um pouco de prática não resolva. Ao contrário do I Wanna Be the Guy, que eu nunca nem passei da segunda tela...
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Bienal do Livro 2013
Acho que não vou mais na Bienal. Por mais que eu goste de livros, nunca fui de ir lá. Fui numa muito tempo atrás, criança ou adolescente ainda, e fui nas duas últimas. O motivo de ir em tão poucas nem foi falta de vontade, só motivos aleatórios mesmo.
Porque a reclamação então? É que a última já não tinha me empolgado tanto. E essa agora empolgou menos. Vamos ao longo texto agora... [poder de síntese é algo que eu não tenho]
Minhas impressões sobre a Bienal do Rio 2013.
Variedade. Fiquei com a mesma sensação nas duas últimas que eu fui: com a impressão de que 1/3 de todo o lugar era de livros infantis, e mesmo os lugares genéricos ou baias do tipo "super saldão" o que mais tinha era coisa para criança - se muito, também para a geração Crepúsculo ou Rangers. O outro terço do lugar parecia tomado por livros religiosos [cacete! vi até um estande, pequeno, mas mesmo assim, específico para livros do L. Ron Hubbard, o pai daquela seita de retardados, chamada Cientologia] - e uma parte deste terço por algumas coisas muito específicas, que resolvi jogar no mesmo saco, como livros de Direito ou para concursos públicos. E finalmente, o que sobra... É aquilo que já vi ou vejo todo o tempo em todos os lugares. E geralmente por preços muito parecidos do mundo externo.
Agora... Escrevendo isso, eu comecei a me achar muito maléfico... Porque estou pensando aqui... E não teria como ser diferente. O que foi que eu não vi lá? Na verdade, acho que vi tudo que temos mesmo. O nosso mercado editorial é praticamente isso e acabou. Mas consigo pensar em algumas coisas que não vi por lá... Uma livraria que eu gosto no conceito, apesar de praticamente nunca comprar nada nela é a Blooks, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Muitos quadrinhos adultos, livros de arte, biografias, história mundial, política, até literatura de cordel já vi por lá. Eu me sinto até mais inteligente andando nela [e aí eu não compro nada e me lembro que de "cult" eu só tenho o jeitão, meu gosto é nerd do tipo menos popular, mas, não obstante, é pop]. Não vi nada parecido na Bienal. Até vi uns livros de arte lá e deu até pena das pessoas que estavam trabalhando ali. Deviam estar morrendo de tédio. Em compensação, nunca vi uma Saraiva tão cheia, e os preços mal tinham desconto...
A Livraria da Travessa ou a Livraria Cultura, por exemplos, a primeira até estava lá, mas praticamente invisível e sem a variedade costumeira, e a Cultura, que eu nem gosto tanto, mas sempre tem excelentes livros importados, nem estava. Já o Submarino estava. Pô, como assim?, se vale qualquer coisa que venda livro, na próxima terá estandes das Lojas Americanas e das Casas Bahia.
Mas então... Nosso mercado editorial, no geral, é mesmo uma coisa muito sem graça. Livro para criançada e aborrecentes e um pouquinho genérico para o resto. Na de 2011 pelo menos eu batia o olho em muita coisa que eu nunca tinha visto, pegava, e aí não me interessava. Mas tinha um pouco de novidade. Anotei alguns nomes para conferir depois na Internet até (que não sou louco de comprar qualquer coisa, só porque a capa e a descrição são legais). Essa... Não aconteceu. Ou a coisa tá feia, ou eu estou ficando muito exigente.
Agora, eu continuo pensando aqui... [de vez em quando é bom] E acho que posso reclamar deles sim. Alguma coisa tem que ser repensada para não ficar só uma baita repetição de livros iguais em tudo que é canto. A desgraça é que para fazer como seria perfeito, teria que ser tudo uma única coisa gigante, e aí nenhum vendedor conseguiria separar os livros dele dos outros e não daria certo... [hummm... eles deveriam colar etiquetas, e depois, pelo código de barras a organização do evento saberia o valor a repassar de cada uma] Nunca vai acontecer. Como foi, foi só como ir em um monte de site, só que ao vivo, e toda hora olhar os mesmos livros. E nem dava vontade de ficar comparando, porque eu não iria reatravessar o lugar todo de novo por causa de uns R$ 3.
Chamarizes e afins. Eu achei que tinham poucos, e 90% só para crianças. Eram só um monte de baias com um monte de livro. Um das editoras tinha um boneco do God of War em tamanho quase natural. Eu não gosto, mas ok, that's what I'm talking about! [that's what she said] Outra exceção (que agora estou na dúvida e acho que foi no mesmo lugar) foi um cartaz anunciando um livro do jogo Bioshock (não sabia que tinha livro). Até dei uma olhada, se estivesse a mão teria folheado. Mas chamava a atenção pelo menos. Tem o 1º capítulo disponível em inglês no site da Tor, conferirei. Ponto para a Bienal. É para isso que ela deveria servir, e não só ser um shopping.
A Panini era chamativa, mas deve ter sido mais porque o logotipo dela é amarelo do que qualquer outra coisa. Tinham umas pessoas fantasiadas (uma garota de cabelo roxo, desconheço o personagem). Mas não achei suficiente. Tinha que ter um dinossauro com 8 metros de altura em algum lugar. Sei lá.
A Devir, que é uma das salvações nerds nacionais, com muita coisa de FC, eu não vi nenhum deles lá. Nenhum dos livros, nenhum cartaz que desviasse o olhar. Não sei. Pareceu tudo meio feito de má vontade. "Deixa tudo aí, que o pessoal olha e se quiserem eles compram." (estou falando das exposição como um todo, e não da Devir).
Falando em FC até, senti falta da galera alternativa (ou tinha, mas estava escondido ou já tinha acabado). Cadê os livros da Estronho? Putz! Taí... Livraria Cultura nada, eu vou começar a olhar a Bienal com bons olhos de novo no dia que a Estronho tiver um estande. Porque as meninas precisam ler Instrumentos Mortais? Porque não Insanas... elas matam! ou SteamPink? Pelo menos os Kaori da Giulia Moon estavam lá.
E ao lado da Estronho, outro estande com os livros da Editora Draco (que acho que tinha em 2011) e da Argonautas. Eu nem gostei de nada do que li até agora da Não Editora, mas é outra que também poderia estar por lá. E não vi livros da Editora 34 desta vez. (mas neste caso, é até possível que estivesse lá sim, escondido em algum canto dos estandes tediosos).
Outra exceção, o estande da Zahar. Esse tinha muita coisa legal e BEM ARRUMADA, de forma que você batia o olho e pensava "Opa, deixa eu ver que parede é aquela." Só comprei 2 livros na Bienal, um deles eu já sabia que iria comprar, para pelo menos aproveitar o preço, e outro eu comprei na Zahar, completamente de surpresa, nem conhecia o livro - Contos de Fadas, Edição comentada e ilustrada - que estava numa promoção absurda (na verdade, o preço normal dele é que é absurdamente caro, mas isso é reclamação para outro dia). Fará par com a minha edição comentada do Alice, que lá também custava 3 vezes menos do que paguei...
Mudando de assunto, lembrar da Zahar (a melhor surpresa) me fez lembrar de uma decepção. O estande da Estante Virtual. Ok, nada no site dizia que teria livros lá. E, como o próprio nome diz, é uma livraria VIRTUAL. Mas cacete... Você está no site da Estante Virtual, e tem um anúncio te convidando para conhecer o estande deles lá, e aí você chega lá, e são computadores para visitar o site!! Traças me mordam! No site eu já estava!!! Eu não devia ter imaginado que teriam livros lá [virtual! virtual!], mas imaginei. Meu cérebro não concebeu a possibilidade do convite ser completamente ilógico.
Não sei, de repente eles podiam ter feito alguma parceria com alguns sebos e, pelo menos 1 vez por ano, não serem virtuais. Há muitos livros que os sebos têm que não estão cadastrados no site. Seria a chance de achar um desses.
Tinha uma fila lá, com um desafio: você tinha 1 minuto para achar um livro que eles não tinham. Se fosse menor, eu teria entrado. Nem precisaria de prêmio (não sei se tinha, e fiquei com preguiça de perguntar), mas justamente torcendo para eles terem livros ao vivo, ou mesmo algum outro estande-sebo (tinha 1), eu já tinha na minha carteira uma relação de 6 livros antigos, nacionais, que eu não acho a venda. Nem com eles. Seria legal, nem que fosse para ver a desculpa que seria criada ("ah, cof, cof, é que o desafio é para livros... a partir do ano tal! É isso! Pronto."). Mas fica chateado não, Estante Virtual, eu ainda amo vocês. [eles não têm culpa de eu ter imaginado algo contrário ao próprio nome deles. rs!]
E o sebo que tinha, infelizmente, era bem pequeno com bem pouca coisa. Tinham uns outros saldões lá, com alguns livros usados até, mas só coisa recente. E se algum dia alguém me vir comprando A Cabana ou 50 Tons de Cinza, chama o padre e me amarra... Que é possessão!
Por falar em sebo, os preços. Se você vai comprar muita coisa, algumas editoras tinham bons descontos, então, ok, vale mesmo a pena. Mas no final, eu comprei só 2 livros por falta de coisa interessante (ou que tenha me interessado na hora) e o que eu gastei com ingresso [ah, tenho que falar dele depois], pedágio, gasolina e estacionamento, zerou a vantagem e acabou ficando só pelo passeio. Isso pensando nos livros que tinham desconto. Um conhecido meu viu livro velho do Harry Potter por quase R$ 60. Na Devir eu vi Astro City por quase R$ 50 (tecnicamente, esse não está caro, é o velho problema acima, o preço normal é que é alto), mas o divertido deste é que eu vi a mesma revista lá em 2011. Ou seja, até hoje eles têm Astro City parcialmente (porque não são todos os volumes) em estoque mas ainda tentam vender pelo preço de coisa nova. Se ainda estivesse completo ou fosse uma raridade muito procurada... Mas pelo jeito não é. Vendessem por R$ 15 e eu comprava [eu tenho as americanas, não tenho a nacional justamente porque não quero ter pelo meio. Ou tudo ou nada.]. Mas dois gibis por R$ 100? Nem pensar.
