Primeiro as boas notícias: "Os Deuses de Marte", de Edgar Rice Burroughs, deve sair em português no começo de abril e a continuação, "O Comandante de Marte" (The Warlord of Mars) já no mês seguinte. Informação tirada do Facebook da Aleph.
Agora a notícia +/-: com o lançamento do filme e relançamento do livro "Uma Princesa de Marte", a capa mudou!! Pena, a capa original era muito bonita, com alto relevo e tudo. Seria legal continuarem no mesmo padrão. Mas imagino que agora o 2º e 3º livro seguirão o padrão sem-graça novo. O consolo é que a capa do livro NÃO é o poster o filme. Um grande alívio.
E infelizmente, agora a notícia ruim: o livro não é bom. Das 180 páginas, as primeiras 100 são de porrada e fuga, seguidas de porrada, luta e fuga. E novamente mais luta e fuga. E aí... Eles fogem novamente e se preparam pra lutar. E finalmente começa a história. Mas aí o Carter é feito prisioneiro de novo, foge e parte pra luta.
É... baita maldade descrever assim, talvez até um pouco de exagero, mas estejam preparados: é muita luta e fuga!
Ah, e muita paixão. Com exceção de uma, todas as mulheres do livro se apaixonam pelo sujeito. [ok, são só duas! mas no livro inteiro acho que só há 4 mulheres - e uma é a vilã e outra é a esposa]
[opa, 5! lembrei que a Sola faz uma pontinha]
E acabei de me tocar que como li no ebook, eu não percebi se esse livro era mais fino ou grosso que o original. Achei que era mais fino, o que explicaria a história menos "densa", mas não... Bizarramente ele é mais longo que o primeiro. Haja lutas e fugas!! [estou tomando como base as edições Del Rey: livro 1 e livro 2]
A história é de 1913 (lançado em forma de livro em 1918) e parece que o Burroughs aproveitou o tempo pensando em novos ambientes, personagens e novos povos, legal!, mas fiquei com a impressão de que ele não sabia o que fazer com tudo isso. Obviamente a impressão é falsa, dada a época do livro ele deve ter feito exatamente o que os leitores juvenis de então queriam: um sujeito machão, bom de briga, estrategista nato, irresistível para as mulheres, num ambiente fantástico, com um enredo meio Guerra Civil + índios, e tecnologias estranhas. O mérito do Burroughs [e aqui eu ressalvo minha ausência de pesquisa sobre o tema, vulgo: chute!] é que ele talvez tenha se adiantado, já que Doc Savage, O Fantasma, e outros heróis pulps +/- no estilo vieram uns 10/20 anos depois. Claro, outros escritores foram a influência do ERB, mas quem hoje lembra do "Gulliver de Marte"? [eu também não lembro, acabei de descobrir isso]
[se bem... eu devia ter lembrado dele sim, ele aparece no começo do 2º Liga Extraordinária, é o cara num tapete voador em Marte]
Mas mesmo contextualizando, não muda o fato de que nasci na segunda metade do século XX. Quando aprendi a ler essas histórias já tinham mais idade que meus avôs; então não é possível se desligar totalmente.
Uma Princesa de Marte, por exemplo, eu gostei, e nem achei que Dejah tão desamparada e boboca como muita gente achou. Mas de repente foi meu cérebro distorcendo a minha visão um pouco, para algo mais atual. Neste ele não conseguiu.
Resumindo rapidamente a história: quem leu o 1º livro ou viu o filme sabe que, no final, o cara vai parar na Terra de volta (de formas completamente diferentes, mas ok, termina igual), passa um bom tempo tentando voltar acaba e conseguindo (de formas completamente diferentes, mas ok também). Aí começa o 2º livro.
Ele volta, mas foi parar num outro canto de Marte (lá pelo Pólo Sul), onde é inicialmente perseguido por homens-planta-bebedores-de-sangue e acaba conseguindo a ajuda de um outro marciano que arranjara o mesmo problema.
Escapam, mas vão parar na base dos marcianos-brancos de onde precisam fugir (para quem viu o filme: são os carecas!, que não apareciam no 1º livro), mas acabam sendo pegos no meio de um pega-para-capar entre estes e seus inimigos mortais: os marcianos-negros (no próximo filme, talvez?). OBS: ambos tem aparência humana, ao contrário dos verdes.
Os Brancos vivem em bases na montanha, os Negros em bases subterrâneas. Ambos extremamente religiosos (sendo que no caso dos negros, a própria deusa vive lá com eles) e consideram que os marcianos de outras cores são lixo que eles podem usar para escravizar, se divertir ou comer. E o Carter acaba sendo feito prisioneiro destes também. E fica o livro todo reclamando achando que vai morrer sem rever a esposa.
Se o filme chegar a ser feito, devem ficar cenas espetaculares, bases subterrâneas, mares escondidos, submarinos, templos e jardins.
Bem, obviamente ele foge, caso contrário não existiriam 11 livros (se bem que vários não são com ele) e quando finalmente ele chega em casa, depois de fugir de toda essa galera...
SE NÃO QUISER SABER MAIS, PULE PARA O ÚLTIMO PARÁGRAFO:
... descobre que a esposa não está lá - ela agora é prisioneira do mesmo pessoal! Que coisa!
E, só de sacanagem, o regente temporário, que é de Zodanga, ainda tenta um golpe de estado. (eu já esqueci um pouco do 1º livro, então não sei agora se no filme aquele sujeito é esse e adiantaram esta parte do enredo, ou se é outro zodangano aprontando). Mas é isso. Aí ele vence todos e no final fica com a mocinha.
Na verdade, não fica não... a história termina um pouco em aberto, quem começar o 2º livro vai ter que ler o 3º.
ÚLTIMO PARÁGRAFO:
E quem quiser ler logo, o livro é gratuito para download em inglês.
Eu não gosto de não ter o livro em papel, mas ainda estou na esperança de alguma editora (a Aleph?) relançar tudo, ao invés de ter que comprar antigas edições em sebos pela Amazon. Como só os 5 primeiros livros entraram em domínio público, ninguém relança os 6 seguintes.
Só a Disney relançou tudo, mas me recuso a comprar essas edições com capas de livro infantil (e quem é a BRANQUELA na capa do 2º? são ETs vermelhos!!) Mas além das capas, no 1º livro falta a introdução original. Falha grave. Sou mais comprar as Del Rey de 30 anos atrás. Ou esperar mais um pouco...
