quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Luxor, Zuma e Civilization

Ok, fiz uma postagem faz algum tempo falando de tudo que eu joguei nos últimos 2 anos... Façamos então uma atualização agora, sobre os últimos 6 meses.

Quase nada na verdade, continuei no Skyrim um bom tempo. Mesmo depois de ter terminado tudo que dava para fazer no jogo e suas missões adicionais (as DLCs), eu ainda ficava por lá, zanzando e arranjando coisa para fazer com alguns passantes que eu nunca tinha visto. Depois peguei alguns mapas e missões de fãs. Curtas, mas algumas muito boas.

Foi numa delas que finalmente parei de jogar (era a Agent of Righteous Might), estava tudo indo muito bem, o criador da modificação fez algo muito bem feito, bem legal. Fora o tamanho absurdo da base inimiga, que toda hora você precisa atravessar quase que inteira, procurando alguém, isso era muito chato - ah, mas algo que atrapalhava dentro da base inimiga, que fora dela foi algo legal: nada de setinha indicando cada mísera localização de tudo, é no esquema de "você tem que fazer isso, agora se vira". Só que no meio da brincadeira, acho que por algum bug, o bonequinho não recebe a missão seguinte. Tentei forçar via console e nada feito... Pena, mas foi um sinal do Além para parar de jogar.

Para saberem, além da mod acima, foram essas as outras que joguei:
▪ Hanging Gardens
▪ Helgen Reborn
▪ Moonpath to Elsweyr
▪ The Frontier to Cyrodiil
▪ Wyrmstooth

Algumas, como a Frontier, são bem curtas (foi só uma base inimiga para matar todo mundo), a Moonpath achei meio chatinha de tanto ter que andar só para um sujeito me dar os parabéns e mandar voltar tudo, mas gostei dos conceitos. E na verdade, acabei de me lembrar que a Helgen Reborn eu não joguei. Ok, talvez eu jogue Skyrim de novo um pouco mais. Mas no estilo, o que eu queria mesmo era mais um Fallout [sempre fui mais FC do que fantasia]. Ou até mesmo, com menos história, um novo S.T.A.L.K.E.R. (mas estilo o primeiro, de preferência, que era menos focado em tiroteios).

E também peguei uma mod para trocar a cara de uma das acompanhantes pela Jessica Alba. Só de curtição. Ela é muito bonitinha. Dica: ela fica muito bem com a roupa dos Dawnguard - deve ser a única armadura feminina do jogo inteiro em que a mulher não fica com seios de melancia. Mas depois a enxotei, isso de levar bonequinho de acompanhante só tem utilidade quando você ainda é pobre no jogo e precisa de alguém como mula de carga.

Depois disso... Acho que resolvi descansar o cérebro. Eu (re)terminei o Luxor 1 (era o Luxor HD agora, que estava aqui instalado quando precisava de algo para passar alguns minutos esperando alguma coisa) e aí, na falta de um Luxor de verdade (absurdo dos absurdos!) comecei a jogar o Zuma!

Zuma Deluxe, Oberon Media
(wikipedia / site oficial / sem trailer)

Eu sempre olhei torto para ele. Achava até o Pirate Poppers melhor (que nada mais é que um Luxor de pobre, com visual pirata ao invés de egípcio), porque eu não aceitava a idéia do lançador ficar parado. Mas até que acostumei. Bem legal. E sem definição de dificuldade. Eu gosto disso. O jogo vai ficando pior e é problema seu, não dá para facilitar (essa safadeza o Luxor tinha).

Ainda não terminei na verdade. Depois da "última" fase ele repete os últimos cenários uma outra vez, só que com mais dificuldade. E estou preso aí (que eu sempre morro e tenho que recomeçar desde a primeira).


Aí fomos para o Zuma's Revenge!, PopCap Games.
(wikipedia / site oficial / trailer)

Fora o visual melhorado (quem é das antigas vai entender o comentário, mas o primeiro Zuma parecia feito para EGA e não VGA), algumas novidades bem vindas, como o sapo nem sempre ser fixo (em algumas fases ele se mexe lateralmente, como no Luxor, ou verticalmente até) e, finalmente, algo que não fazia sentido no primeiro mas nem pensei nisso até ver no segundo: agora, em algumas fases, o sapo PULA!