Agora, o ingresso. Eu fui num momento menos tumultuado (2ª feira, depois do almoço), mas mesmo assim fiquei com medo de pegar fila, e resolvi comprar pela internet. Já começa que o site de vendas [que eu esqueci o nome e não vou pesquisar, só de birra com eles] já é meio estranho. Depois de comprar o ingresso eu fiquei sem saber "E agora?". A tela nem dizia que eu ia receber um email nem nada. Estava esperando que o que eu tinha que imprimir fosse aparecer ali. E não ir no email ou voltar para a tela inicial e pesquisar pedidos feitos. Tive que ir no FAQ e por um rápido momento até achei que eles mandariam pelos Correios... Não foi não, o site funciona, mas é meio esquisitinho.
Então, malandro..., comprei pela internet, fui na entrada com o treco impresso e aí... Mandam-me para um canto, que eu disse que lá era a entrada para professores, mas me mandaram para lá mesmo assim. Lá me mandaram para o lado oposto, ao guichê preferencial para a troca dos ingressos comprados pela internet [porra, eu compro um 'evitador de fila', para então ter que entrar numa vila, para trocar o meu papel por outro, que eles rasgam e pronto?]; lá não tinha ninguém, mas do lado era o guichê dos idosos. Bem, preferencial é preferencial, então fiquei lá. Mas os velhinhos estavam demorando e o cara que me mandou para o 2º lugar me viu ali e falou para ir numa caixa normal. Eu fui, eles não podiam me atender, porque isso de ingresso pela internet era com a pessoa que tratava disso. E me explicaram onde era. Lá fui eu pro 4º lugar. Que era o lugar errado, a mulher mandou eu voltar e explicar para eles que eu tinha comprado pela internet. Quando eu disse para ela que isso eu já tinha feito, ela mandou eu procurar a encarregada. Que aí me levou mesmo para a fila dos idosos.
Eu fui bem atendido por todos. Nenhuma reclamação quanto ao tratamento. Mas PQP! Se o evento te dá a opção de comprar pela internet e imprimir o treco, não é para eu ter que ficar procurando guichê e entrar numa fila. Num canto. Sem ninguém atendendo. Pelo menos expliquem no site o que é para você fazer. Eu teria entrado mais rapidamente no lugar pegando a fila normal - que até que estava curta.
Ah, não vá com fome. Isso eu já esperava - por isso que fui depois do almoço, contudo, um pastel de carne por R$ 6? Eu tive que rir. Com o dobro do tamanho e da carne, e se bobear até com menos óleo, isso custa R$ 1,50 em qualquer chinês. Com mais R$ 1 ainda bebe-se caldo-de-cana. [ok, eu posso estar meio defasado de valores, mas uma coisa é certa, pastel + caldo, juntos, custam menos que R$ 6, eu como isso com relativa freqüência, e se não lembro o preço é porque é mesmo barato]
Com todos os problemas, para a garotada jovem ainda é um baita negócio. [eu ainda tenho alguns livros da minha primeira ida na Bienal] Acho que nem para eles a variedade de coisas era boa, mas qualquer coisa que incentive a leitura é bem-vinda. Mas se você passou dos 30 e é nerd... Buscapé, Bookfinder (ou o AddALL), Google e o Estante Virtual [no site, e não lá] valem mais a pena.
Veredicto: vou passar a dar ênfase às Feiras da Providência. Comprar carrancas, doces esquisitos, quem sabe até um CD de música típica andina...
Sairei do Riocentro mais satisfeito.
Porque a reclamação então? É que a última já não tinha me empolgado tanto. E essa agora empolgou menos. Vamos ao longo texto agora... [poder de síntese é algo que eu não tenho]
Minhas impressões sobre a Bienal do Rio 2013.
Variedade. Fiquei com a mesma sensação nas duas últimas que eu fui: com a impressão de que 1/3 de todo o lugar era de livros infantis, e mesmo os lugares genéricos ou baias do tipo "super saldão" o que mais tinha era coisa para criança - se muito, também para a geração Crepúsculo ou Rangers. O outro terço do lugar parecia tomado por livros religiosos [cacete! vi até um estande, pequeno, mas mesmo assim, específico para livros do L. Ron Hubbard, o pai daquela seita de retardados, chamada Cientologia] - e uma parte deste terço por algumas coisas muito específicas, que resolvi jogar no mesmo saco, como livros de Direito ou para concursos públicos. E finalmente, o que sobra... É aquilo que já vi ou vejo todo o tempo em todos os lugares. E geralmente por preços muito parecidos do mundo externo.
Agora... Escrevendo isso, eu comecei a me achar muito maléfico... Porque estou pensando aqui... E não teria como ser diferente. O que foi que eu não vi lá? Na verdade, acho que vi tudo que temos mesmo. O nosso mercado editorial é praticamente isso e acabou. Mas consigo pensar em algumas coisas que não vi por lá... Uma livraria que eu gosto no conceito, apesar de praticamente nunca comprar nada nela é a Blooks, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Muitos quadrinhos adultos, livros de arte, biografias, história mundial, política, até literatura de cordel já vi por lá. Eu me sinto até mais inteligente andando nela [e aí eu não compro nada e me lembro que de "cult" eu só tenho o jeitão, meu gosto é nerd do tipo menos popular, mas, não obstante, é pop]. Não vi nada parecido na Bienal. Até vi uns livros de arte lá e deu até pena das pessoas que estavam trabalhando ali. Deviam estar morrendo de tédio. Em compensação, nunca vi uma Saraiva tão cheia, e os preços mal tinham desconto...
A Livraria da Travessa ou a Livraria Cultura, por exemplos, a primeira até estava lá, mas praticamente invisível e sem a variedade costumeira, e a Cultura, que eu nem gosto tanto, mas sempre tem excelentes livros importados, nem estava. Já o Submarino estava. Pô, como assim?, se vale qualquer coisa que venda livro, na próxima terá estandes das Lojas Americanas e das Casas Bahia.
Mas então... Nosso mercado editorial, no geral, é mesmo uma coisa muito sem graça. Livro para criançada e aborrecentes e um pouquinho genérico para o resto. Na de 2011 pelo menos eu batia o olho em muita coisa que eu nunca tinha visto, pegava, e aí não me interessava. Mas tinha um pouco de novidade. Anotei alguns nomes para conferir depois na Internet até (que não sou louco de comprar qualquer coisa, só porque a capa e a descrição são legais). Essa... Não aconteceu. Ou a coisa tá feia, ou eu estou ficando muito exigente.
Agora, eu continuo pensando aqui... [de vez em quando é bom] E acho que posso reclamar deles sim. Alguma coisa tem que ser repensada para não ficar só uma baita repetição de livros iguais em tudo que é canto. A desgraça é que para fazer como seria perfeito, teria que ser tudo uma única coisa gigante, e aí nenhum vendedor conseguiria separar os livros dele dos outros e não daria certo... [hummm... eles deveriam colar etiquetas, e depois, pelo código de barras a organização do evento saberia o valor a repassar de cada uma] Nunca vai acontecer. Como foi, foi só como ir em um monte de site, só que ao vivo, e toda hora olhar os mesmos livros. E nem dava vontade de ficar comparando, porque eu não iria reatravessar o lugar todo de novo por causa de uns R$ 3.
Chamarizes e afins. Eu achei que tinham poucos, e 90% só para crianças. Eram só um monte de baias com um monte de livro. Um das editoras tinha um boneco do God of War em tamanho quase natural. Eu não gosto, mas ok, that's what I'm talking about! [that's what she said] Outra exceção (que agora estou na dúvida e acho que foi no mesmo lugar) foi um cartaz anunciando um livro do jogo Bioshock (não sabia que tinha livro). Até dei uma olhada, se estivesse a mão teria folheado. Mas chamava a atenção pelo menos. Tem o 1º capítulo disponível em inglês no site da Tor, conferirei. Ponto para a Bienal. É para isso que ela deveria servir, e não só ser um shopping.
A Panini era chamativa, mas deve ter sido mais porque o logotipo dela é amarelo do que qualquer outra coisa. Tinham umas pessoas fantasiadas (uma garota de cabelo roxo, desconheço o personagem). Mas não achei suficiente. Tinha que ter um dinossauro com 8 metros de altura em algum lugar. Sei lá.
A Devir, que é uma das salvações nerds nacionais, com muita coisa de FC, eu não vi nenhum deles lá. Nenhum dos livros, nenhum cartaz que desviasse o olhar. Não sei. Pareceu tudo meio feito de má vontade. "Deixa tudo aí, que o pessoal olha e se quiserem eles compram." (estou falando das exposição como um todo, e não da Devir).
Falando em FC até, senti falta da galera alternativa (ou tinha, mas estava escondido ou já tinha acabado). Cadê os livros da Estronho? Putz! Taí... Livraria Cultura nada, eu vou começar a olhar a Bienal com bons olhos de novo no dia que a Estronho tiver um estande. Porque as meninas precisam ler Instrumentos Mortais? Porque não Insanas... elas matam! ou SteamPink? Pelo menos os Kaori da Giulia Moon estavam lá.
E ao lado da Estronho, outro estande com os livros da Editora Draco (que acho que tinha em 2011) e da Argonautas. Eu nem gostei de nada do que li até agora da Não Editora, mas é outra que também poderia estar por lá. E não vi livros da Editora 34 desta vez. (mas neste caso, é até possível que estivesse lá sim, escondido em algum canto dos estandes tediosos).
Outra exceção, o estande da Zahar. Esse tinha muita coisa legal e BEM ARRUMADA, de forma que você batia o olho e pensava "Opa, deixa eu ver que parede é aquela." Só comprei 2 livros na Bienal, um deles eu já sabia que iria comprar, para pelo menos aproveitar o preço, e outro eu comprei na Zahar, completamente de surpresa, nem conhecia o livro - Contos de Fadas, Edição comentada e ilustrada - que estava numa promoção absurda (na verdade, o preço normal dele é que é absurdamente caro, mas isso é reclamação para outro dia). Fará par com a minha edição comentada do Alice, que lá também custava 3 vezes menos do que paguei...
Mudando de assunto, lembrar da Zahar (a melhor surpresa) me fez lembrar de uma decepção. O estande da Estante Virtual. Ok, nada no site dizia que teria livros lá. E, como o próprio nome diz, é uma livraria VIRTUAL. Mas cacete... Você está no site da Estante Virtual, e tem um anúncio te convidando para conhecer o estande deles lá, e aí você chega lá, e são computadores para visitar o site!! Traças me mordam! No site eu já estava!!! Eu não devia ter imaginado que teriam livros lá [virtual! virtual!], mas imaginei. Meu cérebro não concebeu a possibilidade do convite ser completamente ilógico.
