Nome original: Oz the Great and Powerful
Duração: 2hs10min -- Ano: 2013 --
Trailer /
Bruxas
De:
Sam Raimi (de
A Morte do Demônio)
Com personagens de:
L. Frank Baum
Com:
James Franco (o amigo do Peter Parker na "Trilogia Raimi" e o Tristão),
Mila Kunis (de
O Livro de Eli,
Max Payne e
Baywatch [
vou decepcionar muita gente que irá correndo no Google]),
Rachel Weisz (de
Ágora,
A Fonte de Vida, e
A Múmia),
Michelle Williams (de
Dawnson's Creek,
Sete Dias com Marilyn e
Baywatch também), Zach Braff (
Scrubs),
Bill Cobbs (atualmente é o velho no
Go On), Tony Cox (de comédias ruins e
Guerra nas Estrelas) e Joey King.
Eu tenho que começar logo falando algo... Vai ficar longo [
eu sei disso porque já escrevi! O texto das minhas postagens nunca é escrito seqüencialmente], mas eu tenho que expôr a minha... hummm... "tristeza".
O filme tem um problema sério:
A Bruxa Má do Oeste!
Atenção:
SPOILERS PESADOS daqui em diante! Se não viu, não leia.
Como assim? Assim que a história realmente começa, somos apresentados à personagem da Mila Kunis [
linda como sempre] antes de qualquer coisa. Colocam-na logo bem no princípio e fazem com que criemos uma empatia por ela e vemos que ela é romântica e inocente. Você GOSTA dela. Você vê o cara torcendo o nariz, sabe que em algum momento ela ficará zangada com ele, mas você espera pela cena clichê dele provando a ela seu bom coração e ela o perdoando! Você depois a vê perdendo o controle um rápido momento, e você espera por ela superar esse seu lado negro! Macacos alados me mordam... Até o DARTH VADER triunfa sobre o seu lado negro!
E o que sai disso? Putz, é deprimente! Não encaixou no tom do filme.
E não é o deprimente-gíria: "
Pô, cara, nada a ver, deprimente isso." Não. É o deprimente-triste mesmo. É trágico o que acontece à moça! Eu fiquei
triste por ela! Talvez até um pouco menos trágico lá para os personagens do filme, mas quem viu
O Mágico de Oz sabe que a história NÃO termina bem para a menina! É horrível! O que aconteceu à Rachel Weisz [
linda como sempre] estava tudo certo, ela era a vilã.
Mas como esse filme é também baseado no livro original, que nunca li, eu não podia ter certeza de que tudo ali seria uma preparação para o filme antigo. Estava torcendo para à qualquer momento a Rachel (Evanora) resolvesse que não era forte o suficiente (ou qualquer desculpa assim) e sugasse o poder da Mila (Theodora), e aí sim, esta voltaria ao normal e a Rachel seria a bruxa verde. Muito manjado, mas tem horas que isso é bom. Mas não! Não rolou!
Tivemos foi que engolir um romance com a garotinha sem graça do
Dawson's Creek. Ok, está fofa neste filme. Finalmente ela arranjou um papel em que não parece uma garota enjoada e depressiva. [
escrevi a frase anterior sem me tocar que ela é a Marylin Monroe no filme recente] E a Mila estava realmente se atirando para o cara no começo da história, mas novamente: fofa, romântica e inocente!, e aí temos que engolir que o cara preferiu ficar com o clone da namoradinha do Kansas? [
quem nasce no Kansas é o quê em português? Kansano? Kansense?] Que surgiu no meio de história, depois de já estarmos gostando da Kunis faz muito tempo!
Não adianta, só porque o pai dela morreu não é razão suficiente, era tarde demais para torcer por ela. Ela tem boas cenas, mas não tinha aquilo de "
Vai loirinha! Agüente firme que tudo ficará bem!", Pelo contrário até, ela parecia ter o controle tão bem da situação, que eu nem me preocupei com ela em momento algum.
Por falar nisso, porque a Rachel queria matá-la? Putz, ela tinha controle total do reino, exceto por aquela BOLHA! Tudo ok então... tu fica AÍ, com a sua cidadezinha, que eu fico aqui... com o resto do MUNDO!
E voltando pra loirinha, alguém me explique a razão da atriz da namoradinha e da Bruxa Boa serem a mesma? Se não fosse a existência do filme original, eu teria saído do cinema com a séria interpretação de que o cara caiu do balão no deserto, e que o filme inteiro foi sua derradeira alucinação pré-morte! Ele não pôde ajudar a menina paralítica real --> ele resolveu facilmente a menina paralítica de porcelana; ele não conseguiu provar à namoradinha que era um bom moço --> provou à ela na imaginação; queria ser grandioso e não um pilantra de beira de estrada --> virou um gênio científico e o rei de um povo; tudo isso no "Reino de Oscar"; e provavelmente arranjaria mais exemplos para essa teoria, se a estivesse levando a sério. Só faltou a ajudante de palco no início do filme ter sido a Mila Kunis! Que aí eu colocaria mais uma setinha na frase acima.
Ok, no filme original era tudo um sonho da menina. Era? Não lembro se isso é fato ou uma interpretação possível. No livro é tudo real (para saberem,
são 14 livros). E seria demais a menina sonhar com uma continuação do surto mortal de um sujeito. Então se não era, tudo passou a ser real e pronto.
