sábado, 20 de agosto de 2011

Lanterna Verde

Sou só eu, ou mais alguém nunca tinha pensando no Tomar-Re como um peixe? Ok, tinha o moicano-nadadeira no meio da cabeça, mas ele sempre me pareceu mais um passarinho do que outra coisa! Olho para ele e penso num pinto! [no sentido galináceo de ser]

Nome original: Green Lantern
Duração: 1h54min  --  Trailer legendado
De: Martin Campbell (de Zorro 1 e Zorro 2)  --  Ano: 2011 
Com: Ryan Reynolds (de Arquivo-X e Sabrina, a Bruxinha Adolescente - é sério, ele fez ponta nos dois), Blake Lively (Gossip Girl), Peter Sarsgaard, Mark Strong (em breve no filme Uma Princesa de Marte), Tim Robbins, e CGI, muito CGI.

Resumo para não iniciados: uma espécie de Polícia Espacial só arranja novos membros se um deles morre. E um deles morre logo na Terra, fazendo com que um piloto de testes seja escolhido como substituto. Ele não aceita muito bem e inicialmente nem topa. Mas justo na mesma época, ressurge um monstro comedor de planetas, antigo inimigo da tal polícia. E ele está vindo... COMER A TERRA!!!

Falando assim, parece que eu estou querendo sacanear o personagem. Mas essa resumo ridículo é a mais pura verdade, e saiu naturalmente tentando simplificar. Não o levem muito em conta para decidir ver o filme.

Bem, não vou escrever muito não. Bem melhor do que eu espera, de tanto que ouvi falar mal antes do filme lançar. Mas também não foi nada epopéico... Foi uma boa introdução aos personagens. O ator, que inicialmente eu achei uma péssima escolha, faz um trabalho direitinho levando-se em conta o tom escolhido para o filme. Daqui para frente dá para partir tanto para filmes lights, como foi este, com um monstro de fumaça e um "cientista louco"; como para ficções mais elaboradas ou dramáticas.

OBS: SPOILER NO PARÁGRAFO ABAXO.
(mas é pequeno, porque não é um filme para ter surpresas...)

O Sinestro como vilão dá margem para histórias bem mais sombrias. E ainda poderíamos ter ao final do filme a famosa cena do Hal com vários anéis (para derrotar o Sinestro neste caso, acho que no quadrinho o motivo não foi este) e o sorriso maligno (mas ficaria meio repetitivo 2 filmes terminarem com um mocinho se corrompendo).

FIM DO SPOILER
.

Antes do filme lançar, a roupa me incomodou um pouco, aquela coisa de vermos os dedos dos pés do cara, achei - para usar expressões modernas - muito sem noção, nada a ver. Mas no filme nem reparei no dedão de ninguém. Se bem que a máscara dele eu achei esquisita o filme inteiro. O tom de rosa do Abin Sur eu não gostei muito, mas talvez tenha sido para não ficar muito parecido com o Sinestro. Este por sua vez, excelente. Não tem aquela aparência naturalmente maligna que ele passou a ter atualmente, é só um sujeito que parece o diabo, mas com cara de sujeito legal. Um tipo de Spock vermelho.

O filme é meio corrido, você nem sente as duas horas. Eu até queria mais tempo de treinamento para o Hal, mais cenas com os outros Lanternas dos quadrinhos que fizeram ponta, mas do jeito que foi, não deu muito tempo de parar para pensar, então não deu tempo de se chatear. E temos que pensar naqueles que nunca ouviram falar do personagem.

Neste aspecto, acho que abusaram um pouco. A história poderia ser um pouco mais "complicada" ou melhor trabalhada, a solução final me lembrou muito O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. Do nada, só porque ficou chateado, o mocinho consegue, sozinho, vencer o vilão que os *melhores* da Tropa não conseguiram. Acho que quiseram muito agradar a garotada de 13 anos que já nasce sem paciência de algo um pouco mais complexo. Acho que precisamos urgentemente passar nos Cartoons da vida desenhos japoneses de 30 anos atrás... Bons tempos de Rei Artur, Yamato ou mesmo Nick e Neck, onde tinha uma história por trás (o último não) e personagens morriam e NÃO voltavam à vida depois.
Outra coisa, para um sujeito que foi escolhido por ser destemido, ele passa tempo demais do filme reclamando que está com medo. Parece que quiseram forçar uma identificação com o sujeito, nada dele ser "O" cara logo de cara. E putz, ele aceita muito rapidamente que está em outro planeta, com ETs, para então pular fora também muito rápido, como se fosse um festa que ele achou chata no prédio vizinho.

Bem, eu disse que não ia escrever muito. Paremos por aqui. Resenhas sobre este filme é o que não faltam na internet. E não tenho grandes opiniões a partilhar fora o "achei legal".