Não sei, de repente eles podiam ter feito alguma parceria com alguns sebos e, pelo menos 1 vez por ano, não serem virtuais. Há muitos livros que os sebos têm que não estão cadastrados no site. Seria a chance de achar um desses.
Tinha uma fila lá, com um desafio: você tinha 1 minuto para achar um livro que eles não tinham. Se fosse menor, eu teria entrado. Nem precisaria de prêmio (não sei se tinha, e fiquei com preguiça de perguntar), mas justamente torcendo para eles terem livros ao vivo, ou mesmo algum outro estande-sebo (tinha 1), eu já tinha na minha carteira uma relação de 6 livros antigos, nacionais, que eu não acho a venda. Nem com eles. Seria legal, nem que fosse para ver a desculpa que seria criada ("ah, cof, cof, é que o desafio é para livros... a partir do ano tal! É isso! Pronto."). Mas fica chateado não, Estante Virtual, eu ainda amo vocês. [eles não têm culpa de eu ter imaginado algo contrário ao próprio nome deles. rs!]
E o sebo que tinha, infelizmente, era bem pequeno com bem pouca coisa. Tinham uns outros saldões lá, com alguns livros usados até, mas só coisa recente. E se algum dia alguém me vir comprando A Cabana ou 50 Tons de Cinza, chama o padre e me amarra... Que é possessão!
Por falar em sebo, os preços. Se você vai comprar muita coisa, algumas editoras tinham bons descontos, então, ok, vale mesmo a pena. Mas no final, eu comprei só 2 livros por falta de coisa interessante (ou que tenha me interessado na hora) e o que eu gastei com ingresso [ah, tenho que falar dele depois], pedágio, gasolina e estacionamento, zerou a vantagem e acabou ficando só pelo passeio. Isso pensando nos livros que tinham desconto. Um conhecido meu viu livro velho do Harry Potter por quase R$ 60. Na Devir eu vi Astro City por quase R$ 50 (tecnicamente, esse não está caro, é o velho problema acima, o preço normal é que é alto), mas o divertido deste é que eu vi a mesma revista lá em 2011. Ou seja, até hoje eles têm Astro City parcialmente (porque não são todos os volumes) em estoque mas ainda tentam vender pelo preço de coisa nova. Se ainda estivesse completo ou fosse uma raridade muito procurada... Mas pelo jeito não é. Vendessem por R$ 15 e eu comprava [eu tenho as americanas, não tenho a nacional justamente porque não quero ter pelo meio. Ou tudo ou nada.]. Mas dois gibis por R$ 100? Nem pensar.
Agora, o ingresso. Eu fui num momento menos tumultuado (2ª feira, depois do almoço), mas mesmo assim fiquei com medo de pegar fila, e resolvi comprar pela internet. Já começa que o site de vendas [que eu esqueci o nome e não vou pesquisar, só de birra com eles] já é meio estranho. Depois de comprar o ingresso eu fiquei sem saber "E agora?". A tela nem dizia que eu ia receber um email nem nada. Estava esperando que o que eu tinha que imprimir fosse aparecer ali. E não ir no email ou voltar para a tela inicial e pesquisar pedidos feitos. Tive que ir no FAQ e por um rápido momento até achei que eles mandariam pelos Correios... Não foi não, o site funciona, mas é meio esquisitinho.
Então, malandro..., comprei pela internet, fui na entrada com o treco impresso e aí... Mandam-me para um canto, que eu disse que lá era a entrada para professores, mas me mandaram para lá mesmo assim. Lá me mandaram para o lado oposto, ao guichê preferencial para a troca dos ingressos comprados pela internet [porra, eu compro um 'evitador de fila', para então ter que entrar numa vila, para trocar o meu papel por outro, que eles rasgam e pronto?]; lá não tinha ninguém, mas do lado era o guichê dos idosos. Bem, preferencial é preferencial, então fiquei lá. Mas os velhinhos estavam demorando e o cara que me mandou para o 2º lugar me viu ali e falou para ir numa caixa normal. Eu fui, eles não podiam me atender, porque isso de ingresso pela internet era com a pessoa que tratava disso. E me explicaram onde era. Lá fui eu pro 4º lugar. Que era o lugar errado, a mulher mandou eu voltar e explicar para eles que eu tinha comprado pela internet. Quando eu disse para ela que isso eu já tinha feito, ela mandou eu procurar a encarregada. Que aí me levou mesmo para a fila dos idosos.
Eu fui bem atendido por todos. Nenhuma reclamação quanto ao tratamento. Mas PQP! Se o evento te dá a opção de comprar pela internet e imprimir o treco, não é para eu ter que ficar procurando guichê e entrar numa fila. Num canto. Sem ninguém atendendo. Pelo menos expliquem no site o que é para você fazer. Eu teria entrado mais rapidamente no lugar pegando a fila normal - que até que estava curta.
Ah, não vá com fome. Isso eu já esperava - por isso que fui depois do almoço, contudo, um pastel de carne por R$ 6? Eu tive que rir. Com o dobro do tamanho e da carne, e se bobear até com menos óleo, isso custa R$ 1,50 em qualquer chinês. Com mais R$ 1 ainda bebe-se caldo-de-cana. [ok, eu posso estar meio defasado de valores, mas uma coisa é certa, pastel + caldo, juntos, custam menos que R$ 6, eu como isso com relativa freqüência, e se não lembro o preço é porque é mesmo barato]
Com todos os problemas, para a garotada jovem ainda é um baita negócio. [eu ainda tenho alguns livros da minha primeira ida na Bienal] Acho que nem para eles a variedade de coisas era boa, mas qualquer coisa que incentive a leitura é bem-vinda. Mas se você passou dos 30 e é nerd... Buscapé, Bookfinder (ou o AddALL), Google e o Estante Virtual [no site, e não lá] valem mais a pena.
Veredicto: vou passar a dar ênfase às Feiras da Providência. Comprar carrancas, doces esquisitos, quem sabe até um CD de música típica andina...
Sairei do Riocentro mais satisfeito.
sábado, 31 de agosto de 2013
Imperdoável e Incorruptível

/* Deixa eu já cortar aqui os dados técnicos e dizer, Irredimível seria uma tradução muito melhor. Imperdoável quer dizer que você não terá perdão. Mas você não precisa fazer nada depois do que você fez para ser perdoado.
[rezar algumas Ave-Marias talvez, se você for cristão]
Irredimível quer dizer que você não se redimirá. Para se redimir você precisa fazer algo. Por mais que ninguém vá perdoar o personagem pelo que ele fez também, a troca de títulos muda completamente a mensagem. */
Autor: Mark Waid (de Reino do Amanhã e Miss Hemoglobina)
Editora original: Boom! Studios (dos quadrinhos de Farscape)
Editora no Brasil: Devir (de Sin City e dos livros do Ender)
Edições/páginas: 37+1 / aprox. 840 -- Ano: 2009-2012
Podem ler, é sem spoilers. Pelo menos não descarado. Sei lá.
Pois então, vi outro dia a notícia que isso seria finalmente publicado no Brasil [achei que tinha sido ouvindo o MRG ou no Omelete, mas acabei de achar a notícia no JN, dever ter sido lá então] e resolvi checar a quantas andava o quadrinho.
Esbarrei nele muito tempo atrás, lendo algum outro do Mark Waid, achei a idéia interessante, li os primeiros, e como era uma minissérie, resolvi acompanhar. Na verdade, depois eu fiquei com a impressão de que em lugar nenhum eu li que isso era uma minissérie. Eu acho que concluí isso só porque a capa da primeira revista era "I", a da segunda tinha um "R", depois outro "R", e assim por diante, e meu cérebro racionalizou que a história acabaria quando completasse a palavra. Que tem 12 letras, uma quantidade normal de edições de minisséries, que assim duram 1 ano bonitinho.

Ok, eu acabo perdendo tempo falando essas inutilidades [mas agora que já digitei... ah, não apago!, digitar é muito chato] Falemos da história.
Se vai mesmo sair em português, daqui a pouco tem gente pesquisando para saber se vale a pena. Resumindo: vale! Mas com ressalvas.
A história, como originalmente vendida, é: e se o Super-Homem ficasse mau.
[Superman é o cacete!]
O que temos é um sujeito, que nada mais é que o Super-Homem com uma roupa diferente e loiro, chamado Plutoniano (lá perto das últimas edições o nome é explicado).
Um certo dia, o cara surta, destrói
Pois é.
A história segue daí, com os amigos tentando descobrir o que diabos aconteceu, como reverter, ou, se tudo o mais falhar, como pará-lo. Na verdade, nessa hora eles até percebem que o cara nunca foi muito de contar coisas pessoais.
E aí nessa parte, logo na primeira edição, já começa um problema da história. Ela não durou as 12 edições que imaginei, mas com tanto personagem, sub-enredos, etc, acho que 40 edições [já explico essa qtd] foi pouco.

O que aconteceu é que temos tantos personagens, com várias linhas, rixas, histórias pessoais, planos, até brigas de casal e etc, que muita coisa acabou sendo largada no meio. Ou ficamos curiosos e pronto, nada saiu dali.
Há coisas interessantes. Perto do final um grupo de super-heróis está buscando uma solução alternativa para o problema... Que não dá em nada. Outro herói simplesmente chega e diz "Opa, peraí, vocês não sabiam, mas eu estava bolando outra idéia". E pronto. Páginas e páginas de história "jogadas fora". O leitor acompanhou a outra idéia, estava nas outras páginas. Mas os outros personagens não. Eles não estavam acompanhando a história em forma de gibi.
Achei isso legal, aceitei na boa porque acontece no mundo real. Planos mudam e surpresas acontecem. Eu não quero explicações para tudo. Vi gente reclamando que o passado do "Lex Luthor" deles não foi explicado. Grandes coisa. Tem dois personagens, por exemplo, que usam uma máscara em parte do rosto, estilo Fantasma da Ópera, mas em todos os flashbacks eles não usam. Ó meu deus... Por que será?!?!
Dane-se! Foram anos combatendo o crime, isso deve machucar de vez em quando.
[ATUALIZAÇÃO: parece que na história foi, sim, mostrado a razão das máscaras - ou eu esqueci ou na hora não notei que aquilo era a causa. Mas tudo bem, o exemplo foi para o cacete, mas o princípio da coisa está valendo.]