ATUALIZAÇÃO: li o terceiro livro já, mas para não ter que ficar alterando cada postagem de cada livro da série cada vez que ler mais um deles, padronizarei da seguinte forma:
Clique no marcador John Carter abaixo para resenhas dos demais livros da série.
domingo, 25 de março de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
Sua Alteza
Natalie Portman (fã desde Brincando de Seduzir e O Profissional) e Zooey Deschanel (não lembro quando primeiro a vi) em minha tela de TV são sempre bem-vindas. Mas este filme (Your Highness no original) é indigno de uma postagem longa. Tá aqui o trailer legendado: trailer. E pronto. Saibam que se nem o trailer é engraçado, o filme é menos. Mas eu tentei. Eu tinha esperanças... Se quiserem mais dados vão no link. Vou nem por o cartaz que é pra não perder tempo.
Há alguma piadinhas até boazinhas aqui e ali, justamente aquelas que são jogadas sem pretensão, algumas gozações com clichês (como a narração em off logo após conseguirem a espada mágica), mas as piadas principais, onde você sente que tentaram te fazer rir... Eles falham miseravelmente!
Muito ruim. Não vi no cinema [e agora entendo porque não passou] e geralmente só posto comentários sobre filmes que vi na grande tela... Mas eu tinha que avisar. Uma bosta.
E tinha potencial.
Vejam quando estiverem resfriados, presos em casa e com dor de cabeça. Assim vocês não rirão, mas terão a impressão de que foi porque estavam mal-humorados pelo estado de saúde e ficarão com uma impressão melhor do filme. Melhor do que não rir em plena posse de suas faculdades mentais.
Há alguma piadinhas até boazinhas aqui e ali, justamente aquelas que são jogadas sem pretensão, algumas gozações com clichês (como a narração em off logo após conseguirem a espada mágica), mas as piadas principais, onde você sente que tentaram te fazer rir... Eles falham miseravelmente!
Muito ruim. Não vi no cinema [e agora entendo porque não passou] e geralmente só posto comentários sobre filmes que vi na grande tela... Mas eu tinha que avisar. Uma bosta.
E tinha potencial.
Vejam quando estiverem resfriados, presos em casa e com dor de cabeça. Assim vocês não rirão, mas terão a impressão de que foi porque estavam mal-humorados pelo estado de saúde e ficarão com uma impressão melhor do filme. Melhor do que não rir em plena posse de suas faculdades mentais.
sexta-feira, 2 de março de 2012
The Measure of All Things
Não, essa não é uma postagem com aquela animação em flash que mostra o tamanho das coisas desde uma partícula sub-atômica até o universo inteiro. Não tenho tido tempo de postar, mas achei que merecia mencionar o conto The Measure of All Things, de Richard Chwedyk (ISFDB).
É uma história meio triste, que trata de animais abandonados num abrigo. E mais eu não digo. Não seria spoiler, mas prefiro deixar vocês lerem. Eu mesmo, me interessei pelo conto quando ouvi falar dele mas, com o tempo, esqueci do que se tratava, então fui lê-lo agora meio que de surpresa e fui descobrindo o que estava acontecendo a medida que lia. Sei lá, acho assim mais divertido.
O conto pode ser encontrado no Year's Best SF 7 (editado David G. Hartwell e Kathryn Cramer), que é uma série de coletâneas quebra galho, mas sempre há 1 ou 2 contos por livro que compensam a importação. Este compensou o livro. Muito bom. Meio triste, sim, mas muito bom.
É uma história meio triste, que trata de animais abandonados num abrigo. E mais eu não digo. Não seria spoiler, mas prefiro deixar vocês lerem. Eu mesmo, me interessei pelo conto quando ouvi falar dele mas, com o tempo, esqueci do que se tratava, então fui lê-lo agora meio que de surpresa e fui descobrindo o que estava acontecendo a medida que lia. Sei lá, acho assim mais divertido.
O conto pode ser encontrado no Year's Best SF 7 (editado David G. Hartwell e Kathryn Cramer), que é uma série de coletâneas quebra galho, mas sempre há 1 ou 2 contos por livro que compensam a importação. Este compensou o livro. Muito bom. Meio triste, sim, mas muito bom.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Black Rock Shooter
Mais uma mini-resenha de Carnaval. [afinal, algo de bom eu tinha que fazer nesse período... pelo menos não tem a Simone cantando "Então é Natal..."]
Nome original: ブラック★ロックシューター (com estrelinha)
Duração: 52min -- Ano: 2010 -- País: Japão
De: Huke (idéia original), Nagaru Tanigawa (o mesmo da Haruhi) e Shinobu Yoshioka / Ordet
Site oficial e Trailer (clique em Movie para o trailer) [que na verdade não é o trailer, mas eu gostei mais deste do que dos oficiais, o desenho não tem nem um poster! esse que eu peguei é de uma edição especial do DVD]
Bem, o Planzet da postagem anterior eu resolvi ver só porque tinha mecha no trailer. Esse eu resolvi ver depois de ver um clipe com a personagem e gostado da música.
O que temos? O desenho começa com uma luta amalucada entre duas garotas, com a aparente morte de uma delas. Corta a cena e estamos num típico subúrbio japonês, primeiro dia de aula (aquela coisa bem bucólica, tipo A Garota Que Conquistou o Tempo ou A Melancolia de Haruhi Suzumiya [que resenharei em breve]), e aí a garota vê uma aluna nova, que acabou de se mudar, e puxa assunto... Troca a cena e vemos a garota que parecia ter morrido na primeira cena andando no que parece um mundo pós-apolíptico-místico. Troca a cena, acompanhamos o crescimento da amizade entre as duas, a mais espevitada (a principal) e a mais retraída (a aluna nova). Troca a cena, e tem mais porrada amalucada com a garota que acende um dos olhos e outra com correntes e crânios voadores... E assim vai, o desenho inteiro. Sem você entender o que é aquilo.
É um futuro distópico? É uma espevitada-alternativa de um universo paralelo / reino espiritual? É uma outra encarnação dela? Ou aquilo tudo não passa de uma representação alucinada da psiquê da sujeita?