Já coloquei o trailer verdadeiro no alto... Mas não posso passar o post sem linkar o trailer falso também. É divertido para quem é fã de Firefly ou para reconhecer de onde são as cenas: www.youtube.com/watch?v=60Uyglt4DwQ

E claro, a piada é velha, mas não posso também deixar de registrar minha lembrança e homenagem ao MAIOR Lanterna Verde de todos os tempos:

Mogo

Quase de lei aqui no blog: ScreenRant sobre o filme e comparação com os quadrinhos.

E finalmente, não dá para pensar em Lanterna Verde e não pensar em Fábio Yabu (já linkado acima até): Resenha: Lanterna Verde. Só achei que vindo de quem veio, a resenha ficou muito curta. Mas cliquem no marcador "Lanterna Verde" que surge um pouco mais coisa para ler.
E acabei de ver que ele participa do OmeleTV especial sobre o tema. Não assisti ainda, mas fica valendo como adendo.

PS: estava esquecendo de mencionar... nada a ver com o filme, mas tenho que reclamar: o UCI precisa tomar vergonha na cara e limpar os óculos 3D entre as sessões!
Não me venham com aquele papo de "lacrados e higienizados". Talvez, não sei, joguem algum bactericida, para ninguém pegar doença dos outros; mas TODAS AS VEZES que eu assisti à um filme 3D no UCI (Barra da Tijuca, Rio de Janeiro), mesmo vindo em envelopinho lacrado, ele estava nojento de dedadas na lente. Cacete! Arranjem um estagiário para passar um paninho!
Eu não tinha nenhum comigo e nem guardanapos de lanche... A minha sorte foi que eu tinha passado na Lojas Americanas e comprado, dentre outras coisas, um pacotinho de cuecas! Adivinhem o que eu fiz? Pois é... Que cena linda... Eu, no meio do cinema, esfregando uma cueca nos óculos 3D! Estava zerada e limpinha, claro, mas se alguém notou a cena, deve ter ficado horrorizado. Tomara que tenham ficado! E tomara que o UCI tenha perdido algum cliente por causa disto. Que aprendam a limpar DIREITO os óculos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Audrey Hepburn

Porque ela merece. Também fazia tempo que não postava foto de mulher. E já fiz 2 posts com atrizes atuais (*), estava hora de colocar um pouco mais de classe no blog.
[* talvez tenham mais a essa hora... é que eu 'desrascunho' minhas postagens numa ordem meio aleatória - eu olho e penso "hoje estou no clima de terminar... ESSE aqui!"]

Mas a Audrey teria um post de qualquer jeito. Coloquei musas nerds para começar por causa do nome do site, mas se o tempo permitir, teremos ainda muitas musas da era P&B. Carolyn Jones está na fila. [eu sei, você não reconheceu o nome... é a Mortícia dos anos 60] Mas hoje estava assistindo Como Roubar Um Milhão de Dólares, e resolvi tomar vergonha na cara.

Talvez nenhuma outra postagem tenha demorado tanto na proporção "texto digitado / tempo de digitação". E nem falo no sentido de que isso ficou no rascunho uns 4 meses. É que é MUITA foto para olhar. Escolher então, nossa senhora... Muito gracinha. [quando nova, claro, mas já vi gente envelhecer muito pior] E eu olhei pouco. Foto dela é o que não falta. Só tinha era definido que não seria a famosa foto do Bonequinha de Luxo. [não vou linkar a foto não, você tinha que saber qual é.]

Meninas, aprendam com ela! Vejam só, ela está usando uma roupa que parece um meio termo entre filme de ninja da Sessão da Tarde e uniforme de chofer [é isso mesmo, Bruce Lee nos 2 links]. Tem mais duas fotos da mesma série ao final, dá para ver melhor. Era magra (nada de peitão siliconado). Diminuiu com o tempo, mas um traço marcante eram os sobrancelhões. Cabelo curto e nada de chapinha, e menos ainda aloiramento.
E ainda é um marco de beleza feminina passados meio século desde a foto acima.
E nem é algo contextual - ela seria linda hoje ainda também. Mas é isso. Vou parar senão vou ficar reclamando aqui e qualquer garota que apareça no site nunca mais volta. Não é que as de hoje sejam feias nem nada, claro que não... Tenho amigas lindas [que alisaram, aloiraram e siliconaram] e nasceu gente feia naquela época também. Mas cacete! Vejam as fotos! É covardia. :-D