Pô, imagina o tempo perdido se fossem explicar tudo... Eu lembro que Astro City resumiu toda a Crise nas Infitas Terras em 1 página dupla. E 70% da arte era uma só cena. Isso é coisa de profissional!
No link acima não tem a imagem que eu falei, que era o que eu estava procurando, mas explica +/- a história. Para quem não sabe o que é Astro City, não sabe o que é um quadrinho bom. Eu não lacrimejei como o cara do texto, mas senti um arrepio de emoção bem afeminado, isso eu senti. Putz, dois quadros, um cara de capuz que nem vemos o rosto. E duas frases. Cacete, muito foda. [e a boa notícia é que Astro City voltou!]
Nem preciso ir muito longe, com gibis que vocês não devem ter lido, o próprio Reino do Amanhã, clássico absurdo da DC e do mesmo sujeito, a gente não fica sabendo a origem de cada vilão ou herói do futuro. Estão lá e pronto.
...

Ex.: 1ª revista; eles estão tentando juntar as peças do passado do Plutoniano; e uma das heroínas diz: "Ele mencionou uma vez uma namorada... uma tal de Ana... Alana..."
Algumas revistas depois vemos que o namoro do cara não era algo para ser lembrando do tipo "uma vez", "uma tal de". O namoro dele saiu em todas as TVs! A mulher virou sensação mundial! "A Lady Di da América" nas palavras do noticiário local e o cacete!
Ela até podia não lembrar o nome da sujeita, mas não ter uma vaga sensação de que ele namorou uma vez e falar isso para os outros como se eles não soubessem.
Ou o cara mudou de idéia sobre como tratar a namorada ""secreta"" no meio do caminho, ou ficou mal explicado. Seria como a Mulher-Maravilha (pré-Novos 52, não sei como está isso hoje) virar pro Batman e perguntar "Acho que o Super namorou uma tal de Lois Lane. Já ouviu falar dela?" e ele responder "Não."
Mais coisas estranhas: os poderes de um outro personagem sofreram DUAS reviravoltas... Na verdade, não sofreram, e aí que ficou duplamente mal explicado. A propósito, o que foi que o telepata leu na mente dele que o assustou tanto, e ainda assustou um dos mocinhos também?
Mas claro, há várias reviravoltas interessantes e muitas idéias legais aqui e ali. Não é algo muito cerebral - o termo reviravolta soa meio dramático demais e parece algo mais grandioso do que é - mas divertiu. Sentei o rabo e li todas as 68 revistas [já explico essa qtd] em 3 dias. [e entre elas eu joguei Civilization V, ô joguinho maldito para te fazer perder a noção do tempo.]

Então... Se você esta lendo isso porque a Devir lançou, em sei lá quantos encadernados, possivelmente custando 49,99 e quer saber se vale a pena? Por esse preço, lembrando que provavelmente serão 4 ou 5 encadernados... Eu não compraria. Estou até hoje no dilema moral de comprar todos os Sin City, por causa do valor. [e ou eu compro todos, ou nenhum]. Mas a história prendeu a atenção, mesmo tendo ficado menos séria do que eu esperava e mesmo sendo muito mais longa do que deveria e, em sendo, ser mais curta do que deveria também.
Ah, e o final? Para quem já leu... Vamos dizer que seja arrogantemente poético por parte do escritor. O personagem imperdoável consegue o seu perdão, mas não das pessoas que ele esperava, e realmente estava complicado imaginar como terminaria a história sem foder com o sujeito ou sem ele ganhar uma estátua e uma tia levando um suco de limão enquanto ele ajudava com a reconstrução do mundo. "Toma aqui meu filho... Matar aquelas 15 milhões de pessoas foi feio, mas está muito calor hoje e pelo menos você está ajudando agora." Não. Qualquer final genérico para o sujeito seria um final ruim. Mas ao mesmo tempo... Mesmo gostando... A minha reação na hora foi "Ah, fala sério!"
Agora, explicando como é que eu li 40 edições de uma revista que durou 37, e não satisfeito, ainda disse que todas juntas somam 68.
A Irredeemable durou 37 edições mas teve também edição especial, com 3 histórias soltas de origens. Duas de personagens da série e uma terceira de outra revista. E há uma história em 4 partes, que 2 delas são na tal outra.
E aí entram as demais 30 das 68: a Incorruptível

Edições/páginas: 30 / aprox. 670
No mundo do Plutoniano existe um vilão chamado Dano Máximo (Max Damage, e imagino que não vão traduzir os nomes no Brasil, mas se alguma coisa eu aprendi com Tom Cruise, foi dizer "Dane-se") [nã... mentira, não foi com ele não, mas lembrei disso agora e foi divertido fazer a referência], que, inicialmente, é talvez o único sujeito que consegue ir mano-a-mano com o ex-mocinho (ainda que não tão perigoso quanto o Modeus, o Lex Luthor deles).
Contudo, ele não chega a ser um supervilão, no sentido de que ele não tenta dominar o mundo. Ele é só um ladrão superforte e invulnerável. Mas também não é só um mocinho incompreendido, com amigos ruins, ele é um vilão filho-da-puta mesmo. Que mata inocentes e pronto, e também não vê problema em ajudar outros que o farão em escala ainda maior. E anda por aí com sua peituda parceira menor de idade que usa um colante preto, a Chave-de-Cadeia (Jailbait no original), que não tem poderes. E sim, ele comeu. Mas, talvez, para não ofender a sensibilidade dos leitores, em nada ela parece menor de idade. A única parte em que eu tive um leve "putz" foi na capa alternativa da primeira edição, em que o cara parece muito mais velho (quase 60) e ela parece muito menos (uns 13). A capa é essa. Em todo o resto ele parece ter uns 35 e ela uns 25.
E aí começa nossa história... O Plutoniano surta, destrói uma cidade inteira matando todo mundo... E o Max fica tão bolado, que "surta" no sentido oposto e resolve virar mocinho. Não mata mais, joga fora o dinheiro dos crimes (nem o usa para fazer o bem nem nada, porque aquele dinheiro estava sujo) e até para de comer sua parceira (que reclama repetidas vezes com ele por causa disso) por ela não ter 18 anos ainda.
E aí temos mais 30 revistas no mesmo universo, focando no Max tentando fazer o bem no microcosmos dele, a cidade Coalville, metendo a porrada em alguns antigos companheiros, ajudando pessoas que ele quase matou (umas das personagens do Irredeemable acaba realmente ficando útil nessa revista, ao invés de na outra), contando com a ajuda de um dos poucos policiais que restaram e fazendo alianças estranhas. Mas sempre pensando no bem da cidade e seguindo à risca (tentando pelo menos) seu recém adquirido código moral, até exagerando as vezes.

A quantidade de absurda de artistas fica legal nas capas. Muitas capas alternativas. Deu um baita trabalho escolher as das postagem. E de duas, passou para 4, depois para 7. Não resisti. E nem são as melhores, mas queria também variar, para não ficar Plutoniano demais. Se bem que as duas do Incorruptível ficaram parecidas, mas tinha que ter a primeira, claro, e a outra é uma das minhas preferias. Há outras muito boas, mas que na hora de reduzir a imagem ficavam ruim de entender.
Essa revista começou melhor e depois ficou mais confusa, com jeitão de revista mensal, só que sem muito tempo para as histórias serem trabalhadas. Algumas partes beiraram o incompreensível de tão corridas perto do final. E os vilões são mais galhofados também. Mas não é ruim, se você for ler a original, leia essa também. Na pior hipótese, estica a história. E os personagens fazem um rápido crossover mais para frente (ainda que não seja obrigatório ler as partes da história das duas revistas, melhora assim).
É divertida também, principalmente pela relação entre o sujeito e suas parceiras. Podem ler. Eu não vou recomprar traduzida nem encadernada, mas para quem não achar caro e não conhecer, está valendo e recomendo.

ComicPod #110 – Irredeemable
Mas atenção: o programa é spoiler do começo ao fim.
Para quem ficou curioso com as revistas, mas quer spoilers para decidir se lê ou não, fica a sugestão. Parece estranho, mas muito quadrinho, livro ou filme eu só fui ter vontade de ler ou ver depois de saber como a história terminava e, aí sim, eu dava algum crédito para ela e resolvia descobrir como ela chegou até ali. [e digitar isso deu espaço para mais uma capa. rs!! que não é das mais artísticas, mas eu gostei dela - tem o clima da revista e tem a Jailbait]
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Elisabeth Schwarzkopf
Depois de musas de TV, cinema, e video-game, estava na hora de uma musa musical.
E quem é a sujeita? Elisabeth Schwarzkopf foi uma soprano de sucesso entre os anos 40 e 70. Nascida na Prússia, começou a fazer seu nome na Alemanha em plena 2ª Guerra Mundial e logo em seguida na Áustria, onde morreu em 2006. Ela é famosa, vão no Google para mais do que isso.
Bem, ela não é bem uma musa do site porque não sabia nada sobre ela, fora o rosto em 1 única foto (a ao lado) [clique para ver a original] até alguns instantes atrás. Mas está valendo, ela pareceu ser uma mulher interessante até onde li. [e na dúvida sobre se ela era nazista mesmo ou não, eu sempre primeiro confio no que a dama disser, e como ela morreu, eu não vou poder perguntar nada a ela... assunto encerrado]. E eu também não queria criar uma tag nova.
Contudo... Não foi por isso que resolvi que era hora de postar foto de mulher novamente. Falei muitas postagens atrás sobre uma viagem que eu fiz. Estava revendo as fotos [isto é, finalmente arrumando] e passei por uma foto que eu bati de uma outra foto num teatro de Viena (novamente, essa acima; que diga-se de passagem, encontra-se a venda, provavelmente bem menor, claro, a do museu tinha quase 1 metro). Também bati uma foto da plaquinha, dando o nome das duas cantoras e no que elas estavam participando (As Bodas de Fígaro, clique para a gravação da época). A outra é a Christa Ludwig, caso interesse. Tem uma foto melhor dela com a Elisabeth aqui.
Eu bati a foto pelo meu interesse em óperas? Queria dizer que sim, mas não foi não. [apesar de sim, eu apreciar um bom canto lírico] Eu bati só porque achei ela bem bonita. E quando joguei o nome dela no Google agora, mais de 1 ano depois de feita a fotografia, eu descobri o porquê! [e vi que sou um sujeito muito previsível mesmo...]