Mas nem tudo é maravilha. O Zuma 2 é, no geral, muito mais fácil que o 1º. E quando não é mais fácil, achei mais difícil por uma certa injustiça: há fases em que as bolas novas tapam "a visão de tiro" das que estão para entrar na caveira (o equivalente no Zuma à pirâmide do Luxor), então você não tem como ficar no desespero, impedindo a desgraça ali, na cara do gol. Dá para passar, claro, já que passei e milhões de outros antes de mim, mas eu me sentia trapaceado nessas horas.

Achei uma boa resenha sobre ele aqui:
Game informer: Zuma's Revenge - Revenge Made Easy

Mas aí... veio a boa notícia. Eu não sei como não tinha notado isso antes, mas TINHA uma continuação do Luxor. E nem estou falando do Luxor HD 2 (que eu também não tinha notado, mas é o jogo antigo embelezado, não conta muito). O que eu descobri foi o...



Cara, muito bom! Pena que é curto, mas achei fantástico. Tudo muito colorido, musiquinhas e visual retrô-PC-anos-90 com cara de neon anos 70 e fliperama. Tinha horas que eu nem entendia o que estava acontecendo, mas estava tudo explodindo num arco-irís psicodélico de figuras não renderizadas (o jogo é todo só as linhas). Para quem gosta de joguinhos marble poppers ou marble shooters (os melhores termos para pesquisar por eles) e é da minha geração, esse Luxor Evolved é obrigatório.

Luxor Evolved, Oberon Media
(wikipedia / site oficial / trailer)

Ele é muito corrido, beirando o frenético em alguns momentos. Mas é o mesmo esquema de sempre, com alguns dos power-ups clássicos (como o escorpião ou a bomba de cor) e alguns novos, como a doença e o congelamento (quase iguais na prática) ou a chuva de meteoros (tipo a chuva de raios, que também tem ainda, mas muito mais explosiva). Ah, e agora tem um tipo de raio que você pode lançar, mas que você pode andar para o lado enquanto lança, é uma carnificina-neon pura. Estava me sentindo uma lagosta-boxeadora. [entenda a piada aqui]

Muito bom. Algo legal são as homenagens aqui e ali à alguns jogos clássicos de fliperama. Algo que eu não gostei é de não poder começar jogando direto no nível mais difícil. Pô, eu já jogo Luxor faz quase 10 anos (o 1º é de 2005), jogar em níveis fáceis não dá mais barato. Mas como o jogo é curto, não chegou a chatear jogar tudo de novo depois ter ter concluído o nível dificil - e só então podido escolher o Elite.

Outra resenha:
Gamezebo: Luxor Evolved lives up to its name despite its charming retro makeover


Mas depois de tanto Luxor/Zuma, estava querendo algum jogo mais cerebral, mas nem tanto, algo só para sair da mesmice de FPS (com ou sem elementos de RPG). Pensei em rejogar o C&C3, mas deu preguiça. Pensei em finalmente jogar o Neverwinter Nights 2 ou o The 11th Hour [será que roda no Windows 7?], ambos na estante até hoje, mas tinham que ficar lendo ou ouvindo muita conversa... Aí me lembrei do excelente Caesar IV, que era uma diversão de primeira, mas entre jogar algo que já joguei para cacete, ou algo novo... Recordei-me de: CIVILIZATION!


Sid Meier's Civilization V, Oberon Media
(wikipedia / site oficial / teaser)

Curiosidade: eu não joguei os do meio. O último que joguei foi o 1º Civilization. O II, o III e o IV eu nunca nem vi a cara.
E aí, talvez por causa disso, eu não sei como é que eram os anteriores, e na verdade nem lembro direito do primeiro. Mas de cara não gostei das fases serem sempre aletaórias e não ter uma campanha para seguir. O gerador aleatório é sempre legal, mas eu gosto de ir avançando aos poucos e ir levando o jogo por vários meses. Vide o Caesar acima, que primeiro te fazia criar uma cidade com 100 habitantes, depois 1.000 e comida, depois etc, até que no final, várias fases depois, você tem que gerenciar uma porrada de detalhes de cabeça.