E mais fotos com a roupa de shaolin:
clique para ampliar

sábado, 13 de agosto de 2011

A Árvore da Vida

Esse filme precisa ser visto no cinema!
[momento de silêncio para punchline]
Porque se você tentar vê-lo em casa você desiste! Ok, tem gente que gosta. E eu talvez sinta até uma certa admiração por elas. Mas eu sou apenas parcialmente o público alvo de um filmes destes. Não digo que não sou porque afinal... fui ver e nem saí no meio. Mas se você tem o mesmo gosto que eu... Até explico melhor a minha primeira frase, lá eu só defino a forma como ele deve que ser visto... Não que ele tenha que sê-lo. Algumas vezes não saber nada do filme antes de assisti-lo... é uma coisa ruim. Agora que já vi, não me arrependo. É interessante. De uma forma meio bizarra, mas é... E putz... parece que foi anteontem que eu fiz um post dizendo que, nestes tempos de falta de tempo, vir escrever sobre o filme no blog, logo após a sessão, era um bom sinal. Sei lá, não sei... Não será todo mundo dizendo que é uma obra-prima que vai me fazer gostar.

Com todo o oba-oba que fizeram sobre o filme, a verdade é que ao sair do cinema o considerei a maior pegadinha do Mallandro da história. São 2 horas e meia até o HÁ!

Nome original: The Tree of Life
Duração: 2h18min (e já falam numa versão de 6 horas!)  --  Trailer legendado
De: Terrence Malick (de Além da Linha Vermelha)  --  Ano: 2011 
Com: Hunter McCracken, Brad Pitt, Jessica Chastain e pontas de Sean Penn.

O início do filme é espetacular. Perdi um pouco de tempo me localizando, mas quando vi a divisão celular logo após e cena do poço de lama fervente [sei que não era lama, estou com preguiça de pensar no termo correto] entendi o que estava acompanhando. Espetacular.
Foi até uma injustiça cerebral minha o fato de que toda hora eu cantarolava em silêncio Umba! Ontchi... bumba! Ontchi... bumba! (entenda a referência aqui). A cena do dinossauro aquático sangrando em terra, prenunciando a etapa seguinte da evolução... Lindo. [era um elasmossauro, a quem interessar]

Por falar em coisa bonita, a trilha sonora é fantástica. Excelente. MAS... como sempre... as músicas boas NÃO estão na trilha sonora do filme. A trilha sonora do filme tem só as musiquinhas de elevador que tocam nos momentos não-importantes. Coisas como a versão de Má Vlast, Vltava que toca no começo do trailer e no filme, a Lacrimosa, ou a marcha fúnebre... Nada disso está na trilha. Então não comprem. Só de birra. Até eles aprenderem a colocar nos discos das trilhas sonoras *todas* as músicas que tocam nos filmes - e também as dos trailers. Que seja um album triplo. Eu pago. Mas não vou pagar para ter só as músicas que não fariam falta. [e aí, nós procuramos as músicas boas na Internet, e *nós* é que somos os piratas malignos]
Mas a internet é cheia de gente legal, então seguem 2 links para vocês:
Criterion Corner: The Real Tree of Life soundtrack (não tem todas, mas as principais)
The Playlist: All 37 Songs Featured In The Tree Of Life

Voltemos ao filme... Após mostrar a evolução da vida na Terra, o filme mostra a infância do protagonista em curtos saltos de tempo. Neste começo achei que o filme estava indo muito bem. Achei que ele seria meio doido, não se prendendo a história nenhuma, e seguiria a vida do cara em saltos até o momento em que ele estava no começo do filme (velho) e passaria daquilo. E aí voltaríamos para mais 20 minutos de planetário, talvez mostrando o fim da vida na Terra. E voilá, início, meio e fim. É o que sempre se espera de uma história. E eu teria gostado! É sério.

Mas as vezes, do nada, vinha a voz da mãe, como se estivesse conversando com Deus. [acho que era isso mesmo] E quando chegamos na adolescência do protagonista, param os saltos. Acompanhamos a vida complicada dele e dos irmãos num intervalo de poucos meses ou anos, com um pai amoroso do jeito ruim dele e rígido ao extremo. E a mãe doce e divertida com as crianças - quando o marido escroto não está por perto. Uma espécie de Desperate Housewives com Conta Comigo, mas sem o humor, sem o sexo, e com muitos problemas psicológicos na bagagem.

Quem quiser uma sinopse decente, sugiro a do Cinema com Rapadura.

Devo ter pescado algumas das mensagens do diretor, aqueles clichês da busca da criança interior, de fazer as pazes com os fantasmas do passado e estas coisas [e devo ter perdido outras menos óbvias], mas ainda assim, saí do cinema rindo. Aquela coisa de "pqp! pq eu vi isso?" Mas eu levei na esportiva. Como eu disse, sou parcialmente público alvo destas tranqueiras.
O filme serviu para "animar" a noite de muita gente, vi muitos rindo pela mesma razão e outros rindo de comentários de terceiros sobre "2h e meia perdidas para sempre", "que b*", esse tipo de coisa. Até as mocinhas que ficam na porta ao término da sessão estavam rindo, porque sabiam o que estava acontecendo. :-D

Leitura recomendada: resenhas do ScreenRant: sobre o trailer e sobre o filme.