Então, unindo várias postagens minhas num gigantesco ciclo de falta do que fazer...
Temos a postagem sobre a viagem, a postagem onde elogio a beleza de uma atriz atual, a postagem onde eu digo que vou postar mais musas em P&B das antigas, e a postagem onde eu descubro algo parecido (e uma possível razão subliminar de achar uma outra atriz muito bonita).
Pois então... Descobri que a Elisabeth é a cara da Kirsten Dunst!

E não estou sozinho, porque achei pelo menos 2 sites (esse e esse) com outros achando a mesma coisa. Ok, dois sites em toda a Internet é uma amostragem de merda. E um deles fala isso baseado na mesma foto acima. [além das duas fotos nos links, ela parece também a Dunst na capa deste disco] [adendo: se você for atrás deste disco, de 1965, saiba que ele tem um tom mais dramático do que a gravação de 1953, recomendo esta segunda] Mas pouco me importa os poucos sites. A razão da postagem foi só porque foi divertido perceber a semelhança entre elas.
E foto de mulher bonita sempre enfeita o blog.
E quem é a sujeita? Elisabeth Schwarzkopf foi uma soprano de sucesso entre os anos 40 e 70. Nascida na Prússia, começou a fazer seu nome na Alemanha em plena 2ª Guerra Mundial e logo em seguida na Áustria, onde morreu em 2006. Ela é famosa, vão no Google para mais do que isso.
Bem, ela não é bem uma musa do site porque não sabia nada sobre ela, fora o rosto em 1 única foto (a ao lado) [clique para ver a original] até alguns instantes atrás. Mas está valendo, ela pareceu ser uma mulher interessante até onde li. [e na dúvida sobre se ela era nazista mesmo ou não, eu sempre primeiro confio no que a dama disser, e como ela morreu, eu não vou poder perguntar nada a ela... assunto encerrado]. E eu também não queria criar uma tag nova.
Contudo... Não foi por isso que resolvi que era hora de postar foto de mulher novamente. Falei muitas postagens atrás sobre uma viagem que eu fiz. Estava revendo as fotos [isto é, finalmente arrumando] e passei por uma foto que eu bati de uma outra foto num teatro de Viena (novamente, essa acima; que diga-se de passagem, encontra-se a venda, provavelmente bem menor, claro, a do museu tinha quase 1 metro). Também bati uma foto da plaquinha, dando o nome das duas cantoras e no que elas estavam participando (As Bodas de Fígaro, clique para a gravação da época). A outra é a Christa Ludwig, caso interesse. Tem uma foto melhor dela com a Elisabeth aqui.
Eu bati a foto pelo meu interesse em óperas? Queria dizer que sim, mas não foi não. [apesar de sim, eu apreciar um bom canto lírico] Eu bati só porque achei ela bem bonita. E quando joguei o nome dela no Google agora, mais de 1 ano depois de feita a fotografia, eu descobri o porquê! [e vi que sou um sujeito muito previsível mesmo...]
Então, unindo várias postagens minhas num gigantesco ciclo de falta do que fazer...
Temos a postagem sobre a viagem, a postagem onde elogio a beleza de uma atriz atual, a postagem onde eu digo que vou postar mais musas em P&B das antigas, e a postagem onde eu descubro algo parecido (e uma possível razão subliminar de achar uma outra atriz muito bonita).
Pois então... Descobri que a Elisabeth é a cara da Kirsten Dunst!

E não estou sozinho, porque achei pelo menos 2 sites (esse e esse) com outros achando a mesma coisa. Ok, dois sites em toda a Internet é uma amostragem de merda. E um deles fala isso baseado na mesma foto acima. [além das duas fotos nos links, ela parece também a Dunst na capa deste disco] [adendo: se você for atrás deste disco, de 1965, saiba que ele tem um tom mais dramático do que a gravação de 1953, recomendo esta segunda] Mas pouco me importa os poucos sites. A razão da postagem foi só porque foi divertido perceber a semelhança entre elas.
E foto de mulher bonita sempre enfeita o blog.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Europa Report
Nome original: Europa Report
Duração: 1h29min -- Ano: 2013 -- Trailer -- Site Oficial
De: Sebastián Cordero (de Ratos e Rueiros)
Com: Anamaria Marinca (o mais próximo que cheguei de notá-la foi numa ponta de Doctor Who), Michael Nyqvist (de Arn: O Cavaleiro Templário) [bom filme], Daniel Wu (de Tai Chi 0) [putz! vi o trailer desse filme faz muito tempo e depois esqueci de checar se já tinha sido lançado! cliquem no link e vejam o trailer, show de bola!], Embeth Davidtz (de O Homem Bicentenário) [adoro esse filme!], Karolina Wydra (de Rebobine, Por Favor) [gatinha], Sharlto Copley (o ator principal do Distrito 9 e o piloto aloprado do Esquadrão Classe A), Dan Fogler (o gordinho de Fanboys) e Christian Camargo (de algum dos Crepúsculos, mas esse cara entra mudo e sai calado do filme).
Para quem estava sem um filme no estilo para ver desde Lunar... Finalmente um hard SF (uma ficção científica dura, se preferirem) decente. Se vocês gostam do estilo, parem tudo e vejam. Eu espero.
Estava eu no iO9 vendo um link, cliquei em outro parecido, do mesmo autor (acho que autora... não consegui reencontrar a página - droga! - porque agora eu queria finalmente lê-la). Estava lendo o texto e a pessoa falou algo do tipo "... isso posto, deixem-me usar Europa Report como exemplo. Se você não viu o filme, melhor voltar depois." E pronto, como o assunto estava interessante, isso foi o suficiente para me deixar curioso. Vi o trailer que não mostrava nada realmente (isso é bom!) [na verdade, o trailer até te induz numa direção meio errada, que me fez pensar em O Enigma do Horizonte] e cá estou.
Não ia esperar passar no cinema porque...Ah, não vai passar por aqui mesmo. Ainda mais que o filme estreou na internet, oficialmente, e antes! - está no iTunes e num tal de Magnolia On Demand.
Mas é isso, já vi. E vi sem saber nada sobre o filme. Excelente. Algum dia vou radicalizar e só ver filme sem saber nada.
Não tinha noção se o filme seria "todo" zen estilo Lunar, se iria degringolar num estilo Apollo 18, ou se iria mesmo dar uma de Event Horizon.
E não... nada disso. O filme não sofreu do Complexo Sunshine. O filme inteiro é como se fosse 2001 antes do HAL enlouquecer, o Lunar antes da descoberta (e como se ambos não tivessem robôs falantes) ou até mesmo o Alerta Solar antes do "zumbi espacial".
Explicando logo melhor, o filme é totalmente (na medida do possível), realista. Seis astronautas, numa nave, indo visitar Europa, o satélite de Júpiter.
No meio do caminho eles perdem a comunicação e um dos tripulantes, ficam com a séria decisão de continuar com a missão ou voltar - já que dali em diante eles estariam totalmente sós - e resolvem ir em frente. Não teriam como comunicar nada que eventualmente descobrissem, mas tudo bem, eles contam na volta.
A missão: procurar vida nos mares subterrâneos [subgelâneos?] de Europa.
E é isso. Ia escrever que o filme segue o estilo Bruxa de Blair, mas é mentira. Está mais para o Chronicle/Poder sem Limites. Em quase nenhuma cena alguém está falando para a câmera propositalmente. O filme é no esquema "gravações encontradas", mas porque tudo na nave é gravado mesmo. Claro, para não nos perturbar com ângulos esquisitos, a tal nave tem câmeras para tudo que é lado. Então você nem percebe que não tem nenhum cameraman andando ou se mexendo em momento algum - todas as cenas são gravadas de um ponto fixo; exceto quando é a visão da roupa de alguém.
E temos algumas cenas (poucas) com a equipe da Terra, pois o filme é vagamente como se fosse um documentário sobre os rolos que a missão enfrentou. Assumindo, claro, que nada ali fosse classificado como super-secreto e que nunca viria ao público.
O filme segue aquele esquema clássico de já começar no "Deu merda!", aí voltamos no tempo, vemos o princípio de tudo e como era quando tudo era bolinho, aí chegamos no estrume propriamente dito, e continua, mostrando o que aconteceu depois. Com alguns rápidos flashbacks aqui e ali.
Temos bons personagens. Nada muito caricato, mas sim, é a "tripulação ONU", temos um chinês, uma russa, sobrenomes europeus com ar de países diferentes, e uma mulher que tem nome latino e francês de um golpe só; mas, curiosamente, nenhum negro. O politicamente correto deles só foi até um certo ponto. Nada contra, claro, mas irrita quando você tem aquela sensação de que forçaram a barra para agradar a todos (ou não-ofender ninguém, nesse mundo de gente super sensível). [o que me faz lembrar da tripulação da Voyager! ô coisa ridícula tentando ter todas as variedades possíveis e imagináveis de clichês, todos ao mesmo tempo; melhor nem entrar nesse assunto.]
Mas... no mundo real provavelmente seria tanto dinheiro gasto mesmo, que todos os países participantes iriam tentar ter um astronauta deles lá.
Voltando ao assunto. Bem... Voltando ao assunto descubro que não tenho mais nada para dizer. É um filme paradão, mas que te deixa com um bom suspense. Você sabe que dará problema (ou até mesmo, sabe que já deu) e fica esperando para ver como eles acontecerão. Não só isso faz o filme passar rápido, como ele é rápido mesmo, tem 89 minutos - e nem parece que é tão curto.
A história é simples mesmo, é uma missão que teve problemas. Não dá para falar muito. Mas é bom. Bom mesmo! Ignorem o trailer se vocês viram e acharam que seria algum tipo de filme de terror. Até o Omelete chama o filme de 'horror espacial'.
E pensando agora, só consigo pensar em duas reclamações. E só uma delas posso dizer sem dar spoiler.
Eles perderam a comunicação com a Terra. Ok. Mas seria isso mesmo possível?
As Voyagers estão até hoje transmitindo e o rádio delas tem tecnologia de várias décadas. Será que numa nave inteira, peças de alta tecnologia para todos os lados, não teria NADA que alguém pudesse dizer "Ei... se a gente pegar isso, mudar aqui, falar ali e virar na direção da Terra, alguém vai captar!" E o problema nem era tempo: eles ficaram quase 1 ano sem comunicação. [importante: acabei de checar e não é tão simples assim recebermos o sinal da Voyager não. Mas dane-se! eles estão no futuro!]