Então comecei o jogo (sem ler o manual, claro) achando que seria uma partidinha de 15 minutos. E depois outra. E assim vai... Essa primeirinha partida levou 24 horas - com paradas para almoçar e etc, claro, que maluquice tem limite e eu não sou coreano. [e só fiz isso porque estou de férias] No final, acabei ficando sem vontade de jogá-lo novamente por umas duas semanas. Claro, isso não durou muito, e no dia seguinte fui dormir ainda mais tarde. Mas estou conseguindo controlar o vício, e não fico mais do que 1h30min jogando, porque eu também quero pôr a leitura e o cinema em dias nas férias.

É aquela desgraça de "só mais esse bonequinho...", e o relógio marcando 00:15, "só fundar mais essa cidade, para depois não esquecer qual era meu plano", e o relógio informa 1:30, "droga, mataram meu soldado, deixa só eu resolver isso", e aí... você olha de novo para o relógio, e são 4 da manhã. Ou nem olha, mas percebe que o céu está ficando claro outra vez...

Acho que vou segurar até as férias do ano que vem para comprar as expansões. Mesmo porque, tenho medo do que seja vencer o jogo usando Carnaval como arma cultural... [não estou zoando, está numa das expansões com o D. Pedro II]

O jogo, para quem não ouviu falar dele nos últimos 25 anos, é um jogo de estratégia por turnos. Você não fica no desespero tendo que correr, porque o computador está fazendo isso em paralelo, e vence quem correr mais rápido com a sua estratégia sem tempo para pensar porque o jogo está rolando - isso é um RTS, um Real Time Strategy, que são os jogos estilo Duna 2000 ou Command & Conquer [ou Futebol, se formos ficar num exemplo fora do computador]. O Civilization seria um TBS (se é que existe a sigla), um Turn-Based Strategy. Querem o exemplo mais famoso desse tipo de jogo: o Xadrez. Claro, com muito mais complicação do que só andar as peças.

No Civilization, quando é a sua vez você tem todo o tempo do mundo para pensar no que fazer e gerenciar tudo que você quiser, andar com suas peças (até um certo limite, claro), atacar, definir as políticas, o que suas cidades fabricarão, se você prefere minerar ouro ao invés de produzir ostras, se vai subornar um país para ele atacar outro, e tudo o mais, e o jogo fica parado enquanto você faz tudo isso. Em compensação, quando é a vez dos outros jogadores, você não pode fazer nada.

Claro, se te atacam, o computador calcula a vitória com bases nos pontos de cada envolvido (e um tiquinho de aleatoriedade). Então você também não precisa se preocupar se um selvagem vier atacar seu helicóptero com uma clava. VOCÊ não vai poder fazer nada, você só vai poder mexer quando for a sua vez, mas, nesse caso, o computador vai calcular que o bonequinho do oponente será massacrado e a sua unidade mal será arranhada. Isso tudo com animaçõeszinhas do massacre, que isso aqui não é Elifoot.

E a medida que o jogo avança, a História mundial avança junto. Se no começo você só tem uns brutos e uns arqueiros para brincar, no final você já pode lançar mísseis atômicos de porta-aviões. Se fazer vinho já é um baita avanço no começo, no final do jogo você já está destruindo cidades com o o B-2 para roubar as reservas de urânio deles. E nem há como ficar parado. "Ah, mas eu queria jogar só na idade média..." De tempos em tempos você é obrigado a escolher o que você pesquisará. De repente você prefere dar ênfase a cultura, ou prefere desenvolver armas de fogo logo, é com você. Mas se você não morrer antes (ou perder por algum outro motivo), todos chegarão até a tecnologia especial, tendo que ter desenvolvido tudo no caminho.