Bem, não vou dizer qual foi a conclusão ao final do OVA. E para quem gostar, saiba que acabou de virar anime. Lançou agora em fevereiro. Eu gostei, e vou ver o anime depois, mas sendo um pouco mais criterioso, daria para dizer até que o desenho foi uma fraude. Parece que resolveram juntar enredo colegial, com lutas malucas, correntes e armas gigantes, empurraram tudo junto, meio sem sentido, para agradar otakus babões e aí é só lucrar em cima. A propósito, o final é meio em aberto, mas de uma forma meio forçada do tipo"faz o seguinte... deixa assim, pára aí, que vai terminar em algo que vai gerar discussão". Novamente, eu gostei, mas eu queria mesmo diversão ligeira, assumo minha falta de critério e de exigências elaboradas.
E lembram quando eu disse que resolvi assistir do nada, porque vi um clip? O pior é que os criadores do desenho fizeram algo parecido.
Como ele surgiu? Um cara, de uma banda, antes de fazer parte dela, tinha feito uns desenhos de uma menina de preto com chamas azuis em um dos olhos (exemplo 1, exemplo 2), aí, algum tempo depois, um membro da banda viu, gostou, e resolveram transformar aquilo num clipe. A banda (supercell) já era especializada em usar a Miku Hatsune do Vocaloid (e acredito que o MikuMikuDance), então... de usarem a mocinha de cabelos verdes [já teve até uma mini-matéria no Fantástico sobre ela] para criarem um novo modelo de uma garota de aparência quase-gótica, um pulo!
[cacete, tá complicando essa explicação, nunca botei tanto link de nome estranho de uma vez só... o pior é que faz 1 semana atrás, isso tudo era grego para mim]
Vamos tentar de novo como se vocês fossem criança: um cara de uma banda fez desenhos de uma garota. Um amigo da banda gostou e eles fizeram um clipe com ela. Mas para o clip não ser paradão (e mudo) eles usaram um programa feito só para isso: que faz desenho dançar E cantar.
No final saiu isto: clipe original, e depois surgiu outro, de um fã, que também ajudou no sucesso inicial: clipe do Anomaro-P (OBS: a história neste clipe não tem relação com a história no desenho).
Sinceramente, se eu tivesse visto esses 2 clipes primeiro talvez não tivesse ficado curioso. O que eu vi foi ESSE!: "No Scared", da banda One Ok Rock (responsável pela trilha sonora do video-game pelo que entendi). [e olhando direito agora, acho que o clipe original foi desenhado mesmo, e não "mikudançado"]
Aproveitando tanta recomendação de clipe, o que começou tudo comigo, que me fez saber que isso existia, na verdade foi este: "Matryoshka", GLaDOS and Chell.
Eu fui no Youtube seguindo algum link sobre easter-eggs do Portal 2, um link leva a outro e parei em algo que pareciam personagens de algum anime baseado no jogo. Fora ter adorado a musiquinha, fui pesquisar para saber se Portal tinha mesmo virado anime [Não!], e link vai, link vem, aprendi sobre Vocaloid, MikuMiku e todo o diabo acima.
E fui parar no No Scared por algum resultado de busca do Google.
Se bem que ainda estou curioso para saber de onde surgiram as versões anime da GlaDOS e da Chell. [ok, algum fã que deve ter criado e largou o mesh pro mundo, mas eu gosto de saber a origem das coisas]
E para terminar a postagem: cosplay!
[o pior é que eu nem estava procurando... pois é... Regra 34]
Nome original: ブラック★ロックシューター (com estrelinha)
Duração: 52min -- Ano: 2010 -- País: Japão
De: Huke (idéia original), Nagaru Tanigawa (o mesmo da Haruhi) e Shinobu Yoshioka / Ordet
Site oficial e Trailer (clique em Movie para o trailer) [que na verdade não é o trailer, mas eu gostei mais deste do que dos oficiais, o desenho não tem nem um poster! esse que eu peguei é de uma edição especial do DVD]
Bem, o Planzet da postagem anterior eu resolvi ver só porque tinha mecha no trailer. Esse eu resolvi ver depois de ver um clipe com a personagem e gostado da música.
O que temos? O desenho começa com uma luta amalucada entre duas garotas, com a aparente morte de uma delas. Corta a cena e estamos num típico subúrbio japonês, primeiro dia de aula (aquela coisa bem bucólica, tipo A Garota Que Conquistou o Tempo ou A Melancolia de Haruhi Suzumiya [que resenharei em breve]), e aí a garota vê uma aluna nova, que acabou de se mudar, e puxa assunto... Troca a cena e vemos a garota que parecia ter morrido na primeira cena andando no que parece um mundo pós-apolíptico-místico. Troca a cena, acompanhamos o crescimento da amizade entre as duas, a mais espevitada (a principal) e a mais retraída (a aluna nova). Troca a cena, e tem mais porrada amalucada com a garota que acende um dos olhos e outra com correntes e crânios voadores... E assim vai, o desenho inteiro. Sem você entender o que é aquilo.
É um futuro distópico? É uma espevitada-alternativa de um universo paralelo / reino espiritual? É uma outra encarnação dela? Ou aquilo tudo não passa de uma representação alucinada da psiquê da sujeita?
Bem, não vou dizer qual foi a conclusão ao final do OVA. E para quem gostar, saiba que acabou de virar anime. Lançou agora em fevereiro. Eu gostei, e vou ver o anime depois, mas sendo um pouco mais criterioso, daria para dizer até que o desenho foi uma fraude. Parece que resolveram juntar enredo colegial, com lutas malucas, correntes e armas gigantes, empurraram tudo junto, meio sem sentido, para agradar otakus babões e aí é só lucrar em cima. A propósito, o final é meio em aberto, mas de uma forma meio forçada do tipo"faz o seguinte... deixa assim, pára aí, que vai terminar em algo que vai gerar discussão". Novamente, eu gostei, mas eu queria mesmo diversão ligeira, assumo minha falta de critério e de exigências elaboradas.
E lembram quando eu disse que resolvi assistir do nada, porque vi um clip? O pior é que os criadores do desenho fizeram algo parecido.
Como ele surgiu? Um cara, de uma banda, antes de fazer parte dela, tinha feito uns desenhos de uma menina de preto com chamas azuis em um dos olhos (exemplo 1, exemplo 2), aí, algum tempo depois, um membro da banda viu, gostou, e resolveram transformar aquilo num clipe. A banda (supercell) já era especializada em usar a Miku Hatsune do Vocaloid (e acredito que o MikuMikuDance), então... de usarem a mocinha de cabelos verdes [já teve até uma mini-matéria no Fantástico sobre ela] para criarem um novo modelo de uma garota de aparência quase-gótica, um pulo!
