quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Chico Bento: Pavor Espaciar

Autor: Gustavo Duarte  --  Editora: Panini
Com personagens de: Maurício de Sousa
Páginas: 82  --  Ano: 2013
ISBN: 978-85-4260-018-6  --  Tamanho: +/- uma folha A4.
Em versões capa dura e mole. Páginas coloridas.

A história: Chico Bento e o primo estão sozinhos em casa a noite quando, de repente, surge um ET na cozinha. O Chico tenta correr e descobre que o primo acabou de ser abduzido. Logo depois, ele, a galinha Giselda e o porco Torresmo acabam indo todos no mesmo embalo. Daí em diante a história segue na nave e mais não falo. Primeiro que é para não entregar muito, segundo porque a história é tão ligeira, que já contei 1/3 dela.

Vamos lá, novamente, mais um da série Graphic MSP. Eu nunca fui de ler Turma da Mônica, achava um pouco infantil demais mesmo quando era criança. Horácio eu gostava mais, ele era o mais "filosófico" deles. Mas, mesmo assim, sempre tive respeito pelos personagens e um certo carinho por eles... Pô, Mônica e Cebolinha são o Mickey nacional.

Chico Bento então, não sabia nada. E continuo sabendo pouco até. Ele é parente de algum dos personagens urbanos?, por exemplo, nem sei. Mas essa série em capa dura realmente foi uma ótima sacada, sempre uma agradável surpresa. E esse agora eu já li sabendo que não são exatamente quadrinhos adultos, como o Magnetar estava sendo induzido. São apenas quadrinhos excelentes, com histórias curtas, para crianças mais espertas. E claro, várias referências para os pais, saudosistas de plantão, ou gente como eu, que não sou nenhum dos dois mas fiquei interessado.

Lembram quando eu comentei que o Magnetar (já resenhado) lia-se muito rápido? HA! Pois Pavor Espaciar é quase um filme mudo. [ATUALIZAÇÃO: fui depois saber que isso é mesmo o estilo do autor] Muitos quadrinhos sem uma palavra sequer, feitos com maestria, mas ainda acho que as histórias podiam ser um pouquinho mais longas. Serem curtas te dá o gostinho de quero mais, como estou agora, e terminam ainda na curva ascendente, mas mesmo assim, se fossem o dobro do tamanho, ainda seriam tão curtas que terminariam do mesmo jeito.

E olha que eu li devagar porque foi tudo escrito em "caipirês" e ainda olhava com atenção cada quadrinho, não só porque eram super bem desenhados (como já dito), mas também para buscar as várias referências feitas a outros personagens do Maurício de Sousa, outras histórias de FC e miscelâneas aqui e ali.

Começou devagar, olhando a capa dos quadrinhos que o Chico e seu primo estavam lendo, mas aí, qual não foi minha surpresa ao notar um outro abduzido de peso! Mais a frente, vi algo que me lembrou muito o esqueleto das Meninas Superpoderosas (aqui) e de repente meu deu o estalo: "NÃO! É O <spoiler!>! Que maldade, rs!!!" Em outro momento apareceram uns aviões que eu já imaginei logo o que seriam (mas não tive o conhecimento para ter certeza, mas sim, acabei de confirmar que eram mesmo eles - spoiler aqui), e na seqüência, um navio, tornando a referência anterior ainda mais certa, mas que assim que eu vi o nome dele pensei, decepcionado, "Ah, tinha que ser o Cotopaxi..." (se você não conhece esse nome, veja o filme); mas quem é que me aparece na página seguinte? O próprio! :-D

Até referência à lendas urbanas da História mundial apareceram por lá. Não vou explicar, só dar a dica para quando aparecerem umas letras estranhas: usem a tabela aqui e rolem até a seção da Folha de São Paulo. E vão pesquisar sobre o nome que vocês acharem. [mas sim, preciso me gabar de que não precisei da tabela e - acho - entendi o chiste]

Uma das referências à FC eu só fui descobrir no texto ao final do livro e me senti uma besta por não ter olhado direito ali. Mas teve uma, ligada ao universo pop, que era tão manjada e usada à exaustão, que essa eu achei desnecessária. Foi fácil demais, vamos dizer assim. E não estou dizendo fácil reconhecer [eu teria que ser retardado para não fazê-lo], foi fácil demais o autor tê-la feito.

Mas pouco antes da história acabar, tive outro estalo de que um dos personagens não tinha recebido o foco em momento algum... Achei que a última cena seria esse personagem começando a cantar!! E, aí, a piada manjada teria tido uma baita utilidade. Passei perto. Acertei o foco da última cena, mas sem relação à tal referência - que ficou então só sendo clichê. Mas vão lá, tem muitas outras [por falar nisso... aquele asterico gigante tem algo de familiar] e a função aqui não é ficar contando.

[ATUALIZAÇÃO: lembrei de onde era o asterisco. Era daqui! Brincadeira, eu devia estar pensando neste aqui. Mas um asterisco não é exatamente algo raro ou único, pode ser referência à um milhão de outras coisas, ou à coisa nenhuma. É como dizer que as pirâmides são uma referência à bandeira de Minas Gerais...]

Nota 10 e que venha o próximo! [que será do Piteco, outro persnagem que eu acho que nunca li, mas sei que vou gostar da Graphic MSP dele] [na verdade, para mim o próximo será o Laços, que lerei esta semana ainda, resenha em breve]

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