ATUALIZAÇÃO: Ok, tudo isso acima eu escrevi ao chegar em casa, no "calor do momento". Não retiro nada. Mas o cérebro humano é safado e é só começar a passar um pouco de tempo que ele começa a esquecer as partes ruins de qualquer coisa. Hoje de manhã já acordei com uma impressão melhor do filme. Agora de noite já começo a quase achar bom. Dê-me uma semana e o estarei recomendando [humm... acho que não.] Mas façam o seguinte então, se forem ver não se desesperem durante a sessão, e esperem 2 dias. Aí vejam o que sobrou na memória.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Melancolia

Taí... Uma postagem sobre o filme logo após a sessão, isto não fazia faz tempo. Significa uma [duas] coisa[s]: o filme é muito bom [e estou sem sono]. E aqueles que leram o resto do blog, lembrarão só de outra situação parecida: eu saí do cinema feliz. E duas horas de Kirsten Dunst em tela nem foi o motivo [ô magrelinha albina danada de bonita]. E não foi feliz-satisfeito-com-o-resultado; saí feliz de bem com a vida. Sei lá, acho que não estar participando da extinção da vida humana num ambiente deprimente faz tudo parecer menos ruim. Se foi esta a intenção do diretor, ótimo. Se não foi, o filme foi um fracasso. Melancólico não passou nem perto de como me senti ao sair do cinema.

Detalhes técnicos:
Nome original: Melancholia
Duração: 2h15min  --  Ano: 2011  --  Trailer legendado
De: Lars von Trier  --  País: Dinamarca e outros.
Com: Kirsten Dunst (T-T-T-Torrance!), Charlotte Gainsbourg (a irmã), Kiefer Sutherland (o cunhado), John Hurt (o pai), Charlotte Rampling (a mãe), Alexander Skarsgård (o noivo) e Udo Kier. Tem uma criança também, mas podemos ignorá-la. Na verdade, o filme é basicamente as duas irmãs de personagem, o resto é ponte para elas.

Agora, de cara, coisas a se dizer:

Para fãs de FC. (e abro parêntese para comentar para os não fãs: FC não é só homenzinho-verde de Marte nem tentáculos estupradores, você deve gostar de vários filmes ou livros de FC e nem se dar conta disso).
Achei que o filme seria mais suburbano, teríamos uma situação mais caseira e familiar, com várias pessoas esperando o fim do mundo, e as reações que isso traria. NOPES! A primeira hora de filme ninguém nem está sabendo de nada. É um drama, onde você é meio que jogado no meio de uma situação horrível, que só desanda, ainda que vagarosamente. Detalhe divertido: é um casamento. E 95% de tudo ali é ignorado na segunda hora. Onde o tema "o mundo vai acabar" parece central, mas não é.
Se bem que, verdade seja dita, quando eu resolvi ver o filme estava confundindo-o com o Another Earth (não sei ainda o nome em português) e sequer havia visto o trailer correto até ainda a pouco. Mas claro, sabia já que não eram o mesmo filme porque vira algumas cenas soltas na TV.

O tema musical: Prelúdio, de Tristão e Isolda, de Wagner.

O final: não deixem de ver a cena após os créditos. Tudo se resolve bem. Brincadeira. Morreram todos mesmo. E não estou entregando nenhum segredo, morrem todos no primeiro minuto de filme.

Na verdade, morreram todos só 10 minutos depois do começo. O filme abre com uma longa, lenta, e viajante (podem dizer "onírica" se preferirem) seqüência de cenas estranhas, do tipo que se você estivesse sonhando aquilo, preferiria acordar.

E não que isso faça qualquer tipo de diferença para gostar ou não do filme... Mas para os que não estudaram direito Ciências no colégio ou não têm bom senso e vieram parar aqui... Vão embora! 1) Sim, pode acontecer. Mas nem de perto será como no filme. 2) Qualquer site dizendo que VAI acontecer, é mentira.

Resuminho do filme: garota que sofre de depressão clínica tem uma crise (seria esse o termo médico correto?) durante o casamento. As coisas desandam. Ironicamente, há várias cenas engraçadas nesta parte do filme. Algum tempo depois vemos a mesma garota indo passar um tempo na casa da irmã devido a outra crise. E ficamos sabendo que entre os dois fatos rolou a notícia de um planeta em rota de quase-colisão com a Terra, que afeta bastante a irmã mais velha, que já é mãe. A história segue daí, com a irmã tentando ajudar a outra outra em crise, e depois o inverso. Ainda que a Kirsten Dunst não seja exatamente amigável nem no estado alterado, nem no estado são. Mas ela se redime, não se preocupem, vocês não terminarão o filme com raiva dela.