[cacete, tá complicando essa explicação, nunca botei tanto link de nome estranho de uma vez só... o pior é que faz 1 semana atrás, isso tudo era grego para mim]
Vamos tentar de novo como se vocês fossem criança: um cara de uma banda fez desenhos de uma garota. Um amigo da banda gostou e eles fizeram um clipe com ela. Mas para o clip não ser paradão (e mudo) eles usaram um programa feito só para isso: que faz desenho dançar E cantar.
No final saiu isto: clipe original, e depois surgiu outro, de um fã, que também ajudou no sucesso inicial: clipe do Anomaro-P (OBS: a história neste clipe não tem relação com a história no desenho).
Sinceramente, se eu tivesse visto esses 2 clipes primeiro talvez não tivesse ficado curioso. O que eu vi foi ESSE!: "No Scared", da banda One Ok Rock (responsável pela trilha sonora do video-game pelo que entendi). [e olhando direito agora, acho que o clipe original foi desenhado mesmo, e não "mikudançado"]
Aproveitando tanta recomendação de clipe, o que começou tudo comigo, que me fez saber que isso existia, na verdade foi este: "Matryoshka", GLaDOS and Chell.
Eu fui no Youtube seguindo algum link sobre easter-eggs do Portal 2, um link leva a outro e parei em algo que pareciam personagens de algum anime baseado no jogo. Fora ter adorado a musiquinha, fui pesquisar para saber se Portal tinha mesmo virado anime [Não!], e link vai, link vem, aprendi sobre Vocaloid, MikuMiku e todo o diabo acima.
E fui parar no No Scared por algum resultado de busca do Google.
Se bem que ainda estou curioso para saber de onde surgiram as versões anime da GlaDOS e da Chell. [ok, algum fã que deve ter criado e largou o mesh pro mundo, mas eu gosto de saber a origem das coisas]
E para terminar a postagem: cosplay!
[o pior é que eu nem estava procurando... pois é... Regra 34]
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Planzet
Nome original: プランゼット (Puranzetto, se eu confiar na transliteração do IMDb)
Duração: 53min -- Ano: 2010 -- País: Japão
De: Jun Awazu / CoMix Wave Films
Trailer 1 -- Trailer 2 -- Site oficial: planzet.jp
[quem foi o bebum que aprovou um trailer em que a voz do narrador fica por cima de cenas com garotas mexendo a boca? Por um breve instante parecem que são ELAS falando... bizarro]
53 minutos, aí você desconta 5 dos créditos... o treco tem o tamanho de um episódio de Friends. Dá para ver tranqüilo mesmo não esperando grande coisa. Pô, eu decidi ver o filme só porque tinham mechas no trailer. Então dane-se.
OBS para os leigos: "mechas", tomando como base desenhos japoneses, são basicamente aquelas armaduras-robóticas-gigantes, como se fosse um Transformer mas com uma pessoa dentro, pilotando. Ex.: os Valquírias de Macross (e esses ainda viravam aviões para completar).
Mas vamos lá... Melodramas (sim, mais de 1) típicos de desenhos japoneses, as obrigatórias cenas de sacríficio, uma desculpa vagabunda para luta com os mechas (ahã! sei... nada pode impedir os ETs exceto a mais nova e moderna arma que são: metralhadoras de 15 metros e uma pistola gigante!), um baita deus ex machina no final, tudo isso em um enredo e cenas que pareciam a mistura de Macross (Robotech), Independence Day e filmes de invasão dos anos 50. Ah, e um 3D excelente mas ao mesmo tempo canastrão. Aquela coisa tipo o filme do Final Fantasy, em que todos tinham cabelos sedosos que não saíam do lugar; e quando as naves apareciam para dar um tiro... eu não sei o que faltava ali, mas faltava alguma coisa para eles parecerem mais 'vivas'... não sei explicar... mas elas pareciam de plástico em stop-motion nesses momentos. Mas... convenhamos, era exatamente como seria se os desenhos japoneses fossem filmes.
Canastrice e clichês sem limites, mas diversão quase garantida. E tudo em um tom quase sépia.
Ah, o enredo: a Terra foi atacada e quase destruída e, apesar do planeta estar agora protegido por um gigantesco escudo de energia, passam os anos e ninguém tem uma idéia de como acabar com o inimigo. Mas eis surge uma super-arma, a última chance de vencer os alienígenas, e cabe a um garoto salvar o mundo.
Eu até podia reclamar, porque queria ver mais cenas com mechas em 3D realista e eles apareceram bem pouco, mas em compensação... Filme americano sempre mostra a Estátua da Liberdade ou a Casa Branca se ferrando... Japonês faz isso com o Monte Fuji. E eu cresci vendo desenhos japoneses... Então ver o bom e velho Fujiyama revidando... Cena B-zaça de primeira qualidade!
No final das contas, foi uma hora bem gasta.
Duração: 53min -- Ano: 2010 -- País: Japão
De: Jun Awazu / CoMix Wave Films
Trailer 1 -- Trailer 2 -- Site oficial: planzet.jp
[quem foi o bebum que aprovou um trailer em que a voz do narrador fica por cima de cenas com garotas mexendo a boca? Por um breve instante parecem que são ELAS falando... bizarro]
53 minutos, aí você desconta 5 dos créditos... o treco tem o tamanho de um episódio de Friends. Dá para ver tranqüilo mesmo não esperando grande coisa. Pô, eu decidi ver o filme só porque tinham mechas no trailer. Então dane-se.
OBS para os leigos: "mechas", tomando como base desenhos japoneses, são basicamente aquelas armaduras-robóticas-gigantes, como se fosse um Transformer mas com uma pessoa dentro, pilotando. Ex.: os Valquírias de Macross (e esses ainda viravam aviões para completar).
Mas vamos lá... Melodramas (sim, mais de 1) típicos de desenhos japoneses, as obrigatórias cenas de sacríficio, uma desculpa vagabunda para luta com os mechas (ahã! sei... nada pode impedir os ETs exceto a mais nova e moderna arma que são: metralhadoras de 15 metros e uma pistola gigante!), um baita deus ex machina no final, tudo isso em um enredo e cenas que pareciam a mistura de Macross (Robotech), Independence Day e filmes de invasão dos anos 50. Ah, e um 3D excelente mas ao mesmo tempo canastrão. Aquela coisa tipo o filme do Final Fantasy, em que todos tinham cabelos sedosos que não saíam do lugar; e quando as naves apareciam para dar um tiro... eu não sei o que faltava ali, mas faltava alguma coisa para eles parecerem mais 'vivas'... não sei explicar... mas elas pareciam de plástico em stop-motion nesses momentos. Mas... convenhamos, era exatamente como seria se os desenhos japoneses fossem filmes.