Você também pode escolher que governante você quer ser, cada um alguma vantagem. O tanque dos alemães é melhor, os navios da Inglaterra andam mais, os árabes lucram mais com rotas comerciais, e o Brasil tem o samba!! [é o telecoteco, é o balacobaco...] E assim vai.

Isso tudo estou só explicando o jogo. Opinião sobre ele... Eu adorei o maldito. É jogo para quem já tem a bunda reta e paciência de Jó. Acho que só tenho duas reclamações. Uma eu já disse, que é não ter nenhuma campanha gradativa. A outra é que jogar em modo arquipélago não tem graça, fica muito fácil. O computador nunca tem a manhã de sair criando colônias e partir para a porrada marítima. ele fica preso na sua ilha, soltando bravatas de que vai me atacar... Mas sou em quem tenho 5 ou 6 ilhas, produzindo de tudo, domínio dos mares e o escambau. E ele fica lá, fabricando soldadinhos...

Tentei algumas vezes, numa delas defini um mapa grande, de 6 ou 8 jogadores (podia ter sido ainda maior, mas eu também não queria uma partida monstruosa) mas só deixei 2 oponentes. E mesmo assim... Eles ficaram lá, literalmente, ilhados. Vou fazer uma última tentativa depois, definindo dificuldade máxima. Tenho a impressão de que vou perder sendo atacado por selvagens, mas não pelos outros países.

Jogar no mapa 'modo Pangea' acaba sendo mais interessante, porque fica "fácil" para todos e fácil de te olharem torto (minha tática de sufocar os outros geograficamente sempre causa raiva nos outros bonequinhos). E há outros modos também e várias configurações possíveis. O mais legal visualmente é jogar com o mapa da Terra, que assim você fica parecendo War.
Taí, algo que não fiz, pois só joguei contra o computador. Mas colocar 4 pessoas numa mesa, jogando em rede, cada uma sem olhar o monitor do outro, deve ficar divertido. Nada de "negociar" com o computador calculando valores, você poderá pedir ajuda diretamente, ou gritar com o cara se ele romper um tratado ou estiver cobrando caro demais para negociar alumínio, por exemplo. [o problema é que se uma partida de War já demora mais do que devia...]

Mas é isso, falei tanto que quase quase virou uma postagem só sobre o Civilization.


Terminando de vez, como eu realmente gosto de ficar explodindo bolinha, agora estou jogando Sparkle, da 10tons (trailer) Obs.: o trailer mostra o jogo num telefone, mas tem para PC também.

Ele é o mesmo esquema do Zuma (lançador parado). É estranho um jogo nesse estilo que não marca os pontos (você ganha vidas em momentos certos). Ele não é tão difícil e os cenários são bem pobrinhos (parece coisa da época do 386). Mas... É divertido.

A física dele é legal (dependendo de como você exploda, as bolas são "arremessadas" longe). Não tem aquela moleza das bolinhas entrarem rápido e diminuírem em seguida (elas continuam no mesmo ritmo). O power-up dos vagalumes (ou seja lá o que forem) é legal (dá uma ajuda, sem facilitar demais). A trilha sonora parece Danny Elfman. E nele surgiu com uma inovação interessante: você escolhe um "amuleto" que te dará algum tipo de facilidade, e aquela é a única vantagem que você terá. Se você prefere lançar as bolas rapidamente, coloca o amuleto disso (antes da partida começar, claro, você não pode trocar no meio), mas se prefere dar ênfase a pegar os poderes, aí tem outro amuleto (mas usando ele, aí suas bolinhas voltam a ser lentas), e assim por diante. Uma inovação que complica é ele mostrar as DUAS bolinhas seguintes que virão, mas você só pode trocar por 1, como sempre, só que ficar vendo a outra dá um nó na cabeça e sempre acho que é aquela a seguinte e faço besteira. Mas acostuma-se.

Nada que um pouco de prática não resolva. Ao contrário do I Wanna Be the Guy, que eu nunca nem passei da segunda tela...

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