A Kirsten ganhou Melhor Atriz em Cannes pelo filme. Não vi as concorrentes, mas ela está muito bem. Merecido. O filme é lento e longo, mas foi uma boa pedida. Só não vá me levar a namorada achando que é um filme romântico ou um filme catástrofe.

Outras opiniões:
Adoro Cinema  --  Melhores Coisas  --  Guardian  --  Cine Resenhas  --  Omelete

E agora, momento DJ!
Tal qual Besouro Verde, que eu recomendei o que ouvi em seguida, segue recomendação de trilha para ouvir pós-Melancolia. Se você saiu tranqüilaço, as músicas estão de acordo. Se você saiu deprê, essa sequência pode te animar um pouco:

Greased Lightning - John Travolta (de Nos Tempos da Brilhantina)
You Never Can Tell - Chuck Berry (de Pulp Fiction)
Juke Box Blues - Reese Witherspoon (de Johnny e June)
Soon my Lord - canto religioso melanésio (de Além da Linha Vermelha, mas não se deixe enganar pelo filme ou pelo estilo, é uma música alegre)
Hey Ya - OutKast
Shut Up and Drive - Rihanna
45 Seconds of Ecstasy - Meat Loaf
The Rhythm of Life - Sammy Davis Jr (deste excelente comercial da Guinnes: noitulovE)
The Lady Is a Vamp - Spice Girls ("She's the talk of the town, she's the best, Yes!")
AD Police - Rockin' the Beat (de Bubblegum Crisis)

domingo, 24 de julho de 2011

Filosoraptor comenta o ateísmo

Não sou crente. Mas não sou ateu. E finalmente achei alguém que me entende. rs!!!!



Tradução: « Como a ciência pode apenas descrever o universo empiricamente observável, "Não há deus" é necessariamente uma expressão de fé. »

Eu achei uma réplica a este argumento num fórum de filosofia; mas, ainda assim, não convence: « Se o deus em questão pode causar mudanças no "universo empiricamente observável" e estas mudanças não são "empiricamente observadas", então é razoável inferir que o deus em questão não exista. Se o deus em questão não causa estas mudanças observáveis, então sua existência é indistinguível da não-existência de outros deuses imaginários. »

Todavia, nosso filosofante amigo abstrai o fato de que a indistinguibilidade da não-existência não é prova da mesma, logo, afirmações não podem ser feitas. Na parede da minha casa, dentro do cimento, há uma moeda de R$ 1. Eu sei disso porque eu a enfiei lá. [achei que seria interessante algum futuro morador, numa futura reforma, encontrá-la e ficar bolado - nunca imaginei que a usaria numa argumentação metafísica] Sua presença lá é indistinguivel de sua não-presença... Mas ela está lá. E ainda que o deus em questão não faça mudanças observáveis, ele pode ter sido apenas malandro o suficiente para fazê-las de forma não mágica e perfeitamente compreensíveis. Quem via (ou vê a reprise) de Dead Like Me, lembra que todas as mortes acidentais eram causadas por gremlins do além (?), mas todas perfeitamente explicáveis no nosso universo natural.

Respeito a de todos. Tanto as posivitivas (há algo), as negativas (não há) [sim, ateus, vocês são todos "homens de fé"!], e as mistas (aquela coisa meio jedi). Agora respeitem os neutros (ou os sem-fé, se preferirem).

Leitura recomendada:
Desciclopédia: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Agnosticismo
Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agnosticismo
Know Your Meme: http://knowyourmeme.com/memes/philosoraptor

Atualização 26/05/2012: achei, por mero acaso, um texto rápido e interessante chamado Atheism is not Faith. Os argumentos são válidos, mas não me convenceu do contrário. A racionalidade de uma decisão não a torna correta. E assumir a correção de um dado sem evidência... vou chamar de até o fim dos tempos.
Mas os textos do cara são interessantes. Vale passear pelo site, que é meio confuso, da Era Geocitiezóica.
A página inicial é essa aqui e eu esbarrei no site por essa aqui: Biblical Problems, que não consegui achar indo pela tela inicial.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Loup - Uma amizade para sempre

Nome original: Loup (tradução: só "Lobo", nada de subtítulo bizarro, pior só se fosse "Uma Amizade Animal")

Duração: 1h42min  --  Ano: 2009  --  Trailer
De: Nicolas Vanier  --  País: França
Com: um monte de gente com nome estranho que você não vai conhecer mesmo...Mas só para este post aparecer no Google se alguém procurar, toma: Nicolas Brioudes (o mocinho), Pom Klementieff (a mocinha, belíssima canadense cruza franco-russo-coreana), Min Man Ma (o pai), Vantha Talisman (a mãe) e Bernard Wong (o mala).