Canastrice e clichês sem limites, mas diversão quase garantida. E tudo em um tom quase sépia.
Ah, o enredo: a Terra foi atacada e quase destruída e, apesar do planeta estar agora protegido por um gigantesco escudo de energia, passam os anos e ninguém tem uma idéia de como acabar com o inimigo. Mas eis surge uma super-arma, a última chance de vencer os alienígenas, e cabe a um garoto salvar o mundo.
Eu até podia reclamar, porque queria ver mais cenas com mechas em 3D realista e eles apareceram bem pouco, mas em compensação... Filme americano sempre mostra a Estátua da Liberdade ou a Casa Branca se ferrando... Japonês faz isso com o Monte Fuji. E eu cresci vendo desenhos japoneses... Então ver o bom e velho Fujiyama revidando... Cena B-zaça de primeira qualidade!
No final das contas, foi uma hora bem gasta.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Mongrels
Tem algo de errado com o Google...Ou então é com vocês!!
Como assim eu não acho nenhuma página em português sobre Mongrels? Absurdo, absurdo... Muito melhor que ver Big Brother.
Tenho assistido o seriado nas últimas semanas e acabei de descobrir que não haverá uma terceira temporada. Uma pena. Basicamente, o seriado é um tipo de TV Colosso dos infernos! (só a parte dos bichos, eles não apresentam desenhos animados). Como se a Globo tivesse chamado os produtores de Absolutely Fabulous para escrever as falas. Um pouco menos "adulto", ok, Mongrels não é para crianças, mas tem seus momentos bem bobos. Vi hoje o episódio dos "zumbis" da 2ª temporada (1ª já disponível em DVD e Blu-ray, "garanta já o seu, eu já comprei o meu"). E enquanto os adultos podem rir com as menções à Simon Pegg, Os Bons Companheiros, ou cio, as crianças se divertiriam com cachorros andando de braços esticados.
E, claro, humor negríssimo. Lembro que no primeiro episódio, quando a dona do gato morre rolando a escada, o bichano descreve o fato como « Minha dona deu uma de Christopher Reeve escada abaixo ». Maligno. [mas eu ri!] Acho que foi neste mesmo episódio que a cachorra, cercada de cachorras virgens, manda « Só jogando um avião num prédio para ver tantas virgens assim... ». [ah, o seriado é britânico!]
Há também muitas piadas referenciais, as vezes citam gente que só ingleses devem saber quem são, mas ainda assim dá para se divertir com todo o resto sem problema.
Ah, e claro, esteja preparado para, em qualquer episódio, ter que se esquivar de perguntas que as criancitas são muito jovens para terem respostas sinceras. Mas se seus pequenos não souberem inglês, tudo bem, não tem legenda em português no DVD mesmo... elas podem ver em paz os bichinhos pulando, falando e cantando pra lá e pra cá... [se as crianças souberem inglês, expulse-as para longe, é mais fácil que explicar o que são virgens e sua relação com aviões ou ecstasy, por exemplo]
Deixemos as crianças de lado. O que é o seriado: são 5 bichos, amigos de longa data, que vivem num beco (ou um quintal dos fundos, não lembro agora, e na verdade, nem todos vivem lá) e só fazem e falam m*. São eles:
- o mocinho principal: uma raposa gente boa, culta e covarde, com alguns problemas psicológicos. (as descrições por aí o chamam de metrossexual, mas não achei)
- um gato castrado. Passou a morar no beco após a morte da dona.
- a mocinha principal: uma galga afegã. É ela que me faz lembrar do Fabulous na verdade, pelo jeito de falar e a personalidade esnobe e vulgar.
- uma pomba: de personalidade maníaca e com muitos problemas na caixola.
- outra raposa: este violento e desbocado, em alguns episódios parece que ele é irmão da outra, as vezes só parente, as vezes só amigo, se eu consegui entender em algum momento, já esqueci.
Eventualmente outros personagens aparecem. Alguns recorrentes (como o Texugo), outros não (o peixinho dourado, que era engraçado só de olhar). Importante: há humanos na série. Os personagens não vivem num mundo-animal, dirigindo carros e indo as compras. Há pessoas. A cachorra tem um dono, por exemplo. O que não impede os animais de manusearam equipamentos eletrônicos, organizarem discotecas, ou da pomba matar uma pessoa com explosivos.
Outra coisa: números musicais. Sempre há um. Voltando ao 'episódio de hoje', o número musical foi num estilo parecido Time Warp do Rocky Horror Picture Show [ótimo filme]. E pesquisando agora, não só a semelhança foi proposital, como também é cantado pelo menos sujeito. [o pior é que o que me deu a dica da semelhança foi o piano, e não música em si.]
A original, Time Warp: www.youtube.com/watch?v=9FZMKPURQVs
E Die Evil Zombies!: www.youtube.com/watch?v=fCIMYVOIokg
Há outras canções, sempre com o mesmo humor bizarro, que vão desde violência doméstica ou incentivo ao fumo, passando pelo assassinato de Justin Bieber.
Eu queria ficar escrevendo até convencer todos a verem, mas esse mísero post, com todas as paradas para fazer pesquisas correlatas (ou devaneios decorrentes), já me tomou quase 3 horas. Tá bom então.
Rápidos dados técnicos roubados do Wikipedia:
Episódios: 19 (17 + piloto + making off) -- Duração média: 28min
Criado por: Adam Miller [sei lá quem é, mas nada mais justo que citá-lo], e escrito por: Jon Brown e Daniel Peak -- País: Inglaterra -- Ano: 2010 / 2011
Canal de origem: BBC 3 (site oficial do programa: link)
Se tiverem a chance, ou confiarem em mim o suficiente para importarem... Imperdível.
Como assim eu não acho nenhuma página em português sobre Mongrels? Absurdo, absurdo... Muito melhor que ver Big Brother.