Agora... Só uma dica. Quem não é nerd não vai entender. E quem é, eu não vou querer estragar o filme justo para meus "colegas de vocação". Mas não posso deixar de citar. Na hora que deu o estalo eu queria ter me virado para uma eventual namorada nerd ao meu lado, sacudido ela pelo ombros e gritado: AHA! Arthur Clarke. 2010. Chineses! [daí ela arregalaria os olhos em reconhecimento, abriria um belo sorriso e diria "Tem razão!"] [e depois ela brigaria comigo, pois depois de terminar o filme já estou aqui faz três horas blogando e lendo sobre ele] Não explica nada para quem não leu o livro, mas a inspiração pareceu bem clara.
Todavia, em nada tira o mérito do filme.
Terminando... Algumas resenhas.
A maioria em inglês, que em bom portuga não achei quase nenhuma ainda.
Europa Report...
io9: ... is a space opera that gets it right. [* comentário nerd mais abaixo]
Momentum Saga: ... é um prato cheio para quem curte uma ficção científica plausível.
Space: ... is a beautiful and terrifying movie.
Screen Rant: ... does manage to present a pretty good indie movie experience.
(mas foi a resenha que menos gostou. Pô, compara o filme ao Sunshine, justamente o oposto do que eu disse, rs!)
Variety: ... is a reasonably plausible and impressively controlled achievement.
[* = eles estão usando o termo Space Opera de forma errada, hein!]
E agora é torcer para ser lançado em cinema por aqui. Mas se Yamato não foi [estou devendo essa resenha até hoje], Firefly só passou em Mostras e até Scott Pilgrim penou... Todos com muito mais apelo... Um pseudo-documentário científico não deve ter lá grande chance. Com sorte algum distribuidor é enganado pelo trailer e lança achando que é um Atividade Paranormal no Espaço.
ATUALIZAÇÃO EM JUNHO/2014: acabei de descobrir que o filme ganhou um título nacional depois. Putz... É muita ofensa à inteligência alheia (ou preguiça de bolar algo diferente legal). Custava apenas ser "O Relatório Europa"? Mas nããããoooo.... O filme ganhou o detestável nome de "Viagem à Lua de Júpiter". [eu nunca o chamarei assim outra vez, está aqui só para quem procurar por este título no Google]
Putz, seria como chamar o Lunar de "Trabalhando no espaço", Alien, o 8º Passageiro de "Bicho solto na nave espacial" ou, porque não?, 2001, Uma Odisséia no Espaço de "Viagem à Órbita de Júpiter". Muito, muito ruim!
Duração: 1h29min -- Ano: 2013 -- Trailer -- Site Oficial
De: Sebastián Cordero (de Ratos e Rueiros)
Com: Anamaria Marinca (o mais próximo que cheguei de notá-la foi numa ponta de Doctor Who), Michael Nyqvist (de Arn: O Cavaleiro Templário) [bom filme], Daniel Wu (de Tai Chi 0) [putz! vi o trailer desse filme faz muito tempo e depois esqueci de checar se já tinha sido lançado! cliquem no link e vejam o trailer, show de bola!], Embeth Davidtz (de O Homem Bicentenário) [adoro esse filme!], Karolina Wydra (de Rebobine, Por Favor) [gatinha], Sharlto Copley (o ator principal do Distrito 9 e o piloto aloprado do Esquadrão Classe A), Dan Fogler (o gordinho de Fanboys) e Christian Camargo (de algum dos Crepúsculos, mas esse cara entra mudo e sai calado do filme).
Para quem estava sem um filme no estilo para ver desde Lunar... Finalmente um hard SF (uma ficção científica dura, se preferirem) decente. Se vocês gostam do estilo, parem tudo e vejam. Eu espero.
Estava eu no iO9 vendo um link, cliquei em outro parecido, do mesmo autor (acho que autora... não consegui reencontrar a página - droga! - porque agora eu queria finalmente lê-la). Estava lendo o texto e a pessoa falou algo do tipo "... isso posto, deixem-me usar Europa Report como exemplo. Se você não viu o filme, melhor voltar depois." E pronto, como o assunto estava interessante, isso foi o suficiente para me deixar curioso. Vi o trailer que não mostrava nada realmente (isso é bom!) [na verdade, o trailer até te induz numa direção meio errada, que me fez pensar em O Enigma do Horizonte] e cá estou.
Não ia esperar passar no cinema porque...Ah, não vai passar por aqui mesmo. Ainda mais que o filme estreou na internet, oficialmente, e antes! - está no iTunes e num tal de Magnolia On Demand.
Mas é isso, já vi. E vi sem saber nada sobre o filme. Excelente. Algum dia vou radicalizar e só ver filme sem saber nada.
Não tinha noção se o filme seria "todo" zen estilo Lunar, se iria degringolar num estilo Apollo 18, ou se iria mesmo dar uma de Event Horizon.
E não... nada disso. O filme não sofreu do Complexo Sunshine. O filme inteiro é como se fosse 2001 antes do HAL enlouquecer, o Lunar antes da descoberta (e como se ambos não tivessem robôs falantes) ou até mesmo o Alerta Solar antes do "zumbi espacial".
Explicando logo melhor, o filme é totalmente (na medida do possível), realista. Seis astronautas, numa nave, indo visitar Europa, o satélite de Júpiter.
No meio do caminho eles perdem a comunicação e um dos tripulantes, ficam com a séria decisão de continuar com a missão ou voltar - já que dali em diante eles estariam totalmente sós - e resolvem ir em frente. Não teriam como comunicar nada que eventualmente descobrissem, mas tudo bem, eles contam na volta.
A missão: procurar vida nos mares subterrâneos [subgelâneos?] de Europa.
E é isso. Ia escrever que o filme segue o estilo Bruxa de Blair, mas é mentira. Está mais para o Chronicle/Poder sem Limites. Em quase nenhuma cena alguém está falando para a câmera propositalmente. O filme é no esquema "gravações encontradas", mas porque tudo na nave é gravado mesmo. Claro, para não nos perturbar com ângulos esquisitos, a tal nave tem câmeras para tudo que é lado. Então você nem percebe que não tem nenhum cameraman andando ou se mexendo em momento algum - todas as cenas são gravadas de um ponto fixo; exceto quando é a visão da roupa de alguém.
E temos algumas cenas (poucas) com a equipe da Terra, pois o filme é vagamente como se fosse um documentário sobre os rolos que a missão enfrentou. Assumindo, claro, que nada ali fosse classificado como super-secreto e que nunca viria ao público.
O filme segue aquele esquema clássico de já começar no "Deu merda!", aí voltamos no tempo, vemos o princípio de tudo e como era quando tudo era bolinho, aí chegamos no estrume propriamente dito, e continua, mostrando o que aconteceu depois. Com alguns rápidos flashbacks aqui e ali.
Temos bons personagens. Nada muito caricato, mas sim, é a "tripulação ONU", temos um chinês, uma russa, sobrenomes europeus com ar de países diferentes, e uma mulher que tem nome latino e francês de um golpe só; mas, curiosamente, nenhum negro. O politicamente correto deles só foi até um certo ponto. Nada contra, claro, mas irrita quando você tem aquela sensação de que forçaram a barra para agradar a todos (ou não-ofender ninguém, nesse mundo de gente super sensível). [o que me faz lembrar da tripulação da Voyager! ô coisa ridícula tentando ter todas as variedades possíveis e imagináveis de clichês, todos ao mesmo tempo; melhor nem entrar nesse assunto.]
Mas... no mundo real provavelmente seria tanto dinheiro gasto mesmo, que todos os países participantes iriam tentar ter um astronauta deles lá.
Voltando ao assunto. Bem... Voltando ao assunto descubro que não tenho mais nada para dizer. É um filme paradão, mas que te deixa com um bom suspense. Você sabe que dará problema (ou até mesmo, sabe que já deu) e fica esperando para ver como eles acontecerão. Não só isso faz o filme passar rápido, como ele é rápido mesmo, tem 89 minutos - e nem parece que é tão curto.
A história é simples mesmo, é uma missão que teve problemas. Não dá para falar muito. Mas é bom. Bom mesmo! Ignorem o trailer se vocês viram e acharam que seria algum tipo de filme de terror. Até o Omelete chama o filme de 'horror espacial'.
E pensando agora, só consigo pensar em duas reclamações. E só uma delas posso dizer sem dar spoiler.
Eles perderam a comunicação com a Terra. Ok. Mas seria isso mesmo possível?
As Voyagers estão até hoje transmitindo e o rádio delas tem tecnologia de várias décadas. Será que numa nave inteira, peças de alta tecnologia para todos os lados, não teria NADA que alguém pudesse dizer "Ei... se a gente pegar isso, mudar aqui, falar ali e virar na direção da Terra, alguém vai captar!" E o problema nem era tempo: eles ficaram quase 1 ano sem comunicação. [importante: acabei de checar e não é tão simples assim recebermos o sinal da Voyager não. Mas dane-se! eles estão no futuro!]
Agora... Só uma dica. Quem não é nerd não vai entender. E quem é, eu não vou querer estragar o filme justo para meus "colegas de vocação". Mas não posso deixar de citar. Na hora que deu o estalo eu queria ter me virado para uma eventual namorada nerd ao meu lado, sacudido ela pelo ombros e gritado: AHA! Arthur Clarke. 2010. Chineses! [daí ela arregalaria os olhos em reconhecimento, abriria um belo sorriso e diria "Tem razão!"] [e depois ela brigaria comigo, pois depois de terminar o filme já estou aqui faz três horas blogando e lendo sobre ele] Não explica nada para quem não leu o livro, mas a inspiração pareceu bem clara.
Todavia, em nada tira o mérito do filme.
Terminando... Algumas resenhas.
A maioria em inglês, que em bom portuga não achei quase nenhuma ainda.
Europa Report...
io9: ... is a space opera that gets it right. [* comentário nerd mais abaixo]
Momentum Saga: ... é um prato cheio para quem curte uma ficção científica plausível.
Space: ... is a beautiful and terrifying movie.
Screen Rant: ... does manage to present a pretty good indie movie experience.
(mas foi a resenha que menos gostou. Pô, compara o filme ao Sunshine, justamente o oposto do que eu disse, rs!)