A história: o mocinho é de um povo do interior da Sibéria, nômades criadores de renas. Chega o dia em que ele atinge a idade de assumir responsabilidades e é encarregado de tomar conta do rebanho e protegê-lo dos lobos (= atirar para matar sem fazer perguntas). Mas como adolescente faz tudo errado, ele dá uma de Mogli e fica amigo de todos, batizando cada um com graciosos nomes russos. Em paralelo, ele é visitado pela namoradinha de outra tribo, que inicialmente é a única a descobrir a lambança que ele está fazendo; pertubado pelo mala despeitado; e precisa pôr as idéias em ordem e encarar o pai, porque ele sabe que está fazendo algo totalmente contra as crenças do clã de "lobo bom é lobo morto".

Opinião: de cara, levei um susto. Putz! O filme é em francês. Ok, o nome francês deveria ter me deixado preparado... Mas realmente achei que o filme seria falado em algum dialeto local russo (onde eles moram) ou mongol (que eles parecem). Non! Ils parlê tut le francê! Foi um choque, mas menos mal que não foi dublado em inglês ou algo assim. E eu tive esse alívio lá no cinema. Tive alívio duplo agora ao descobrir no IMDb que nos EUA o filme foi mesmo dublado em inglês, com sotaque e gírias californianas!

O filme não é tão lento e contemplativo quando eu imaginei, há várias cenas de belas paisagens, lobos fazendo pose, mas devido ao protagonista ter medo da reação da tribo e (tanto ele como a platéia) temer pela integridade dos animais, há tensão no filme. Eu não vi o trailer antes de ir, então achei que seria tudo fofo do começo até o fim. E há a tensão extra de que, dada a reação esperada dos familiares e aquela coisa "escorpião do Esopo", você passa a maior parte do filme pensando "isso vai dar merda...". Claro, todo mundo torce pelo cara e sua amizade pelos lobos... "Mas isso ainda vai dar merda..."

Não vou entregar o final [a namorada morre, atacada pelos lobos que o cara protegeu!!!! brincadeira!], mas não foi nem o que eu pensei de pior nem o de melhor (que seria algo tipo "Como Treinar Seu Dragão"). Teve um final surpreendentemente adulto, poderia dizer. Politicamente correto? Talvez. Mas nada no estilo "aprendi minha lição, lobos são criaturas de deus, e a partir de agora esta tribo é amiga dos animais!"
No final de tudo, é um filme bem leve. Tinha até criança na sessão. Há também umas indiretas ecológicas aqui e ali, mas nada que destoe. Um filme bonito, com algum drama e suspense, um pouco de romance, e até rápidos toques de humor.

Outras críticas:
Gostou: Cinema na Rede  --  Não gostou: Omelete  --  Ambos: Verdade Alternativa

terça-feira, 12 de julho de 2011

Belas Maldições

Ou, Os Mochileiros Americanos do Apocalipse!

Ok, isso é mais uma comparação ilógica, mas quando comecei a ler o livro, talvez por ser do Gailman e começar com algumas figuras mitológicas conversando, pensei logo em Deuses Americanos. Como eram anjos e demônios, veio a mente o A Batalha do Apocalipse, do Eduardo Spohr. E logo de cara, o estilo de humor me lembrou do O Guia do Mochileiro das Galáxias, do Douglas Adams (possivelmente pelos 2 escritores serem ingleses). Então desculpem os autores envolvidos... Mas o apelido acima me veio logo nas primeiras páginas.  Podia ter sido A Batalha dos Deuses Mochileiros também... Mas não foi isso que me veio a cabeça na hora. [sabe como é... ler livro no ônibus, o cérebro vai chacoalhando... não dá certo.]

Detalhes ténicos:
Título: Belas Maldições: as belas e precisas profecias de Agnes Nutter, bruxa.
Original: Good Omens: The Nice and Accurate Prophecies of Agnes Nutter, Witch
De: Terry Pratchett (da série Discworld) & Neil Gaiman (Sandman!!)
Reino Unido  --  1990  --  Editora nacional: Bertrand Brasil

No começo algumas pequenas coisas incomodaram aqui e ali... Num dado momento no início do livro há uma frase em inglês, mas o asterisco apontando a nota de rodapé está algumas páginas depois, no que só pode ter sido um engano. E algumas coisas eu teria traduzido de forma diferente. Ou traduzido, ponto. Mas ok, aí entra o detalhe de que não sou tradutor profissional e o cara que traduziu o livro, sim [espero]. Então podem confiar. Foi só uma questão de gosto pessoal.