Tenho assistido o seriado nas últimas semanas e acabei de descobrir que não haverá uma terceira temporada. Uma pena. Basicamente, o seriado é um tipo de TV Colosso dos infernos! (só a parte dos bichos, eles não apresentam desenhos animados). Como se a Globo tivesse chamado os produtores de Absolutely Fabulous para escrever as falas. Um pouco menos "adulto", ok, Mongrels não é para crianças, mas tem seus momentos bem bobos. Vi hoje o episódio dos "zumbis" da 2ª temporada (1ª já disponível em DVD e Blu-ray, "garanta já o seu, eu já comprei o meu"). E enquanto os adultos podem rir com as menções à Simon Pegg, Os Bons Companheiros, ou cio, as crianças se divertiriam com cachorros andando de braços esticados.
E, claro, humor negríssimo. Lembro que no primeiro episódio, quando a dona do gato morre rolando a escada, o bichano descreve o fato como « Minha dona deu uma de Christopher Reeve escada abaixo ». Maligno. [mas eu ri!] Acho que foi neste mesmo episódio que a cachorra, cercada de cachorras virgens, manda « Só jogando um avião num prédio para ver tantas virgens assim... ». [ah, o seriado é britânico!]
Há também muitas piadas referenciais, as vezes citam gente que só ingleses devem saber quem são, mas ainda assim dá para se divertir com todo o resto sem problema.
Ah, e claro, esteja preparado para, em qualquer episódio, ter que se esquivar de perguntas que as criancitas são muito jovens para terem respostas sinceras. Mas se seus pequenos não souberem inglês, tudo bem, não tem legenda em português no DVD mesmo... elas podem ver em paz os bichinhos pulando, falando e cantando pra lá e pra cá... [se as crianças souberem inglês, expulse-as para longe, é mais fácil que explicar o que são virgens e sua relação com aviões ou ecstasy, por exemplo]
Deixemos as crianças de lado. O que é o seriado: são 5 bichos, amigos de longa data, que vivem num beco (ou um quintal dos fundos, não lembro agora, e na verdade, nem todos vivem lá) e só fazem e falam m*. São eles:
- o mocinho principal: uma raposa gente boa, culta e covarde, com alguns problemas psicológicos. (as descrições por aí o chamam de metrossexual, mas não achei)
- um gato castrado. Passou a morar no beco após a morte da dona.
- a mocinha principal: uma galga afegã. É ela que me faz lembrar do Fabulous na verdade, pelo jeito de falar e a personalidade esnobe e vulgar.
- uma pomba: de personalidade maníaca e com muitos problemas na caixola.
- outra raposa: este violento e desbocado, em alguns episódios parece que ele é irmão da outra, as vezes só parente, as vezes só amigo, se eu consegui entender em algum momento, já esqueci.
Eventualmente outros personagens aparecem. Alguns recorrentes (como o Texugo), outros não (o peixinho dourado, que era engraçado só de olhar). Importante: há humanos na série. Os personagens não vivem num mundo-animal, dirigindo carros e indo as compras. Há pessoas. A cachorra tem um dono, por exemplo. O que não impede os animais de manusearam equipamentos eletrônicos, organizarem discotecas, ou da pomba matar uma pessoa com explosivos.
Outra coisa: números musicais. Sempre há um. Voltando ao 'episódio de hoje', o número musical foi num estilo parecido Time Warp do Rocky Horror Picture Show [ótimo filme]. E pesquisando agora, não só a semelhança foi proposital, como também é cantado pelo menos sujeito. [o pior é que o que me deu a dica da semelhança foi o piano, e não música em si.]
A original, Time Warp: www.youtube.com/watch?v=9FZMKPURQVs
E Die Evil Zombies!: www.youtube.com/watch?v=fCIMYVOIokg
Há outras canções, sempre com o mesmo humor bizarro, que vão desde violência doméstica ou incentivo ao fumo, passando pelo assassinato de Justin Bieber.
Eu queria ficar escrevendo até convencer todos a verem, mas esse mísero post, com todas as paradas para fazer pesquisas correlatas (ou devaneios decorrentes), já me tomou quase 3 horas. Tá bom então.
Rápidos dados técnicos roubados do Wikipedia:
Episódios: 19 (17 + piloto + making off) -- Duração média: 28min
Criado por: Adam Miller [sei lá quem é, mas nada mais justo que citá-lo], e escrito por: Jon Brown e Daniel Peak -- País: Inglaterra -- Ano: 2010 / 2011
Canal de origem: BBC 3 (site oficial do programa: link)
Se tiverem a chance, ou confiarem em mim o suficiente para importarem... Imperdível.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Azar do Personagem
Autor: Reginaldo Pujol Filho -- 2010 -- 120 páginas
Editora: Não Editora -- ISBN: 978-85-61249-01-4
Chamada oficial:
Azar do personagem é a certeza de que todo mundo ri do azar dos outros. São 14 contos cheios de humor, ironia e tentativas de brincar (e muito) com a linguagem. O autor, percebendo que é deus de seus personagens, resolveu assumir de vez esse papel e não poupar nenhum deles, nem a si mesmo. Para isso, joga com o destino de escritores, peças de xadrez, casais, críticos, psicólogos e também se diverte com palavras, letras e sinais gráficos nem tão usuais. Literalmente, azar dos personagens.
Com a descrição acima... o que você esperava? É, eu achei que seria uma espécie de Mais Estranho que a Ficção, só que mais escrachado, ou então simplesmente histórias engraçadas, em que o personagem só se ferrasse. Em suma: humor!
Li de uma sentada só, no ônibus, esperando me divertir após um dia chato de trabalho...
O que aconteceu: levei um choque logo na primeira, por não ter tido humor. E ao longo do livro, 2 histórias que não terminei, 3 regulares, e a última - que não foi necessariamente boa, mas foi bem criativa (eles quebraram a quarta parede e... sei lá... fizeram um crossover interno) e usaram de forma bem interessante a diagramação. Valeu pela novidade. As demais foram meio que na obrigação. Aquele esquema de "está chato... mas já li metade." [fora nas duas que nem isso consegui, algum dia eu tento de novo]
Sobre as três regulares, há 1 melhorzinha, não necessariamente engraçada, sobre um acidente de trânsito. Uma um tanto escatológica, envolvendo urina e sêmen, mas arrancou alguns sorrisos; e uma bem ligeira com a vilã de A Branca de Neve. Foram as que mais se aproximaram do que imaginei encontrar.
