sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Besouro Verde

Taí, fazia tempo que não saía do cinema tão feliz com o que eu vi. Filme despretensioso e extremamente divertido. Muitas forçações de barra, mas convenhamos... Não é filme para se levar a sério, graças a deus reviveram o personagem como comédia, não como ação. OBS: não entendam que não gostei tanto de outros filmes recentes... A escolha do termo "feliz" é proposital. Achei Cisne Negro maravilhoso, por exemplo, mas saí do cinema extremamente satisfeito, não *feliz*. Quem sair feliz daquilo, procure um psicólogo.

Voltando ao Besouro Verde (Green Hornet, no original), não era para eu ter gostado tando do filme. Já ri mais em outras comédias. Já vi mulheres mais bonitas. Já vi melhores vilões. Já vi melhores cenas de ação. Mas saí do filme pilhado. Já querendo a continuação. Ao voltar pro carro a primeira coisa que eu fiz foi achar o tema do seriado no pendrive e ouvir umas duas vezes. E depois disso, voltei para casa só ouvindo músicas no mesmo clima. Nada de música lenta... eu estava alegre.

A propósito, segue a lista do que eu ouvi. Foi uma boa seqüência.

Kill Bill - Al Hirt - Green Hornet
Kenny Loggins - Footloose

Kill Bill - Al Hirt - Green Hornet (de novo, claro!)
Kill Bill -
The 5.6.7.8's - Woo Hoo
Max Headroom - Merry Christmas Santa Claus
(ok, essa não é agitada, mas apareceu na ordem alfabética e eu não quis pular, adoro essa música)
Monkees - I'm a Believer
North Mississippi Allstars - Ba
ng Bang Lulu
Pat Benetar - Heartbreaker

Pete Yorn - Ever Fallen In Love
Pizzicato Five - Twiggy Twiggy
Plastic Bertrand - Ca Plane pour moi


Diga-se de passagem, essa é minha reclamação sobre o filme... O tema da série só tocou mui rapidamente num breve momento. Kill Bill tocou o tema inteiro, já o filme do dito cujo em si... Nos créditos era a hora perfeita para isso, e não meros 5 segundos perto do final. (diga de passagem, o início dos créditos é a única parte que eu fiquei curioso de ver em 3D).
Na verdade, eu achei que a última cena do filme seria uma reencenação da abertura do seriado. Aquela coisa de "Este é Bill, bom moço de dia, herói mascarado à noite; junto com seu fiel escudeiro e seu carango envenenado eles combatem o crime... ".

Aproveitando a deixa, eu não vi o seriado, então não sei o sentimento do pessoal das antigas. Achei diversão de primeira, mas quem já era fã pode ter alguma reclamação de que desrepeitou alguma coisa, ou isso ou aquilo. Como eu não vi a série, nem o seriado cinematográfico, nem o radiofônico, nem os quadrinhos, etc. Não tive do que reclamar. E a série (que eu conheci pelo saudoso Top TV, com Fabíola Villanova e PH) mesmo nunca tendo visto, tinha algo de tão... aquela coisa de nostalgia-por-tempos-não-vividos... tempos mais simples e etc...  que não teve como não ficar fã. De repente nem da série em si, mas do espírito da coisa. [comentário aleatório: quando eu comprei meu carro fiquei na dúvida entre grafite, azul e preto. Fiquei com grafite, que era mesmo minha primeira opção, mas achei que o único problema desta cor era que não teria como apelidar o carro de gozação. Nas outras cores ele seria respectivamente chamado de 'Trovão Azul' ou, mesmo que ninguém entendesse a referência, de 'Beleza Negra'. :-)  (carros verdes eu chamo de 'Tartaruga Ninja' e pratas de 'Águia de Aço')]

Possivelmente ajudou a gostar do filme esse... hummm... respeito?... que eu já tinha pela série. E claro, a abertura, com aquela vespa bizarra, que parecia mais algo digno de um vilão do que do herói, e O Vôo do Besouro tocando ao fundo... Muito bom. [a abetura do seriado é meu toque no despertador do celular] Certamente foi o tema até que levou à bizarra tradução do título. Só um doido confundiria um besouro com um marimbondo!

"Um" besouro verde e "O" Besouro Verde

Atores... Gostei de ser um oriental desconhecido (Jay Chou) ao invés de aproveitarem o John Cho novamente. Ele só podia sorrir um pouco mais. Gosto bastante do Seth Rogen e espero que se fizerem outro Flintstones, seja ele o Fred. E a Cameron Diaz continua bela, mas felizmente a personagem tem quase 40, não tentaram a cara-de-pau dela dizer que é recém-formada ou algo assim. Bom-senso e respeito pela nossa inteligência é sempre bem-vindo. Mesmo numa comédia. E as cenas de luta são muito boas. Um pouco frenéticas demais (principalmente a primeira), a ponto de eu me perder um pouco de "ei, o que aconteceu?"; mas possivelmente a graça delas foi justamente essa.

E é isso. Como sempre estou dando uma de Cabine Celular e opinando ainda na adrenalina. Mas não jantei e estou com fome. Ficam os meus parabéns para o Michel Gondry e fica a abertura original para vocês. Fui.


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