Mas uma coisa é certa, não por culpa da tradução, mas fazia tempo que eu não tinha vontade de ler um livro no original ao invés de em português. Eu gosto de ler livros traduzidos porque leio mais rápido e em inglês sempre surge uma palavra nova - em português isso é raro e eu consigo aproveitar melhor (e novamente, mais rápido) o texto. No caso de Belas Maldições, mesmo em português eu notava as vezes "aqui teve um trocadilho" (ex.: quando usam a palavra padrinho). E se eu notei alguns... imagine quantos não! Muitas piadas devem ter se perdido. Algumas partes eu não resisti e reli em inglês num PDF do livro que arranjei nos cantos (não-)obscuros da internet. Mas claro, aí novamente vi várias partes onde eu não teria idéia do que estavam dizendo. É o mesmo dilema do dublado/legendado ou ler o livro antes/depois do filme.

Agora... Este é um daqueles posts atrasados, que eu começo numa época e depois me lembro que nunca terminei. Os parágrafos acima eu escrevi quando ainda lia o livro, só para lembrar de comentar a questão das traduções. Mas nestes últimos 2 meses [estou sem setembro]... Fez "puf!" tudo o mais que eu pensara em falar sobre o livro. Então daqui para baixo minha resenha será tão boa quanto a de alguém que leu um resumo do livro na internet [coisa que eu farei para reativar a memória] para apresentar em sala de aula como se tivesse lido.

Uma coisa que eu lembro é que eu realmente gostei do começo do livro. Nos primeiros capítulos somos apresentados e acompanhamos 2 personagens: o anjo Azirafale e o demônio Crowley (do inglês crawly, rastejante. O sujeito era a cobra do Paraíso). A "química" entre os dois personagens é excelente. São dois sujeitos que vivem na Terra a milhares de anos. E ao mesmo tempo que são inimigos, por assim dizer, são praticamente os únicos amigos um do outro. Nenhum deles concorda com o "lado" do outro, mas eles gostam da vida aqui e não estão muito contentes com esse papo de Armagedon se aproximando.
Não consigo pensar numa boa comparação para o anjo, mas o Crowley me lembrou o "O Contador" do Fúria Sobre Rodas (resenhado aqui). Ambos até dirigem carros antigos.
Mas porque estou falando de ter gostado tanto do começo? Porque pouco depois o livro muda de rumo, e foca em crianças. Crianças! Pô, trocamos de 2 seres mitológicos sacanas e imortais para... crianças. Na hora foi um choque. Aquela coisa de "Ah, não... PQP! O que é isso?" Os dois voltam, mas demora um pouco. Mas fiquei "olhando torto" para as crianças um bom tempo, pelo disparate delas terem roubado o foco.

Estou falando de Armagedon, crianças, e nada faz sentido porque não resumi o fio condutor da história (o "plot"). Pois bem, o mundo vai acabar. E como todo mundo que viu A Profecia (ou leu O Escolhido) sabe, isso começa com o nascimento do Anti-Cristo. Com direito a freiras malignas trocando o bebê e tudo. Só que há uma confusão e a criança trocada é re-trocada. O tempo passa e só depois os encarregados de ficarem de olho no moleque (o anjo e a cobra) percebem que o perderam de vista, não têm idéia de onde a criança foi parar e nem como foi criada, e precisam localizá-la antes que o Fim do Mundo não tenha mais volta.
Na verdade, seria função deles que o Fim corresse bem, mas eles gostam daqui. Querem que as coisas continuem como estão, mas não sabem muito bem como resolver isso e não querem encrenca com os seus respectivos "chefes". E eles só têm 4 dias.

Nisso a história muda de foco, e mostra justamente o anti-cristo de 11 anos de idade, que não tem idéia disto, e seus amigos; que formam uma pequena gangue de crianças arteiras e traquinas das redondezas da cidadezinha em que vivem. Em paralelo, acompanhamos também a reunião d'Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse; um caçador de bruxas e seu pupilo; e a descendente da bruxa no título do livro. No final todos se encontram e todas as histórias se entrelaçam. Tudo com muito humor britânico, referências pop, piadas cínicas, e, para não ficar só na palhaçada, muitas indiretas sobre filosofia e a natureza humana.