Digno de nota entre as restantes, há duas histórias de enredo bem diferentes (mulher reclamando com marido e um sujeito no bar puxando assunto), mas construídas quase da mesma forma, com o narrador "explicando" cada fala de cada personagem. Numa das histórias essa narração é externa, noutra é pensamento do próprio falante da fala imediatamente anterior. Ok, o escritor quis brincar com o estilo, com variações sobre o tema. E tiveram seu mérito. Mas num livro tão fino... o que era novidade 15 páginas antes virou repetição 10 minutos depois.
Recomendação: não leia o livro num golpe só.
Mas também não pode demorar muito, a última história perde peso se você não reconhecer mais os personagens.
E é isso. O post será curto mesmo. Pô, achei a capa tão legal, que foi um choque o conteúdo não ter feito jus. Fiquei chateado com o livro. Uma pena.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Imaginários - Volume 1
Organizado por: Tibor Moricz, Saint-Clair Stockler e
Eric Novello -- Com contos de: Gerson Lodi-Ribeiro, Giulia Moon, Jorge Luiz Calife, Carlos Orsi, e outros.
Editora: Draco -- umas 130 páginas -- Ano: 2009
11 contos -- ISBN: 978-85-62942-00-6
Depois de ter lido o Ficção de Polpa v.1 alguns posts atrás, resolvi tomar vergonha na cara e ler o Imaginários v.1, a anos aqui na estante. Como assim? Lendo a concorrência antes do "original"?! [na verdade, o Polpa foi lançado uns 2 anos antes, mas eu só fui conhecê-lo faz algumas semanas, via um Volume 2 perdido nas prateleiras de uma livraria... Aí eu levei aquele susto de "como eu nunca ouvi falar?" e fui atrás dos demais. Já o Imaginários eu acompanhei o surgimento através de algumas listas de emails, daí ter comprado assim que saiu]
Pois bem, tenho meus respeitos pelo Polpa v.1, como já disse várias vezes todo esforço no ramo é bem-vindo, mas agora sim... Nada como a experiência! Percentualmente falando, sim, o 1º volume do Imaginários até teve mais contos bons que o 1º do Polpa, mas enfia a estatística naquele lugar, que isso é idiotice [não a Estatísica, mas a comparação descabida entre as coleções]. É tudo questão de gosto. O fato é que lá eu até ficava curioso com o fim da história, mas principalmente pelo fato de já ter começado a lê-la. Aqui o que chamou a atenção por comparação involuntária, é que a galera soube prender a minha atenção logo de cara e bem melhor. O final do conto podia ser ruim. Até o conto podia ser ruim [obviamente, claro, meu site... MINHA opinião, não sou crítico nem especialista], mas ele me prendia, e eu começava a ler com aquela sensação de que estava lendo o início de um livro, que a história seguiria, que eu saberia tudo daquela gente; ou pelo menos eu realmente ficava curioso com o que iria acontecer.
A possível razão é que mesmo sendo só um curioso, que só foi ter contato com FC nacional ou portuguesa com o advento da internet, os autores dos contos são nomes que eu sempre li com uma certa reverência aqui e ali, ou mesmo com quem esbarrava em listas de discussões e fizeram por conquistar meu respeito. Há gente que eu nunca ouvira falar, mas no geral, um time de peso. Acho que se tivesse algo do Clinton e alguns nomes de Portugal ("Tio" Barreiros e sua trupe), teriam usado todos os escritores lusófonos que me lembro.
[Comentário do futuro: estava terminando o post e descobri... a trupe portuguesa está quase toda no Volume 2! Muito giro!] [e eu tenho que tomar vergonha na cara e ler o Terrarium...]
Novamente, claro, há aqueles contos que não gostei. O do cara cara que perdeu a esposa e se interessa pela irmã gêmea (universo interessante, final fraco)... O do pintor em SP... E há um que, na falta de explicação melhor, uns garotos vão parar no que me pareceu um mictório mágico gigante.
Mas há um, por exemplo, no final e que praticamente não tem história, que eu faço questão de citar nominalmente: Contingência, ou Tô Pouco Ligando, de Martha Argel. Super divertido e que ainda serviria como material didático em aula de biologia [ela é doutora em Ecologia, acabei de descobrir lendo a minibiografia ao final], ou para introduzir algum amigo não-iniciado nas histórias de universos paralelos. E a história nem é uma história de universo paralelos, vejam só! Muita boa.
Até resolvi olhar o site da moça e descobri que é dela um conto que li faz alguns anos, não tenho idéia de onde, sobre uma vampira num engarrafamento. É o O certo e o necessário. Ou seja: 2 contos, 2 recomendações... 100% de aproveitamento! Isso é um bom sinal. Depois vou atrás do que mais ela escreveu.
Notas especiais:
Alma, do Osíris Reis. Ainda não sei meus sentimentos quanto ao conto. O final achei fraco, é verdade, mas a história tem tanto conceitos novos, seres e culturas tão... alienígenas!!, que não consigo dizer que não gostei. Daria para ser chato e tratá-lo como mais um caso de "servos se voltam contra seus mestres e inocentes são pegos no tiroteio", mas a forma como isso foi colocado, eu gostei.
Eu, a Sogra, da Giulia Moon. Já esse é um pouco o inverso, achei que podia ter sido um pouco mais curto, mas é bem divertido e tem um final sacana. Eu gosto de finais sacanas.
Planeta Incorruptível, de Richard Diegues. Outro meio termo estranho. Não estava gostando... aí o conto acabou com o melhor final dos contos do livro (e que encaixou perfeitamente em ser o último da coletânea).
E terminando o post, depois dos meses (literalmente) que eu levei resenhando os contos do Leinster [se você chegou aqui e ao invés de link há apenas um sublinhado, é que não terminei ainda], não devo me atrever a resenhar conto a conto nunca mais, mas agora sempre que ler essas coleções, vou escolher o meu preferido. E nesta coleção foi o da Martha! Que não é bem fantasia, nem bem FC, e nem Terror... Mas é bom! Isso que importa. [vou até voltar no post do Polpa e nomear o conto de lá que eu gostei, porque eu não disse]
Mas não fiquem tristes por eu não detalhar o que está no livro, pois o legal de ser um retardatário no mundo dos blogs é que a internet já fez todo o serviço para mim:
http://www.leitoraviciada.com/2011/12/imaginarios-1-de-varios-autores.html
Com direito à arte completa da capa (antes de vê-la, achei que o sujeito da capa olhava para o corpo na contra-capa) e uma resposta de um dos autores sobre um dos contos ruins (e não é que eu quase acertei?) mas não leia os comentários de lá antes de ler o livro. O conto continuará ruim, mas ainda acho melhor ser lido sem uma "explicação".