Variety: ... is a reasonably plausible and impressively controlled achievement.
[* = eles estão usando o termo Space Opera de forma errada, hein!]
E agora é torcer para ser lançado em cinema por aqui. Mas se Yamato não foi [estou devendo essa resenha até hoje], Firefly só passou em Mostras e até Scott Pilgrim penou... Todos com muito mais apelo... Um pseudo-documentário científico não deve ter lá grande chance. Com sorte algum distribuidor é enganado pelo trailer e lança achando que é um Atividade Paranormal no Espaço.
ATUALIZAÇÃO EM JUNHO/2014: acabei de descobrir que o filme ganhou um título nacional depois. Putz... É muita ofensa à inteligência alheia (ou preguiça de bolar algo diferente legal). Custava apenas ser "O Relatório Europa"? Mas nããããoooo.... O filme ganhou o detestável nome de "Viagem à Lua de Júpiter". [eu nunca o chamarei assim outra vez, está aqui só para quem procurar por este título no Google]
Putz, seria como chamar o Lunar de "Trabalhando no espaço", Alien, o 8º Passageiro de "Bicho solto na nave espacial" ou, porque não?, 2001, Uma Odisséia no Espaço de "Viagem à Órbita de Júpiter". Muito, muito ruim!
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Guerra Mundial Z (o filme)
Nome original: World War Z
Duração: 1h56min -- Ano: 2013 -- Trailer
Baseado em um livro de: Max Brooks
De: Marc Forster (de vários filmes bons e de Quantum of Solace, porque errar é humano)
Com: William Bradley Pitt [fiquei curioso de como era o nome dele] (de Happy Feet 2 e Lendas da Paixão), Mireille Enos (de C.S.I., Lei e Ordem, e mais um monte de seriados - só faltou ter estado também no Plantão Médico), Fana Mokoena (que eu achei que conhecia, mas acabei de descobrir que não), Daniella Kertesz (de séries de TV em Israel e que me lembrou muito a garotinha careca do Eclipse Mortal) [Rhiana Griffith, que ficou bem gatinha mais velha e com cabelo - no link, vejam Headshot e Chrysalis] [e gostei dos quadros dela]
A história: Zumbis! Zumbis correndo! Zumbis pulando! Zumbis escalando! E o Brad Pitt correndo deles. E salvando o mundo só porque foi forçado.
Eu diria, de cara, que esse filme teve 2 grandes problemas. Iguais a problemas que tiveram Eu, Robô e Os Outros.
O primeiro foi uma porcaria [me divertiu, claro, mas o filme poderia ter tido outro nome] porque tentou adaptar um livro com vários contos bem lentos sobre psicologia robótica e soluções criativas que os humanos precisavam arranjar, transformando tudo isso numa... correria sobre robôs assassinos.
E o problema do Os Outros foi que existiu O Sexto Sentido antes. Ambos são excelentes filmes, mas depois de ter visto O Sexto Sentido, eu passei Os Outros inteiro tentando adivinhar quem é que estava morto ali. Talvez não tivesse tido essa idéia antes.
E qual a ligação disso com o Guerra Mundial Z? Eles tentaram adaptar um livro com várias dezenas de personagens, política, dramas humanos e soluções sobre como viver num mundo infestado por zumbis em uma... correria sobre zumbis assassinos.
[ok, isso é meio redundante. e me deu uma dúvida agora: será Fido o único filme com zumbis que não são assassinos?] [na verdade, acabei de rever o trailer, eles têm zumbis assassinos lá também, esqueci do colar]
Exagerando um pouco, vale mostrar o gráfico feito pelo site The Oatmeal:
OBS: durante as filmagens, o próprio autor, que não opinou no filme, dizia que eles provavelmente só compartilhariam o título "e só!" (aqui ou aqui). Então mesmo exagerado, o gráfico acima não é só loucura de fanboy. [lendo o 2º link, fiquei muito curioso em saber como seria a versão original do JMS]
[ATUALIZAÇÃO: acabou que o filme ficou tão diferente do livro, que o próprio autor abstraiu, assistiu como se fosse alguma outra coisa qualquer e, no final, se divertiu.]
O outro problema... A "solução" que arranjaram no filme não tem nada a ver com o livro [até aí tudo bem], mas por causa de várias dicas na história, achei que a tal solução seria a mesma do Depois da Terra: o não-medo [alguma não-liberação de feromônios ou algo assim]. O que seria uma solução MUITO ruim, mas o filme deu todas as dicas que me apontaram para isso: "A principal arma da doença pode ser sua fraqueza" (não lembro bem como era a frase, mas disseram algo assim). Bem, ver aquele monte de gente correndo sem rumo me permitiria dizer que o maior problema dela seria o pânico que causa. E os 3 "imunes" à doença: um soldado corajoso, um velhinho que estava com mais cara de alzheimer de "Para onde eu vou?" do que "Zumbis! Socorro!" [ok, estou exagerando um pouco] e um moleque que 2 segundos antes estava dando porrado nos zumbis com um bastão! Três pessoas, cada uma a seu modo, destemidas.
Os Outros ainda tinha a vantagem de que o filme que o "estragou" foi um filmaço. Já o filme do Will Smith... Meh!
De qualquer forma, mesmo a solução final não sendo a coragem, a solução ficou muito parecida, o que além de não ser a melhor das soluções, tirou a surpresa que poderia ter sido. Eu não vi a conclusão deles e pensei "Puxa, que criativo!, até este momento nem tinha pensando em nada assim!", o que eu pensei foi na linha do "Ah, já esperava por isso... é igual aquele filme nota 6 que eu vi mal tem 2 semanas...". Pena.
Por falar nisso, deviam guardar alguns zumbis para uso em hospitais. A velocidade com que eles, que passavam correndo em velocidade de maratona, conseguiam identificar os indesejados, seria de grande uso médico:
"Doutor, eu vou morrer?" "Hummm.... Venha comigo. Temos um zumbi no laboratório para esses casos." "AAHH! Doutor! Ele tentou me morder!!" "EXCELENTE! Pode ir para casa, Dona Maria, que você ainda vai enterrar todos nós!"
Isso posto, o filme é bem legal. Tem seus altos e baixos, tem horas que ele dá umas paradas que deviam existir, para o filme não ficar só na gritaria, mas pareciam muito bruscas. O jeito que deram para fazer o cara "contar" histórias de vários locais do globo foi interessante pelo menos: ao invés de ser como no livro, que é um documento sobre o pós-guerra, aqui o sujeito precisa dar uma de Jack Bauer através do globo, atrás de pessoas que podem ter uma dica de como resolver o problema dos zumbis; porque se ele nem tentar, perde apoio dos militares americanos que protegem sua família. Um pouco menos verossímil, mas valeu.
Até esperava que a solução, para adaptarem a 'globalização' que é o livro, seria num esquema Highlander: muitos flashbacks! Mostrando o que aconteceu durante toda a duração da guerra, de muitos e muitos anos.
Taí, outro problema do filme. Que eles quase evitaram* (já falo nisso), mas não rolou. A história no filme é muito rápida! Deu merda, mocinho foge por uns 3 dias, viaja de avião pelo globo sem nem parar pra jantar, dorme 2 dias, tem uma idéia, e espalham a idéia pelo mundo. Ok, como a idéia não é nenhum tipo de 'supervírus anti-zumbi', ainda dará muito trabalho se livrar de todos eles, serão anos e anos do planeta saindo da merda. Mas no livro... Foram anos e anos do planeta afundando na areia movediça de bosta.
Algo que lembrei e que achei legal também foi que eles, como no livro, deram uma zoada na Coréia do Norte; inventaram uma outra maluquice até mais "crível", mas ainda assim ridícula o suficiente para ficar óbvio que estão só sacaneando e pronto, sem estarem preocupados em manter o clima sério. Algo rápido e bobinho, de zona, mas gostei.
Ah, o asterisco. Aqui em inglês: Movies.com ou numa tradução (bem estranha) do Omelete. No final original a história daria um pulo de vários anos, descobriríamos que o cara, numa ida à Rússia, teria sido forçado a trabalhar no exército de lá e passaria muito tempo até ele conseguir voltar para a casa.
O pior é que eu não sabia disso quando fui ver o filme, e realmente achei estranho o fato do cara NÃO ir para a Rússia, porque num dos trailers eu tinha a impressão de que ele não só iria para lá, como seria lá a solução do problema.
E aí você até pensa: pô, ele podia ter fugido antes... E aí eu te relembro: zumbis maratonistas! Zumbi normal, de repente, até eu encarava de fugir deles. Seria só uma questão de manter o fôlego [ha!] e evitá-los. Esses não...
Nessa opção de final teríamos uma sensação de merda mais duradoura. Já como acabou o filme na sua versão exibida, por mais que já estejam falando em trilogia [sempre trilogia! ô mania...], eu acho que parando ali, seria um fim bem melhor. [e em algum site que eu não localizei mais - de repente era mentira então - parece que já estão pensando até numa série de TV... Mas no IMDB já consta o ator em The Zombie Survival Guide...]
Eu sei, eu sei... Estou doido para ver mais zumbis correndo feito loucos! Ainda mais que esse filme teve censura infantil e mal teve sangue. E por mais que estejam abusando, eu gostei dessa moda do TUUUMM! nas trilhas sonoras.
Mas mesmo assim, numa visão puramente "artística" da coisa, a história, por mim, fechou. De forma piegas e com a porcaria da frase pronta que eu detesto, mas fechou. [putz! fazem 2 anos desde Padre e ainda detesto a tal frase. ainda não deu tempo suficiente para ela descansar.]
E algo bom, que geralmente eu reclamo, mas para tudo há exceção... Como sempre, agora o livro foi relançado... com o cartaz do filme como capa! A notícia não é ruim desta vez porque a capa anterior parecia de livro infantil [leiam a mais nova aventura: Ursinho Puf e os Mortos Assustadores!] e, além dos vários cartazes do filme terem sido bons, usaram um que é uma foto distante, onde predomina o bege, meio verde musgo, que lembra carne podre... gostei. Claro, há cartazes ruins. Escapamos de não só ter o Brad Pitt na capa (cartaz no alto), como toda a família. [comentário nada a ver: esqueci essa postagem em rascunho, aguardando uma revisão, e nesse meio tempo eu fui na Bienal. Lá eu quase comprei a versão antiga do Campo de Batalha Terra SÓ para não ter mais o livro com a cara do John Travolta na capa... Mas repensei por 3 segundos e eu sabia que não jogaria fora nem daria o que eu já tenho, e não é um livro bom a ponto de ter dois... Mas foi uma tentação.] Também escapamos de algum ufanista da editora querer usar o cartaz "localizado" e termos zumbis escalando o Cristo, o prédio da Coca-Cola e mais alguns na enseada de Botafogo.