Mas é isso. Fiquei chateado pela Mila Kunis ter terminado o filme desgraçada da vida e de coração partido, e sabendo que ela terá uma morte trágica, depois de muitos anos de sofrimento, pelas mãos de outra turista acidental do Kansas. Muito triste isso.
Sabe quem poderiam ter colocado? A
Summer Glau! Ela já fez tanto papel de louca e homicida que de repente ela surtar, ficar verde, e resolver que ser má é mais divertido não teria me chocado tanto. Ela nem teria precisado da "Maçã Mágica do Mal".
E algo que eu não me toquei durante o filme, mas esbarrei agora na net [
essa frase está sendo escrita no dia seguinte à tudo acima]: porque as lágrimas da Mila queimavam a pele? R: Porque ela estava sendo
molhada!! Coitada... vai se ferrar bonito no futuro mesmo.
E é isso... Vamos falar agora de outras coisas do filme não relacionadas à desgraça de vida futura da ex-mocinha fofa e romântica que não merecia o que aconteceu à ela. Como, por exemplo, a história do filme...
A história: mágico de circo itinerante tem sonhos de grandeza e não quer se apegar e parar quieto, mas também não é celibatário e adora mandar sempre o mesmo lero nas mocinhas "
Sinto que você é a que eu sempre procurei. Tome de presente a caixinha de música da minha avó." e aí come todas elas. [
ô, tempos mais simples!] A única que parece que ele se apegou um pouco mais foi uma loirinha da cidade onde ele estava parado no começo do filme, mas ele não quer se assentar, e diz para ela ser feliz com um outro sujeito lá.
E termina a introdução do sujeito (chamado Oscar, apelidado de Oz). Aí o fortão do circo descobre que o mágico também carcou a namorada dele e parte pra porrada. O Mágico pega o balão para fugir, vai parar num furação igual à Dorotéia do 1º filme, e pimba!, cai na
Terra de Oz.
Lá ele encontra uma moça que fala que ele faz parte de uma profecia, e que apareceu para livrar o reino mágico da terrível bruxa que matou o rei anterior. Ele acaba aceitando, inicialmente mais interessado em se tornar rei do que em ajudar de fato, mas no processo acaba descobrindo certas verdades, fazendo novos amigos, e participando de "incríveis aventuras com sua turminha da pesada". E aí o cara termina com a mocinha sem graça. E fim da história.
Destaque para a menininha de porcelana. Apenas US$ 9,5 na Disney Store! Garanta já sua! [
aahh... o que eles farão de dinheiro com essa bonequinha... porque que eu não lanço um filme desses pra vender brinquedo?]
Pois bem... O que eu gostei é que ficou tudo perfeitamente arrumado para o filme original, que encaixa feito uma luva no terreno que este preparou. Exceto pelo fato do primeiro ter sido um sonho. E pelo fato de eu mal lembrar dele. [
devia estar assistindo National Kid].
OBS: quando eu falo filme "original" ou "primeiro", quero sempre dizer
o de 1939. Ninguém lembra, sabe que existe, ou ligam para os demais, anteriores ou posteriores. É aquele musical completamente brega [
pode ser um clássico, mas é brega! aceite!] que 9 a cada 10 pessoas realmente pensam ao ouvir falar em Oz.
O 10º tem problemas, e pensa em
outro Oz.
Algo que leio o tempo todo é que todos os atores estão ruins, canastrões, e um tanto plásticos... Quase verdade! A Rachel Weisz manda muito bem dada às limitações do papel. E a loirinha não reclamo não, ela parece ser boa atriz, mas o papel dela basicamente só precisava sorrir. Mas... Isso posto, num filme que é num mundo mágico [
CGI muito bonito], com macaquinhos de pelúcia falantes e bonequinhas arretadas... Os humanos também se comportarem como brinquedos em momento algum me incomodou. Na primeira aparição da Mila Kunis, por exemplo, o rosto dela está tão, sei lá, aveludado (?), diria até irreal, que achei que naquele momento ela estava sendo feita em 3D, por captura de movimentos - não parecia humana. Mas passa logo depois. Foi algo na cena. De repente muita maquiagem. Sei lá.
E nada a ver com nada, mas lembrei disso agora: adorei as fadinhas-d'água (imagem ao lado). [
eu ia escrever fadinhas-piranhas, mas vocês iriam pensar besteira!]
No final, é um bom filme. Se ficar analisando você acha problema, buraco, etc. Mas é um filme infantil que adultos veem de brinde, mas não foi feito para a gente.
Falei demais. Abaixo duas resenhas de outros sites, sem muito esforço de minha parte (os de sempre, CCR e SR), e paramos por aqui.
Cinema com Rapadura: "
(...) razoavelmente competente (...)"
Screen Rant: "
(...) a captivating take (...)"
Ah, e, como era óbvio,
vem continuação aí. Provavelmente será uma trilogia. Tudo hoje em dia é uma trilogia! E nunca se sabe, de repente o terceiro filme é com a Dorothy e não matam a bruxa verde dessa vez. E a Kunis pode ter um final feliz! Terei esperança.