Mais uma rápida geral conto a conto:
http://alemdasestrelas.wordpress.com/2010/04/16/imaginarios-volume-1-2
E desta vez posso terminar dizendo... Leitura obrigatória. Leiam!
Eric Novello -- Com contos de: Gerson Lodi-Ribeiro, Giulia Moon, Jorge Luiz Calife, Carlos Orsi, e outros.
Editora: Draco -- umas 130 páginas -- Ano: 2009
11 contos -- ISBN: 978-85-62942-00-6
Depois de ter lido o Ficção de Polpa v.1 alguns posts atrás, resolvi tomar vergonha na cara e ler o Imaginários v.1, a anos aqui na estante. Como assim? Lendo a concorrência antes do "original"?! [na verdade, o Polpa foi lançado uns 2 anos antes, mas eu só fui conhecê-lo faz algumas semanas, via um Volume 2 perdido nas prateleiras de uma livraria... Aí eu levei aquele susto de "como eu nunca ouvi falar?" e fui atrás dos demais. Já o Imaginários eu acompanhei o surgimento através de algumas listas de emails, daí ter comprado assim que saiu]
Pois bem, tenho meus respeitos pelo Polpa v.1, como já disse várias vezes todo esforço no ramo é bem-vindo, mas agora sim... Nada como a experiência! Percentualmente falando, sim, o 1º volume do Imaginários até teve mais contos bons que o 1º do Polpa, mas enfia a estatística naquele lugar, que isso é idiotice [não a Estatísica, mas a comparação descabida entre as coleções]. É tudo questão de gosto. O fato é que lá eu até ficava curioso com o fim da história, mas principalmente pelo fato de já ter começado a lê-la. Aqui o que chamou a atenção por comparação involuntária, é que a galera soube prender a minha atenção logo de cara e bem melhor. O final do conto podia ser ruim. Até o conto podia ser ruim [obviamente, claro, meu site... MINHA opinião, não sou crítico nem especialista], mas ele me prendia, e eu começava a ler com aquela sensação de que estava lendo o início de um livro, que a história seguiria, que eu saberia tudo daquela gente; ou pelo menos eu realmente ficava curioso com o que iria acontecer.
A possível razão é que mesmo sendo só um curioso, que só foi ter contato com FC nacional ou portuguesa com o advento da internet, os autores dos contos são nomes que eu sempre li com uma certa reverência aqui e ali, ou mesmo com quem esbarrava em listas de discussões e fizeram por conquistar meu respeito. Há gente que eu nunca ouvira falar, mas no geral, um time de peso. Acho que se tivesse algo do Clinton e alguns nomes de Portugal ("Tio" Barreiros e sua trupe), teriam usado todos os escritores lusófonos que me lembro.
[Comentário do futuro: estava terminando o post e descobri... a trupe portuguesa está quase toda no Volume 2! Muito giro!] [e eu tenho que tomar vergonha na cara e ler o Terrarium...]
Novamente, claro, há aqueles contos que não gostei. O do cara cara que perdeu a esposa e se interessa pela irmã gêmea (universo interessante, final fraco)... O do pintor em SP... E há um que, na falta de explicação melhor, uns garotos vão parar no que me pareceu um mictório mágico gigante.
Mas há um, por exemplo, no final e que praticamente não tem história, que eu faço questão de citar nominalmente: Contingência, ou Tô Pouco Ligando, de Martha Argel. Super divertido e que ainda serviria como material didático em aula de biologia [ela é doutora em Ecologia, acabei de descobrir lendo a minibiografia ao final], ou para introduzir algum amigo não-iniciado nas histórias de universos paralelos. E a história nem é uma história de universo paralelos, vejam só! Muita boa.
Até resolvi olhar o site da moça e descobri que é dela um conto que li faz alguns anos, não tenho idéia de onde, sobre uma vampira num engarrafamento. É o O certo e o necessário. Ou seja: 2 contos, 2 recomendações... 100% de aproveitamento! Isso é um bom sinal. Depois vou atrás do que mais ela escreveu.
Notas especiais:
Alma, do Osíris Reis. Ainda não sei meus sentimentos quanto ao conto. O final achei fraco, é verdade, mas a história tem tanto conceitos novos, seres e culturas tão... alienígenas!!, que não consigo dizer que não gostei. Daria para ser chato e tratá-lo como mais um caso de "servos se voltam contra seus mestres e inocentes são pegos no tiroteio", mas a forma como isso foi colocado, eu gostei.
Eu, a Sogra, da Giulia Moon. Já esse é um pouco o inverso, achei que podia ter sido um pouco mais curto, mas é bem divertido e tem um final sacana. Eu gosto de finais sacanas.
Planeta Incorruptível, de Richard Diegues. Outro meio termo estranho. Não estava gostando... aí o conto acabou com o melhor final dos contos do livro (e que encaixou perfeitamente em ser o último da coletânea).
E terminando o post, depois dos meses (literalmente) que eu levei resenhando os contos do Leinster [se você chegou aqui e ao invés de link há apenas um sublinhado, é que não terminei ainda], não devo me atrever a resenhar conto a conto nunca mais, mas agora sempre que ler essas coleções, vou escolher o meu preferido. E nesta coleção foi o da Martha! Que não é bem fantasia, nem bem FC, e nem Terror... Mas é bom! Isso que importa. [vou até voltar no post do Polpa e nomear o conto de lá que eu gostei, porque eu não disse]
Mas não fiquem tristes por eu não detalhar o que está no livro, pois o legal de ser um retardatário no mundo dos blogs é que a internet já fez todo o serviço para mim:
http://www.leitoraviciada.com/2011/12/imaginarios-1-de-varios-autores.html
Com direito à arte completa da capa (antes de vê-la, achei que o sujeito da capa olhava para o corpo na contra-capa) e uma resposta de um dos autores sobre um dos contos ruins (e não é que eu quase acertei?) mas não leia os comentários de lá antes de ler o livro. O conto continuará ruim, mas ainda acho melhor ser lido sem uma "explicação".
Mais uma rápida geral conto a conto:
http://alemdasestrelas.wordpress.com/2010/04/16/imaginarios-volume-1-2
E desta vez posso terminar dizendo... Leitura obrigatória. Leiam!
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