Bem... Agora é torcer que algum outro estúdio resolva filmar Day by Day Armageddon, mas respeitando o livro dessa vez, com todas as suas reviravoltas. Pô, são 3 livros na verdade, já têm até a trilogia pronta.
Duração: 1h56min -- Ano: 2013 -- Trailer
Baseado em um livro de: Max Brooks
De: Marc Forster (de vários filmes bons e de Quantum of Solace, porque errar é humano)
Com: William Bradley Pitt [fiquei curioso de como era o nome dele] (de Happy Feet 2 e Lendas da Paixão), Mireille Enos (de C.S.I., Lei e Ordem, e mais um monte de seriados - só faltou ter estado também no Plantão Médico), Fana Mokoena (que eu achei que conhecia, mas acabei de descobrir que não), Daniella Kertesz (de séries de TV em Israel e que me lembrou muito a garotinha careca do Eclipse Mortal) [Rhiana Griffith, que ficou bem gatinha mais velha e com cabelo - no link, vejam Headshot e Chrysalis] [e gostei dos quadros dela]
A história: Zumbis! Zumbis correndo! Zumbis pulando! Zumbis escalando! E o Brad Pitt correndo deles. E salvando o mundo só porque foi forçado.
Eu diria, de cara, que esse filme teve 2 grandes problemas. Iguais a problemas que tiveram Eu, Robô e Os Outros.
O primeiro foi uma porcaria [me divertiu, claro, mas o filme poderia ter tido outro nome] porque tentou adaptar um livro com vários contos bem lentos sobre psicologia robótica e soluções criativas que os humanos precisavam arranjar, transformando tudo isso numa... correria sobre robôs assassinos.
E o problema do Os Outros foi que existiu O Sexto Sentido antes. Ambos são excelentes filmes, mas depois de ter visto O Sexto Sentido, eu passei Os Outros inteiro tentando adivinhar quem é que estava morto ali. Talvez não tivesse tido essa idéia antes.
E qual a ligação disso com o Guerra Mundial Z? Eles tentaram adaptar um livro com várias dezenas de personagens, política, dramas humanos e soluções sobre como viver num mundo infestado por zumbis em uma... correria sobre zumbis assassinos.
[ok, isso é meio redundante. e me deu uma dúvida agora: será Fido o único filme com zumbis que não são assassinos?] [na verdade, acabei de rever o trailer, eles têm zumbis assassinos lá também, esqueci do colar]
Exagerando um pouco, vale mostrar o gráfico feito pelo site The Oatmeal:
(clique na figura para a página original)
OBS: durante as filmagens, o próprio autor, que não opinou no filme, dizia que eles provavelmente só compartilhariam o título "e só!" (aqui ou aqui). Então mesmo exagerado, o gráfico acima não é só loucura de fanboy. [lendo o 2º link, fiquei muito curioso em saber como seria a versão original do JMS]
[ATUALIZAÇÃO: acabou que o filme ficou tão diferente do livro, que o próprio autor abstraiu, assistiu como se fosse alguma outra coisa qualquer e, no final, se divertiu.]
O outro problema... A "solução" que arranjaram no filme não tem nada a ver com o livro [até aí tudo bem], mas por causa de várias dicas na história, achei que a tal solução seria a mesma do Depois da Terra: o não-medo [alguma não-liberação de feromônios ou algo assim]. O que seria uma solução MUITO ruim, mas o filme deu todas as dicas que me apontaram para isso: "A principal arma da doença pode ser sua fraqueza" (não lembro bem como era a frase, mas disseram algo assim). Bem, ver aquele monte de gente correndo sem rumo me permitiria dizer que o maior problema dela seria o pânico que causa. E os 3 "imunes" à doença: um soldado corajoso, um velhinho que estava com mais cara de alzheimer de "Para onde eu vou?" do que "Zumbis! Socorro!" [ok, estou exagerando um pouco] e um moleque que 2 segundos antes estava dando porrado nos zumbis com um bastão! Três pessoas, cada uma a seu modo, destemidas.
Os Outros ainda tinha a vantagem de que o filme que o "estragou" foi um filmaço. Já o filme do Will Smith... Meh!
De qualquer forma, mesmo a solução final não sendo a coragem, a solução ficou muito parecida, o que além de não ser a melhor das soluções, tirou a surpresa que poderia ter sido. Eu não vi a conclusão deles e pensei "Puxa, que criativo!, até este momento nem tinha pensando em nada assim!", o que eu pensei foi na linha do "Ah, já esperava por isso... é igual aquele filme nota 6 que eu vi mal tem 2 semanas...". Pena.
Por falar nisso, deviam guardar alguns zumbis para uso em hospitais. A velocidade com que eles, que passavam correndo em velocidade de maratona, conseguiam identificar os indesejados, seria de grande uso médico:
"Doutor, eu vou morrer?" "Hummm.... Venha comigo. Temos um zumbi no laboratório para esses casos." "AAHH! Doutor! Ele tentou me morder!!" "EXCELENTE! Pode ir para casa, Dona Maria, que você ainda vai enterrar todos nós!"
Isso posto, o filme é bem legal. Tem seus altos e baixos, tem horas que ele dá umas paradas que deviam existir, para o filme não ficar só na gritaria, mas pareciam muito bruscas. O jeito que deram para fazer o cara "contar" histórias de vários locais do globo foi interessante pelo menos: ao invés de ser como no livro, que é um documento sobre o pós-guerra, aqui o sujeito precisa dar uma de Jack Bauer através do globo, atrás de pessoas que podem ter uma dica de como resolver o problema dos zumbis; porque se ele nem tentar, perde apoio dos militares americanos que protegem sua família. Um pouco menos verossímil, mas valeu.
Até esperava que a solução, para adaptarem a 'globalização' que é o livro, seria num esquema Highlander: muitos flashbacks! Mostrando o que aconteceu durante toda a duração da guerra, de muitos e muitos anos.
Taí, outro problema do filme. Que eles quase evitaram* (já falo nisso), mas não rolou. A história no filme é muito rápida! Deu merda, mocinho foge por uns 3 dias, viaja de avião pelo globo sem nem parar pra jantar, dorme 2 dias, tem uma idéia, e espalham a idéia pelo mundo. Ok, como a idéia não é nenhum tipo de 'supervírus anti-zumbi', ainda dará muito trabalho se livrar de todos eles, serão anos e anos do planeta saindo da merda. Mas no livro... Foram anos e anos do planeta afundando na areia movediça de bosta.
Algo que lembrei e que achei legal também foi que eles, como no livro, deram uma zoada na Coréia do Norte; inventaram uma outra maluquice até mais "crível", mas ainda assim ridícula o suficiente para ficar óbvio que estão só sacaneando e pronto, sem estarem preocupados em manter o clima sério. Algo rápido e bobinho, de zona, mas gostei.
Ah, o asterisco. Aqui em inglês: Movies.com ou numa tradução (bem estranha) do Omelete. No final original a história daria um pulo de vários anos, descobriríamos que o cara, numa ida à Rússia, teria sido forçado a trabalhar no exército de lá e passaria muito tempo até ele conseguir voltar para a casa.
O pior é que eu não sabia disso quando fui ver o filme, e realmente achei estranho o fato do cara NÃO ir para a Rússia, porque num dos trailers eu tinha a impressão de que ele não só iria para lá, como seria lá a solução do problema.
E aí você até pensa: pô, ele podia ter fugido antes... E aí eu te relembro: zumbis maratonistas! Zumbi normal, de repente, até eu encarava de fugir deles. Seria só uma questão de manter o fôlego [ha!] e evitá-los. Esses não...
Nessa opção de final teríamos uma sensação de merda mais duradoura. Já como acabou o filme na sua versão exibida, por mais que já estejam falando em trilogia [sempre trilogia! ô mania...], eu acho que parando ali, seria um fim bem melhor. [e em algum site que eu não localizei mais - de repente era mentira então - parece que já estão pensando até numa série de TV... Mas no IMDB já consta o ator em The Zombie Survival Guide...]
Eu sei, eu sei... Estou doido para ver mais zumbis correndo feito loucos! Ainda mais que esse filme teve censura infantil e mal teve sangue. E por mais que estejam abusando, eu gostei dessa moda do TUUUMM! nas trilhas sonoras.
Mas mesmo assim, numa visão puramente "artística" da coisa, a história, por mim, fechou. De forma piegas e com a porcaria da frase pronta que eu detesto, mas fechou. [putz! fazem 2 anos desde Padre e ainda detesto a tal frase. ainda não deu tempo suficiente para ela descansar.]
E algo bom, que geralmente eu reclamo, mas para tudo há exceção... Como sempre, agora o livro foi relançado... com o cartaz do filme como capa! A notícia não é ruim desta vez porque a capa anterior parecia de livro infantil [leiam a mais nova aventura: Ursinho Puf e os Mortos Assustadores!] e, além dos vários cartazes do filme terem sido bons, usaram um que é uma foto distante, onde predomina o bege, meio verde musgo, que lembra carne podre... gostei. Claro, há cartazes ruins. Escapamos de não só ter o Brad Pitt na capa (cartaz no alto), como toda a família. [comentário nada a ver: esqueci essa postagem em rascunho, aguardando uma revisão, e nesse meio tempo eu fui na Bienal. Lá eu quase comprei a versão antiga do Campo de Batalha Terra SÓ para não ter mais o livro com a cara do John Travolta na capa... Mas repensei por 3 segundos e eu sabia que não jogaria fora nem daria o que eu já tenho, e não é um livro bom a ponto de ter dois... Mas foi uma tentação.] Também escapamos de algum ufanista da editora querer usar o cartaz "localizado" e termos zumbis escalando o Cristo, o prédio da Coca-Cola e mais alguns na enseada de Botafogo.
Bem... Agora é torcer que algum outro estúdio resolva filmar Day by Day Armageddon, mas respeitando o livro dessa vez, com todas as suas reviravoltas. Pô, são 3 livros na verdade, já têm até a trilogia pronta.
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