É um ótimo livro. Se eu não consegui convencer ninguém com este protótipo de resenha, ignorem-me. Achei algumas resenhas um pouco melhores para vocês lerem:

Resenha curta: Mar de Histórias
Média: R.izze.nhas
Omelete: O apocalipse nunca foi tão divertido
Em inglês: Wonderful Comics
E mais duas: Meia Palavra e Fala Livros [porque não consegui decidir direito quais linkar]

domingo, 10 de julho de 2011

Highschool of the Dead

Título original: 学園黙示録, Gakuen Mokushiroku (Academia Apocalipse)  --  Trailer  --  Abertura
De: Daisuke Sato (mangá) e Tetsuro Araki  --  Ano: 2010
Duração: aprox. 4h (12 episódios) --  Madhouse Studios

Essa postagem é sobre o anime. Assista-o apenas SE:
1) Você é grande fã de histórias envolvendo zumbis; e/ou
2) Você é um entusiasta por peitos gigantes, calcinhas e bundas em desenhos japoneses. [seu punheteiro!]

Eu me encaixo só na primeira opção. Não sou um cara pudico nem nada, mas quando quero ver peito prefiro vê-los em humanas, ao vivo se possível, não em desenhos caricatos e atrapalhando o desenrolar da história. Mas se você gosta de desenho japonês, ainda que só se encaixe na primeira opção também, é um divertimento leve que não causa arrependimento.
Irrita imensamente ter uma personagem que não vê problema algum em passar o dia inteiro apenas vestindo botas de cano alto e um avental de cozinha, mas não a ponto de desistir. Re-atentem para o negrito lá na condição nº 1. E depois ela arruma roupa melhor. [ou seja, veste-se novamente como uma colegial, como se essa fosse a melhor roupa para se vestir em qualquer situação possível, ainda mais durante combates armados durante o apocalipse.]

A história: dia normal num colégio japonês, até que um professor vai tirar satisfação com um passante, incomodando junto ao portão. Era um zumbi. Ele é infectado. A desgraça se espalha rápido. E ficamos apenas com nossos personagens principais. O garoto com pinta de bad boy, mas de bom coração, secretamente [como sempre em animes] apaixonado pela melhor amiga. A melhor amiga. O melhor amigo, atual namorado da melhor amiga. A médica tapadinha (única adulta entre eles) com seios maiores que a cabeça. [todas tem seios imensos, mas exageram nesta] A riquinha (amiga de infância do cara, inteligente mas mimada e arrogante). O gordinho nerd apaixonado pela riquinha. E a aluna mais velha, exímia espadachin. Depois surgem mais alguns personagens e um dos acima morre.

Quando a galera acima percebe que ficar na escola, esperando socorro, não dará muito certo, eles resolvem ir atrás de seus pais. Então precisam enfrentar a cidade e se virar com o que surgir no caminho, tanto zumbis como humanos não-amigáveis.

São só 12 episódios de 20 minutos. Então juntando tudo, dá apenas um filme longo. Começar a detalhar mais a história começa a cair na descrição de cada episódio. Então vão ver. Ou não.

Coisas importantes para saber:

■ O episódio 6 e o 9 beiram a total inutilidade de tanto tempo perdido com peitos, bundas, camisetas molhadas, etc. O ep.6 tem uns 5 minutos aproveitáveis, o resto é ocupado pelo banho das 4 personagens principais. É sério. Veja este episódio com tempo, para que você veja o seguinte em seqüência e consiga esquecê-lo o quanto antes. (ou não, caso você tenha preenchido o 2º requisito).
O episódio 9 você quase esquece que é quase tão ruim - perto do final há uma revelação psicológica seguida de uma ótima luta, mas aí... a garota solta uma frase tão ridícula que te faz lembrar que o episódio foi uma bosta também. Ah, o "discurso motivador" do cara também não fica atrás.

■ Há cenas depois dos créditos. Só descobri isso após assistir metade dos episódios. As cenas não são "cenas dos próximos capítulos" (as vezes tem isso *também*). As cenas geralmente duram 2 minutos e não são tão importantes inicialmente, mas depois fazem falta (só as descobri por isso; achei que entre o fim de um episódio e o início do outro tinha faltado alguma coisa, e no rápido flashback do episódio anterior tinha uma cena que eu não vira).

■ E se você é meramente um onanista, que não liga para zumbis, veja outra coisa. É só peito, bunda e calcinha, não há sexo. É mais que mero fan-service, mas não chega a ser um hentai.

■ Ah, o OVA, de apenas 16 minutos, é uma merda. Fica entre o episódio 6 e o 9 em ruindade. Faz o seguinte, após ver o episódio do banho, veja-o também, que assim você resolve o assunto num sacrifício apenas e termina a série com uma boa impressão. Ver o OVA ao final é uma péssima última(*) lembrança para ter. Já se você for um descabelador do palhaço pode vê-lo em primeiro. Mas continua sem sexo. Ele até começa bem, com um super-rápido resumo dos 12 episódios (sem spoilers) em que até eles sacaneiam o episódio do banho, mas depois se perde.

(*) aparentemente haverá uma 2ª temporada, mas nada confirmado que eu tenho achado ainda.

E para quem quiser ler o mangá, saiba que a Panini o publica.